Imunização

CAMPANHA NACIONAL DE VACINAÇÃO CONTRA A GRIPE INCLUE CRIANÇAS MENORES DE DOIS ANOS E GESTANTES

O período entre os meses de abril e maio costuma ser o mais propício para surtos de gripe na Região Nordeste, deixando hospitais e clínicas superlotados. O combate à doença tem sido realizado com eficácia pelo Ministério da Saúde que, só em 2010, vacinou cerca de 88 milhões de brasileiros. Entretanto, há ainda vários mitos sobre a vacina contra a gripe, fazendo com que muitos não sejam imunizados.

Segundo a diretora da Sociedade Brasileira de Imunologia (SBIm), Dra. Isabella Ballalai, "geralmente a gripe é considerada uma doença banal por ser confundida com um simples resfriado, porém é uma das infecções de maior impacto econômico e social, fazendo com que a imunização anual seja extremamente importante".

Vários são os motivos que levam as pessoas a não se vacinarem. Algumas acreditam que a vacina provoca efeitos colaterais ou não é eficaz, já que o Influenza, vírus causador da gripe, é altamente mutante. Outras alegam estar saudáveis e não precisar de imunização. Dra. Ballalai adverte, entretanto, que a vacina não causa gripe e que não se fica doente ou morre após a injeção. Para ela, um dos fatores mais comuns para a não vacinação é mesmo o medo de agulha.

Campanha

A campanha gratuita de vacinação contra a gripe deste ano acontece a partir de amanhã (prossegue até o dia 13 de maio) e traz como novidade o atendimento a crianças menores de dois anos e gestantes. O público adulto jovem (entre 18 e 59 anos) não será contemplado. No entanto, Dra. Isabella Ballalai reconhece a importância da vacinação universal. "Não vacinamos todo mundo não por ser irrelevante, mas porque não há vacinas suficientes para atender a todos". As crianças serão imunizadas em duas etapas. A segunda deve ser realizada 30 dias após a primeira dose. A vacina não é recomendada para indivíduos alérgicos à proteína do ovo.

Outra novidade é que, este ano, a vacina é tetravalente, ou seja, capaz de imunizar tanto contra a gripe causada pelo Influenza H1N1 quanto pelo H1N3 e o Influenza B. Conforme a professora adjunta de pediatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Dra. Regina Succi, "a partir dos dados obtidos ao longos dos últimos anos, fica clara a importância de se usar vacinas tetravalentes, uma vez que há a circulação de vários tipos de vírus".

Mesmo que a vacina não esteja disponível gratuitamente para adultos jovens, eles também devem ser imunizados. Se em contato com o vírus, podem transmiti-lo para família e pessoas próximas. Além disso, a gripe é responsável pela maioria dos atendimentos hospitalares por problemas no aparelho respiratório, que levam a, no mínimo, dois dias de falta no trabalho. Os gastos do Sistema Único de Saúde (SUS) com a doença também é elevado. Foram cerca de 18 milhões só entre janeiro e novembro de 2009.

Sem medo

Com a vacinação, no entanto, as pessoas podem contar com 30% de proteção contra a síndrome gripal e 80% de eficácia contra o vírus Influenza. Dra. Ballalai explica que não há riscos para os pacientes, mas apenas a possibilidade de pequenas reações muito pontuais. O efeito imunológico só começa a acontecer dias após a aplicação. "Se antes disso as pessoas entrarem em contato com o vírus, a gripe chega, mas não por causa da vacina, uma vez que ela é inativada, contendo vírus mortos e fracionados", informa.

Para aqueles que têm pânico de injeção ou simplesmente não serão contemplados pelo programa de vacinação do Ministério da Saúde, a Sanofi-Pasteur, divisão de vacinas da Sanofi Aventis, lança uma nova vacina contra a gripe. A diretora de Saúde Pública da Sanofi-Pasteur, dra Lúcia Bricks, explica que também é tetravalente. A diferença é que, além de desenvolvida para atender o público adulto jovem, ajuda quem têm medo de injeção: a agulha é mais fina e 10 vezes menor (mede apenas1,5 milímetro).

Ao contrário das outras disponíveis no mercado, a aplicação é intradérmica (na camada superficial da pele). "O dispositivo é individual, mais seguro e de fácil administração, o que provavelmente aumentará a aceitação do público", diz a médica.

