por Zé Dirceu

Dois pesos, duas medidas
Ontem O Estado de São Paulo informou que o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, acusou a Prefeitura de São Paulo de ser responsável pelo vazamento dos dados da empresa de consultoria do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci Projeto, a Projeto.

“Temos informações de que dados do Imposto sobre Serviço (ISS) da empresa de Palocci foram obtidos na Secretaria de Finanças da Prefeitura de São Paulo”, afirmou Carvalho ao jornal.

Ainda ontem o vereador José Américo (PT-SP) protocolou requerimento na Câmara Municipal de São Paulo dirigido ao secretário municipal de Finanças, Mauro Ricardo, solicitando a relação dos nomes de servidores municipais que têm autorização de acesso ao sigilo fiscal de contribuintes do Imposto Sobre Serviços (ISS). "São três perguntas (que estão em pauta): quem pode acessar (o sistema), quem foi acessado nos últimos seis meses e se o Mauro Ricardo tem possibilidade de acessar sozinho", resumiu ele.

Interessante o tratamento dado pela imprensa no caso do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci. A mídia se comporta como se não houvesse no país o sigilo sobre as movimentações financeiras pessoais, um direito constitucional. O caso me faz lembrar a ênfase dada por esta mesma mídia à defesa dos tucanos durante a campanha eleitoral em 2010, quando os dados do Imposto de Renda dos tucanos vieram a público. Na ocasião, não faltou quem bradasse o direito sagrado à privacidade. Mas, pelo visto, ele é prerrogativa apenas de alguns. 

Yandex

[...] melhor que o Google?

A empresa de buscas na Internet Yandex declarou ser “melhor que o Google” ao estrear na Nasdaq nesta quinta-feira e afirmou ter ambições de expansão para além da Rússia, sua terra natal.

Photo Buscar o artigo Fundador e presidente-executivo da Yandex, Arkady Volozh (segundo à direita na fileira da frente), comemora listagem da companhia na Nasdaq, Nova York, Estados Unidos
A oferta pública de ações (IPO, na sigla em inglês) é a maior listagem de uma empresa da Internet nos Estados Unidos desde que o Google passou a ter suas ações negociadas publicamente, em 2004, e é um antigo plano dos fundadores, que se conheceram na escola aos 13 anos.
O presidente-executivo Arkady Volozh, de 47 anos, e o vice-presidente de tecnologia Ilya Segalovich, de 46 anos, que foram colegas de escola e eram muito bons em matemática e física, afirmaram que o IPO é só o começo para a Yandex.
“A Rússia merece ter uma empresa de tecnologia de escala global”, disse Volozh à Reuters em uma entrevista em russo. “Estamos trabalhando para que isso aconteça”.
A Yandex levantou 1,3 bilhão de dólares com o IPO pois investidores valorizaram as ações, atraídos por perspectivas de crescimento para o setor de Internet no país e influenciados pelo frenesi durante a estreia dos papéis do LinkedIn na Nasdaq.
As ações da Yandex subiam 45,4% às 15h10 horas.
- O Google é uma grande empresa, mas nós somos melhores – disse Segalovich com um sorriso.
- Estamos muito focados no que estamos fazendo, que é tecnologia e buscas.
Ele disse que a companhia ambiciona uma expansão para além da Rússia.
- Temos várias ideias (sobre) como ir além de nossos modelos de negócio atuais – disse Segalovich.
- Definitivamente existem alguns novos modelos de negócio que estamos tentando explorar e a expansão internacional é uma das novas áreas.
A Yandex não decidiu ainda como usar o capital levantado com o IPO, mas disse que ele pode ser útil para possíveis aquisições.

