Do Blogueiro Briguilino

Homenagem as professoras

Ser professor é professar a fé e a certeza de que tudo terá valido a pena se o aluno sentir-se feliz pelo que aprendeu com você e pelo que lhe ensinou...

Ser professor é consumir horas e horas pensando em cada detalhe daquela aula que, mesmo ocorrendo todos os dias, a cada dia é única e original...


Ser professor é entrar cansado numa sala de aula e, diante da reação da turma, transformar o cansaço numa aventura maravilhosa de ensinar e aprender...

Ser professor é importar-se com o outro numa dimensão de quem cultiva uma planta muito rara que necessita de cuidados, atenção, amor e carinho.


Ser professor é ter a capacidade de "sair de cena, sem sair do espetáculo".


Ser professor é apontar caminhos, mas deixar que o aluno caminhe com seus próprios pés...

Por estas e tantas outras definições que existem sobre o professor é que presto esta singela homenagem a todos os professores  e professoras do Brasil. 

Em especial dedico esta homenagem com amor, carinho e afeto a minha professora Lú, que me ensinou a  ama-la cada dia um muitão mais.
Obrigado!

Caros blogueiros e blogueiras

Companheiros blogueir@s 
Trazemos boas-novas! A #dilmanarede criou um espaço dedicado especialmente à blogosfera dilmista. A nova Central de Conteúdos foi desenvolvida com o objetivo de facilitar o seu acesso à informações fresquinhas, que possam auxiliá-l@ na produção de conteúdos para o seu blog.  

São vídeoschargesfotografiasbanners e textos que poderão inspirá-l@ na elaboração dos seus posts., você também encontrará widgets e tutoriais sobre como transmitir eventos ao vivo, entre outros. Além disso, você poderá acessar a lista completa dos blogs cadastrados na nossa rede. 

Veja, a seguir, os destaques da nossa Central:

Espalhe a verdade
Se você receber mentiras sobre a Dilma na web ou nas ruas, encaminhe para o e-mailespalheaverdade@dilmanarede.com.br. Esse canal de comunicação tem o objetivo de agilizar a nossa militância on-line a esclarecer a campanha difamatória contra Dilma.

Rebata o Serra
Os fatos são nossa munição contra a boataria. A memória é o nosso antídoto contra a mentira. Confira alguns posts que desmascaram as mil caras de José Serra. Acesse: dilmanarede.com.br...

Noutras teias
Além da #dilmanarede, agora também estamos no Dilma Presidente ,  Facebook  e no Twitter. Venha conosco e convide outros blogueir@s a se juntarem a nós!

Canal direto
Dúvidas? Utilize este espaço aqui: dilmanarede.com.br...
O canal também pode e deve ser utilizado para criticar. Mas veja lá: o dia 31 está logo ali. Por isso, lembramos que as melhores críticas são as que vêm acompanhadas de sugestões. 

Afinal, a nossa #dilmanarede é colaborativa!
L3R ? 3NT40 CL1K N0 4NÚNC10 QU3 T3 1NT3R3SS4 ! 4GR4D3Ç0 !

Homenagem ao dia do professor



As bolas de papel na cabeça,
Os inúmeros diários para se corrigir,
As críticas, as noites mal dormidas...
Tudo isso não foi o suficiente
Para te fazer desistir do teu maior sonho:
Tornar possíveis os sonhos do mundo.

Que bom que esta tua vocação
Tem despertado a vocação de muitos.
Parece injusto desejar-te um feliz dia dos professores,
Quando em seu dia-a-dia
Tantas dificuldades acontecem.
A rotina é dura, mas você ainda persiste.
Teu mundo é alegre, pois você
Consegue olhar os olhos de todos os outros
E fazê-los felizes também.

Você é feliz, pois na tua matemática de vida,
Dividir é sempre a melhor solução.
Você é grande e nobre, pois o seu ofício árduo lapida
O teu coração a cada dia,
Dando-te tanto prazer em ensinar.

Homenagens, frases poéticas,
Certamente farão parte do seu dia a dia,
E quero de forma especial, relembrar
A pessoa maravilhosa que você é
E a importância daquilo do seu ofício.
É por isto que você merece esta homenagem
Hoje e sempre, por aquilo que você é
E por aquilo que você faz
.

