A mídia corrupta tem muito a temer

o que a mídia brasileira não divulga sobre o Equador
por Emir Sader, na Carta Maior

Presidente Correa celebra a aprovação
“A imprensa corrupta tem muito a temer”. Com essa afirmação o presidente do Equador, Rafael Correa, comentou o novo triunfo obtido pelo seu governo em mais uma consulta popular. Depois de reiterar que “no Equador se respeita a liberdade de expressão”, acrescentou: “Aqui temos tolerância com a crítica, mas com o que não temos tolerância é com a mentira.” A formação de um Conselho de Regulação é uma das medidas aprovadas pela Consulta.

“Aqui houve um grupo que ficou devendo 600 milhões de dólares e seus proprietários vivem em Miami”, afirmou Correa. “O grupo Isaias criou um consórcio de bancos, engenhos e fazendas, e comprou Gama TV, não para informar, mas para defender seus negócios”. Gama TV faz parte de um conjunto de empresas que foram embargadas a bancos quebrados, que serão revendidas ao setor privado. Correa denunciou muitas vezes que durante a crise, esta foi ocultada pela parceria banco-midia.
“Isto não é saudável para uma sociedade”, acrescentou o mandatário equatoriano, agregando que o jornal El Universo “é propriedade de três fantasmas das Ilhas Cayman, um paraíso fiscal; esse é o nível ético dos meios de comunicação que nos dão informação todos os dias.”
A Consulta aprovou também a proibição de que bancos comprem meios de comunicação. Com essa medida “estamos desconcentrando o poder, o estamos democratizando, mudando as formas de poder de forma profunda e histórica”, afirmou Correa.
Foram aprovadas também medidas que punem as empresas que não registram seus trabalhadores na previdência social, proibição de espetáculos que tenham como finalidade matar animais, castigo do enriquecimento privado sem justificação e a proibição dos jogos de azar. Também foram aprovadas medidas de proteção dos réus na Justiça e de mudança na composição do Judiciário, o órgão de supervisão técnica do Poder Judiciário.

