Super graneleiro

A coluna do Ancelmo Gois, ontem, levantou a lebre. Dizia que os cariocas veriam, finalmente, o primeiro dos 12 meganavios encomendados  na China pela Vale-Agnelli. pensei: pelo menos vamos ver o tamanho do prejuízo que o Agnelli deu ao país, em matéria de emprego e investimentos na nossa indústria naval.

Mas fiquei pensando: será mesmo? Porque o navio, de 365 metros de comprimento (mais de três campos de futebol oficiais) tem um calado de 23 metros, o que não permite sua atracação no Porto do Rio. No Brasil, só em Itaqui (MA), Tubarão e no futuro Porto do Açu.
E a Vale, com aquela culpa no cartório que sente quem sabe que prejudicou o Brasil, tem ficado na caluda sobre os navios gigantes.
Aí fui procurar e achei o Blog Mercante e no jornal O Estado do Maranhão as imagens do “Vale Brasil”, com bandeira de Singapura, fazendo testes no litoral de Omã, justamente para onde a Vale vai exportar minério bruto brasileiro para ser beneficiado lá e vendido às aciarias da China.
As fotos foram tiradas por um primo do blogueiro Erik Azevedo  – que faz um trabalho muito bom -  que está trabalhando em um projeto de construção de um grande porto lá  em Omã, para a  operação da Vale.
Ele escreve: “O Vale Brasil é atualmente o maior navio para carga seca em operação na atualidade, com 400 mil toneladas, passando o famoso navio norueguês, que durante décadas manteve a primeira posição, o “Berge Stahl”, de 365 mil toneladas (…)Apesar de ser maior do que o Berge Stahl, eu ainda acho ele mais bonito e impressionante, do que os navios em série da Vale, feitos para levar embora o minério das terras do Brasil.”
É mesmo, Erik,  mesmo para que acha – e como a gente acha – lindos os grandes navios, essa beleza esvaece quando a gente sabe que é “para levar embora o minério das terras do Brasil”.

Crédito

[...] BNDES destina R$ 4 bi as pequenas e micros empresas

O volume mais que dobrou de 2009 para 2010: 
saltou de R$ 11,6 bilhões para R$ 23,7 bilhões. A sigla do banco – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – ganha densidade quando a instituição fortalece as pequenas empresas, base do crescimento do País e da distribuição de renda.

Segundo a instituição, no cômputo geral do crédito do sistema financeiro, a expansão foi de 11% na faixa dos aportes de até R$ 100 milhões, volume máximo destinado às MPEs nos últimos 12 meses. Outra forma de apoiar o pequeno negócio foi a taxa de juros praticada para esse mercado: desde março, a taxa para a compra de bens foi de 6,5%, ante os 8,7% destinados  às grandes empresas 8,7%.

O apoio às PMEs e ao empreendedorismo é um ponto chave da política de desenvolvimento de qualquer País, o Brasil incluído. Para os especialistas, o fortalecimento dos pequenos negócios se deve à combinação da estabilidade monetária com algumas ações do governo federal, entre elas, o próprio cartão BNDES, que, em 2010, concedeu mais de R$ 4 bilhões ao segmento. Em 2011 as projeções do banco são atingir R$ 8 bilhões.

