Dilma - Somos diferentes daqueles que só prometem

Na convenção do PT na Bahia realizada ontem, em Salvador, a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, ressaltou a diferença do projeto de continuidade do governo Lula em relação à oposição. 

“Somos diferentes daqueles que só prometem e quando vai ver o que eles fizeram eles condenaram esse país a ficar de joelho diante do Fundo Monetário Internacional (FMI), eles deixaram esse país sem crescimento, sem emprego, sem política social, um país em que uma parte ficava às escuras”, disse a petista durante seu discurso.

A convenção formalizou a candidatura à reeleição de Jaques Wagner ao governo baiano e de Walter Pinheiro (PT) e Lídice da Mata (PSB) ao Senado. 
O vice Wagner será Otto Alencar (PP). Cerca de 3 mil militantes foram ao Centro de Convenções de Salvador e comemoraram com muito axé e forró.


“A Bahia é um estado especial do Brasil. Na Bahia a gente sente a força, a energia e a alegria. É onde está o início, o meio e o fim da brasilidade. Aqui, começou o Brasil e as lutas pela nacionalidade”, afirmou, no começo de sua fala.

Ela lembrou ainda a proximidade do dia 2 de julho, data em que a Bahia comemora a libertação dos domínios do exército português em 1823. Dilma disse que a data lembra outra luta do povo baiano.

“Dentro da melhor tradição democrática e de luta da Bahia, nessa semana que antecede o 2 de julho, tem um momento muito especial que aconteceu há quatro anos, em que você, Jaques, saiu lá debaixo com a força do povo baiano para derrotar a oligarquia, demonstrando que ninguém coloca canga no povo baiano”, salientou.

Ela disse que tem certeza de que a militância e o povo têm consciência dos avanços do governo Lula e que o Brasil não pode regredir. 

“A militância diante desse projeto de transformação não vai deixar que o atraso volte, não vai permitir que andemos para trás, porque somos um tipo diferente de gente."

" Somos aqueles que primeiro fazem o necessário, depois fazem o possível e quando menos se espera fazem o impossível, até porque somos aqueles que nunca acham que o impossível é impossível”.

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OS PERIGOS DO “JÁ GANHOU”

Um fantasma ronda a campanha de Dilma  Rousseff: o “já ganhou”, que ela  própria   tenta exorcizar em meio à precipitada euforia de montes de companheiros. É incontestável a prevalência da candidata nas pesquisas.  Sua ascensão acontece de forma lenta e segura, desde que  rompeu  a  barreira de um dígito, ultrapassando agora os índices de José Serra. Continuando as coisas como vão, estará eleita em outubro, ainda que contar com a vitória no  primeiro turno pareça prematuro.

Diante dessa perspectiva, porém, ergue-se o “já ganhou”, principal fator e maior praga a assolar tantas candidaturas pretensamente vitoriosas, na crônica de eleições passadas. Porque  muitos de seus partidários  extrapolam resultados  futuros e deixam de empenhar-se como deveriam.  Já se disse mil vezes que pesquisas não ganham eleições. Representam a tendência do eleitor num determinado  momento, mesmo devendo, pela lógica,  desdobrar-se no mesmo rumo.  Como política  não tem lógica, faz muito bem Dilma Rousseff de conter seus auxiliares, aliados e simpatizantes, até com certa rispidez.

A experiência de eleições anteriores exprime um alerta.  

Em 2006 ninguém imaginava Geraldo Alckmin chegando ao segundo turno, mas chegou, obrigando o Lula a desdobrar-se na campanha. 

Em 2002 foi a mesma coisa, sendo José Serra o   adversário, acrescendo que em determinado momento Ciro  Gomes despontava como  favorito.  Ou alguém duvida de que  na revisão constitucional de 1993 o Congresso reduziu os mandatos presidenciais de cinco para quatro anos, e sem reeleição, por medo do  Lula ganhar em  1994, pois  parecia imbatível, apesar de em seguida derrotado por Fernando Henrique?

Por essas e outras o “já  ganhou” em favor de Dilma surge como um fantasma capaz de desmontar estruturas tidas como sólidas, fazendo muito bem a candidata em reunir seus assessores e até, se necessário, passar-lhes um pito. Comemoração, só depois da apuração...

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Senado é segunda prioridade de Lula

O presidente Lula escolheu o Senado como segunda prioridade das eleições e vai trabalhar para eleger a maioria dos 18 senadores cujas vagas estão em jogo nos nove Estados do Nordeste. 

Lula acredita que pode usar sua popularidade para equilibrar a balança de poder no Senado, onde enfrentou dificuldades em seu governo. 

A oposição no Senado foi responsável, por exemplo, pelo fim da CPMF, que tirou R$ 40 bilhões de receita do governo. 