por Emiliano José, na Carta Capital

[...] faz tempo que afirmo: Distribuição de Renda é Desenvolvimento

A vitória de um projeto político, o da revolução democrática, que segue seu curso desde o início de 2003, quando Lula tomou posse, leva à necessidade de uma compreensão do papel da política para o desenvolvimento. Ou dito de outra forma, o desenvolvimento econômico pode ser de variada natureza, e depende essencialmente das variáveis políticas. Não fosse a vitória de Lula em 2002, e o Brasil seria outro, e muito pior. Ao menos para o povo brasileiro.
Tenho dito com insistência que nós ainda não dominamos, como é natural, o intenso processo de mudanças que o Brasil está experimentando. É muito mais profundo do que a nossa vista pode alcançar. Até porque é muito difícil apreender as coisas em sua perspectiva histórica com os olhos do presente. Mas, tenho insistido na importância de procurarmos os dados que nos deem algumas pistas do que verdadeiramente está ocorrendo como decorrência das políticas de governo. É o esforço desse texto.
A renda per capita média brasileira subiu quase 24% em termos reais entre 2001 e 2009, claro que em decorrência, sobretudo, da nova fase de desenvolvimento experimentada sob os dois mandatos do presidente Lula. Renda média, no entanto, tem que ser decifrada. Quem ganhou mais nessa fase? É uma pergunta feita pelo economista-chefe do Centro de Políticas Sociais e professor da Fundação Getúlio Vargas, Marcelo Neri.
Em artigo publicado em A Tarde (10/4/2011), Neri informa que a renda dos 10% mais pobres subiu mais de 69% no período. Isso é que explica a explosão positiva do consumo dos pobres, evidencia o surgimento de uma nova classe média, a superlotação dos aeroportos, a aglomeração dos shoppings, a expansão do comércio em todas as frentes. Esse ganho cai, e eis um dado extremamente positivo, quando a renda aumenta. E digo positivo porque significa que está havendo alguma distribuição de renda.
Assim, o ganho dos 10% mais ricos foi de 12,8%, bem abaixo do ganho dos mais pobres e mais próximo da média. Agora, é importante procurar elementos que nos confrontem com a desigualdade profunda que nos atormenta, e o professor Neri também trabalha com esses dados. Se considerarmos gênero, a renda das mulheres subiu quase 38%. A dos homens, pouco mais de 16%. Ponto para elas, que antes sempre viam a renda deles subir mais. E olhemos para os classificados como pretos e pardos: a renda dos primeiros sobe em torno de 43% e a dos segundos, mais de 48%.
Não por acaso o título do artigo do professor é “O Brasil começa a se libertar da herança escravagista”. Começa. Quanto à escolaridade, a renda das pessoas sem nenhuma escolaridade sobe nada menos que mais de 53%. A renda das pessoas com pelo menos o nível superior incompleto cai 9% – ainda aqui outra evidência de distribuição de renda. Numa análise regionalizada, e é importante para perceber as razões das mudanças nordestinas, no Nordeste, a região mais pobre do País, a renda subiu quase 42% contra quase 16% no Sudeste, a mais rica.
E se quisermos chegar aos Estados, para exemplificar, a renda no Maranhão sobe quase 47%, antes o Estado mais pobre, contra um crescimento de pouco mais de 7% de São Paulo, o Estado mais rico. Em Sergipe, aqui tão perto de nós, a renda sobe 58%. Andando pelas capitais, outro exemplo: Teresina, no Piauí, experimentou a maior taxa de crescimento, mais de 56%. Nas periferias, o crescimento mais elevado se deu em Fortaleza, com um aumento de renda da ordem de 52%. A capital paulista e sua grande periferia cresceram, respectivamente, 2,3% e 13,1%.
Anotemos que o padrão de um maior crescimento da periferia em relação às capitais se deu em sete das nove grandes metrópoles brasileiras, como acentua o professor Neri. Podemos ir agora à relação campo/cidade. A renda nas áreas pobres rurais cresceu mais de 49% contra 16% das metrópoles e quase 27% das demais cidades. Outro dado de distribuição de renda.
Tudo isso evidencia, que nesse início de século XXI, diz o professor Neri, houve crescimento da renda dos mais pobres, daqueles tradicionalmente excluídos, como analfabetos, negros, nordestinos, populações periféricas, dos campos e construções. Tal tendência não se observou nos países desenvolvidos e nos demais Brics (Rússia, Índia, China e África do Sul), onde a desigualdade cresce.
Isso tudo deve nos levar a refletir. Primeiro que não há espontaneidade nessa distribuição. Houve uma política deliberada do governo Lula, em oposição à trajetória anterior do governo FHC, de distribuir renda para os mais pobres. Segundo: há uma longa caminhada pela frente. A nossa desigualdade social ainda é muito grande. Com Dilma, a luta continua. Tem que continuar.
E a presidenta tem dado demonstrações evidentes de que não mudará esse curso. Ao contrário, pretende aprofundá-lo. Nos próximos dias, deve anunciar com detalhes o programa de erradicação da miséria no Brasil, seguindo as conquistas do governo Lula. Será um conjunto de medidas destinadas a fazer do Brasil um País de todos. Será a continuidade de uma política, a política de continuar crescendo, mas fazendo isso com a obstinação de sempre prosseguir distribuindo renda.
As políticas neoliberais foram derrotadas no Brasil. Elas têm um foco: o mercado. E não só isso, um mercado restrito, que foi a maneira como Fernando Henrique governou durante oito anos. O mercado de massas, que a esquerda sempre defendeu para o Brasil, foi constituído por Lula e será ampliado com Dilma, para o bem do povo brasileiro, especialmente dos mais pobres. Esse projeto político conquistou o povo brasileiro. Deu duas vitórias a Lula. Deu vitória a Dilma. Quer continuar a mudar o Brasil. Para melhor.
*Jornalista, escritor, deputado federal (PT/Ba) e doutor em Comunicação e Cultura Contemporâneas pela Universidade Federal da Bahia

Governo Federal vai conceder 75 mil bolsas de estudo no exterior até 2014

A presidente Dilma Rousseff afirmou hoje que o governo pretende conceder 75 mil bolsas de estudo no exterior até 2014. 

“É um desafio grande, mas podemos alcançá-lo”, disse em seu programa semanal Café com a Presidenta.

Ela afirmou que, com as bolsas de estudo no exterior e com o Pronatec - Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego -, o país dará um “grande salto” no desenvolvimento. 