A morte de Bin Laden

[...] a caminho da irrelevância

Osama bin Laden era um homicida que pretendia implantar no mundo um califado.
Surfou na profunda sensação de humilhação dos muçulmanos diante do desprezo ocidental e no desespero de milhões de muçulmanos diante da falta de resposta de governos locais — muitos dos quais, aliás, mantidos com apoio do Ocidente — às demandas sociais.
Eu me lembro de ter visto, pasmo, no Quênia, numa viagem em que visitei a cidade de origem de Barack Obama, a imagem de bin Laden estampada na lataria de matatus, os ônibus locais, como se fosse uma espécie de herói.
E olha que o Quênia não é exatamente um caldeirão de extremistas…
Tive a oportunidade, também, de visitar a universidade onde foram formuladas as ideias do talibã, na Índia, financiada pela Arábia Saudita. Bin Laden e os talibãs foram aliados de conveniência no Afeganistão: a matriz de pensamento de ambos era o wahabismo saudita, que prega a restauração moral e intelectual do islamismo de olho nas glórias do passado.
Os estudantes da escola eram de famílias muito pobres da Índia, que viam no internato a possibilidade de redenção numa sociedade altamente estratificada e sob as mudanças estonteantes causadas pela globalização, especialmente no meio rural. A escola era a “fuga” para a segurança, material e moral.
Em várias sociedades muçulmanas o cidadão comum encontra através das mesquitas ou do ensino religioso os serviços sociais que não lhe são oferecidos pelo estado, capturado em vários lugares por elites ocidentalizadas e corruptas.
Essas nuances todas, obviamente, foram desprezadas pela conveniente “guerra ao terror”, que justificou inclusive a invasão do Iraque, o mais secular dos países árabes, com o uso de uma falsa ligação entre Saddam Hussein e Osama bin Laden. Saddam abominava as lideranças religiosas e só mais tarde, depois da primeira guerra do Golfo, promoveu uma intensa campanha de construção de gigantescas mesquitas como forma de ampliar seu apoio interno.
Visitei a maior delas, em Bagdá, algumas semanas antes da invasão que derrubou o regime de Saddam.
Bin Laden foi morto quando caminhava para a irrelevância política, substituído por partidos ou movimentos influenciados fortemente pelo islamismo, no molde do que hoje governa a Turquia. A Irmandade Muçulmana, vista antes com horror por Washington — quando isso era politicamente vantajoso –, agora é tida como fator moderador no Egito e em outros países do Oriente Médio onde exerce alguma influência.
A médio prazo, a canalização político-partidária do descontentamento dos jovens árabes e muçulmanos mataria bin Laden por falta de oxigênio, especialmente porque os recrutas dele eram jovens de classe média radicalizados pela falta de oportunidades. São os mais inclinados a encontrar resposta para suas aspirações nas mudanças em andamento no mundo árabe.
Barack Obama fez o serviço antes, com isso dando um passo importante para garantir a reeleição em 2012. O sucesso da CIA diante de tantos fracassos anteriores e a discrição de Obama nas últimas horas colocam Obama no papel de moderado, diante dos “talibãs” republicanos.

Energias renováveis

[...] agência a caminho

A CI - Comissão de Serviços de Infraestrutura - do Senado Federal aprovou a proposta que autoriza o Poder Executivo a criar a ANER - Agência Nacional de Energias Renováveis -, voltada para a utilização das formas mais limpas de transformação de energia e para seu uso sustentável, como é o caso da eólica e da solar.
Pelo projeto de lei (PLS 495/09), que segue agora para análise da CCJ - Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, em decisão terminativa, a nova agência terá como objetivo institucional a coordenação do processo de transição do uso intensivo de energias não renováveis para formas renováveis, bem como o estudo e a elaboração de políticas públicas para apoiar o aprimoramento da matriz energética nacional, visando ao desenvolvimento sustentável.
Segundo Marcelo Crivella (PRB-RJ), autor do projeto, a energia renovável é uma das soluções “inadiáveis para a garantia sustentável do planeta, por se tratar de uma energia barata, limpa e confiável”.
Na justificação da proposta, ele lembra que, em 2009, a Organização das Nações Unidas (ONU) criou a Agência Internacional de Energias Renováveis (Irena), com o objetivo de promover uma rápida transição para o uso de energias desse tipo em escala global. Para Crivella, a criação da Aner, além de facilitar o diálogo com a Irena, vai integrar o país mais rapidamente nessa nova realidade mundial.
O relator da matéria, senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), concorda com o autor. Ele lembra que o Brasil, por ser “dono de um invejável potencial desse tipo de transformação energética, dará um grande passo ao criar uma agência nacional semelhante à Irena.
Controvérsia – Alguns membros da comissão questionaram, no entanto, a necessidade de criação de uma nova agência reguladora no país. O primeiro a se posicionar foi Cyro Miranda (PSDB-GO), para quem a nova autarquia pode aumentar o chamado “custo Brasil’ e servir ainda de “flanco para abrigar apadrinhados”. A mesma opinião foi externada por Blairo Maggi (PR-MT). Para ele, a agência poderá se transformar em mais um “órgão burocrático”.
Para resolver a questão, Flexa Ribeiro chegou a sugerir a realização de uma audiência pública para debater a necessidade de criação da Aner, mas foi alertado por José Pimentel (PT-CE) que a proposta ainda vai ser analisada pela CCJ.
Pimentel explicou que, por não haver previsão constitucional para projetos de caráter “autorizativo” – isto é, que não precisam ser obrigatoriamente implementados -, a Câmara dos Deputados tem arquivado todas as propostas nesse sentido e as encaminhado em forma de sugestão ao Executivo.
Segundo informou, projeto que busca resolver esse problema, criando uma nova forma de proposição (PRS 74/09) para possibilitar a sugestão de senador a outro poder, já está aguardando votação no Plenário do Senado. Enquanto isso, a CCJ tem optado por não colocar na pauta propostas de cunho autorizativo. (Com informações da Agência Senado)

