Habanera

Cidadã cubana

As ruas de Havana parecem as mesmas após os anos de ausência. O Malecón, avenida beira-mar que é o cartão postal da cidade, continua repleto de turistas e "gineteras" tentando arrancar-lhes uns trocados. Do outro lado da baía, de mar verde-escuro intenso, lá está o forte, tal e qual me lembrava.

Mas dessa vez, algo mudou. Não, não foram os oudoors e mensagens pró-revolução espalhados por toda a ilha, que já foi sonho comunista do meu pai, embora tivesso morrido sem conhecê-la. Eles estão lá, intactos.
Também não mudaram os grandes sobrados sombrios e descuidados, repletos de roupas coloridas penduradas em suas fachadas. Ainda posso ver a catedral católica, erguida no meio de Havana velha, símbolo religioso de um povo tão sincretista como o nosso.
Permanecem os risos, as gritarias, a voz alta e cantada tão típica dos cubanos que faz qualquer conversa parecer uma discussão, inspirando o poeta Agustín Tamargo a dizer: "Não sou um cidadão, sou uma paixão que caminha".
Pensativa, caminho pelas ruas estreitas que vão dar no Capitólio (reprodução exata do de Washington) até descobrir o que me incomoda. Subitamente, descubro o que mudou. Não sou mais turista. Não posso mais hospedar-me em hotéis, andar de táxi, almoçar e jantar em restaurantes todos os dias e comprar passeios caros em resorts de Varadero, uma das principais cidades de praia onde não são permitidos cubanos.
A realidade que afeta os cubanos e que observei de fora como turista, de limitações e contradições, agora é a minha. Durante pelo menos um ano, sou cidadã cubana, com direitos e deveres. Não sou mais espectadora, sou protagonista. Cuba é o meu país, Havana minha cidade.
Deixei para trás o caos da metrópole paulistana, conhecida como a cidade que não pára, pelos poucos carros antigos de Havana, que parou no tempo. Troquei um estilo de vida frenético por outro onde não se tem pressa nenhuma. Um apartamento na Paulista por uma casa na baía. O País do futuro pela Ilha de Fidel.
Encaro a realidade que tenho pela frente com tranquilidade, sabendo o que me espera. Meu olhar sobre a cidade de Havana agora é outro. Não sou mais gringa, daqui para a frente, sou uma "habanera".

Where

Faz vários anos que venho realizando umas pesquisas sobre a Atlântida. Nesta semana acabou de ser publicado meu livro W que desvenda novas evidéncias sobre a civilização submersa. Estas novidades são decorrentes do reajuste de todas as datas obtidas pelo método de carbono-14 que aconteceo no ano 2010 e de termos dados muito precissos do fondo do mar obtidos pelo método de altimetria via satélite.

por Jovier Ropero

DES-DEMOCRACIA e desinformação, a unica certeza

Interessante quando vejo pessoas que viveram a época do arbítrio, daquela do cala boca, interessante quando vejo elas defenderem o dia em que vivemos como se estes pudessem ser os melhores dos dias imaginados, pois segundo elas estaríamos vivendo numa democracia plena, numa aonde podemos falar à vontade, tocar assuntos antes proibidos, esbravejar sem sermos admoestados por ninguém.
UAI, penso, então, então se só isso for democrácia, o MANICÔMIO é o melhor exemplo dela ...lá "cerumanos" falam a torto e a direito, pelos cotovelos, com quem tá do lado e com que tá longe, fala baixo, fala alto, grita enfim ..mas mesmo assim, mesmo assim com ninguém lhe dando a atenção, ouvidos, a consequência e o tratamento merecido, tratamento dispensado, e é bom que se diga, tratamento desfrutado somente por alguns daqueles tidos como mais ajuizados e amigos.