“Temos que lembrar que o Brasil precisa de mão de obra qualificada para prosseguir nesse novo ciclo do seu desenvolvimento”, afirmou. 

Ela disse ainda que o governo conclui este ano 81 novas escolas técnicas e entrega mais 200 até 2014, totalizando 555 unidades em todo o país.

Abolição inacabada

O Centro Cultural Orunmilá realiza no próximo sábado dia 14 de maio a partir das 16hs, Mesa Redonda para o evento da "Abolição Inacabada 2011", a Mesa será composta por:   
Dra Anhamona de Brito - Secretária de Politicas Ações Afirmativas - SEPPIR
Elemoso Paulo Cesar Pereira - Mestre de Cultura Popula, Sacerdote tradicionalista Yoruba
Prof.Dr.Silas Nogueira - Centro de Estudos Latino Americanos de Cultura e Comunicação ECA/USP
Prof.Dr. Denis Oliveira - Centro de Estudos Latino Americanos de Cultura e Comunicação ECA/USP
Prof. Alex Emboaba - Universidade de Queen´s - Canadá
Profa. Silvany Euclênio - Diretora da Secretaria de Políticas para Comunidades Tradicionais- SEPPIR

Encerraremos com apresentações culturais, Afosé Orunmilá e Família Pedra Negra.


Aṣè Pupọ Gbogbo Wá (Muito axé para todos e todas nós)"      

                Ana Paula Oliveira
      CENTRO CULTURAL ORÙNMILÁ
 CONTATO: (16) 39747478 / (16) 30214853
                 www.orunmila.org.br

A democracia terrorista

A história dos Estados Unidos da América nos últimos séculos é a história da farsa. 

A maior democracia do mundo faz fora o que não é capaz de fazer dentro, em seu território, contra seu povo. Inventam inimigos para ganhar eleições. Financiam e empossam ditadores para escravizar povos e confiscar suas riquezas naturais. Assim é, assim foi, em anos e anos de domínio e desprezo por povos menos desenvolvidos. Até bem pouco tempo, fez da América Latina sua latrina, legando a nós a submissão e as atrocidades de sanguinárias ditaduras que vitimaram, sobretudo, o desenvolvimento de um sentimento de nação, de povo, de Estado.

Depois de engordarem e adestrarem Saddan Hussein, em sua eterna luta pelo domínio do Oriente Médio e de seu petróleo, elegeram-no inimigo, viabilizando mais uma eleição para o presidente de olhos miúdos George W. Bush. Tudo, com uma farsa inventada pelos EUA e aprovada pelo servilismo do mundo inteiro, das maiores potências mundiais.  Era o início do martírio e do inferno para o pobre povo do Iraque, que com a ajuda das maiores democracia do planeta, viu seus dias de paz mutilados, contando com uma cumplicidade e complacência planetária. Uma escandalosa vergonha mundial!

Depois desse episódio, que decepou o sentido de liberdade no Planeta, instaurou-se um lamentável sentimento de constrangimento no mundo. Ainda assim, alguns anos depois, o presidente dos EUA, um negro com nome árabe, viaja o mundo falando em liberdade, em democracia, na autodeterminação dos povos. 

No Brasil, com desenvoltura de um esgrimista, defendeu isso em todos os canais de comunicação, quando, no outro dia, invadia e matava líbios, tendo a participação de aviões não tripulados. Os EUA são isso, um país que faz guerras enviando aviões não tripulados. Onde tem gente, lançam bombas, sem considerar os que estão ao redor de seus alvos. E os EUA mentindo e matando, matando e mentindo.

O êxito das ações de Osama Bin Laden e sua rede de terror só foi possível pelo seu treinamento especial recebido nas trincheiras nebulosas da CIA. Os EUA investiram no dedicado discípulo para bombardear, instabilizar e dominar o mundo árabe. Suas fotos ao lado do líder mundial Bush pai estão aí, publicadas mundo afora.

Um, faz o terrorismos de Estado, aprovado e aplaudido por aqueles que defendem a liberdade e a democracia. Um terrorismo oficializado, sem rosto, eufemizado. Outro, faz o terrorismo escancarado, das ruas, do rosto exposto e divulgado mundo afora. A grande diferença entre eles é que são iguais, que matam e mutilam povos, que escravizam corações e mentes, aterrorizam a Humanidade.