                FELICIDADES!!! 
                                                     
                                                     Autor desconhecido

Mídia - regulamentação e hipocrisia



 O ministro Franklin Martins foi à Europa convidar entidades internacionais para que participem de um seminário que será organizado pelo governo federal em novembro, no qual será discutido um projeto de regulamentação da comunicação por meios eletrônicos no Brasil.

A proposta será discutida pelos próximos parlamentares, que têm mandato até 2014, num amplo processo de debates como é da regra do jogo democrático. O mesmo caminho foi trilhado pelos demais países democráticos que aprovaram em seus Parlamentos legislações de regulação da mídia.
A mídia não é um segmento econômico qualquer. Seu produto são os fatos, as opiniões e as ideias, importantes para o debate político, para a fiscalização dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, para a formação da opinião pública. Mas a mídia, como outros segmentos econômicos, precisa ser regulada para que se impeça que meios de comunicação exerçam seu poder significativo de mercado, ou seja, a força de seu monopólio, quando ele ocorre, em detrimento dos direitos do cidadão e das liberdades individuais.
Embora as legislações modernas dos países desenvolvidos contemplem a regulação da mídia como peça importante da garantia dos direitos democráticos, as entidades que representam os maiores jornais e as redes de TV e Rádio já estão em alerta. Especularam, em seus jornais, que o governo do presidente Lula estuda medidas “autoritárias” de “limitação da liberdade de imprensa”.
Esse receio só pode ser fruto de ingenuidade ou má-fé: a viagem do ministro à Europa se dá justamente em um momento em que o Velho Continente, por meio da União Europeia, também está discutindo a regulamentação do setor.
No caso europeu, há necessidade de atualizar as leis vigentes para contemplar as possibilidades mais recentes de comunicação pela Internet. Já no Brasil, a necessidade de revisão é mais ampla, pois a legislação da radiodifusão data de 1962, mais do que ultrapassada. Uma legislação caduca, atropelada pelo advento da Internet e da convergência tecnológica que permite que por meio da mesma rede se transmita múltiplos serviços. Pelo celular, por exemplo, se pode acessar a Internet, ler notícias, mandar e-mails, jogar e assistir aos programas de televisão.
Essa nova realidade de comunicação multimídia por diversos meios, que vão muito além do rádio e da TV, exigem uma nova regulação. Em primeiro lugar, para evitar que a entrada em cena das operadoras de telecomunicações, fortes e poderosas, formem novos monopólios, aumentado ainda mais a concentração de mercado. Em segundo, para impedir que as empresas de mídia atuais ampliem seu poder de mercado, sem mecanismos de controle social. E mais do que isso: é preciso garantir espaço para as produções de conteúdo nacional.
Isso os países europeus já têm. Na França, o Conselho Superior do Audiovisual tem a missão de garantir que os canais de rádio e televisão reflitam a diversidade cultural francesa por meio da democratização das outorgas de transmissão e do controle de origem dos conteúdos: nas rádios, há uma cota de músicas em língua francesa que tem de ser transmitida, e, na TV, 60% do conteúdo tem de ser europeu —e, destes, 40% de origem francesa.
O CSA francês é formado por dez conselheiros, sendo que nove deles são indicados pelo governo (três pelo presidente, três pelo Senado e três pela Câmara dos Deputados). Esse modelo predomina na Europa. No Reino Unido e em Portugal, existem ainda órgãos governamentais aos quais a população pode encaminhar reclamações referentes à qualidade da programação e do conteúdo jornalístico dos canais que desfrutam de outorgas públicas.
No caso português, um dos mais recentes na Europa (foi instituído em 2005), a regulação atinge também os jornais impressos, os blogs e os sites independentes. Mesmo nos Estados Unidos, ainda tido como expoente máximo da democracia pelas empresas de comunicação brasileiras, justamente pela ausência de uma regulamentação unificada e sólida, um órgão forte —o FCC (Comitê Federal de Comunicação, em inglês)— regula o conteúdo das emissoras de televisão para evitar abusos contra os consumidores e cidadãos.
As limitações de propriedade lá são ainda maiores do que aqui no que se refere à comunicação de massas.
Nos países desenvolvidos, falar em regulamentação não causa furor, nem tentativas de rotulagem como aqui no Brasil. A compreensão mais ampla sobre seus direitos e suas responsabilidades, especialmente as socioculturais, permite com que europeus debatam de forma aberta a regulação do setor de comunicações, inclusive com a participação das empresas e profissionais.
É apenas disso que se trata a proposta apoiada pelo PT e que os monopólios brasileiros demonizam, como se temessem mortalmente o escrutínio de sua própria audiência. São medidas de inclusão social e cidadã adotadas em países de tradição democrática forte e consolidada, portanto, em nada se assemelha ao tolhimento da liberdade de expressão ou a autoritarismo.
No Brasil, no entanto, são tratadas como “ditatoriais” pela mídia corporativa, que busca a autorregulação à margem do Estado e da opinião do povo brasileiro. Seria mais produtivo que abandonassem tal hipocrisia e abraçassem o importante papel que têm em mãos: o de contribuir para o desenvolvimento do país nesse setor tão crucial para o nosso futuro.
José Dirceu

