Mostrando postagens com marcador 2º turno. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador 2º turno. Mostrar todas as postagens

O Brasil se encontra em uma encruzilhada, por Victor Luiz Barone Junior

Resultado de imagem para encruzilhada
 Não se trata de uma encruzilhada político-partidária. A questão é de contrapor a barbárie com a civilidade.
Há uma candidatura posta que defende a tortura, a homofobia, a misoginia, o xenofobismo, a diminuição da mulher, o acondicionamento de gays aos guetos, a violência institucionalizada, a teocratização do Estado, a relativização da liberdade de expressão, a destruição dos valores básicos da cidadania, da pluralidade e de importantes conquistas alcançadas nas últimas décadas pela nossa tão jovem democracia.
Jornalistas não podem – ao menos não deveriam – relativizar estas pautas e reduzi-las a um simples embate eleitoral.
***

Show


***


Política do AdSense: Não é permitido aos editores pedir que outras pessoas clique nos anúncios nem usar métodos de implementação fraudulentos para receber cliques. Isso inclui, oferecer remuneração para que os usuários visualizem anúncios ou realizem pesquisas, prometer arrecadar dinheiro para terceiros por meio de tal comportamento ou colocar imagens próximas a anúncios individuais.

Haddad: ninguém ofendeu mais o brasileiro que Bolsonaro


Ricardo Stuckert

Questionado sobre a proposta de seu adversário de oferecer o décimo-terceiro no Bolsa Família, o candidato da frente democrática, Fernando Haddad, bateu duro no candidato do PSL: "Se tem um cara que meteu o pau no Bolsa Família a vida inteira e que xingou o nordestino, xingou o pobre, foi meu adversário. Diz que pobre não trabalha para ganhar o Bolsa Família, pobre engravida para ganhar o Bolsa Família. Não conheço ninguém que tenha ofendido mais o brasileiro como ele. É um sujeito pouco consistente", afirmou, em entrevista ao site Metrópoles, de Brasília; Haddad voltou a condenar novamente os atos de violência que têm ocorrido no Brasil por apoiadores de Bolsonaro e os atribuiu ao candidato; "Quem é que defende regimes autoritários? Quem defende extermínio? Tortura?".
Brasil 147
***

Política do AdSense: Não é permitido aos editores pedir que outras pessoas clique nos anúncios nem usar métodos de implementação fraudulentos para receber cliques. Isso inclui, oferecer remuneração para que os usuários visualizem anúncios ou realizem pesquisas, prometer arrecadar dinheiro para terceiros por meio de tal comportamento ou colocar imagens próximas a anúncios individuais.

Luis Nassif: Xadrez do grande pacto nacional contra Bolsonaro



GGN

Peça 1 – tem jogo

A pesquisa DataFolha, com a contagem de 58 a 42 para Bolsonaro em relação a Fernando Haddad, mostra que tem jogo.
Motivo 1 – Em outras eleições, com menos volatilidade, houve viradas. A eleição atual é atípica, com mudanças radicais de posição, criação de ondas de tsunami. Por isso mesmo, não há estratificação de votos. Nem mesmo entre aqueles que, no primeiro turno, garantiam votos consolidados.
Motivo 2 – com Bolsonaro se posicionando sobre diversos temas, em cada posição que assume deixa de ser a encarnação irracional da unanimidade antissistema, e passa a ser uma pessoa de carne e osso, sendo desenhada por cada opinião.  Aliás, é curioso que nas duas únicas vezes em que mostrou bom senso – quando disse que a reforma da previdência deveria ser consensual e que o governo não poderia abrir mão do controle sobre a geração de energia – foi alvo de críticas de Carlos Alberto Sardenberg na CBN, filho dessa mistura de liberalismo econômico cego e autoritarismo político míope. Pelo menos a irracionalidade cega do mercado ajuda a dissipar sua adesão irracional a Bolsonaro.
Motivo 3 – a onda de ataques de seus seguidores a adversários por todo o país e a constatação clara de que será um governo de arbítrio, de selvageria, do qual não sairá incólume nenhuma forma de poder, da Justiça à mídia.
O exemplo mais flagrante é o inacreditável ex-juiz Wilson Witzel (PSC), candidato ao governo do Rio de Janeiro, ameaçando prender seu opositor, o ex-prefeito Eduardo Paes e se valendo de um amigo juiz para inabilitar outro candidato, Antony Garotinho. E ainda anunciando que acabará com a Secretaria de Segurança para evitar interferência civil no trabalho da polícia.
Os sinais de fascismo se tornaram tão evidentes que não comportam mais o jogo de cena de fingir que não se vê a guerra. Até o Ricardo Boechat vai se dar conta de que as violências que se espalham por todo país não podem ser comparadas a brigas de torcidas. Entre outros aspectos, pela relevante razão de que nenhuma torcida organizada esteve perto de assumir o poder de Estado.
Já se percebe um movimento nítido da mídia de lançar luzes sobre o bolsonarismo. Nos últimos dois dias, a mídia começa a dar o devido peso a essa onda de violência, sendo oficialmente apresentada a um fenômeno que só existia nas suas fantasias antipetistas: o fascismo em estado bruto.
O sistema Globo é particularmente influente nas grandes metrópoles do sudeste, onde há maior concentração de votos para Bolsonaro. E poderá jogar um pouco de luz nos grupos empresariais, tão primários quanto texanos de fins do século 19.
Resta a outra incógnita da equação: o desafio de reduzir o antipetismo.
O caminho passa pelo grande acordo nacional, que reedite o pacto da Nova República. E, aí, Fernando Haddad poderá ter papel fundamental.