Se buscarmos nas páginas da memória, encontramos as mais belas lições da História escritas pela luta da independência dos EUA, coisa que orgulha a Humanidade até os dias de hoje. No entanto, o país que ousou lutar e conquistar a liberdade, com seu exército de homens e ideais, hoje é apenas um fantasma, uma sombra, um vulto, que assombra e atormenta o mundo inteiro.
por Petrônio Souza 

E-commerce

[...] e Facebook os dois lados desta relação

Quando você compra um computador, ou qualquer outro item on-line, é muito provável que tenha realizado uma pesquisa em diversos sites para saber mais sobre ele, como ler
comentários em relação ao seu desempenho de pessoas que já o compraram. Agora, o Facebook pretende utilizar a sua vasta rede de conexões sociais (cerca de 600 milhões de usuários ativos) como ingrediente decisivo na decisão de compra dos consumidores.

Um ano após o Facebook ter começado a distribuir a sua opção “Like” para milhões de sites – uma média de 10 mil sites por dia – a rede social de Palo Alto começa a se afirmar como uma potência no e-commerce. A rede social já conta com o engajamento de diversas empresas, como a Ticketmaster, cujo site inclui um aplicativo que permite às pessoas verem se seus amigos já compraram ingressos para shows aos quais tenham interesse.
Assim como quase sempre as pessoas conversam com seus amigos antes de realizar uma compra significativa, elas agora tem “uma forma de compartilhar on-line muito parecida com o procedimento off-line“, disse Dan Rose, um ex-executivo da Amazon.com.
Enquanto isso, um relatório divulgado na semana passada pela Harris Interactive Media disse que o botão “Like” está ultrapassando as opiniões de sites como o yelp como a principal forma de se apoiar um produto ou empresa através de uma mídia on-line.
Mas o gigante social não quer ser apenas o influenciador. No mês passado, o Facebook anunciou um serviço próprio de compra coletiva on-line em San Francisco e outras quatro cidades dos EUA, uma operação focada no convívio social que pode gerar grandes receitas.
No entanto, alguns céticos afirmam que o botão “Like” nunca vai se tornar o principal elemento em uma decisão de compra. Uma recente pesquisa com varejistas norte-americanos feita pela Forrester, em parceria com a Shop.org, descobriu que 62% dos inquiridos afirmam que o ROI (Return On Investment) do marketing social ainda permanecem incertos, e apenas 29% dos entrevistados afirmaram que as estratégias de marketing social ajudaram o seu negócio a crescer. Além disso, 61% dizem que o principal benefício deste tipo de marketing é “ouvir e compreender melhor nossos clientes”. Apesar de ser uma pesquisa realizada nos Estados Unidos aqui no Brasil não é muito diferente.
“As pessoas pensam que toda compra é social porque os adolescentes vão ao shopping em grupos”, opina Sucharita Mulpuru, analista da Forrester Research, que escreveu um recente relatório pessimista sobre o futuro do Facebook no comércio eletrônico. “A maioria das compras não são sociais. As pessoas não vão para o Walmart em grupos. Eles não vão ao supermercado em grupos”. Mas até que ponto uma analogia entre o on-line e o off-line pode ser utilizada para justificar um comportamento de compra?
Ainda assim, Mulpuru diz que existem nichos onde o Facebook pode se tornar uma grande força no e-commerce, como a venda de bilhetes, por exemplo, porque shows, jogos, entre outros eventos são inerentemente sociais, estes nichos são uma exceção, e não a regra.
O Facebook já teve tempo suficiente para provar que um dia vai produzir um Zynga do varejo”, diz ela, referindo-se a fabricante de jogos sociais que faturou bilhões no Facebook.
Mulpuru ainda acrescenta que para a maioria das empresas, principalmente para os varejistas, o Facebook pode ser mais importante para tornar os consumidores mais conscientes da marca, ao invés de impulsionar as vendas como muitos querem, ou acreditam.
Independente de se vender ou não em redes sociais, a presença das empresas nestes espaços é indiscutivelmente importante, e até mesmo vital. Elas devem testar, estudar e ficar atentas a estes ambientes complexos que muitas vezes podem se tornar perigosos, como em casos recentes aqui no Brasil. Mas que também podem trazer benefícios como em nenhum outro.
Guilherme Gavioli – E-Commerce News

Hospital regional

[...] do Sertão Central tem sede escolhida hoje

Onde for construído, o Hospital Regional abrirá vagas para 1.500 empregos diretos e mais 3.500 indiretos
Hoje, prefeitos, presidentes de Câmara e de Conselhos de Saúde de 16 Municípios do Sertão Central e dos Inhamuns deverão decidir onde será construído o Hospital Regional do Governo do Estado. Boa Viagem, Canindé Quixadá e Quixeramobim estão na disputa. Caravanas das quatro cidades deverão lotar o auditório do Centro de Convenções, em Fortaleza. 

