Além do olhar

Fotografias tiradas por estudantes do curso de comunicação social da Universidade de Fortaleza - Unifor -. 

Não é novidade que a rotina costuma nos cegar para o mundo que nos cerca. Nessa cegueira parcial, é comum esquecer os detalhes, as pequenas coisas, e que nesse processo muitas belezas passem despercebidas. "Além do olhar", exposição que reúne 16 trabalhos fotográficos de estudantes do Curso de Comunicação Social da Universidade de Fortaleza (Unifor), é um exercício de redescoberta de uma paisagem já familiar: o campus da instituição.

A abertura da mostra acontece às 19 horas, no hall da Biblioteca da Unifor. A partir de amanhã, os trabalhos ficam abertos à visitação pública. A exposição segue até 24 de outubro, com acesso gratuito.

Ao todo são 51 imagens, registradas por estudantes de Comunicação das habilitações em Jornalismo, Publicidade e Audiovisual. O material foi produzido a partir de um exercício proposto no semestre 2010.1, na disciplina de Fotografia I.

A seleção das fotos foi feita por três professores do curso: Jari Vieira e Hilton Martins, que ministram disciplinas da área de fotografia; e Alessandra Bouty, diretora do Núcleo Integrado de Comunicação (NIC).
Desconhecido
O território escolhido para a exploração fotográfica foi o próprio campus, conhecido pelos estudantes que o cruzam diariamente. O desafio foi, sobretudo, subverter essa intimidade.

O resultado da coletiva é um olhar plural, de temas e cores variados. Ora se olha para o alto, onde se encontram pássaros pousados na copa das árvores, ora para cenas minúsculas e quase invisíveis, como os detalhes do desabrochar das flores.
MAIS INFORMAÇÕES:Exposição "Além do Olhar". Abertura às 19 horas, no hall da Biblioteca da Universidade de Fortaleza (Av. Washington Soares, 1321 - Edson Queiroz). A mostra ficará aberta ao público até 24 de outubro.
Contato: (85) 3477.3133
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PNAD - nossas conquistas, percalços e desafios

Me lembro da primeira vez que vesti óculos para miopia. Da indescritível sensação de começar a perceber a profundidade e clareza das coisas ao redor. Olhava maravilhado os contornos do mundo a minha volta. As possibilidades de enxergar o Brasil também têm evoluído.

Um marco foi 1995, quando o IBGE abriu os microdados de suas pesquisas conferindo liberdade a cada um de olhar, desde uma perspectiva própria, os brasileiros em suas casas.
Me lembro em 1994, mais ou menos na mesma época que fui introduzido aos óculos, de ler no New York Times sobre os determinantes do peso das crianças, pensava comigo quão distante disso estava o Brasil. À época, pensava antes e acima de tudo na inflação, que distorcia sentidos e preocupações. Hoje, a cada Pnad, debatemos nossas conquistas, percalços e desafios.
A edição de 2009 guarda novidades. Enxergamos se há nas garagens das casas motos (16%) ou carros (37%), o que permitirá medir impactos da redução do IPI durante a crise; vamos agora além do acesso à internet em computador pessoal (27%) e vemos que os brasileiros acessam mais a rede em computador coletivo (42%), mas o uso do celular é acima de tudo um bem pessoal (58% das pessoas têm).
Voltamos a saber detalhes da vida privada: se os adultos são solteiros (43%), viúvos(6%), separados (5%) ou casados (46%) de papel passado ou não; e se as relações entre Estado e empresas são de papel passado (apenas 14% dos conta próprias têm CNPJ – mesmo depois do advento da Lei do Microempreendedor Individual).
Agora, de todas as inovações introduzidas no questionário, a que eu gostei mais – e tenho um certo orgulho através de sugestão do movimento Todos pela Educação que faço parte – é a abertura dos alunos por redes de ensino público: federais (2,4 %), estaduais (43%)e municipais (55%). Isso permitirá responsabilizar cada ator na cobrança de metas para tornar esta década a da qualidade da educação. Pois nesse campo só o que temos são desafios.
Talvez a melhor boa nova “pnadiana” seja que, apesar da crise, não há novidade no bolso dos brasileiros: segundo nossos cálculos sobre os microdados da Pnad, a renda per capita ou por brasileiro ainda cresceu 2,04% entre 2008 e 2009, apesar do repique do desemprego e da queda da taxa de ocupação.
Há outros fatores indo na direção contrária como aumento de formalidade, de salários, a expansão de benefícios previdenciários e de programas sociais.
Mais do que isso, a renda dos 40% mais pobres cresce 3,15% ante 1,09% dos 10% mais ricos. Ou seja a desigualdade continua em queda (Gini cai 0,7%). O que acontece ano após ano desde 2001 quando o então candidato Serra bradava “Tudo contra a desigualdade”. Essa é a grande inovação tupiniquim na década que esta Pnad encerra.
Após a recessão do primeiro ano do governo Lula até 2008, 19,5 milhões de pessoas saíram da pobreza e adicionamos no ano passado mais 1 milhão no último ano, chegamos a um contingente de 28,8 milhões de pobres, um contingente ainda expressivo. A taxa de pobreza cai de 16,02% para 15,32% entre 2008 e 2009, uma queda de 4,37%. Agora, se você quiser saber por que e para onde foram esses pobres, como anda a nova classe média brasileira aí incluindo seus bolsos, bens e aspirações, não perca a nova pesquisa do Centro de Políticas Sociais (CPS) que está saindo do forno.



