A esposa de Jesus Cristo

Jesus Cristo nunca esteve tão próximo do altar dos homens quanto agora. Na terça-feira 18 uma respeitada historiadora da Universidade de Harvard, Karen L. King, especialista em cristianismo antigo, apresentou em um congresso no Vaticano, sede do catolicismo mundial, aquele que seria o texto mais antigo a mencionar que o filho de Deus teve uma esposa. Chamado de Evangelho da Esposa de Jesus, um fragmento de papiro do século IV escrito em copta – um idioma egípcio – traz um diálogo entre Cristo e seus discípulos no qual se lê: “Jesus disse a eles: ‘Minha esposa...’. Outros textos apócrifos (aqueles não legitimados pela Igreja Católica) sobre o cristianismo, como o evangelho de Filipe, do século III, já davam a entender que havia uma relação conjugal entre Jesus e Maria Madalena. Em nenhum deles, porém, Cristo fala em primeira pessoa sobre a sua consorte, como ocorre no Evangelho da Esposa de Jesus, que mede oito centímetros de comprimento por quatro de altura. Continua>>>
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Por que Lula se tornou a obsessão do PiG?


[...] Por que tanta raiva armada contra o ex-presidente? Primeiro é o ódio de classe, cevado há décadas, excitado pelo operário metido a sebo, tanto mais no país da casa-grande e da senzala. Onde já se viu topete tamanho? Se me permitem, Lula é personagem de Émile Zola, assim como José Serra está nas páginas de Honoré de Balzac. O sequioso da emergência que chegou lá.
Depois vem a verdade factual, a popularidade de Lula, avassaladora. E vem o confronto com os tempos de Presidência tucana, e o triste fim de Fernando Henrique Cardoso, o esquecido, no Brasil e no mundo. Assim respondem os meus meditativos botões às perguntas acima. E as respostas geram outra pergunta.
Por que a mídia nativa, intérprete da casa-grande, goza ainda de prestígio até junto a quem ataca diária e obsessivamente se seus candidatos perdem os embates eleitorais decisivos?Memento 2002, 2006, 2010. Mesmo agora, véspera dos pleitos municipais, as coisas não estão bem paradas para os preferidos de jornalões e revistões. Será que o jornalismo brasileiro dos dias de hoje faz apostas erradas? Defende o indefensável? Continua>>>

13 exercícios para estimular o cérebro


O desafio da neuróbica é fazer tudo aquilo que contraria ações automáticas, obrigando o cérebro a um trabalho adicional, por isso: 
  1. Use o relógio de pulso no braço direito;
  2. Ande pela casa de trás para frente;
  3. Vista-se de olhos fechados; 
  4. Estimule o paladar, coma comidas diferentes; 
  5. Leia ou veja fotos de cabeça para baixo concentrando-se em pormenores nos quais nunca tinha reparado; 
  6. Veja as horas num espelho; 
  7. Troque o mouse do computador de lado;
  8. Escreva ou escove os dentes utilizando a mão esquerda - ou a direita, se for canhoto;
  9. Quando for trabalhar, utilize um percurso diferente do habitual; 
  10. Introduza pequenas mudanças nos seus hábitos cotidianos, transformando-os em desafios para o seu cérebro; 
  11. Folheie uma revista e procure uma fotografia que lhe chame a atenção. Agora pense 25 adjetivos que ache que a descrevem a imagem ou o tema fotografado; 
  12. Quando for a um restaurante, tente identificar os ingredientes que compõem o prato que escolheu e concentre-se nos sabores mais subtis. No final, tire a prova dos nove junto ao garçom ou chef; 
  13. Ao entrar numa sala onde esteja muita gente, tente determinar quantas pessoas estão do lado esquerdo e do lado direito. Identifique os objetos que decoram a sala, feche os olhos e enumere-os; 

Os sonhos da oposição


À falta de programa e de candidato, os setores opositores sonham com descalabros que, talvez, lhes deem alguma chance de evitar que Dilma se reeleja em 2014 e o Brasil siga o caminho que vem trilhando, vitoriosamente (nunca nenhuma força, pela via democrática, governou por tanto tempo no Brasil, como o PT).

Como sonhar não é proibido – mesmo que seja com pesadelos para o país e para o povo -, as oposições desejam ardentemente que:
  • A recessão internacional afete profundamente a capacidade de crescer da economia brasileira, instaurando, aqui também, os descalabros que o neoliberalismo produz na Europa: recesso, desemprego, endividamento, dependência do FMI, inflação, fuga de capitais.
  • Crise social, grandes mobilizações populares contra o governo, repressão, perda de apoio popular do governo. A CUT se divide, um setor sai e se soma aos grupos de ultra-esquerda.
  • Brigas se acentuam na base politica do governo, PSB e PMDB se autonomizam e prepararam candidaturas próprias. O governo perde maioria no Congresso e tem dificuldades para librar recursos e aprovar projetos. O PAC se estaciona, assim como o Minha casa, minha vida, o Bolsa Família e outros programas sociais do governo.
  • Dilma e Lula se estranha e brigam, cada um por um lado, batendo um no outro.
  • As obras do Mundial de Futebol e das Olimpíadas atrasam, Brasil é ameaçado de perder suas sedes.
  • Políticas públicas nas zonas do Rio, antes dominadas pelos narcotraficantes fracassam, diante do ressurgimento dos bandos armados e essas zonas voltar a estar sob controle dos narcos.
  • As relações do Brasil na América Latina se deterioram: conflitos com a Argentina inviabilizam o Mercosul, entrada da Venezuela se complica. Polo neoliberal do Pacífico se fortalece, em contraposição ao Mercosul.
  • Usinas e outros projetos governamentais são inviabilizados por movimentos indígenas e ecológicos, e o Brasil desemboca num apagão.
  • Julgamento do “mensalão” desemboca em processo contra o Lula.
  • Uma eliminação vergonhosa do Brasil do Mundial de Futebol, além da má organização evento, ajudariam a baixar ainda mais a auto-estima dos brasileiros.
Em suma, as oposições apostam em desastres, ficam olhando a economia internacional, pra ver se há nuvens que promovam grandes tempestades, que desequilibrem o modelo econômico que articula crescimento com distribuição de renda. Apostam no pior, nem que isso signifique sofrimento para o povo.