Lula também espera eleger a maioria dos candidatos ao Senado da base aliada no Norte, onde pretende derrotar outro adversário implacável em seus dois mandatos, o líder do PSDB na casa, Artur Virgílio, do Amazonas.
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Biodiesel: estudo da Coppe propõe usina em Copacabana

Pesquisa mostra potencial ambiental e socioeconômico da instalação de unidade-piloto de biodiesel no bairro carioca que concentra o maior número de hotéis e restaurantes da cidade
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A batata oposição

julio pegna 



A batata de José Serra está assando.

Já vinham arrastando a escolha do candidato a vice desde a prisão do Governador do Distrito Federal, JR Arruda, que era o preferido. Esperavam que o foco da campanha se distraisse com a Copa do Mundo de Futebol para anunciar outro vice, mas não tinham nomes.



Pretendiam que fosse Aécio Neves, mas ele recusou. Pior, demorou para confirmar sua recusa.

Os DEM mostraram os dentes e disseram que, se não fosse Aécio, o vice seria deles. 

Disseram que tinham um nome, um bom nome. Nunca nenhum tucano desmentiu.

Via imprensa, a direita esboçou alguns nomes do DEM para ver a aceitação. Agripino Maia, Kátia Abreu, José Carlos Aleluia e, até Valéria Pires, esposa do deputado Vic Pires. Serra fez cara feia para todos.

Então, foi divulgada a pesquisa CNI/IBOPE colocando Serra 5 pontos atrás de Dilma. Foi o pânico. Correria na administração da campanha tucana para ver se tiravam algum coelho da cartola. Mas, quem?

Quinta-feira passada, foi ao ar o programa do PTB de Roberto Jefferson, o deputado cassado pelo Congresso por não ter provado o "mensalão". Bob Jeff, como é conhecido, articulou o apoio de seu partido à chapa da direita e pretendia - e ainda pretende - tirar o espaço do DEM para se tornar mais próximo do PSDB. No programa de TV, foi mostrado o apoio formal ao candidato Serra e, logo em seguida, via twitter, Bob anunciou que o vice da chapa era o senador Álvaro Dias. O senador do botox.

Mais pânico. E mais correria. desta vez, na casa do DEM.



Rodrigo Maia, o presidente, disse publicamente que não concordava com a chapa puro sangue.Ronaldo Caiado fez cara feia e soltou os cachorros na turma tucana:  "Eu não ganho votos apoiando Serra, eu trago votos para ele!", disse em entrevista.


Bornhausen, César Maia e Demóstenes Torres, lideranças fortes do DEM, botaram a boca no trombone. Defendem o rompimento da aliança da direita.
O fato que o comando de campanha tucano, e o próprio candidato, ainda não se deram conta, é que a estrutura do DEM espalhada pelo interior do país é muito importante para vencer uma eleição.

Com centenas de prefeitos em pequenas cidades, o DEM pode proporcionar algum conforto ao candidato Serra, alguns palanques importantes e comicios Brasil àfora. Mas sem vice, nada feito.

Tanto, que alguns DEMs já ameaçam aderir à campanha de Dilma Rousseff. Acreditam, como acreditam as lideranças nacionais do DEM, que o PSDB está abusando demais da paciência deles.

Serra não disse nada. Álvaro Dias posou de bom menino; adoraria ser vice mas não tem coragem de peitar seus aliados. FHC, o nefasto, se mandou para Paris. Alckmin finge que não é tucano. Aécio deve estar rolando de rir.

Acenderam o forno e colocaram uma batata dentro.

A batata chama-se José Serra.

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Lindo linda

Serra e a surra da jabulani!