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Quem protege é quem produz


A balada de José e Maria

Leandro Fortes | 25/05/2011 at 15:08 | Categories: Ruralismo | URL: http://wp.me/pvYuB-au

Maria

José

José Roque dos Santos, 59 anos, e Maria do Socorro Diniz, 58 anos, o casal das fotos ao lado, não têm escolaridade, nem terra, nem futuro algum. São dois lavradores de Doverlândia, um município perdido de Goiás, de pouco mais de 7 mil habitantes. À meia noite de segunda-feira, 23 de maio, o casal foi colocado dentro de um ônibus com outras 30 pessoas e, em troca de lanche e uma camiseta, foram enviados pelo sindicato rural local para Brasília, a seis horas de viagem de lá. José e Maria se juntaram, então, a outras centenas de infelizes enviados à capital federal pela Confederação Nacional de Agricultura (CNA) para, exatamente como gado tocado no pasto, pressionar os deputados federais a votar a favor do projeto de Código Florestal do deputado Aldo Rebelo, do Partido Comunista do Brasil.

Conversei com o casal enquanto ambos, José e Maria, eram obrigados a segurar cartazes pela votação do texto de Rebelo, defendido por figuras humanasdo calibre da senadora Kátia Abreu, do DEM de Tocantins, presidente da CNA, e do deputado Ronaldo Caiado, do DEM de Goiás, ex-presidente da União Democrática Ruralista (UDR), velha agremiação de latifundiários de inspiração fascista.

José e Maria não sabem ler e nem têm a menor idéia do que é o Código Florestal. Quando lhes perguntei a razão do apoio ao projeto, assim me falaram:

José – Acho que vai ser bom pra nós e pros nossos netos, foi o que disseram.

Maria – É pra cuidar das terras, do futuro do Brasil.

Afora isso, não sabem nada. Nem uma pálida idéia do que é o projeto de Aldo Rebelo, muito menos o que é reserva ambiental e mata ciliar. Nada.

Os cartazes, me contaram, foram entregues por um certo "Luís, do sindicato dos fazendeiros" de Doverlândia, também responsável pela distribuição das camisetas da CNA. Eles foram embarcados em direção a Brasília sem chance de contestação. Os dois não têm um único centímetro de terra, mas trabalham na terra de quem manda, no caso, um fazendeiro da região. Enfrentaram um frio de 9 graus na viagem até Brasília, tomaram café com leite e pão em barraquinhas armadas em frente ao Congresso e, quando os encontrei, tomavam conta da fila de doces, frutas e confeitos que a CNA havia preparado na entrada da Câmara dos Deputados para impressionar a mídia. Tinham esperança de conseguir um almoço de graça e se mandar de volta para Doverlândia, às 17 horas de terça-feira, dia 24, a tempo de dormir em casa. Triste ilusão.

As gentes usadas como gado pela CNA para garantir a aprovação do projeto de um comunista ficaram enfurnadas no Congresso até tarde da noite, famintas e exaustas, obrigadas a se espremer nas galerias e a servir de claque contra os opositores do Código Florestal. E, é claro, a aplaudir Ronaldo Caiado.

Que essa perversão social ainda exista no Brasil, não me surpreende. Há anos tenho denunciado, como repórter, esse estado de coisas.

O que me surpreendeu mesmo é que os deputados do PCdoB não tenham se retirado do plenário, senão por respeito a José e Maria e à história do partido, mas ao menos por vergonha de serem cúmplices da miserável escravidão a que o casal de Doverlândia e seus companheiros da terra foram submetidos em troca de lanches e camiseta.



Receita do dia


QUEIJADINHA COM SORVETE  DE COCO COM ABACAXI

Ingredientes

QtdeMedidaIngrediente
3Unidade(s)Ovos
1Lata(s)Leite condensado
1/2Xícara(s)Margarina
5Colher(es) de sopaFarinha de trigo
1Xícara(s)Queijo parmesão ralado
100Grama(s)Coco ralado
1/2Unidade(s)Sorvete sabor coco com abacaxi
A gostoPara acondicionar: 24 fôrmas de papel (3 cm de diâmetro)
A gostoPara polvilhar: coco ralado

