Blog do Briguilino reproduz levantamento de Syanley Burburinho

A partir de informações fornecidas pelo site da Polícia Federal, fiz um levantamento de todas as operações da Polícia Federal de 2003 até 2012. Não encontrei no site da Polícia Federal informações sobre operações entre 1994 e 2002.  

Segundo a Senadora Ângela Portela(PT-RR), em pronunciamento na Tribuna do Senado,  durante os oito anos da administração de FHC,  foram registradas apenas 48 operações da Polícia Federal.  Ela também trouxe a informação de  que  a  Justiça Federal, que, em 2003, tinha cerca de 100 Varas em todo o País, chegou a 513 Varas, em 2010. Ou seja, 413 novas Varas da Justiça Federal, com um juiz titular e um substituto, foram criadas nesse período, no período do Governo Presidente Lula.

http://www.ptnosenado.org.br/angela-portela/pronunciamentos/404-fortalecimento-da-policia-federal-comecou-no-governo-lula-afirma-angela-portela

Totais das operações da PF de 2003 até 2011, durante os oito anos de Lula: Total geral de operações: 1.273.
Total geral de presos: 15.754.
Total geral de servidores públicos presos: 1.882.
Total geral de policiais federais presos: 99.

Totais das operações da PF de 2011 até 05/12/2012, no governo Dilma:Total geral de operações: 506.
Total geral de presos: 3.384.
Total geral de servidores públicos presos: 336.
Total geral de policiais federais presos: 17.

Soma dos dados das operações da PF de 2003 até 05/12/2012:Total de operações: 1.779.
Total de presos: 19.138.
Total de servidores públicos presos: 2.218.
Total de policiais federais presos: 99.


Carta de Amor de um Químico


Berílio Horizonte, zinco de benzeno de 2000.
Querida Valência:

Não estou sendo precipitado e nem desejo catalisar nenhuma reação irresversível entre nós dois, mas sinto que estrôncio perdidamente apaixonado por você. Sabismuto bem que a amo. De antimônio posso lhe assegurar que não sou nenhum érbio e que trabário muito para levar uma vida estável.
Lembro-me de que tudo começou nurârio passado, com um arsênio de mão, quando atravessávamos uma ponte de hidrogênio. Você estava em um carro prata, com rodas de magnésio. Houve uma atração forte entre nós dois, acertamos os nossos coeficientes, comp
artilhamos nossos elétrons, e a ligação foi inevitável. Inclusive depois, quando lhe telefonei, mesmo tomada de enxofre, você respondeu carinhosamente:
"Proton, com quem tenho o praseodímio de falar?" Nosso namoro é cério, estava índio muito bem, como se morássemos em um palácio de ouro, e nunca causou nehum escândio. Eu brometo que nunca haverá gálio entre nós e até já disse quimicasaria com você.
Espero que você não esteja saturada, pois devemos buscar uma reação de adição e não de substituição. Soube que a Inês lhe contou que eu a embromo: manganês cuidar do seu cobre e acredite níquel que digo, pois saiba qe eu nunca agi de modo estanho. Caso algum dia apronte alguma, eu sugiro que procure um avogrado e que me metais na cadeia.Sinceramente, não sei por que você está a procura de um processo de separação, como se fóssemos misturas e não substâncias puras! Mesmo sendo um pouco volátil, nosso relacionamento não pode dar errádio. Se isso acontecesse, irídio emboro urânio de raiva.
Espero que você não tenha tido mais contato com o Hélio (que é um nobre!),
nem com o Túlio e nem com os estrangeiros (Germânio, Polônio e Frâncio). Esses casos devem sofrer uma neutralização ou, pelo menos, uma grande diluição. Antes de deitar-me, ainda com o abajur acesio, descalcio meus sapatos e mercúrio no silício da noite,
pensando no nosso amor que está acarbono e sinto-me sódio. Gostaria de deslocar este equilíbrio e fazer com que tudo voltasse à normalidade inicial. Sem você minha vida teria uma densidade desprezível, seria praticamente um vácuo perfeito. Você é a luz que me alumíno e estou triste porque atualmente nosso relacionamento possui pH maior que 7, isto é, está naquela base.
Aproveito para lembrar-lhe de devolver o meu disco da KCl.
Saiba, Valência, que não sais do meu pensamento, em todas as suas camadas.
Abrácidos do:
Leantânio