O governador Cid Gomes deverá coordenar a votação e anunciar a cidade vencedora. 

Se nenhuma concorrente atingir mais de 50% dos votos haverá segundo turno. 

Juntos, os 20 municípios formarão uma nova macrorregião de saúde (incluindo os quatro Municípios que não participam da votação: Quixadá, Quixeramobim, Boa Viagem e Canindé).

Às vésperas da definição, prefeitos, lideranças políticas e sociedade das quatro concorrentes intensificaram mobilizações em busca de aliados. O corre-corre pode ser visto nas câmaras de vereadores, ouvindo as emissoras de rádio e navegando nos portais virtuais da região. 

Em Quixadá, empresários organizaram uma manifestação no Centro da cidade. Poucos simpatizantes apareceram. 

Dias antes, milhares saíram às ruas de Boa Viagem para reivindicar o hospital. 

Em Quixeramobim, um movimento social criou até um slogan. 

O objetivo era o mesmo: sensibilizar o governador na sua escolha.

No primeiro encontro, realizado no início de abril, no mesmo local, Cid Gomes propôs publicamente os critérios para a escolha final. O número de habitantes corresponderá à quantidade de pontos a serem somados para a cidade votada. Quem disputa o hospital não vota. Apenas o prefeito de Boa Viagem, Fernando Assef, discordou. Vereadores, empresários, profissionais da saúde, a plateia ficou em silêncio. Todavia, no decorrer do período disponibilizado para a articulação de aliados, vários segmentos empresarias e sociais passaram a discordar do modelo matemático, agora considerado excêntrico.

Alheias aos protestos das demais cidades, lideranças de Quixeramobim passaram a costurar acordos com os vizinhos. O apoio a Quixeramobim, inclusive de cidades mais próximas geograficamente de Boa Viagem e Canindé, provocou um clima de desconfiança. Os prefeitos de Boa Viagem, Canindé e Quixadá não confirmam as denúncias de "jogo politiqueiro" atribuído à concorrente através do rádio e da web. Entretanto, na antevéspera da decisão se reuniram em Canindé. O perfeito de Quixadá, Rômulo Carneiro, almejava a formação de uma aliança e com ela evitar a vitória do rival, somando os pontos, ou número de habitantes de outros sete Municípios. Tauá deverá se abster da votação. Apesar das articulações o desfecho ficará para hoje de manhã mesmo.

Avaliação técnica
Quem tem poder de voto, como o presidente da Câmara de Quixadá, Kleber Júnior, critica os critérios da disputa. Ele considera um constrangimento, vez que cabe ao governador o destino do Hospital Regional. Segundo ele, mesmo contando com o apoio de Boa Viagem e Canindé, na hora da decisão, Cid Gomes pode alegar que as cidades candidatas não podem mais desistir ou apenas se absterem. Na opinião do presidente do Legislativo de Quixadá, a avaliação técnica deveria prevalecer na escolha. Onde for construído, o Hospital Regional abrirá vagas a 1.500 empregos diretos, a maioria na área de saúde, e pelo menos outros 3.500 indiretos. Além de substancial melhora na saúde incrementará a economia da cidade sede. Os setores imobiliário e de alimentação serão os mais beneficiados. O Governo do Estado investirá R$ 96 milhões no complexo hospitalar. Contará com 294 leitos, 74 enfermarias, 51 delas de emergência, 20 Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) para adultos e 15 de cuidados semi-intensivos. Atenderá os usuários do SUS.


MAIS INFORMAÇÕES 
Secretaria da Saúde do Estado do Ceará, (85) 3101.5123
Centro de Convenções do Ceará
Telefone: (85) 3101.4689

Alex PimentelColaborador