E-commerce

Microsoft apresenta novo projeto para o Bing Shopping integrado ao Facebook

A empresa informou na semana passada que redesenhou o Bing Shopping para ajudar os consumidores a tomar suas “decisões de compra mais informadas”, de acordo com uma nota publicada no blog do Bing. 

A página inicial foi remodelada, permitindo uma visualização mais dinâmica dos itens e conteúdos mais populares, deslocando os artigos e categorias ao lado dos produtos mais procurados...Leia mais>>>

por Cesar Maia

A frágil "base aliada"do governo!

Ex-Blog do Cesar Maia


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A FRÁGIL "BASE ALIADA" DO GOVERNO!

1. Depois do "mensalão de 2005", a esquerda do PT voltou para a "clandestinidade" e o governo avançou em marcha batida para o centro. O sindicalismo chapa branca assumiu os fundos de pensão, a esquerda do PT hasteou sua bandeira junto ao chavismo latino-americano, o PT assumiu a Petrobrás, e o governo petista a política econômica. Aliás, setores que os partidos à direita, associados, nunca antes tiveram acesso. Portanto, não há -nestes espaços- conflitos.

2. Mas depois desses primeiros meses de ocupação de espaços, a rotina política recomeça. A maior parte da base aliada sempre esteve e está longe da esquerda, seja pela direita, seja pela tradicional clientela. Agora é hora de tratar e de votar questões que inevitavelmente mostrarão um quadro de votação repartido, onde o PT será minoria e a esquerda tradicional ainda mais.

3. Vai entrar em pauta a reforma eleitoral, onde a "base aliada" vai afiar as unhas e não deixar votar. Vai se votar o código florestal e outra vez a "base aliada" vai se dividir. Vêm aí os vetos que, derrubados pela maioria do Congresso, irão ser litigiados no STF. O que fazer com a regulamentação da emenda 29, recursos para a saúde? E por aí vai.

4. A base é aliada para dividir cargos e benesses, mas não é aliada, do ponto de vista político, para tratar de questões específicas, com visões distintas e até antagônicas ao PT. Com isso, essa imensa maioria governista será a garantia de imobilismo. Nada de relevante ocorrerá no Congresso, pois a verdade dos números dá às teses do PT, quem sabe, 25% do Congresso.

5. A oposição -nesse sentido- é parte constituinte do governo. É muito maior do que quando se contabiliza, ingenuamente, pelas bancadas dos partidos que apoiaram a eleição de Dilma ou não.

6. No governo Lula, a rolagem da política econômica anterior e a intensificação do programa bolsa família apareceram como mudanças. Não eram. Agora, isso tudo é rolagem do passado. E, em breve, o governo Dilma estará envelhecido, antes mesmo de completar um ano.

7. E como não há bobo no núcleo duro do governo, eles já sabem disso. E vão tentar vestir "de novo", através da propaganda, o velho. Para alegria das agências de publicidade e dos meios de comunicação, que, aliás, não têm culpa de nada disso.

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VILA DO PAN! CONSTRUTORA MUDOU TUDO!
        