A ditadura das minorias


Desde a história dos 300 espartanos (ou antes) até os dias de hoje, minorias organizadas possuem mais poder que as maiorias desorganizadas (a tal “maioria silenciosa”).
Uma maioria organizada, como nação, seria chamada de “nacionalismo”, comparada com Hitler, etc. Aí não pode! Cuba ou China então, com economia planejada, nem se fala! Organização formal é direito só para as minorias, nunca para as maiorias. Agremiações multinacionais compreenderam há muito tempo que o verdadeiro poder está em pequenos grupos organizados, por cima das nações. O povo é um rebanho que deve ser conduzido.
Uma maioria da população apoiando o nosso governo não vale nada perante as minorias que realmente mandam no Brasil.
O mundo capitalista não quer ver gente comum em grupos, bebendo da mesma garrafa e “conspirando” em mesas de bar contra a globalização. O mundo atual quer os novos “homo-shopping” atomizados, vivendo sozinhos em casa (cada um na sua casa), vendo TV, e pedindo pizza pelo telefone e, ainda, de preferência que sejam gays, pois consomem mais do que homem e mulher juntos. Aquele “super-homem” do Gilberto Gil é o futuro da humanidade, do jeito que o mundo caminha.
O político morre de medo das minorias organizadas que fazem “abaixo assinado” e enchem o saco, mas ignora a maioria silenciosa e as medidas que devam ser tomadas apenas baseadas no bom senso, sem pressão específica de grupos.
No congresso, temos as “bancadas”: da bola, rural, da saúde, evangélica, do PIG e outras, sempre defendendo os interesses das chamadas minorias, tornando a nossa legislação um compêndio de direitos excepcionais para minorias organizadas, ignorando assim, como sempre, a maioria silenciosa.
A minoria consegue criar leis para “se defender” das práticas de bom senso corriqueiras (usos e costumes tradicionais) da sociedade. A maioria silenciosa deve dormir cedo, não fazer barulho, não reclamar e expressar a sua revolta apenas com o seu voto. A maioria silenciosa não pode nem expressar a sua opinião neste blog sem que uma patrulha de “minorias” ataque de forma coordenada, e ainda fingindo ser a parte fraca da discussão, fingindo de “tadinhos”, mas te ameaçando com Leis e com a sua “justiça” especial.
Em compensação, o negro pode sair na rua com camiseta escrita “100% negro” e olhar feio na tua cara. O gay usa a lei para entrar forçando a barra em clube onde não é aceito. O judeu te manda preso se você duvidar do “holocausto” ou torna obrigatório o ensino deste discutido fato histórico para as crianças de Rio de Janeiro e Porto Alegre, etc.
As leis das maiorias estão implícitas dentro do chamado: “bom senso”, pois nem precisariam estar escritas, mas justamente por isso é que a maioria está ficando sem Leis e sem direito nenhum, mas apenas deve obedecer às novas regras que vão surgindo diariamente por pressões de pequenos grupos ao congresso.
Acho que é hora de acordar e começar a ocupar o nosso lugar na sociedade. Vamos respeitar as minorias, mas nunca deixar com eles o poder de conduzir o nosso povo, como rebanho silencioso, em direção de interesses mesquinhos que muitas vezes socavam a estrutura social da nação.