Mas apostar no pior não tem dado certo. Não deu no começo do governo Lula, não deu na tentativa de impeachment em 2005, nem no começo da crise internacional, em 2008. Não dará agora também. Mas serve para caracterizar no que apostam as oposições. Elas continuarão vivendo pesadelos.

por Emir Sader

Escondendo a verdade

Nem sempre podemos dizer a verdade, muitas vezes, somos obrigadas a omitir.

Ometir não significa mentir, e sim, esconder a verdade.

Leônia Teixeira

Jimmy Carter: A Venezuela tem o melhor sistema eleitoral do mundo


Jimmy Carter, ex-presidente dos EUA, explica os motivos que o levam a crer na excelência do sistema eleitoral venezuelano. Foto: divulgação
O processo eleitoral na Venezuela é considerado o melhor do mundo pelo ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter, que coordena uma instituição de monitoramento de eleições ao redor do mundo há mais de uma década. Em conferência anual do Carter Center, o norte-americano também garantiu que Hugo Chávez venceu de forma “justa” o último pleito presidencial, em 2006.
Carter elogiou o sistema de votação venezuelano por incluir duas formas de contagem, o que dificulta qualquer tipo de tentativa de fraude. No país, os eleitores escolhem o seu candidato em uma urna eletrônica e ainda recebem um comprovante, que é depositado em uma caixa vedada, aberta para confirmar os resultados eleitorais. Além disso, um dos dedos é manchado com tinta indelével.
O democrata disse que enquanto os sistemas de financiamento de campanha nos países latino-americanos melhorou significativamente, nos EUA se consolidou uma “corrupção financeira” alimentada por “resoluções que facilitaram o fluxo de dinheiro privado para as contas dos candidatos”.
Suas declarações vieram no mesmo dia em que jornalistas se reuniram no Carter Center para um workshop sobre a cobertura midiática das eleições venezuelanas. A instituição quer preparar os profissionais para escreverem retratos profissionais e não partidários do próximo pleito no país, que ocorre no dia 7 de outubro deste ano.
“O espaço que o treinamento do Centro fornece para reunir jornalistas de mídia divergentes é uma contribuição importante para diminuir a polarização e fortalecer a democracia venezuelana”, afirmou Andres D’Alessandro que coordenou atividades em junhos deste ano.
“As oficinas me ensinaram que tenho de fazer jornalismo – não jornalismo de oposição ou jornalismo oficial”, disse David Ludovic da ONG Instituto Prensa y Sociedad, que monitora o direito à liberdade de expressão na Venezuela. “Eu devo trazer apenas dados e explicações para o meu público”, acrescentou.
Por mais de uma década, o Carter Center conduziu observações eleitorais e treinamento para jornalistas na Venezuela. A organização norte-americana vai realizar estudo autônomo e independente sobre as eleições presidências deste ano no país, incluindo percepções da população sobre o processo eleitoral.
Marina Mattar, Opera Mundi

O julgamento do "mensalão" não ressuscitará a oposição


Surpreendidos com os primeiros veredictos que saltam do plenário do STF, os principais operadores do PT dividem-se entre a indignação e a perplexidade. Revoltam-se porque enxergam um quê de política no julgamento. Espantam-se porque se deram conta de que, ao subestimar o escândalo, não se prepararam para lidar com os danos.
Na base do improviso, o PT reage a esmo aos ataques da oposição, prepara a assimilação de eventuais prejuízos na eleição municipal de 2012 e olha para o itinerário de 2014 como uma oportunidade de rearranjo. Uma oportunidade que Dilma Rousseff cuida de aproveitar. Distanciando-se do problema, a presidente apresenta-se como solução.
Até os petistas que torcem o nariz para Dilma passaram a enxergar no sucesso do governo dela um bom recomeço para a fase pós-mensalão. A alternativa seria Lula. Mas ele já não exibe as condições físicas de antes e é tomado a sério quando diz que só um Apocalipse econômico o faria apresentar-se como re-re-recandidato. Menos por gosto e mais pelo desejo de evitar o ressurgimento da oposição.
De tanto referir-se ao mensalão como uma ‘lenda’, o PT tornou-se uma legenda que encontra paralelos mais adequados na ficção do que na realidade. Ernest Hemingway oferece boa matéria prima para comparações. Continua>>>