Pra mim a verdadeira democracia é mais do que poder falar, é poder ser ativo nas escolhas, ser isonômico no poder e no respeito, na representação, na cidadania,  podendo-se ser franco, mas tb tendo que se ser consequente nas críticas e nas ações.
Se assim, pergunto: Num país como o nosso, um aonde "eles" só nos chamam de 4 em 4 anos, um aonde cerumanos nascidos em Estados mais populosos são sub-representados(vide RR c/450 mil  pessoas e SP com 45 milhões delas, ambos com 3 senadores), um país aonde oligarquias políticas não largam o osso e ainda colocam como "nossos representantes", nossos prepostos,  "nossas VOZES", puxadores com o nível dum Popó ou dum Tiririca  ..francamente, vale a pena?
Fora ainda de vivermos nesta dita-cuja que não é uma dita-dura, mas que é formada por políticos de maioria CINICA, destes  que escondem seus pensamentos, suas intenções e interesses, suas idiossincrasias, destas que os exporiam como indíviduos, e não como títeres a serviço dum mesmo sistema.
enfim  ..enfim não fosse isso e ainda há aqueles que dizem que vivemos num mundo maravilhoso, num aonde num apertar dum botão podemos dar asas a imaginação, num aonde podemos viajar, sonhar, nos entreter, aprender e se informar  ..ups ..PARA-TUDO !! ..eu disse se informar ?
Mas como?  ..como se as mesmas ferramentas de que disposomos são as mesmas que se valem do fora de controle e do SEM CONSEQUENTE pra mentir, manipular, inventar e aumentar, pra criar e amoldar uma outra realidade que interessa aos mesmos ditos demo-cratas que defendem aquele mesmo sistema?
sei não  ..sei que aonde estamos ainda não esta bom  ..nada bom
Sei mais, sei que só com ética, transparência, com CONSEQUÊNCIA, com participação DIRETA que a tecnologia JÁ NOS PROPORCIONA, só assim UM dia poderemos mesmo dizer que vivemos numa democracia plena . ..não numa de faz de contas ...uma que nos desse o direito ao verdadeiro voto, voto transparente, alllliiii, matéria por matéria, de forma direta, no dia-a-dia, sem prepostos nem marionetes, voto que nos interessasse em TODOS os temas que nos disessem respeito diretamente  ..daqueles que nos dizem como deveríamos nos portar, e não como eles gostaríamos que nos portassem..
sei não ...tanto por fazer.
se não foi com LULA, agora, agora só como os ETs
todos são espiões - by IVAN- o terrível

TV

[...] Brasil veiculou uma série sobre o golpe militar de 1964, o documentário “O Dia que durou 21 anos” tem sua abordagem focada na participação dos Estados Unidos no episódio. Apesar do tema não ser inédito, o programa tem o mérito de trazer à luz muitas informações novas. A equipe teve acesso a diversos documentos do governo estadunidense, assim como áudios de conversas entre Lincoln Gordon, Kennedy e Lyndon Johnson entre 1962 e 1964, discutindo o envio de verbas aos golpistas.

A série é fruto de uma parceria da TV Brasil com a Pequi Filmes e tem direção de Camilo Tavares. São três episódios de cerca de 25 minutos cada, que já estão disponíveis na internet. Reproduzimos os vídeos, fundamentais para compreender ainda mais esse recente período da nossa história.












Adão e Eva

Um alemão, um francês, um inglês e um brasileiro apreciam o quadro de Adão e Eva no Paraíso
O alemão comenta: 
- Olhem que perfeição de corpos; Ela, esbelta e espigada; Ele, com este corpo atlético, os músculos perfilados. Devem serem alemães.
Imediatamente, o francês contesta: 
- Não acredito. É evidente o erotismo que se desprende das figuras....Ela, tão feminina...Ele, tão masculino...Sabem que em breve chegará a tentação...Devem serem franceses.
Movendo negativamente a cabeça o inglês comenta: 
- Que nada! Notem a serenidade dos seus rostos, a delicadeza da pose, a sobriedade do gesto. Só podem ser ingleses.
Depois de alguns segundos mais, de contemplação silenciosa, o brasileiro diz: 
- Não concordo. Olhem bem...não têm roupa, não têm sapatos, não têm casa, tão na merda...Só têm uma única maçã para comer. Mas não protestam, ainda estão pensando em sacanagem e pior, acreditam que estão no Paraíso. Só podem ser BRASILEIROS...!!

Juros

muito bem retratado
Charge

Poesia

Mas, há a vida

Clarice Lispector

Mas há a vida
que é para ser
intensamente vivida, há o amor.
Que tem que ser vivido
até a última gota.
Sem nenhum medo.
Não mata.