Marcelo Neri – O Estado de S.Paulo



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Medida provisória inclui programa estudantil no Fundo Garantidor de Crédito


Medida provisória inclui programa estudantil no Fundo Garantidor de Crédito
Demétrio Weber, O Globo
O governo federal quer acabar com a exigência de fiador para a concessão de empréstimos do Financiamento Estudantil (Fies), programa de crédito educativo destinado a universitários da rede privada.
Uma medida provisória publicada ontem no Diário Oficial da União inclui o Fies no Fundo Garantidor de Crédito. Com isso haverá uma espécie de seguro que dispensará a figura do fiador.
A regra já começará a valer este ano, segundo anunciou ontem o ministro da Educação, Fernando Haddad. Para isso, os Ministérios da Fazenda e da Educação deverão regulamentar o texto da medida provisória, o que deve ocorrer até o fim do mês.
— O Brasil precisa chegar a 10 milhões de universitários na próxima década — disse Haddad, lembrando que atualmente há 6 milhões de estudantes em cursos superiores.
Para ele, a exigência de fiador é o principal entrave à concessão do Fies, programa que foi recentemente reformulado com a redução da taxa de juros para 3,4% ao ano e a ampliação do prazo de pagamento (três vezes a duração do curso, mais carência de 12 meses).
Outra inovação estabelece que profissionais formados em cursos de licenciatura (formação de professores) e medicina poderão quitar o empréstimo simplesmente trabalhando na rede pública de saúde ou de ensino básico — a cada mês de trabalho, a dívida cai 1%, sem desembolso de dinheiro por parte do profissional.
O fundo garantidor é formado por recursos do Tesouro e, agora, também das próprias instituições privadas de ensino superior. A regulamentação irá justamente definir qual o percentual de contribuição das instituições.
A ideia do governo é que elas abram mão de parte dos recursos que recebem do Fies, destinando a verba ao fundo garantidor.