Copa

Dilma entra em campo para tentar virar o jogo
Chico de Gois e Roberto Maltchik, O Globo
A presidente Dilma Rousseff vai entrar em campo para tentar agilizar o andamento das obras para a Copa de 2014, que estão atrasadas, segundo o Tribunal de Contas da União (TCU), e são alvo de críticas até mesmo do Instituto de Política Econômica Aplicada (Ipea) , órgão vinculado ao governo.
Dilma vai agir em duas frentes: nesta segunda-feira, reúne-se com o ministro do Esporte, Orlando Silva, e com o ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil da Presidência, Wagner Bittencourt, para tentar fechar o modelo de concessão dos aeroportos, principal gargalo dos preparativos para os jogos. Por outro lado, Dilma quer dividir a fatura da Copa com os governadores dos 12 estados com cidades-sede.
Dilma vai reunir os 12 governadores nos próximos dias. Ela vai mostrar que o governo federal quer atuar como parceiro. O cálculo é político: demonstrar que a Copa pode ser um jogo em que todos ganham caso trabalhem juntos. Por isso, o governo estuda criar uma comissão para acompanhar de perto o andamento dos projetos voltados para a Copa nesses estados.
Leia mais Aqui

Casamento Real

Contagem regressiva 
Simplesmente adoro casamentos. Vou a todos para os quais sou convidada. Neles me emociono, admiro o vestido da noiva, danço até de manhã. No dia seguinte, esquecendo qualquer tipo de dieta, devoro aquele bem-casado e relembro os melhores momentos da noite. Ah… como não gostar disso?

Vocês devem estar pensando que tive um daqueles casamentos de princesa, não é? Pois isso nunca aconteceu. Quando resolvemos nos casar, Alexandre e eu concordamos em trocar a festa por muitas viagens. E assim o fizemos, depois de assinados os papéis.
Talvez por isso, e vocês hão de entender, eu me inclua entre os que estão contando os dias para o casamento real. Pode até ser piegas, mas sinto que devo isso à menina que ainda existe dentro de mim. Aquela criança que assistia à Cinderela quatrocentas vezes por dia...
29 de abril será feriado no Reino Unido e o plano é nos reunirmos aos milhares de pessoas que confraternizarão nas ruas de Londres. Eu, Alexandre e Fabrício, nosso filho de apenas 3 meses. Será um programa diferente, para dizer o mínimo.
Outro dia mandei uma mensagem de texto à minha amiga Keran, inglesa das mais inglesas. Pedi a ela que viesse aqui para casa, na próxima sexta-feira, quando sairíamos juntos com destino à Trafalgar Square, onde haverá um enorme telão transmitindo o casamento de Kate e William.
Recebi um verdadeiro balde de água fria como resposta. Algo assim: “Querida Mari, infelizmente não irei com vocês. Os ingleses não curtem muito ficar horas em pé em meio a uma multidão. Beijos, Keran.”
Depois de ler aquilo fiquei me perguntando o que a minha amiga vai fazer no dia 29. Haverá algum outro programa na cidade? Para onde irão as pessoas que simplesmente não estão nem aí para esse casamento?
No fundo, acho que para fugir do evento, só mesmo saindo do país!
E é isso que muita gente vai fazer no fim de semana prolongado. Uma pesquisa feita pelo site CitySocialising revela que 18% dos ingleses simplesmente vão ignorar o jovem casal, deixando o Reino Unido no melhor da festa.
E não há outra maneira de sair dessa. Não se fala e não se vê outra coisa nas ruas de Londres: cartazes, bandeiras, souvenirs… Tudo remete à cerimônia de sexta-feira.
Aqui na capital, de acordo com a Associação do Governo Local, 800 ruas estarão fechadas para as comemorações. Um recorde londrino.
Por fim, nossa ansiedade com o casamento real pode ainda ser justificada pelo fato de termos um filho nascido neste país, lugar que tanto amamos. Nosso Fabrício deve, portanto, honrar o gosto brasileiro por festas e por tradições como a da monarquia inglesa, que agora se renova com Kate e William. Vida longa aos noivos!
 Mariana Caminha é formada em Letras pela UnB e em jornalismo pelo UniCEUB. Fez mestrado em Televisão na Nottingham Trent University, Inglaterra. Casada, mora em Londres, de onde passa a escrever para o Blog do Noblat sempre às segundas-feiras. Publicou, em 2007, o livro Mari na Inglaterra - Como estudar na ilha...e se divertir