L3R ? 3NT40 CL1K N0 4NÚNC10 QU3 T3 1NT3R3SS4 ! 4GR4D3Ç0 !

Quando a biografia desmente o dono

AYRTON CENTENO
    Campanha eleitoral tem mil e uma utilidades. Uma delas é mostrar o que é transformado no que não é. Para isso, serve-se o candidato de sua capacidade de mimetizar referências positivas. No primeiro turno, apontado nas pesquisas qualitativas como o “candidato dos ricos”, José Serra metamorfoseou-se no pobre “Zé da Moóca”, o “amigo do Lula”. Mas a nova identidade não colou. Até seu mentor FHC chiou: “Serra não é Zé, Serra é Serra!” Então, voltou a ser Serra. É do jogo. Mas, convenhamos, o disfarce deste segundo turno vai além do decoro e do respeito às coisas sabidas e consabidas. Agora, Serra ou Zé ou Serra é “o homem do bem”. E é, convenhamos, demais até para as regras complacentes das fantasias eleitorais.
    Adversários e aliados, esquerda e direita, conservadores e progressistas, todo o mundo da política sabe que Serra, Zé ou Serra não cabe no novo figurino.
    “Serra é mais feio na alma do que no rosto”, carimbou Ciro Gomes. Integrante do PSDB até 1996, portanto ex-companheiro de viagem do tucano, Ciro já declarou que Serra “não tem escrúpulos” e “passaria com um trator até por cima da mãe”. Acusou-o de ser truculento e de agir destrutivamente. Ele sabe do que fala. A transformação da internet em uma cloaca nazista, plena de ódio, mentira e preconceito serve como ilustração.
    Relata a crônica política que sua antiga aliada do PFL, Roseana Sarney, e seus companheiros de PSDB, os ex-ministros Paulo Renato e Pedro Malan e o senador Tasso Jereissati – estes três adversários de Serra na disputa interna do PSDB à sucessão presidencial em 2002 – sabem bem como é amarga a condição de quem se atravessa no caminho do “homem do bem”.
    Mas um “homem do bem” precisa ter a coragem de assumir o que faz. Um “homem do bem” precisa dar respostas. E respostas convincentes. Serra, alvo de muitas perguntas, não costuma dá-las.
    Precisa explicar, por exemplo, como seu dileto amigo, primo político e ex-sócio, Gregório Marin Preciado, mais conhecido como “Espanhol”, conseguiu reduzir sua dívida no Banco do Brasil – na época de FHC presidente e Serra ministro — de R$ 448 milhões para apenas R$ 4,1 milhões! Menos de 1% do que devia! Quais dos milhões de credores do BB não gostariam de um tratamento vip desses? Mas não é para qualquer bico e sim para bico de tucano…Pelo menos, parece que naqueles  tempos era assim.
    Precisa explicar porque alojou o mesmo Preciado no conselho de administração do Banespa, banco de todos os paulistas, mais tarde privatizado, segundo o receituário tucano. Não antes do Banespa perder dinheiro grosso em negociações com o dito Preciado.
    Precisa explicar como o “Espanhol”, mesmo quebrado, arranjou US$ 3,2 milhões para depositar no exterior, através da conta Beacon Hill, no banco JP Morgan Chase, em Nova Iorque. Boa parte da bolada favoreceu empresa vinculada a Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-caixa de campanha de Serra e também de FHC, alvo de vários processos por conta das privatizações da Era Tucana.
