Embraer

[...] vai vender jatos executivos na China

A poucos dias de sediar cúpula dos Brics, a ilha tropical de Hainan, no sul da China, abrigou outro encontro de emergentes: 250 dos homens mais ricos da segunda economia mundial estavam lá no último fim de semana.
Entre iates milionários e marcas como BMW e Chopard, a Embraer assinou um acordo para financiamento de jatos executivos, a mais recente estratégia para não fechar a sua fábrica no país.
“Ambas as partes confiam no futuro do mercado de aviação executiva chinês”, disse Kong Linshan, presidente da Minsheng Financial Leasing, ao assinar o acordo, ao lado vice-presidente da Embraer Luís Carlos Affonso.
Sem conseguir até agora a autorização chinesa para fabricar o E-190, para até 114 passageiros, a Embraer está agora buscando o aval oficial para produzir no país jatos executivos Legacy 600/650.
A empresa avalia que a visita da presidente Dilma Rousseff, semana que vem, será decisiva para a fábrica que mantém em Harbin (nordeste da China), praticamente parada por falta de encomendas ao único modelo que está autorizado a fabricar.
Aberta em 2002, a joint venture entre a Embraer e a estatal Avic 2 só está autorizada a produzir o modelo ERJ-145, para 50 passageiros, já sem mercado. A última unidade em fabricação deveria ser entregue no primeiro semestre deste ano -procurada, a empresa não informou se a fábrica está parada.
Como a China tem resistido a autorizar a construção do E-190, supostamente para privilegiar o projeto de um avião chinês, a Embraer recentemente propôs a Pequim fabricar os jatos executivos.
A parte técnica é fácil, já que os Legacy 600/650 são construídos na mesma plataforma do ERJ-135. O problema parece ser o pequeno mercado chinês para esse tipo de avião.
“Simplesmente não há demanda suficiente para o Legacy 600 na China para manter uma linha de produção inteira”, diz o analista Brendan Sobie, do Centro para a Aviação da Ásia e do Pacífico, com sede na Austrália.
Sobie disse que a falta de estrutura nos aeroportos para jatos executivos é um dos problemas. “Outro tema é cultural. Ao contrário de regiões como o Oriente Médio, as pessoas e as empresas na China não gostam de se exibir usando jatos.”
De fato, dos 115 aviões da Embraer vendidos à China desde 2000, todos são aviões comerciais -nenhum jato executivo. Desses, 41 são ERJ-145 construídos na fábrica de Harbin, que reúne 250 dos 300 funcionários da Embraer no país.
Segundo dados da Embraer, a empresa tem 60% do mercado chinês de aeronaves até 120 assentos.
“Talvez um dia a Embraer construirá jatos executivos na China, mas no momento a empresa precisa de um programa de aviação comercial viável para manter a sua joint venture em Harbin aberta. O E-190 é realmente a única alternativa”, afirmou Sobie.

Literatura

[...]  O Pequeno Príncipe de 68 anos

Era uma vez um francês que media quase 2 metros de altura, falava português com um sotaque carregado, vestia-se de maneira sóbria e elegante e sabia ser gentil com as pessoas. Um sedutor!
Dono de vasta cultura e de uma memória prodigiosa, sentia-se particularmente estimulado quando lhe pediam para falar de um velho amigo - Antoine-Jean-Baptiste-Marie-Roger Foscolombe de Saint-Exupéry.
- Ah, como foram quase sempre agradáveis nossos voos solitários sobre o Atlântico - divagava melancólico.
E lembrava sobre o quê conversavam. Contava histórias de países exóticos que haviam conhecido juntos. E até se permitia cometer algumas indiscrições sobre determinados hábitos de Saint-Exupéry.
- Meu velho amigo se tornou um dos homens mais famosos do mundo - declamava orgulhoso.
E, provocado, citava de cor trechos inteiros do livro que imortalizou Saint-Exupéry,  O Pequeno Príncipe, que ontem completou 68 anos desde que foi publicado pela primeira vez .
Na França? Não.
Nos Estados Unidos, em inglês e francês, no dia 6 de abril de 1943. Na França, a primeira edição só saiu em 1946. Saint-Exupéry estava morto. Hoje, o livro pode ser lido em 250 línguas e dialetos.
Pois é. Envelheceu o sábio menininho de cabelos louros cacheados que cativou tantas gerações desde então.
Em 1968, o tal amigo de Saint-Exupéry estava no Recife, paparicado pela alta sociedade, na condição de comandante da Varig encarregado da inauguração do voo que ligaria a cidade a Paris.
Fora hóspede do luxuoso Grande Hotel. Estava hospedado no Hotel São Domingos quando o entrevistei para o Jornal do Commercio a pedido de Vladimir Calheiros, editor-chefe do jornal.
Antes de entrevista, reli O Pequeno Príncipe, li Voo Noturno, do mesmo autor, e consultei tudo o que havia sobre Saint-Exupéry em duas pastas do Departamento de Pesquisa do jornal.
A entrevista ocupou a capa do Caderno 2 com direito à chamada na primeira página do jornal.
O francês telefonou no mesmo dia elogiando minha fidelidade ao que ele dissera. Por fim, convidou-me para o voo inaugural da rota Recife-Paris.
Paris!!!
Eu só voara uma vez na vida - assim mesmo entre Recife e Salgueiro, alto sertão de Pernambuco. Uma viagem de menos de uma hora num desconfortável avião do Exército destinado a paraquedistas.
Tinha 18 anos.
O jornal concordou com a viagem a Paris. Exultante, tirei passaporte. Consegui roupa de frio emprestada por amigos. E por fim procurei a gerência da Varig para saber a data do voo.
A gerência da Varig procurava o tal francês desde o dia da publicação da entrevista.
Ele dera um cano nos hotéis onde se hospedara. Enganara as muitas pessoas que o recepcionaram. Não era francês - era argelino. Não era comandante da Varig. Tampouco a Varig pretendia inaugurar a rota Recife-Paris.
Se tinha sido amigo de Saint-Exupéry, não se sabia. Jamais se soube.
Sempre que leio alguma notícia sobre O Pequeno Príncipe me lembro do grande e fascinante vigarista que conheci.
pinçado do Blog do Noblat