Modo de preparo

1.
Preaqueça o forno em temperatura média (180ºc).
2.
Coloque as fôrmas de papel em 24 fôrmas para empada (4 cm de diâmetro). 
Reserve.
3.
Bata no liquidificador os ovos, o leite condensado, a margarina e a farinha 
até ficar homogêneo.
4.
Coloque em uma tigela e misture o queijo e o coco.
5.
Distribua a massa nas fôrmas de papel reservadas. Coloque em uma 
assadeira retangular grande (40 x 28 cm) e leve ao forno por 30 minutos ou 
até que um palito, depois de espetado na massa, saia limpo.
6.
Desenforme e coloque sobre cada queijadinha uma bola de sorvete sabor 
coco com abacaxi. Polvilhe coco e sirva em seguida.
7.
Variação se preferir regue com calda de chocolate
Mais receitas Aqui

Redação


Professor:
- Vocês têm duas horas para fazer uma redação, quem terminar pode ir pra casa. A redação deverá conter quatro temas: 
1º. Sexo.
2º. Presidência da República.
3º. Religião.
4º. Mistério.
- Podem começar".
Joãozinho, como sempre, ...foi o primeiro a entregar (em menos de 1 minuto)
Sua redação:
"COMERAM A DILMA. MEU DEUS ! QUEM FOI ?"

Mitologia grega

[...] Cila e Caridbes eram duas princesas puras, lindas e  maravilhosas, mas por questões de ciúme entre os deuses e as deusas,  foram transformadas por Zeus em horrorosos  monstros marinhos. Ficaram  encarregadas de guardar o estreito de Messina, aquele situado entre a Sicília e Itália.  Moravam em sinistras cavernas e devoravam os marinheiros que se aventuravam por lá, naufragados ou mesmo  embarcados. Cila até comeu seis companheiros de Ulysses, aquele personagem de Homero.  Virou maldição para quantos se obrigavam a navegar por lá  que se o infeliz escapasse de Cila, cairia nas garras de Caribdes. E vice-versa.  A partir daí ficou a imagem em toda a Grécia  para quem enfrentasse dois problemas ao mesmo  tempo: poderia solucionar um, mas malograria no outro.

Vamos trocar a Hélade pelo Brasil. A presidente Dilma Rousseff defronta-se com dois problemas: Romero Jucá e Antônio Palocci.

O primeiro ajusta-se bem ao perfil de Cila, pois até sumiu com pelo menos seis grandes nomes do PMDB, substituindo-os como líder de um partido que já foi do dr. Ulysses.   Era uma princesa que serviu tão bem  a José Sarney na Fundação Nacional do Índio a ponto de ser nomeado governador de Roraima. Virou Secretário Nacional de Habitação no governo Fernando Collor. Senador, foi líder de Fernando Henrique e assim continuou nos dois governos Lula, mantido no governo Dilma. Só que, com todo o respeito, acabou virando  monstro. Sobre ele  pesam acusações variadas: empresas de fachada entregues a parentes e laranjas, super-multiplicação do patrimônio,  negócios irregulares na venda de madeira em territórios indígenas, desvio de dinheiro federal em ações sociais, compra de votos, calote em bancos públicos, propina de empreiteiras, um apartamento de presente dado por uma construtora. Mas é o líder do governo no Senado.

Quanto a Caribdes, isto é, Antonio Palocci, a transformação está  à vista de todos, desde a quebra do sigilo bancário do  caseiro: aumento desmedido de patrimônio, prestação de consultorias sigilosas a empresas desconhecidas enquanto coordenador da campanha de Dilma Rousseff. Virou  monstro por iniciativa de Zeus, quer dizer, do Lula?

Fará o quê a presidente? Precisa atravessar o Estreito de Messina. Se fugir das garras de Cila,  cairá nas presas de Caribdes. Dois problemas que não dá para solucionar  juntos. Um desses monstros  poderá devorá-la.
Carlos Chagas