    Precisa explicar como e porque seu ex-caixa ajudou o querido primo, antigo sócio e sempre amigo Preciado — este sem vintém e devendo ao Banco do Brasil — a comprar três estatais de energia elétrica – Coelba, da Bahia, Cosern, do Rio Grande do Norte, e Celpe, de Pernambuco. Representante da empresa Iberdrola, da Espanha, Preciado conseguiu, sempre com a mão amiga do ex-caixa de Serra, formar o consórcio Guaraniana que arrematou as três empresas estaduais. E tudo em sociedade com o BB. Ou seja, deu-se uma mágica segundo a qual um grande devedor do BB tornou-se sócio do próprio credor para comprar patrimônio público do povo brasileiro!
    Precisa explicar porque a maior parte do dinheiro de Preciado trafegou no exterior justamente em anos eleitorais, especialmente em 2002, quando o amigo, sócio e primo Serra disputou a Presidência contra Lula. Foram US$ 1,5 milhão. Mera casualidade? Serra deve explicar.
    Precisa explicar porque, junto com o primo e então sócio Preciado, desfez-se às pressas de um imóvel que seria penhorado por dívidas junto ao Banco do Brasil. Teriam praticado aquilo que é conhecido como “fraude pauliana”? Em outras palavras, fraude contra credor, impedindo-o de se ressarcir do dano sofrido?
   Precisa explicar como foi exatamente que sua filha e ex-sócia, Verônica Serra, tornou-se também sócia de outra Verônica, esta Dantas, irmã do banqueiro Daniel Dantas, na empresa Decidir em Miami. E qual exatamente foi o papel do banco Opportunity, de Dantas, no financiamento da empresa? Dantas que, por outra coincidência, arrematou várias estatais na era de ouro da privataria e, em uma de suas últimas aparições públicas, portava elegantes algemas aplicadas pelo delegado Protógenes Queiroz, da PF.
    Precisa explicar porque, durante muitos anos, omitiu das declarações à Justiça Eleitoral sua sociedade com a filha Verônica na ACP Análise da Conjuntura, firma que operava em São Paulo em imóvel do primo, ex-sócio e amigo Preciado. Por quê?              
    Precisa explicar a penca de empresas de nomes iguais ou similares – como se fosse preciso despistar alguém — abertas por sua ex-sócia e filha, além do genro Alexandre Bourgeois, no Brasil e em paraísos fiscais.
    Precisa explicar porque o alto tucanato abriu tantas empresas em paraísos fiscais do Caribe, notadamente no Citco Building, em Road Town, nas Ilhas Virgens Britânicas, e coincidentemente no tempo das privatizações. De onde saiu tanto dinheiro?
    Precisa explicar, aliás, onde foi parar mesmo o dinheiro das privatizações?
    É árduo senão impossível responder estas perguntas, todas oriundas de reportagens, representações do Ministério Público Federal, ações judiciais e relatórios de CPIs. Perguntar-lhe também tem sido difícil. Não somente pelo compromisso dos donos da mídia com o candidato, mas pela sua recorrente reação às raras questões embaraçosas apresentadas pelos repórteres. O tratamento padrão dado àqueles que dele divergem ou o questionam não ajuda na composição da alegoria de “homem do bem”. As redações sabem que, na pele de Serra ou Zé, a resposta pode ser igualmente brusca e destemperada. Foi assim nesta semana e assim tem sido ao longo de toda a campanha. Mas é um momento jornalisticamente revelador porque o candidato exibe-se inteiro como realmente é: autoritário e prepotente.
    O problema de Serra reside em um ponto: a categoria de “homem do bem” não é autoconcedida. Depende dos outros, de seus juízos e de toda uma história de vida e de escolhas. Do que se fez e do que se deixou de fazer. E do que se está fazendo exatamente agora.
    Serra pode querer ser, por conveniência, o “homem do bem”. Mas sua biografia diz não.

L3R ? 3NT40 CL1K N0 4NÚNC10 QU3 T3 1NT3R3SS4 ! 4GR4D3Ç0 !