1. (Globo, 02) "A proposta original da prefeitura era que os prédios fossem construídos no terreno que agora será a Vila Olímpica. O projeto encaminhado pelo ex-prefeito Cesar Maia foi alterado pela Câmara dos Vereadores, que decidiu pela área na Ayrton Senna".
        
2. (Ex-Blog, 02) Realmente. A Agenco foi à Câmara de Vereadores convencer que o melhor lugar era na Av. Ayrton Senna, apesar da prefeitura ter informado que era um terreno turfoso. A Agenco conseguiu que o aumento previsto de gabarito como compensação pelo aluguel dos apartamentos durante o PAN fosse também para a área ao lado, que nada tinha a ver com o PAN. Surpreendentemente, a Agenco conseguiu que o governo federal alugasse os imóveis, pelo período do PAN, por 25 milhões de reais. Com isso, a Agenco passou a ter, além dos 200 milhões de reais de empréstimo da CEF, esses 25 milhões do governo federal e o correspondente ao aumento do gabarito em 3 andares, para 13 andares, em todo seu terreno, estimado em pelo menos 250 milhões de reais. E, assim mesmo, não fez as obras de fundações em área turfosa, como a prefeitura fez ali ao lado, no viaduto Pedro Ernesto, em parceria com empresários da área.

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ELES NÃO PAGAM MULTAS, NEM ALUGUEL DE REBOQUE, NEM DÃO PROPINA!

(Veja-Rio, 30) 1. No Leblon grupos de mendigos ocupam ruas e praças, consomem drogas e provocam confusão em um dos bairros mais nobres do Rio. Área nobre da cidade, o Leblon tem um dos metros quadrados mais caros do país. Nas ruas sombreadas pelas amendoeiras, prédios de apartamentos de alto padrão, restaurantes estrelados, botecos, livrarias e lojas de grife dividem harmoniosamente as calçadas. Manter esse reduto em ordem requer olhar atento das autoridades e rapidez na resolução de eventuais transtornos.

2. Não é exatamente isso que os habitantes e comerciantes da área têm testemunhado ultimamente. Do ano passado para cá, a população de rua do bairro aumentou dramaticamente. A associação de moradores estima que o número seja 50% maior em comparação a 2010 — procurada, a prefeitura afirmou não ter dados estatísticos a esse respeito.

3. Qualquer visitante mais atento repara que a situação, de fato, é bem ruim. Sozinhos ou em bandos, mendigos ocupam praças e canteiros ou se refugiam nas entradas de bares, farmácias e bancos. Entre eles, chamam atenção os dependentes químicos, que consomem drogas sem ser incomodados e protagonizam brigas escandalosas durante a madrugada. "Não estamos mais lidando com o pedinte comum, mas com pessoas transtornadas que intimidam os moradores", diz a relações-públicas Marcia Drumond, que vive ali há quarenta anos.

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PROMESSA DE DILMA NA CHINA É PELO MENOS US$ 6 BILHÕES MENOR!

(Elio Gaspari - Folha SP/Globo, 01) No dia 11, durante a viagem de Dilma Rousseff à China, ele soltou a informação de que o bilionário chinês Terry Gou, dono da Foxconn, apresentara um projeto de investimento de US$ 12 bilhões no Brasil nos próximos cinco anos para fabricar equipamentos eletrônicos. Quem conhece o mercado, suas mumunhas e suas cifras, duvidou do número, mas o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, disse que isso era coisa de quem ignorava a grandeza do projeto. Treze dias depois do anúncio festivo, a repórter Cláudia Trevisan informou, de Pequim, que, dos US$ 12 bilhões, a Foxconn poderia desembolsar entre US$ 4,8 bilhões e US$ 6 bilhões. O restante viria de capitais brasileiros e do velho e bom BNDES.

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DADOS SOCIAIS DO CENSO DE 2010!

1) 60,7% da população vivem em domicílios com renda familiar per capita de até um salário mínimo. 15% da população vivem em domicílios com renda familiar per capita de 25% do salário mínimo. 4,3% dos domicílios não têm rendimento nenhum.