Brasil é 3º país onde mais se crê em Deus, diz pesquisa



Devotos nepaleses rezam em homenagem ao líder religioso Sathya Sai Baba, em Katmandu (AP)
Segundo pesquisa, 51% dos entrevistados acreditam com 'entidade divina'
O Brasil foi o terceiro país em que mais se acredita em "Deus ou em um ser supremo" em uma pesquisa conduzida em 23 países.
A pesquisa, feita pelo empresa de pesquisa de mercado Ipsos para a agência de notícias Reuters, ouviu 18.829 adultos e concluiu que 51% dos entrevistados "definitivamente acreditam em uma 'entidade divina' comparados com os 18% que não acreditam e 17% que não tem certeza".
O país onde mais se acredita na existência de Deus ou de um ser supremo é a Indonésia, com 93% dos entrevistados. A Turquia vem em segundo, com 91% dos entrevistados e o Brasil é o terceiro, com 84% dos pesquisados.
Entre todos os pesquisados, 51% também acreditam em algum tipo de vida após a morte, enquanto que apenas 23% acreditam que as pessoas param de existir depois da morte e 26% "simplesmente não sabem".
Entre os 51% que acreditam em algum tipo de vida após a morte, 23% acreditam na vida após a morte, mas "não especificamente em um paraíso ou inferno", 19% acreditam "que a pessoa vai para o paraíso ou inferno", outros 7% acreditam que "basicamente na reencarnação" e 2% acreditam "no paraíso, mas não no inferno".
Nesse mesmo quesito, o México vem em primeiro lugar, com 40% dos entrevistados afirmando que acreditam em uma vida após a morte, mas não em paraíso ou inferno. Em segundo está a Rússia, com 34%. O Brasil fica novamente em terceiro nesta questão, com 32% dos entrevistados.
Mas o Brasil está em segundo entre os países onde as pessoas acreditam "basicamente na reencarnação", com 12% dos entrevistados. Apenas a Hungria está à frente dos brasileiros, com 13% dos entrevistados. Em terceiro, está o México, com 11%.
Entre os que acreditam que a pessoa vai para o paraíso ou para o inferno depois da morte, o Brasil está em quinto lugar, com 28%. Em primeiro, está a Indonésia, com 62%, seguida pela África do Sul, 52%, Turquia, 52% e Estados Unidos, 41%.
Criação X evolução
As discussões entre evolucionistas e criacionistas também foram abordadas pela pesquisa do instituto Ipsos.
Entre os entrevistados no mundo todo, 28% se definiram como criacionistas, acreditam que os seres humanos foram criados por uma força espiritual como o Deus em que acreditam e não acreditam que a origem do homem viesse da evolução de outras espécies como os macacos.
Nesta categoria, o Brasil está em quinto lugar, com 47% dos entrevistados, à frente dos Estados Unidos (40%). Em primeiro lugar está a Arábia Saudita, com 75%, seguida pela Turquia, com 60%, Indonésia em terceiro (57%) e África do Sul em quarto lugar, com 56%.
Por outro lado, 41% dos entrevistados no mundo todo se consideram evolucionistas, acreditam que os seres humanos são fruto de um lento processo de evolução a partir de espécies menos evoluídas como macacos.
Entre os evolucionistas, a Suécia está em primeiro lugar, com 68% dos entrevistados. A Alemanha vem em segundo, com 65%, seguida pela China, com 64%, e a Bélgica em quarto lugar, com 61% dos pesquisados.
Descrentes e indecisos
Entre os 18.829 adultos pesquisados no mundo todo, um total de 18% afirmam que não acreditam em "Deus, deuses, ser ou seres supremos".
No topo da lista dos descrentes está a França, com 39% dos entrevistados. A Suécia vem em segundo lugar, com 37% e a Bélgica em terceiro, com 36%. No Brasil, apenas 3% dos entrevistados declararam que não acreditam em Deus, ou deuses ou seres supremos.
A pesquisa também concluiu que 17% dos entrevistados em todo o mundo "às vezes acreditam, mas às vezes não acreditam em Deus, deuses, ser ou seres supremos".
Entre estes, o Japão está em primeiro lugar, com 34%, seguido pela China, com 32% e a Coréia do Sul, também com 32%. Nesta categoria, o Brasil tem 4% dos entrevistados.