recebido por e-mail

STF: foi o Areópagos dos tempos míticos

Vamos deixar a um canto o julgamento da Ação 470. Trata-se de um fato consumado. Ao julgar os réus daquele processo, o Supremo Tribunal Federal passou a ser julgado — não pelos meios de comunicação, que o têm aplaudido; não pelos setores da classe média do Sul e do Sudeste, que se sentem ressarcidos moralmente, com a condenação de correligionários de um apedeuta nordestino, operário metalúrgico, que conseguiu eleger-se e governar o país. Para todos esses, o Supremo foi o Areópago dos tempos míticos, com os juízes sob a presidência, invisível, mas infalível, da deusa Atena. Mas há quem examine a situação com outros olhos.
O jornalista mineiro José das Dores Vital acaba de publicar um ensaio delicioso, Como se faz um bispo, mostrando o jogo que se esconde na escolha de um novo prelado na hierarquia católica. As revelações do ministro Luis Fux, publicadas no fim de semana pela Folha de S.Paulo, sobre os seus esforços a fim de se tornar ministro do STF, sugerem um best-seller, como o  de Vital.
As revelações do ministro Luis Fux, sobre seus esforços para se tornar ministro do STF, sugerem um best-seller
Seria muito interessante mostrar como se escolhem alguns dos mais elevados magistrados da República. Muitos deles, pelo que andam anunciando, pretendem ser os arcontes do Estado Nacional e pairar sobre todos os seus poderes, assentados no monte de Ares (ou de Marte, em latim), dedicado ao deus da guerra. 
Fux conta como pediu a Deus, e a todo  mundo, que o indicassem para ocupar uma vaga no Supremo: de João Pedro Stédile, do MST, a Delfim Netto, incluindo José Dirceu e outros réus da Ação 470 que ele, Fux, julgaria. Segundo a Folha de S.Paulo, um seu emissário, em seu nome, solicitou ao jornal que ele fosse ouvido. E foi muito bem entrevistado, por uma das mais argutas e ferinas jornalistas brasileiras, Mônica Bérgamo.
Diz o juiz que ficou “estarrecido” com as provas contra Dirceu e os outros, e, assim, votou pela condenação dos réus. Estarrecidos estamos todos nós, com as suas revelações. Fosse ele um juiz de tempos mais antigos, é provável que se declarasse suspeito e se eximisse de participar do julgamento. Não por se sentir tentado a absolver, por gratidão; mas, sim, por se sentir tentado a condenar exatamente por ter sido ajudado. Há uma desconfiança universal e muito antiga de que muitos, ao receber um favor, passam a odiar quem os ajuda. Não se trata de uma regra mas, sim, de  exceções. Não para Ulysses Guimarães que dizia: o dia do benefício é a véspera da ingratidão.
Há dois mecanismos mentais que explicam esse paradoxo. Um deles é a soberba do favorecido, sobretudo nas indicações políticas. O outro é o  de compensação do sentimento de humilhação do imaturo ao  pedir o favor ao poderoso  — tão mais forte a ponto de lhe conceder o pedido. No primeiro caso, o ajudado passa a acreditar que não foi escolhido como um favor mas, sim, pelo reconhecimento de seus méritos. “Ele só podia me ter escolhido, porque, dentre todos os outros,  só eu sou capaz”.
Em Minas, a ideia é a de que aquele que tem a recomendação de todos não tem recomendação alguma
Assim também poderia pensar Fux, embora  seu confessado pranto de regozijo, junto ao ministro da Justiça,  não sugira essa espécie de sentimento. Resta o outro  — o do constrangimento pela súplica do apoio. Se o juiz Fux condenou os réus com a convicção de julgador, ou não, importa pouco, nesta fase do processo. O que qualquer cidadão pode condenar é a forma pela qual ele e outros foram escolhidos. Que um candidato a qualquer cargo peça apoio, é natural  — mas deve preservar um pouco de decoro em sua postulação. Lula, submetido a duras provas pessoais nos últimos meses, ao aprovar o nome de Fux junto a Dilma, não soube desconfiar  de quem trazia indicações tão amplas, que provinham de todas as direções ideológicas. Em Minas, a ideia é a de que aquele que tem a recomendação de todos não tem recomendação alguma.
O passado de um candidato ao STF deve ser examinado ao microscópio. Os juízes do Supremo Tribunal são a última instância na defesa das pessoas contra o Estado e na defesa do Estado contra seus inimigos. Eles devem ser personalidades de indiscutível probidade mas, da mesma forma, mostrar o saber necessário para atuar com toda a isenção possível. Os juízes não são anjos vingadores,  celebridades do showbusiness,  nem  cúmplices dos criminosos. São, ou devem ser, cidadãos acima dos interesses e das paixões, para  assegurar a todas as pessoas justas o direito à vida, na segurança da paz. É preciso encontrar critérios mais rigorosos, transparentes e universais, para a indicação e aprovação, pelo Senado, dos ministros do STF.
Justiça é coisa séria Jornal do Brasil Mauro Santayana

Sobre a renovação dos contratos com as empresas de geração de energia elétrica

[...] as três empresas que não renovaram foram a Cesp, a Cemig e a Copel. 