Pandora inesgotável

A inesgotável pandora 


As investigações do esquema do governo Arruda no Distrito Federal prosseguem. Na mira da PF, os senadores Agripino Maia (direita) e Sérgio Guerra (esquerda). Por Leandro Fortes. Fotos: Ana Amara/DN e William Volcov/ AE
Em 27 de novembro de 2009, o delegado Wellington Soares Gonçalves, da Diretoria de Inteligência da Polícia Federal, deu uma batida no gabinete de Fábio Simão, então chefe de gabinete do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, do DEM. A ação, autorizada pelo ministro Fernando Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), fazia parte da Operação Caixa de Pandora, realizada em conjunto com o Ministério Público Federal, responsável pela desarti-culação de uma quadrilha montada no governo local movida a corrupção pesada e farta distribuição de propinas.
Na sala de Simão, a equipe de policiais federais encontrou um CD com a seguinte inscrição: “Dist. De Dinh. Da Qualy, 8/10/2005”. Levado à perícia, o disco se revelaria um indício comprometedor contra dois dos principais líderes da oposição no Congresso Nacional, os senadores Agripino Maia, do DEM do Rio Grande do Norte, e Sérgio Guerra, do PSDB de Pernambuco. Guerra ocupa também a presidência nacional do partido e coordena a campanha de José Serra à Presidência.
Feita a análise pela Divisão de Contra-inteligência da PF, descobriu-se que o CD possuía um único e extenso arquivo de áudio e vídeo, de 42,4 megabytes, com 46 minutos e dois segundos de duração. Nele estava registrada a conversa entre um homem não identificado e uma mulher identificada apenas como Dominga.
A investigação dos federais revelou que Dominga era auxiliar de serviço -geral de uma companhia chamada Inteco, depois contratada pela Qualix Serviços Ambientais, empresa de coleta de lixo do Distrito Federal apontada como um dos sorvedouros de dinheiro público do esquema de corrupção do DEM em Brasília e parte de uma disputa política na qual se contrapõem Arruda e o também ex-governador Joaquim Roriz, do PSC. O chefe de Dominga era Eduardo Badra, então diretor da Qualix, para quem ela organizava a agenda, fazia depósitos bancários e “serviços particulares”. Na conversa com o amigo desconhecido, Dominga explicou que serviços eram esses.
O trabalho da secretária era o de, basicamente, telefonar para os beneficiários de um esquema de propinas montado na casa de Badra e, em seguida, organizar a distribuição do dinheiro. De acordo com as informações retiradas do CD apreendido no gabinete de Simão, as pessoas para quem Dominga mais ligava eram, justamente, Agripino Maia, Sérgio Guerra e Joaquim Roriz.
Também recebiam ligações da secretária Valério Neves, ex-chefe de gabinete de Roriz, e dois dirigentes da Belacap, estatal responsável pelo serviço de ajardinamento e limpeza urbana do Distrito Federal: Luís Flores, diretor-geral da empresa, e Divino Barbosa, diretor operacional. Flores é primo de Weslian, mulher de Joaquim Roriz, alçada pelo marido candidata do PSC ao governo do DF depois que ele desistiu da disputa, temeroso de ver sua candidatura cassada por ficha suja.
Segundo Dominga, quando a Qualix estava para receber valores de contrato da Belacap, Badra a obrigava a dar telefonemas “dia e noite”, não sem antes entrar em contato com um doleiro identificado como Faied, para saber quando ele poderia entregar o dinheiro, tanto em dólar quanto em real. De acordo com as informações da secretária, as propinas eram acomodadas em caixas de arquivos de papelão com montantes de 50 mil reais a serem distribuídos entre quadras de Brasília ou no estacionamento do restaurante Piantella, um dos mais tradicionais da capital federal, frequentado por políticos e jornalistas, de propriedade do advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay. Lá, entre acepipes e vinhos caros, os interessados jantavam e decidiam como e quando seriam feitas as partilhas.
Procurados por CartaCapital, os senadores Maia e Guerra responderam por meio de assessores de imprensa. Guerra, ponta de lança da ofensiva udenista montada pelo PSDB para atacar a candidata do PT, Dilma Rousseff, foi eleito deputado federal pelo PSDB de Pernambuco em 3 de outubro. Ele admite ser amigo de Badra há 30 anos, desde que se conheceram em uma exposição agropecuária. Segundo ele, o vídeo apreendido pela PF cir-cula por Brasília desde 2006 e, garante, trata-se de uma armação contra ele e outros políticos. “Entre mim e o Eduardo nunca houve outro relacionamento senão o de amizade, que vai continuar”, avisa.
Maia foi ainda mais econômico com as palavras. Garante não ter nenhuma relação com Badra, de quem só se lembra de ter encontrado, “anos atrás”, para tratar de uma proposta da Qualix para se instalar no Rio Grande do Norte. O senador do DEM afirma ter sido procurado por outros órgãos de imprensa para falar sobre o mesmo assunto, mas que estes teriam se desinteressado logo depois de confrontados com a versão apresentada por ele.