Peça 2 – o fim do ciclo da Nova República

Bolsonaro: O soldado que vai a guerra e tem medo de morrer é um Covarde



E um candidato que foge de debates é:

  • Fujão, cagão ou sofre de amarelite aguda?
***


Ciro e PDT apoiam Haddad

Ciro Gomes afirmou logo após votar no primeiro turno que sua histŕia de vida sempre foi a favor da democracia e contra o fascismo. Hoje o PDT declarou oficialmente seu apoio a Fernando Haddad. Veja abaixo a nota do partido.

Ciro apoia Haddad
***

Recado de Lula



Menos odio, Mais amor
O problema do Brasil hoje é que as pessoas estão com a autoestima muito baixa porque a economia está muito ruim. Há uma desagregação, sabe, do ânimo da sociedade por conta do desemprego. As pessoas ainda estão muito preconceituosas, ou seja, a autoestima está muito baixa. Ou seja, nós temos um governo que não representa nada, absolutamente nada, nós temos um Congresso desacreditado, que está desmontando conquistas que os trabalhadores conquistaram há tanto tempo atrás.
E eu acho que, se você não tiver autoestima, se você não tiver esperança, se você não acreditar nas pessoas que governam o país, nada vai acontecer.
Eu tive o prazer de viver nesse país um momento de maior autoestima do nosso povo. As pessoas acreditavam, as pessoas sonhavam, as pessoas tinham emprego, as pessoas tinham aumento de salário, as pessoas sonhavam em estudar. Tudo isso foi possível criar.
Agora me parece que nada é possível, eu penso que nós precisamos voltar a ter autoestima nesse país, acreditar no Brasil, acreditar no potencial do Brasil, acreditar que é possível o Brasil ser diferente. Ele já foi, ele melhorou.
Sabe, eu acho que é possível. Eu tenho consciência e tenho certeza de que esse país governado por alguém que goste do povo, que convive com o povo, alguém que ouça o povo, o Brasil pode melhorar.
Eu não tenho dúvidas disso, é nisso que eu acredito e quero dedicar o resto de tempo que eu tenho na minha vida para provar que essas coisas podem acontecer e o Brasil poderia ser diferente.
Menos ódio, mais amor!
***