Se a eleição fosse a Copa do Mundo, o placar desta semana mostraria que José Serra tomou um banho de jabulani − pelas costas e pelo meio das pernas − e viu seu time emplumado despencar do poleiro, goleado fragorosamente pela equipe da adversária Dilma Rousseff.
O placar impiedoso do último Ibope – Dilma 40, Serra 35 – é a primeira virada do PT no jogo bruto da sucessão. Menos pelas virtudes do time petista, mais pelos erros clamorosos do esquadrão tucano.
O problema maior de Serra, que ainda não tem equipe escalada e nem esquema de jogo, não é a adversária que já se fardou para a partida. O problemão de Serra nem vai entrar em campo, mas pode decidir o jogo ainda no primeiro tempo: a encrenca é Lula, o dono da bola, do time, do discurso e da candidata do PT, que surfa na aprovação pessoal de 85% da torcida brasileira.
O candidato do PSDB ainda tem que agüentar a estridente vuvuzela de uma economia em expansão que incha o pulmão do torcedor e forra o bolso do eleitor.
Em março, pouco mais da metade do respeitável público (58%) sabia que Dilma integrava o time de Lula, e ela então perdia para Serra por 38 a 33. Em junho, 73% da galera já sabiam que dona Dilma era a craque escalada por Lula – e a candidata do PT virou o jogo, apesar de Serra aparecer mais na TV.
Assim mesmo, quanto mais aparecia na telinha, mais crescia a rejeição de Serra (30%), superando a marca de antipatia de Dilma (23%).
A planilha do Ibope mostra que, a 100 dias da eleição de outubro, mais da metade dos eleitores (55%) ainda não conhecem, nem ouviram falar ou poucos sabem que Dilma é candidata de Lula. Sinal de que, nos 45 dias finais de campanha no rádio e na TV, a situação de Serra pode se agravar dramaticamente.
O tucano continua impondo seu jogo no sul do país, perde de goleada no Nordeste e começa a ceder o empate na zona do agrião – o Sudeste, onde estão as torcidas mais numerosas e que costumam decidir o campeonato.
Em todas as regiões do país, a aprovação popular do inventor de Dilma varia de 80% (sul) a 90% (nordeste), batendo em 84% no triângulo estratégico de Rio-São Paulo-Minas, onde se concentram 58 milhões dos 134 milhões de eleitores.
Serra, até agora preferido pelos eleitores mais ricos e de melhor instrução no Sul Maravilha, deve enfrentar dificuldades maiores no seu reduto: Lula tem 88% de aprovação no eleitorado que ganha até dois salários mínimos e já fatura 75% de popularidade entre os que ganham mais de 10 salários, justamente o ninho tucano.
A crônica indecisão tucana agravou o drama de Serra. Até escolher o senador Álvaro Dias como seu vice, no fim de semana, Serra hesitou entre oito nomes.
Fritou o favorito Aécio Neves, agora um jogador alijado cujo desinteresse explica o crescimento de Dilma nas montanhas decisivas de Minas Gerais. Cortejou o senador mineiro Francisco Dornelles, que acaba de levar seu PP para a neutralidade medida do “apoio informal” à candidata de Lula, gesto um pouco mais atrevido do que a “imparcialidade ativa” inventada pelo PMDB gaúcho para flutuar corajosamente entre Dilma e Serra.
Depois, o tucano negaceou entre Arruda, o governador preso por corrupção em Brasília, os deputados baianos José Carlos Aleluia e Benito Gama e uma inexpressiva vereadora tucana do Rio de Janeiro. Patrícia Amorim seria uma jogada de craque, sonhavam os tucanos, porque é a atual presidente do Flamengo, o clube de maior torcida do país.
Para dar certo, o gol de placa do palmeirense Serra teria que ser combinado também com os torcedores de Vasco, Fluminense, Corinthians, São Paulo, Atlético, Bahia, Barueri, Naviraense...
Álvaro Dias ganha a vice menos por suas virtudes como político e mais por ser irmão do também senador Osmar Dias, que ameaçava montar um palanque no Paraná para Dilma.
A manobra fraternal de Serra resgatou o apoio do mano desgarrado, mas isso nada tem a ver com firmeza ideológica. O lance perna-de-pau de Serra aconteceu na quarta-feira (23), quando ele fechou o apoio de nove partidos varzeanos de Brasília reunidos em torno do notório Joaquim Roriz.
Serra jogou no ralo qualquer preocupação ética ao receber o apoio do homem que resume, como poucos, o clima pantanoso da política brasileira. Roriz renunciou ao mandato de senador, em 2007, para não ser cassado por quebra do decoro em negócios escusos com o banco estatal do DF e é apontado pelo Ministério Público como a matriz do mensalão do DEM que levou Arruda e seus comparsas à cadeia.
No desespero dos números adversos, Serra tem olhos apenas para os 42% da pesquisa que dá a liderança em Brasília a Roriz, sem antever o desgaste que esta aliança moralmente rasteira sinaliza pelo país, onde o PSDB já teve que engolir o apoio de gente como Quércia e Maluf.
Neste charco eleitoreiro, Serra nivelou-se pelo oportunismo sem peias ao time de Dilma, que escalou craques de fichas encardidas e reconhecidas como Sarney, Renan, Garotinho, Collor, Jucá, Jáder e Zé Dirceu e seus 40 mensaleiros.
A flacidez moral de Serra, neste jogo de alianças a qualquer preço e a qualquer custo, mostra uma ambição que vai além de seu lema de campanha, o “Brasil que pode mais”. Agora com Roriz no bolso, Serra prova que pode ainda mais.
Serra pode tudo, Serra pode qualquer coisa.
Luiz Cláudio Cunha

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