Nas redações de Brasília, a história é outra: nada foi publicado por pressão da campanha de Serra, em abril deste ano, para que a candidatura do tucano não se iniciasse com um escândalo envolvendo o presidente do partido e um líder do principal partido aliado, o DEM. Temiam, os tucanos, uma sinistra repetição da circunstância que, em 2005, derrubou do mesmo cargo o senador Eduardo Azeredo, mentor do “mensalão” do PSDB de Minas Gerais, ao lado do publicitário Marcos Valério de Souza, mais tarde flagrado no mesmo serviço de alimentação de caixa 2 para o PT.
O esquema denunciado pela secretária Dominga é cheio de detalhes e, ainda hoje, surpreende a PF pelo grau de ousadia. As caixas eram colocadas em porta-malas de carros da quadrilha e, em seguida, repassadas pessoalmente por Badra a quem de direito. Nessa empreitada, revelou Dominga, ajudavam outros dois diretores da Qualix, Pedro Gonzales Campoamor, de Brasília, e Roberto Medeiros, de São Paulo. A secretária cita como origem dos recursos duas agências bancárias situadas no Setor Comercial Sul de Brasília, uma do Bradesco, outra do Banco de Brasília (BRB).
De acordo com a investigação da PF, o dinheiro distribuído aos personagens citados no CD, entre os quais brilham Guerra e Maia, apelidados por Dominga de “pessoal da Belacap”, chegou a mais de 300 mil reais. Parte dos pagamentos, segundo a gravação obtida no GDF, ia para personagens identificados como criadores de cavalos registrados na conversa, alguns, como a própria secretária, sem registro de sobrenome. Entre eles, Mário de Andrade, Ana Lúcia Fontes, Ana Lúcia Junqueira e Alberto. Também aparecem nomes sem especificação como Marci Bagarolli, Carlos Junqueira, Gilda, Ana Jatobá, Antonio Clareti Zandonait e Daniel.
A ação da Polícia Federal foi feita de surpresa na residência oficial de Águas Claras, onde Simão mantinha um gabinete pessoal. Ao chegar ao lugar, os agentes verificaram que todas as portas estavam abertas,- inclusive a de acesso ao prédio principal, com exceção daquela do gabinete de Simão. Por volta das 6h30, a PF acionou o serviço de um chaveiro para abrir a porta do auxiliar de Arruda, mas um funcionário anunciou que iria pegar as chaves. Em vão. Nenhuma delas abria a porta do chefe de gabinete. Foi preciso arrombar uma janela para que, então, os federais pudessem entrar no local, por volta das 7 horas.
Às 7h15, segundo relato da PF, a mulher do governador, Flávia Arruda, chegou ao local para tomar conhecimento do mandado de busca e apreensão, mas em seguida foi embora, após informar que não tinha interesse em acompanhar a ação policial. A primeira coisa encontrada pelos agentes foi uma bolsa preta, escondida atrás de uma mesa, com cédulas de reais e dólares. Às 8h50, chegou José Gerardo Grossi, advogado de Arruda, também para verificar os termos do mandado e acompanhar a busca.
A PF decidiu investigar a vida de Simão porque ele foi denunciado pelo ex-secretário distrital de Relações Institucionais Durval Barbosa, delator do chamado “mensalão do DEM”. Em um vídeo entregue ao Ministério Público Federal por Barbosa, ele mantém uma conversa com o representante de empresas de informática Agenor Damasceno Beserra. Os dois tratam de detalhes de uma licitação, estabelecem quem deve ganhar a disputa e como deve ser feito um aditivo de 4 milhões de reais. No diálogo, Beserra confirma ser Simão, chefe de gabinete de Arruda, o principal interessado na liberação do contrato e no aditivo.
De acordo com o relatório da PF, o exe-cutivo Badra mora em São Paulo. Em Brasília, costumava se hospedar em um hotel no Setor Hoteleiro Sul. Mas, por causa da conversa gravada entre Dominga e o amigo, descobriu-se que ele chegou a alugar uma casa no Lago Sul de Brasília para promover “reuniões mais privadas”. Era lá que Dominga trabalhava. Badra também utilizava um apartamento do diretor da Qualix Pedro Campoamor, no bairro do Sudoeste. Em abril de 2009, relata a PF, a casa de Campoamor foi assaltada, os ladrões levaram 100 mil reais, mas nenhuma ocorrência foi feita na polícia.
CartaCapital teve acesso aos documentos produzidos pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal na semana passada, quando os envolvidos acreditavam que o assunto estava enterrado pela burocracia. A Operação Caixa de Pandora, responsável pela prisão de Arruda e pela exposição do mais explícito espetáculo de corrupção da história do País, graças aos vídeos do delator Durval Barbosa, segue a todo vapor. Desde novembro de 2009, quando o CD de Dominga foi apreendido, um grupo de investigadores da Divisão de Inteligência da PF trabalha nos desdobramentos da operação. Os federais estão de olho, sobretudo, na guerra iniciada, há dez anos, em torno dos contratos de coleta de lixo no Distrito Federal.
A Qualix faz parte desse pacote de investigações. A empresa, terceirizada a partir do governo Roriz, deteve praticamente o monopólio da coleta de lixo do DF entre 2000 e 2006, embora “quarteirizasse” serviços a outras duas empresas, a Nely Transportes e a Construtora Artec, de propriedade de César Lacerda, ex-deputado -distrital do PSDB, ligado à ex-governadora tucana Maria de Lourdes Abadia. Candidata derrotada ao Senado nas últimas eleições, Abadia assumiu o governo do DF em junho de 2006, quando Roriz renunciou para se candidatar à mesma Casa. Acabou eleito, mas foi obrigado a renunciar ao mandato para não ser cassado por corrupção.