Estou te esperando

Estou vivendo numa prisão domiciliar
Absorvo revoltado na cela do meu amor
Arquitetando meus sonhos futuros
A minha força um dia vai me levantar
Venha me recompensar pelas perdas
Que me causaram dores eternas;
Que me levaram ao caos,quase a morte...
Talvez lhe cativando eu tenha mais sorte!
Quero te amar numa rima excitante
Não com trovoadas, mas com trovas
E que o sol esteja intensamente brilhante
Estou refeito, a minha alma vestiu-se de esperança
Meus versos não entrarão mais, em ciladas
Que quase quebra a minha poética herança

WELLINGTON, ENTERRADO COMO ANIMAL SEM DONO

“Lembra-te, homem, de que és pó e ao pó retornarás”.
(De cerimonial fúnebre católico)
Prezad@s amig@s:
O corpo do jovem Wellington Menezes de Oliveira, morto aos 24 anos, ex-aluno da Escola Municipal Tasso da Silveira, no Rio de Janeiro, portador de transtornos mentais, vítima de maus tratos e humilhações quando era aluno da escola e autor dos disparos que mataram 12 estudantes da escola e feriram outros 12, alguns gravemente, foi depositado ontem num buraco raso e sem lápide no Cemitério do Caju, na zona portuária da cidade.
Nenhuma autoridade de primeiro, segundo ou décimo escalão compareceu. Nenhum ministro religioso – católico, evangélico, islâmico ou umbandista – esteve presente para rezar pelo jovem homicida e suicida e manifestar compaixão por seu trágico destino.
Filho de paciente psiquiátrica abandonada nas ruas, segundo informações divulgadas pela mídia, e criado por pais adotivos já falecidos, Wellington tinha cinco irmãos adotivos, além de primos e sobrinhos. Nenhum desses parentes reclamou o corpo, nem compareceu ao sepultamento. Nenhum procurou respeitar o pedido de Wellington de que seu corpo fosse enterrado ao lado de sua mãe adotiva, provavelmente a única pessoa que lhe dedicou atenção e afeto ao longo de sua breve e dilacerada existência. A conduta de seus irmãos adotivos, mesmo que ditada por medo, confirma o abandono em que Wellington foi relegado numa casa herdada nos últimos meses de vida e o desabafo do jovem, registrado num dos textos encontrados nessa casa, de que ele não tinha uma verdadeira família.
Houve em Realengo duas tragédias superpostas: a das crianças e pré-adolescentes mortos e feridos estupidamente e a do jovem doente e solitário que os alvejou. Essa última tragédia tem sido, porém, negligenciada e Wellington tratado como um “monstro”, como estampou a revista Veja em capa, “monstro” que não mereceu atenção nem tratamento quando era vivo e não tem merecido respeito após sua morte.
Fotos do precário enterramento de Wellington no Cemitério do Caju mostram uma vasta área de terra seca, nua, poeirenta, por onde se espalham 5 mil covas rasas, sem delimitação, nem identificação, nas quais são deixados os corpos de indigentes e desamparados como Wellington. Muitos cães e cadelas de estimação são sepultados com mais regalias. Em nossa sociedade capitalista, os preconceitos ideológicos e as diferenças sociais se estendem até mesmo às condições e ritos de sepultamento.
 Duarte Pereira

Guantánamo

[...] uma das maiores derrotas de presidente Barak Obama

ublicado em 25-Abr-2011
Image
Barack Obama
Enquanto a imprensa internacional repercute o escândalo divulgado pelo Wikileaks, dos prisioneiros ilegais mantidos em Guantánamo (uma baía de Cuba ocupada desde 1903 pelos EUA) pelo governo dos Estados Unidos, numa violação inédita e permanente dos direitos humanos mais elementares, no Afeganistão quase 500 presos, a maioria vinculada aos Talibãs, fogem de uma prisão em Kandahar.

O que os EUA fazem em Guantánamo lembra os regimes fascistas. Está aí uma prova da ineficácia da política norte-americana que viola permanentemente as leis e tratados internacionais e a sua própria legislação penal.

A manutenção da situação em Guantánamo, para o presidente Barack Obama, é uma de suas piores derrotas. Embora durante a sua campanha eleitoral (2008) acenasse com a possibilidade de desativar a prisão, já se passou mais da metade de seu mandato e ele até já se lançou candidato à reeleição (2012).

Uma vergonha mundial


O presidente Barack Obama não foi capaz, no entanto, de cumprir seu compromisso de campanha e fechar a prisão, um símbolo da violação dos direitos humanos pelos EUA e uma vergonha mundial.

O Wikileaks publica, agora, a ficha de mais de 700 presos e gráficos da prisão - aliás, um segredo de polichinelo. Uma vergonha, repito, e uma desmoralização de todo o discurso pró-direitos humanos dos EUA. Tudo uma farsa.

Como, aliás, é a intervenção na Líbia e o silêncio sobre a Síria, onde o povo é metralhado todos os dias e barbaramente assassinado por pistoleiros do regime, desde que há mais de um mês a onda de rebeliões nos países arábes chegou a Damasco.