Carta aos pais e mães da besta fascista, por Fernando Brito

Senhores ministros, desembargadores, juízes. Senhores editores, comentaristas, jornalistas políticos. Senhores donos e programadores de TV que encheram telas e alto-falantes do “mundo-cão” e dos brados de “senta o dedo”.
Apresento-lhes o seu filho, o fascismo.
Não é mais apenas o “bebê de Rosemary” que os ajudou a depor um governo eleito.
Ele já está andando sozinho na rua, pela mão de Jair Bolsonaro.
Leva porretes para bater nos “indesejáveis”.
Carrega capim em carroças para “dar” a eleitores nordestinos.
Já fala “direitinho” palavras como “esquerdopata” (porque ser de esquerda é doença), que as mulheres “não são higiênicas” se forem feministas, já diz que vai prender, bater, torturar, matar, metralhar.
Bate palmas para quem vilipendia uma morte, quebrando em público uma singela placa com o nome de uma mulher assassinada.
Sobretudo, já fez as pessoas   se tornarem adoradoras de um novo deus, pagão e mau, o “Mito”, que trocou a cruz do sacrifício pela pistola do exterminador.
Não neguem que este horror disforme que assola a sociedade seja seu filho. Em seu DNA está a intolerância, a ideia de que a sociedade se divide em homens e mulheres bons e homens e mulheres maus, e que a estes cabem, pela ordem, porrada, bala, lei e cadeia.
Os senhores transformaram a cela, a cadeia, a prisão nos ícones da realização da felicidade, em lugar da escola, do trabalho e fizeram do monstro o mito adorado.
Agora, o menino está a ponto de pegar a chave da casa.
E, lamento informar, virá cheio de apetite sobre os senhores.
Seu amiguinho fardado, a muito custo, está sendo contido.
– Espera, espera, depois a gente…
Pois é, esperem.
Porque não será outro o destino de vocês, diante da fome infinita de inimigos, o alimento envenenado que produzem em sua mente obcecada.
Se querem escapar, não usem o mimimi de que “todos são iguais”.
Os que vocês chamam de “iguais” a ele nunca fizeram apologia da morte, da discriminação, nunca tomaram bens de ninguém e nunca os impediram, infelizmente, de usarem o poder que têm, ainda que fosse para amalgamar o mal.
Ou é preciso alguém de fora, como o alemão (que aqui vive há seis anos), Philipp Lichterbeck , na Deutsche Welle?
Agora me pergunto por que 49 milhões de brasileiros se sentem representados por um homem que, em toda a sua vida, não fez muito mais do que passar 27 anos sentado no Parlamento, embolsando um tremendo salário. Nesse período, ele nunca se importou em ofender pessoas e falar grosso. Aí ele colocou os próprios filhos nesse negócio lucrativo que é ser político no Brasil. Também eles não se importam em ofender pessoas e espalhar o ódio. E essa família é ovacionada pelas massas. Como explicar isso para alguém de fora? O Brasil não queria ser um país sério?
Nós resistiremos, se preciso, a outra noite e contra ela vamos nos imolar em luz.
Vocês, porém, vão mergulhar no medo e na treva, rastejando diante do senhor que geraram e pariram.
Torçam por nós, mesmo nos odiando. Somos a última defesa que vocês possuem.
Tijolaço
***

Ao lado de Camilo Santana, Haddad pede o apoio de Ciro Gomes para derrotar o fascismo


:

O candidato do campo democrático à Presidência da República, Fernando Haddad (PT) afirmou querer Ciro Gomes e o seu partido, o PDT, ao seu lado para barrar a candidatura de extrema direita representada pela candidatura de Jair Bolsonaro (PSL); "Um abraço ao Ciro Gomes, que teve uma votação expressiva no Ceará. É um democrata, que já declarou que vai lutar contra o fascismo, portanto é uma voz muito respeitada no País, e queremos tê-lo ao lado", disse; "Vamos repetir o êxito do Ceará no Brasil", completou.
Brasil 247

Hino a Democracia, a civilidade e contra a barbárie

Todos conhecem a canção
E vão acompanhar o refrão
Quase todos
#EleNão!
***

1ª entrevista de Haddad no 2º turno


***


Blém, blém, blém... o segundo round vai começar, o terceiro já começou, por Fábio de Oliveira Ribeiro O Jornal de todos Brasis Blém, blém, blém... o segundo round vai começar, o terceiro já começou, por Fábio de Oliveira Ribeiro