A rápida passagem de Abadia pelo governo distrital serviu para iniciar a guerra pelo controle dos contratos de lixo na capital federal e nas cidades-satélites. Não é por menos. Na última década, os cofres públicos distritais despejaram mais de 2 bilhões de reais nesses contratos, quase todos suspeitos e cheios de vícios. Abadia, aliada a Roriz, conseguiu quebrar o monopólio da Qualix, defendida pela turma de Arruda e do ex-secretário de Saúde Augusto Carvalho, deputado federal pelo PPS. Assim, dividiu o bolo do lixo com a Artec e mais duas outras empresas, ambas de Brasília, a Caenge Engenharia e a Valor Ambiental.
Essa partilha contou com a participação de dois representantes do Ministério Público Distrital, os promotores Leonardo Bandarra, então procurador-geral de Justiça, nomeado por José Roberto Arruda, e Deborah Guerner, por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Em depoimento ao Ministério Público Federal, Barbosa acusou a dupla de ter facilitado a vida das empresas de lixo, além de ter recebido 1,6 milhão de reais para vazar informações, em 2008, sobre ações de busca e apreensão da Operação Megabyte, da Polícia Federal, realizada contra empresas de informática contratadas pelo governo. Em 7 de junho deste ano, o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) instaurou, por unanimidade, um processo administrativo disciplinar contra Bandarra e Deborah Guerner para investigar o envolvimento de ambos no esquema.
Uma semana depois da decisão do CNPM, a Polícia Federal foi à casa da promotora e descobriu, enterrado no quintal, um cofre com cerca de 300 mil reais. Os agentes saíram ainda com várias caixas com documentos da Caenge Engenharia e da Valor Ambiental, justamente as duas empresas colocadas no esquema por pressão da dupla Abadia-Roriz. Há duas semanas, a PF voltou ao jardim de Deborah Guerner e achou outro cofre enterrado, este recheado de mídias de informática e, para desespero de muita gente, mais CDs com gravações de áudio e vídeo.
À Corregedoria do Ministério Público, Barbosa afirmou ter participado de uma reunião na casa da procuradora, onde estiveram presentes Arruda, o ex-vice-governador Paulo Octavio Pereira e Bandarra para, justamente, acertar os termos da divisão do contrato do lixo. Embora ainda estejam sob investigação, Bandarra e Deborah Guerner continuam no Ministério Público. A promotora entrou com um pedido de aposentadoria, ainda não deferido, por conta da sindicância aberta pelo órgão.
A partir de 2006, na transição do governo do PSDB de Abadia para o DEM de Arruda, os contratos do lixo passaram a ser renovados emergencialmente, sem licitação a cada seis meses. Somente em junho de 2010 o governo conseguiu finalizar uma nova concorrência. Além da Qualix, participaram os suspeitos de sempre: Construtora Artec, Valor Ambiental, Caenge Engenharia, Nely Transportes e, novata no esquema, a Delta Construções.
De acordo com informações do Siggo, o sistema de acompanhamento de gastos feito pela Câmara Legislativa do Distrito Federal, a vencedora do primeiro lote da licitação realizada neste ano foi a Delta Construções, com o preço de 368,9 milhões de reais. A Qualix ficou em segundo, com 383,1 milhões de reais. A empresa Valor Ambiental foi a ganhadora do segundo lote, com o preço de 210 milhões reais, sete milhões de reais a menos que a segunda colocada, novamente a Qualix, com 217,1 -milhões de reais. No terceiro lote, a vencedora foi a Construtora Artec, com 173 milhões de reais. Em segundo, ficou a Delta, com 174 milhões de reais. Por meio de liminares, a Qualix tem conseguido suspender as contratações do primeiro e terceiro lotes.
De acordo com a assessoria de imprensa da Qualix, a empresa mudou de dono, em junho passado, quando foi comprada pelo fundo privado Arion Capital. No fim de setembro, a empresa se colocou à disposição da Polícia Federal para abrir suas contas e a contabilidade para qualquer investigação. O assessor Paulo Figueiredo informa que a empresa realizou uma ampla auditoria nas contas da gestão passada da Qualix, iniciada em 1998, e não identificou nenhum pagamento ou saída de recursos feita de forma irregular. A decisão de colaborar com a PF veio, justamente, depois de parte da história sobre pagamentos de propinas revelados pela secretária Dominga vazar para a imprensa.
Até junho de 2010, a Qualix pertencia ao grupo argentino Macri, quando entrou em situação pré-falimentar por conta de muitas dívidas.
O Macri chegou a comprometer um terço do faturamento anual da empresa, calculado em 1 bilhão de reais, para pagamentos de faturas de curto prazo a diversos credores. A empresa tem sede em São Paulo e mais 11 filiais em várias capitais brasileiras, algumas com problemas graves. Em agosto, o prefeito de Cuiabá, Francisco Galindo (PTB), encerrou o contrato local com a Qualix pelo fato de a empresa não ter mais condição de colocar a frota de caminhões na rua. O ex-dono da Qualix, Franco Macri, está sob investigação da PF, acusado de enviar dinheiro para o exterior de forma ilegal.