As vendas de máquinas agrícolas sinalizam euforia dos produtores rurais

O Estado de S.Paulo

O ritmo das vendas no atacado de máquinas agrícolas automotrizes superou, em agosto, o de autoveículos, indicando aumento dos investimentos no plantio e colheita de grãos. Mostrou, ainda, a reação dos produtores brasileiros à frustração de safras em países afetados por graves problemas climáticos, como a Rússia e a Argentina.
No mês passado, segundo os dados da associação das montadoras (Anfavea), as vendas internas de máquinas agrícolas cresceram 1,6% sobre julho e 29,4% sobre agosto de 2009. Entre os primeiros oito meses de 2009 e 2010, a alta foi de 45,7%. Os dados de produção, que incluem as exportações, foram ainda maiores: 8.565 unidades de tratores, cultivadores, colheitadeiras e retroescavadeiras foram fabricadas no mês e 60.921, no ano, com crescimento de 53,5% em relação a igual período de 2009.
Além da produção e das vendas, o aumento no emprego no setor de máquinas automotrizes, de 2,9%, no mês, e de 26,5%, em relação a agosto de 2009, ocorreu em porcentuais mais elevados que os das montadoras de autoveículos (0,7% e 10,3%, respectivamente).
Em agosto a produção total da indústria automotiva atingiu 329,1 mil veículos, com aumento de 3,4%, em relação a julho, e de 11,5%, em relação a agosto de 2009. Comparando os meses de janeiro a agosto dos dois períodos, o crescimento da produção foi ainda mais acelerado (+17,5%), mas também é reflexo do desempenho insatisfatório do primeiro semestre de 2009. As vendas alcançaram 312,8 mil unidades, no mês passado, e somaram 2,19 milhões, entre janeiro e agosto. O presidente da Anfavea, Cledorvino Belini, projeta vendas de cerca de 300 mil unidades/mês até dezembro, estimuladas pela confiança dos consumidores.
Boas condições de financiamento e o ingresso de novos consumidores que ascenderam à classe C são os principais fatores que contribuíram para o aquecimento do mercado interno. Mas os consumidores também foram beneficiados pela concorrência dos importados. Os licenciamentos de veículos nacionais aumentaram 5,7% entre 2009 e 2010, mas as importações cresceram 35,8% – chegando a 394 mil unidades em oito meses. A participação dos importados nas vendas internas foi de 15,6% para 18%.
Mais difícil será, em 2011, manter o ritmo de crescimento deste ano, cujos números foram ajudados pela liberalidade fiscal e monetária em ano eleitoral e pelo desafio de manter o crescimento das exportações, beneficiadas, estatisticamente, pela comparação com 2009.

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Cesta básica mais barata

Cesta básica ficou mais barata no país quase todo.
O preço da cesta básica foi reduzido, de julho para agosto, em 16 das 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Levantamento divulgado ontem informa que a cesta só ficou mais cara em Porto Alegre, onde subiu 1,36%. A capital gaúcha tomou de São Paulo a condição de cidade com cesta mais cara (R$ R$ 240,91).
    Em Natal (RN) e Recife (PE), a queda de preços dos produtos foi superior a 6% em agosto. As menores reduções foram registradas em Florianópolis (SC) e Goiânia (GO) – menos de 1%. De janeiro a agosto, Goiânia é a capital em que o custo da cesta mais subiu (12%). E Brasília é onde o preço mais caiu (quase 4%).
    O Dieese constatou que caíram, na maioria das capitais, os preços do tomate, do arroz, do açúcar, do leite e do feijão. Ao contrário, subiram os preços da carne, óleo de soja, pão e farinha de trigo. 

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Educação - Um retrato de uma transformação revolucionária e silenciosa


Até 1999, universidades de 13 Estados brasileiros do Norte, Nordeste e Centro-Oeste, sejam públicas ou privadas, não tinham formado um único doutor. Dez anos depois a realidade é bem outra.
A redução da desigualdade na pós-graduação é uma marca. Foi necessário um operário metalúrgico sem diploma chegar à presidência do Brasil para registrar esse feito histórico. Hoje, só Acre e Roraima ainda estão fora da lista.
Em 10 anos, a formação de mestres e doutores no Centro-Oeste e no Norte cresceu mais de 600%. Um conjunto de políticas foram criadas nos últimos anos para fortalecer a pós-graduação em regiões desfavorecidas, priorizando linhas de pesquisas regionais e apoiadas em distribuição de bolsas de estudos. O programa Bolsa para Todos prevê que 100% dos doutorados das regiões Norte e Centro-Oeste e grande parte dos mestrandos recebam auxílio no curto prazo, informa Valor.
A desigualdade persiste entre as regiões mais ricas e o resto do país. Mas que passo gigantesco o que foi realizado!
O crescimento foi acompanhado de uma melhor distribuição regional, ainda muito perversa. Em 1999, 88% dos pesquisadores brasileiros saiam dos Estados do Sul, Sudeste e DF. Hoje, essas mesmas regiões representam 79%.
Um verdadeiro apelo para prosseguir no caminho empreendido e continuar mudando. Fazendo assim realidade o slogan do Brasil, um país de todos.
Doutorado_Valor
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O quadro é do jornal Valor.

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Indignação de ocasião

Por que Serra não se indignou no ano passado com esta reportagem [abaixo], feita no ano passado?...
Não lhe convinha?...
Não dava votos?...
Não o preocupava?...
Sei não, mas tenho a impressão que o tucademo e seus marketeiros deram outro tiro no pé.
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