Agradeço o clique na propaganda dos anunciantes


No primeiro turno valeu tudo: campanha de fake news nas redes (anti)sociais, coação dos funcionários nas empresas e agressão nas ruas. Jair Bolsonaro conseguiu transformar a disputa presidencial brasileira numa espécie de UFC político-partidária. As regras eleitorais foram esquecidas inclusive pelos barões da mídia. A percepção geral que se espalha é a seguinte: as autoridades (MPF, TSE e STF) perderam o controle da civilidade da disputa eleitoral ou simplesmente aderiram à barbárie.
Os eleitores de Bolsonaro não disputarão um “segundo turno” e sim um “segundo round”. Na primeira fase desta guerra civil o respeitável público foi exposto às narrativas violentas e aos vídeos mostrando linchamentos, pedradas, pauladas e tiros para o alto. Na segunda, quando a estatura do mito já tiver começado a desmanchar por causa do seu fraco desempenho nos debates, a histeria dos bolsonaristas mais fanáticos poderá provocar até mortes.
No último vídeo que postou no GGN, Luis Nassiff defende a pacificação do Brasil. Não sei se isso será possível.  
Os brasileiros começaram a esquecer seus sonhos. As pessoas que não tem esperança são facilmente atemorizadas e controladas. Num contexto de barbárie crescente, quem quer que tenha o controle da força bruta adquire sempre mais poder. O desespero é capaz de destruir o país, pois violência sempre gera mais violência.
Jair Bolsonaro é o servo por trás do caos e do nada que se espalha violentamente pelo campo político. O mundo da fantasia não tem limites. As vezes ele se conecta com o mundo real através dos filmes. Mas quando a realidade começa a ser despedaçada nas ruas o surgimento de um herói ou o sucesso do heroísmo é algo quase sempre improvável.
Aécio Neves aprofundou a crise política e econômica ao não aceitar a derrota eleitoral. Desde o golpe de 2016 “com o STF com tudo”, Bolsonaro se esforçou para criar uma horda de arruaceiros violentos que está em condição de desestabilizar ainda mais o Brasil. Ele disse que não aceitaria a derrota. Depois disse que não fará nada se for derrotado. O que os arruaceiros de Bolsonaro farão se o mito perder a presidência para Fernando Haddad?
“efeito manada” é muito poderoso. Ele adquire vida própria. Tanto isso é verdade, que às vezes o líder perde o controle do processo e conduz a manada para o abismo. Ninguém deve ficar surpreso se o próprio Bolsonaro for devorado pela revolta violenta que ele começou que já está ficando descontrolada. De qualquer maneira, o frenesi do “segundo round” eleitoral tem tudo para expandir uma terra de ninguém entre dois campos irreconciliáveis. Isso irá limitar ou destruir o espaço em que a política poderia ser feita.
Protegidos em seus condomínios de luxo, juízes e procuradores também terão que votar. No trajeto até as seções eleitorais eles estarão em segurança. Mas assim que deixarem seus carros blindados as autoridades do sistema de (in)justiça também ficarão expostos à violência que não foram capazes de inibir ou que fomentaram de maneira deliberada.
Os procuradores e juízes que pretendem votar em Bolsonaro ficarão tranquilos, os colegas deles que ousarem votar em Fernando Haddad não. Todavia, no contexto em que fomos obrigados a viver toda tranquilidade pode ser enganosa e/ou transitória. Aqueles que se sentem seguros ao lado de Bolsonaro hoje podem sentir medo-pavor amanhã.
Se Fernando Haddad ganhar a eleição os juízes e promotores que fomentam a barbárie devem responder pelos abusos que forem cometidos pela horda de Bolsonaro. A conivência do MP e do Judiciário com a barbárie não poderá ser esquecida ou perdoada. Ao contrário de Luis Nassiff não creio que o Brasil possa ser pacificado sem que algumas feridas abertas pelo sistema de (in)justiça sejam curadas de maneira dolorosa.

Haddad, Impecável


Resultado de imagem para ciro e haddad

Brasil 247 - Último debate do primeiro turno da campanha presidencial, o encontro da Globo não produziu alterações dramáticas na posição entre os principais candidatos mas abriu uma perspetiva promissora para o segundo turno: a reaproximação entre Fernando Haddad e Ciro Gomes.

Distanciados ao longo dos encontros anteriores, quando Ciro testava até onde poderia avançar em sua própria candidatura, o encontro encerrou-se com várias demonstrações de aproximação, mais do que necessárias para enfrentar a ameaça fascista que Jair Bolsonaro representa para o país. 

Ausente dos debates principais, realizados após a facada recebida em Juiz de Fora, Bolsonaro não compareceu ao encontro da Globo. Privou milhões de eleitores de testemunhar seu desempenho num ritual obrigatório das democracias. 

A julgar por aquilo que diz a maioria das pesquisas de intenção de voto, o atentado contra Bolsonaro foi uma tragédia, mas, do ponto de vista eleitoral e político, lhe garantiu o percurso sonhado por todo candidato que ocupa a liderança da campanha. Permitiu-lhe disputar uma vaga no segundo turno sem ser submetido ao confronto democrático, no qual todo candidato é atacado por adversários, muitas vezes de forma orquestrada e agressiva.