L3R ? 3NT40 CL1K N0 4NÚNC10 QU3 T3 1NT3R3SS4 ! 4GR4D3Ç0 !

Homenagem as professoras

Ser professor é professar a fé e a certeza de que tudo terá valido a pena se o aluno sentir-se feliz pelo que aprendeu com você e pelo que lhe ensinou...

Ser professor é consumir horas e horas pensando em cada detalhe daquela aula que, mesmo ocorrendo todos os dias, a cada dia é única e original...

Ser professor é entrar cansado numa sala de aula e, diante da reação da turma, transformar o cansaço numa aventura maravilhosa de ensinar e aprender...

Ser professor é importar-se com o outro numa dimensão de quem cultiva uma planta muito rara que necessita de cuidados, atenção, amor e carinho.

Ser professor é ter a capacidade de "sair de cena, sem sair do espetáculo".

Ser professor é apontar caminhos, mas deixar que o aluno caminhe com seus próprios pés...

Por estas e tantas outras definições que existem sobre o professor é que presto esta singela homenagem a todos os professores  e professoras do Brasil. 

Em especial dedico esta homenagem com amor, carinho e afeto a minha professora Lú, que me ensinou a  ama-la cada dia um muitão mais.

Obrigado 

L3R ? 3NT40 CL1K N0 4NÚNC10 QU3 T3 1NT3R3SS4 ! 4GR4D3Ç0 !