Questões sobre a matança na escola em Realengo

Antes de tirar conclusões precipitadas sobre as razões da tragédia na escola de Realengo (RJ), muitas questões precisam ser respondidas. Talvez algumas delas já tenham sido quando você ler este questionário:
1) Quais as armas usadas pelo atirador? Dois revólveres calibre 38? Quais suas marcas?
Isso é importante para saber se são importadas ou, como a maioria das em uso no Brasil, fabricadas no próprio País. Se forem da Taurus ou da Rossi, podem jogar no lixo a culpabilidade pela falta de fiscalização das fronteiras. Se forem importadas, a questão é saber se entraram legalmente ou ilegalmente.
2) Onde o atirador comprou suas armas? Tinha porte de arma?
No debate sobre desarmamento que este caso vai despertar, é fundamental saber se as armas eram legais ou não.
3) Se tiverem sido adquiridas legalmente, inclusive o municiador rápido que ele parecia usar, como ele conseguiu autorização para comprá-las? Quão fácil é comprar esses equipamentos em uma loja ou nas ruas?
4) Quantos tiros o assassino disparou dentro da escola?
Pela quantidade de vítimas e pelo número de tiros que os feridos receberam, o atirador parece ter disparado mais de 25 vezes. Se cada revólver tinha capacidade para seis balas, significa que recarregou as armas mais de uma vez cada uma. Alguém tentou desarmá-lo antes da chegada dos policiais?
5) Quanto tempo demorou entre o início da matança e chegada do sargento que o conteve?
6) A chegada da polícia foi casual, com o sargento sendo alertado por um dos feridos que conseguiu chegar à rua, ou a direção da escola também chamou a polícia?
7) Há alguma conduta de segurança pré-estabelecida nas escolas do Rio e do Brasil para casos de invasão? Há algum procedimento que deve ser seguido? Em caso positivo, foi?
8 ) É uma hora propícia para vendedores de equipamentos de segurança venderem seu peixe. Por isso, quão eficiente e custoso seria instalar detectores de metal na entrada de todas as escolas públicas do País?
9) Há estudos que provam ter diminuído as ocorrências criminais nas escolas dos EUA onde foram instalados detectores de metais?
10) A polícia já encontrou e começou a periciar o computador pessoal do atirador? Encontrou algo de revelador nele? Se ele não tinha computador, sabe-se se frequentava alguma lan-house?
11) Ele participava de alguma rede social? Quem eram seus “amigos” e “seguidores”?
12) É correto tachar o atirador de islâmico ou muçulmano?
É fundamental reconhecer que ele era antes de mais nada uma pessoa confusa, para dizer o mínimo, e que na sua carta-testamento ele escreve literalmente: “(…) que jesus me desperte do sono da morte para a vida”. Muçulmanos não citam Jesus, mas Alá.
13) Obviamente o assassinato em massa foi planejado com muita antecedência: ele comprou as armas, os carregadores rápidos, escreveu a(s) carta(s) testamento. Em alguma fase dessa preparação teria sido possível que alguém desconfiasse de suas intenções? O crime poderia, assim, ter sido evitado? Ou, por ser recluso, não deu pistas a ninguém?
14) Retomar a campanha de desarmamento, que fez cair drasticamente os assassinatos no Brasil entre 2003 e 2005, pode ajudar a evitar que casos como esse se repitam?
15) Nos EUA, onde se tornaram comuns, casos assim costumam estimular outros potenciais atiradores a “sair do armário” e copiar o assassino de Realengo?