Teste de nervos, de capacidade de improvisação e de competência para oferecer respostas rápidas diante assuntos complexos, um debate é uma oportunidade particularmente instrutiva para o eleitorado tentar antecipar traços que ajudam a compreender o perfil de um homem público que disputa um cargo tão importante e decisivo. Os programas de campanha podem ser escritos por assessores e até por acadêmicos. Os discursos podem ser redigidos por profissionais de estilo e capacidade conveniente para várias ocasiões. A importância dos debates é que não podem ser programados nem controlados inteiramente, como Henrique Meirelles fez questão de lembrar durante o encontro. 

Visto como candidato sem as qualificações básicas para governar um país de 215 milhões de habitantes, endereço da 9aeconomia do mundo, Bolsonaro garantiu passagem para o segundo turno na condição do aluno que é diplomado sem prestar todos os exames exigidos dos demais.

Resta saber se conseguirá preservar o mesmo desempenho na segunda fase, palco para confrontos 1 contra 1, numa campanha na qual todos têm o mesmo tempo de TV -- e a obrigação de apresentar projetos coerentes para o país, capazes de interessar eleitores em busca de algo mais do que frases de efeito, slogans e fake news.

Este Bolsonaro, um ilustre desconhecido, transformado num candidato inatingível após a facada, irá enfrentar um confronto no qual o grau de transparência é bem maior, dificultando truques e artimanhas que o eleitorado irá perceber com facilidade. 

Alvo dos demais presentes, que esboçaram várias tentativas de ataque sempre que possível, Fernando Haddad saiu do encontro maior do que entrou. Enquadrou Alvaro Dias, concorrente irresponsável em sua agressividade tão barulhenta como oca. "Você nem sonha com o que eu fiz", disse ao senador, enumerando a herança que sua passagem pelo ministério da Educação deixou aos brasileiros pobres e explorados. Nunca deixou de apontar responsabilidades e erros do PSDB, que tiveram importância decisiva na abertura e aprofundamento da crise do país. Nem precisou lembrar da auto-crítica do senador Tasso Jereissati para sublinhar o que queria dizer.

Quando a Marina Silva cobrou a autocrítica sobre erros do Partido dos Trabalhadores, exercício típico de quem quer obrigar o adversário a se diminuir perante o eleitorado sem apontar razões objetivas nem ter a humildade para assumir suas próprias responsabilidades, Haddad deu uma resposta enérgica. Lembrou que já assumiu erros e desvios em diversos pronunciamentos e entrevistas, mas que acha errado "jogar fora a criança com a água do banho".

Em nenhum momento Haddad perdeu o fio condutor da própria candidatura. Homenageou Lula em diversas ocasiões, postura que deve lhe trazer frutos junto aos milhões de eleitores que não fizeram a transição entre as candidaturas. Não se intimidou com os diversos adversários que, sem força própria para crescer, tentaram transformar o debate num show de hipocrisias, escondidos atrás da noção de que, ao lado de Bolsonaro, sua candidatura faz parte de uma disputa entre dois extremos que se equivalem e se complementam, impedindo o país de achar um caminho para sair do atoleiro -- visão tão conveniente como desonesta, sabemos todos.

Num país que procura uma saída para vencer a pior crise de sua história, Haddad deixou claro que conquistou a condição de desafiante real de Bolsonaro, e se coloca à vontade diante da responsabilidade que essa condição lhe confere.

Sem nenhum lance dramático capaz de constituir uma daquelas cenas inesquecíveis que marcam encontros dessa natureza, o fim do debate sinalizou uma nova situação política na campanha, em torno de Haddad e Ciro. Este comportamento pode se revelar o salto mais importante de uma campanha que tende a assumir o caráter de uma frente única em defesa da democracia, na qual a luta pelo bem-estar do povo caminha lado a lado com a defesa do regime de direitos e liberdades ameaçado por Bolsonaro.

Num pronunciamento final de quem se despede do eleitorado de 2018, Ciro não deixou de pedir votos no domingo, o que é natural. Mas abriu um novo caminho a partir daí, ao deixar clara sua oposição à candidatura que representa uma inédita ameaça fascista na história brasileira. 

Paulo Moreira Leite - jornalista, editor do site 247

Agradeço clique na propaganda dos anunciantes

Qual o candidato que melhor representa/defende os interesses dos?...

Ricos
Bancos
Empresários

Resposta: Aécio Neves (Psdb)

Qual o candidato que melhor representa/defende os interesses dos?...