Coincidência ou não trata-se das estatais dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná respectivamente, todos governados pelo PSDB. 

O PSDB nega, mas tá aí uma prova do quanto pior melhor. Ou seja, a velha estratégia de dificultar ao máximo a vida do governo federal apostando na piora econômica do país visando um ambiente adverso nas próximas eleições presidenciais. 

Bom o eleitor ser lembrado disso na época das eleições. 

Lembrar quem está a favor e quem está contra o povo brasileiro.
Filipe Mazzini

A guerra presidencial de 2014 começou num front inusitado

Com dois anos de antecedência, Dilma Rousseff escolheu como campo de batalha inaugural uma conta de luz. Arrastou os adversários tucanos para o velho e escorregadio terreno em que a marquetagem brinca de rico contra pobre. Ou vice-versa.

Nesta quarta (5), discursando para uma plateia de ricos industriais, Dilma insinuou que o tucanato conspira contra os consumidores e trabalhadores pobres. Ouça-se a candidata à reeleição: 
“Reduzir o preço da energia é decisão da qual o governo federal não recuará, apesar de lamentar profundamente a imensa insensibilidade daqueles que não percebem a importância disso agora para garantir que nosso país cresça de forma sustentável.”
Na véspera do feriado de 7 de Setembro, Dilma levara o rosto à tevê para prometer que seu governo baixaria o preço das contas de luz no início do ano pré-eleitoral de 2013. Algo que dependeria de uma repactuação com as empresas concessionárias de energia. O que ela está dizendo agora, com outras palavras, é que tem aí uns malvados que querem impedi-la de exercitar sua bondade.
Nessa versão, os estorvos seriam os governadores tucanos Geraldo Alckmin (São Paulo), Antonio Anastasia (Minas Gerais) e Beto Richa (Paraná). A tróica impediu que as estatais elétricas dos seus Estados aderissem ao plano redentor que levaria ao barateamento da energia. Fizeram isso porque acomodam as conveniências do presidenciável tucano Aécio Neves acima dos interesses do país.
Ao dizer que não recuará, Dilma informa que vai baixar o preço da conta de luz na marra. “Isso vai onerar bastante o governo federal”, declarou, sob aplausos. “Quando perguntarem para onde vão os recursos orçamentários do governo, uma parte irá para suprir, para a indústria brasileira e para a população brasileira, aquilo que outros não tiveram a sensibilidade de fazer.”
Dilma levanta agora uma bola que será cortada mais adiante por João Santana, o marqueteiro do PT. Os gestores tucanos invocam razões econômico-financeiras para refugar a repactuação energética sugerida por Dilma. Coisa técnica, difícil de ser trocada em miúdos. Na língua da marquetagem, que dispensa a realidade, a tradução é mais simples. Nesse idioma, os tucanos esbofeteiam os pobres duas vezes. Nas casas, conspiram contra uma economia que levaria mais pão à mesa. Nas indústrias, tramam contra uma redução de custos que, no limite, vitaminaria o emprego.
Na última vez que o PSDB caiu numa emboscada parecida, Lula grudou nas plumas dos tucanos a pecha de inimigos do Bolsa Família. Uma macumba da qual os adversários ainda não se livraram totalmente. No caso das contas de luz, quando as aves conseguirem explicar que focinho de porco não é tomada, é possível que o curto-circuito já esteja consumado.

Reduzir conta de luz, Aécio é contra. Dilma a favor.

“Reduzir o preço da energia é decisão da qual o governo federal não recuará, apesar de lamentar profundamente a imensa insensibilidade daqueles que não percebem a importância disso agora para garantir que nosso país cresça de forma sustentável”, Dilma Rousseff