José Roberto de Toledo


Vídeo

[...] mostra desespero depois da tragédia em Realengo

O discurso que não vi

Infelizmente ontem não consegui assistir ao discurso do Aócio, amigo do Anestesiado, mas, do que pude ver nos debates....ou da parte dele que despertou mais atenção da platéia  ...posso dizer, com certeza,  que o cara é um lesado mesmo.
Pra começar a turma do escarçamento sacral fazia questão de elogiar as frases de efeito do neto, umas tipo aquelas:  que "o Brasil não foi descoberto só em 2003"; "pra LULA acontecer FHC teve que vir primeiro"; "que há muito a se fazer" etc etc etc
Oras, da minha parte já digo, qualquer debate que se proponha a comparar o passado e que não dê o devido mérito (gigantesco) a este grande líder que foi Luiz Inácio Lula da Silva, da minha parte eu já digo, ou é má fé,ou  ignorância, ou astúcia de desinformado.
Não há o que discutir, LULA pegou o país QUEBRADO, em frangalhos, com desemprego alto, em recessão, com inflação ascendente, sem perspectiva e de cócoras diante da comunidade internacional que detém o capital, esta a qual FHC e turminha liberal tínham nos alinhado e submetido.
De 1990-02 o país só sobreviveu porque tinha patrimônio pra vender, patrimônio (empresas, tecnologia e MERCADO) que grandes brasileiros e gerações inteiras sofreram pra construir, patrimônio que foi DINAMITADO em troca de alguns trocados (mais de US$ 100 bi que evaporaram), patrimônio vendido barato por anões, por corsários travestidos de visonários e empresários. Fora isso o país viu a sua dívida interna e carga tributária aumentar como NUNCA na história deste país.
NUNCA é bom nos esquecermos que em meros 8 anos de THC, com sua estratégia pequena, fomos envolvidos em 5 crises e em 3 defaults  ..um recorde de proporções dantescas que, se não fossemos nós quem somos, até hoje não teríamos conseguido nos recuperar.
Com LULA não, com LULA foi diferente, a começar pela escolha dos parceiros para o momento, com LULA o ccrédito interno e os programas sociaias (de sobrevivência)  finalmente vieram, o crescimento chegou, as rédeas do desenvolvimento foram reencontradas, as contas internas e externas melhor se aprumaram. Industria, comércio, serviços e agricultura bateram recordes, o desemprego deixou de nos perseguir, com LULA o BRASIL voltou (após mais de 4 décadas) voltou a sorrir.
E principal do principal  ..com LUIS INACIO o BRASIL foi capaz de passar praticamente incólume (muito devido às opções de alinhamento que fez) pela MAIOR CRISE ECONOMICA desde 1929, a de 2008.
Então  ..então amigos  ..apesar de eu não ter assistido ao discurso do Neto, e apesar de verificar que a platéia só se fixou neste REVISIONISMO entremeado de lambeduras de bagos, e de promessas às pencas (Aécio chegou a indicar Demóstenes como seu futuro ministro da Justiça) ..então meus amigos, disso tudo eu posso concluir que ontém o Senado viu mais um daqueles exemplos de que mudam-se os personagens, mas o instinto da oposição ainda é o mesmo, o de desmerecer  dos outros e puxar pra si méritos que nunca tiveram, e afastar de si falhas e pecados que cometeram e que nos atrasaram irremediavelemente.
Diante desta constatação, a unica coisa que me resta a dizer é que este governo, o de Dilma, não deve se encantar com os que hoje se pedem de trégua  e a elogiam ..o momento agora é de CRITICAR, propor, reinvidicar, prometer e planejar ...enfim, de PLANTAR, pra que lá na frente possamos colher em abundância, abundância suficiente que nos afaste do risco de vermos estas PRAGAS tucanas voltarem pra nos govenar.
delenda TUCANOS, o Brasil não precisa de vocês !!!!

Massacre em Realengo

Veja a carta que o franco atirador, Wellington Menez de Oliveira escreveu antes de cometer a barbarie.
Veja 

Turismo

Um ~turista yanque estribado foi a Iguatu, visitar o Briguilino. Chegando lá  se surpreendeu ao ver que o blogueiro morava num quartinho muito simples. A mobília era uma cama, uma mesa e uma cadeira.
- Onde estão teus pertences? O Briguilino retrucou:
- Onde estão os teus?...
- Os meus? Espantou-se o yanque.
- Eu estou aqui só de passagem!
- Eu também!



"A vida na Terra é somente uma passagem... No entanto, alguns vivem como se fossem ficar aqui eternamente, e se esquecem de serem felizes."