2) Em 2000, os domicílios com ligação à rede de esgoto eram 47,2% do total. Em 2010 eram 55,4% do total. Isso significa que 25,5 milhões de domicílios no Brasil não têm ligação à rede de esgoto.










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States e comparsas exibem troféu Bin Laden

[...] pensam que amedrontam quem?

Quase uma década depois dos atentados às torres gêmeas e ao edifício do Pentágono, em 11 de setembro de 2001, os Estados Unidos mataram Osama Bin Laden, a quem se atribuía a autoria desse e de outros crimes.

Os líderes dos países imperialistas fizeram declarações extasiadas. O ex-presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, terrorista número um, que realizou dois mandatos à frente da Casa Branca, durante os quais o país mais poderoso do mundo agiu como gendarme internacional e suas forças armadas como facínoras, não só comemorou a “vitória”, como se achou no direito de “alertar” que a “luta contra o terrorismo não acabou” com a morte de Osama Bin Laden.

O próprio presidente Obama fez afirmações no mesmo sentido, seguido pelos chefes de Estado das potências imperialistas europeias: Sarkozy, da França, a alemã Angela Merkel e o britânico Cameron.

O anúncio feito pelo presidente Obama em plena meia-noite de um domingo, em cadeia mundial de televisão, e o alarido dos meios de comunicação, parecem surtir alguns efeitos imediatos.

Milhares de pessoas foram aos portões da Casa Branca, com bandeirinhas dos Estados nas mãos para celebrar a “vitória”. Os temas cruciais da política externa, a crise econômica, os graves problemas sociais passam ao segundo plano. Mais uma vez o mundo é invadido por uma demagogia patrioteira pró-estadunidense e um falso discurso democrático. De novo a monstruosa máquina propagandística fomenta a idolatria da superpotência imperialista, apresentada como paladina das liberdades, da paz e da segurança no mundo.

Osama Bin Laden figurava como inimigo número um da política de segurança dos Estados Unidos, mas nunca foi efetivamente um polo de oposição a esta ou qualquer outra potência imperialista, nem um fator decisivo nas relações internacionais. E, desde que os Estados Unidos ocuparam o Afeganistão, o Iraque e passaram a exercer maior controle na fronteira afegã-paquistanesa, inclusive bombardeando sistematicamente o Paquistão com seus aviões não tripulados “Drone”, o terrorista não era mais que um símbolo. Agora morto, sua figura patética será usada à exaustão literalmente como espectro para amedrontar os covardes e promover a união de forças de direitistas e oportunistas em torno da esfarrapada bandeira do imperialismo norte-americano.

Osama Bin Laden nunca representou a luta antiimperialista, os povos árabes, nem mesmo o islã político com sua miríade de expressões. A Al Qaeda nunca foi e não é uma organização de luta pela justa solução dos graves problemas que afligem as regiões do Oriente Médio e da Ásia Central. Tampouco o terrorismo – que os ideólogos do imperialismo tentam identificar com a insurgência dos povos – é método de luta reconhecido e praticado pelas forças progressistas, de esquerda e antiimperialistas.

Bin Laden e a Al Qaeda foram paridos pelo ventre imundo dos Estados Unidos na luta antissoviética no Afeganistão, adestrados e financiados pelas agências de banditismo internacional, verdadeira rede de subsersão e contrarrevolução em cujo vértice está a CIA.

O discurso ensaiado e feito em uníssono pelos líderes das potências imperialistas (cujo braço armado, Otan, acaba de perpetrar um ato terrorista na Líbia, no qual mataram um filho e três netos do líder daquele país) de que a “luta contra o terrorismo vai continuar”, é uma indicação de que o mundo não ficará menos inseguro, instável e convulsionado com a morte de Bin Laden, como não ficou a partir das guerras de agressão ao Iraque e ao Afeganistão. 

Ao brandir o troféu Bin Laden, os Estados Unidos e seus aliados mandam uma mensagem de guerra. Não de paz, mas de recrudescimento de conflitos e novas ameaças aos povos, cuja emancipação nacional e social será o resultado histórico da luta antiimperialista conduzida de maneira consequente.