Pobres
Jovens
Aposentados
Trabalhadores

Resposta: Dilma Roussef (PT)

Resumindo: Nesta eleição os campos estão bem definidos. Sabemos para quem o candidato eleito vai governar. Portanto, se situe, se encaixe na sua condição social e econômica e vote consciente, para depois não se arrepender.


Fernando Brito: “Carnaval” da mídia não garantiu vantagem a Aécio. É daí para baixo, agora

Ibope e Datafolha fecham um resultado em comum na primeira pesquisa: 51% para Aécio, 49% para Dilma.
Estes números, que seriam os votos válidos, correspondem a 46 a 44%, com 4% de nulos e 6% de indecisos, em ambas as pesquisas.
Com a “margem de erro” revelada nas pesquisas finais do primeiro turno, isso quer dizer…absolutamente nada.
Ou melhor, quer dizer, sim.
Aécio está, com o surpreendente resultado que obteve no primeiro turno e ruidosa comemoração da mídia deste fato, no seu melhor momento.
Aliás, com a permanência de Marina, até as pesquisas finais, de adversária mais provável de Dilma, Aécio vinha se livrando de questionamentos mais diretos.
E os dias seguintes, era saudado como o que iria receber todos os apoios, o que só em parte se confirmou, com a relutância de Marina Silva em passar-lhe um cheque em branco.
Aécio está naquela mesma condição em que estava a ex-senadora Marina Silva quando se tornou candidata, aparecendo do nada a que estava relegado como “grande esperança” de vitória contra o governo Lula-Dilma.
E, ainda assim, não lhe puderam – bem que a Época tentou, com uma pesquisa marota, feita para ser exibida no programa de TV de Aécio, hoje – dar-lhe uma vantagem na disputa.
E olhe lá se tem estes números…
Quem estava pessimista, se olhar que nem neste momento conseguem disparar com Aécio.
Aécio vai minguar depois de sua festa de ressurreição que pareceu a muitos um milagre e a mim, apenas, a reafirmação de que a política real – não os nossos delírios – é a que acaba prevalecendo.
E Dilma, refeita do baque que foi perceptível na sua entrevista pós-eleição, vai crescer, se alimentando da mobilização que seus dois primeiros dias de campanha de rua.


Rodrigo Vianna: romper o cerco conservador

O PT não é um partido de santos. Há gente boa e ruim ali – como em toda parte.

Mas você já reparou que, em toda eleição, há sempre uma onda de denúncias contra o PT? E só contra o PT?

Onde estão as investigações sobre os trens de São Paulo? Sobre a privatizações tucanas? Jamais prosperaram. Agora, a 15 dias da eleição, surge a delação premiada de um réu desesperado – jogando lama sobre Dilma, Lula e o PT como um todo. Não há chance de responder. Não. O rolo compressor midiático está acionado.

Beira o ridículo dizer que todo o problema do Brasil “é a corrupção do PT”. Não há corruptores? E os empresários? Não há uma reforma Política a fazer. Não.

Esse moralismo todo encobre o debate maior: teremos um Estado a serviço dos pobres ou dos ricos? Um Estado para a elite paulista, ou a serviço das maiorias? Esse é o centro da disputa. E os tucanos sabem que essa disputa está perdida. Então apelam para o moralismo seletivo.

Nada disso é novo: a ferramenta contra governos trabalhista sempre foi essa. Vargas foi tratado como um “bandido a acobertar criminosos”. Vejam bem: Vargas, o maior presidente da história brasileira foi cercado no Palácio por um boçal chamado Carlos Lacerda… Há 5 ou 6 anos, FHC lamentou que não tivéssemos um Lacerda no século XXI. Na verdade, temos sim: dezenas de lacerdinhas espalhados pelos jornais, rádios e revistas da marginal.

O círculo se fecha. E o bombardeio vai durar 15 dias.

O PT contava com a campanha de João Santana pra equilibrar o jogo: uma campanha da marquetagem. Só que o PSDB terá os mesmos 10 minutos na TV até o dia 26 – e mais a Globo, a Veja, todos os portais de internet, além das manchetes de jornal e rádio. Terá tudo… E esse discurso de que “é preciso varrer a quadrilha dos corruptos” ecoa pela internet.

Aqui, nos blogs, cansamos de dizer que o maior inimigo do projeto trabalhista no Brasil é a mídia velhaca. A diretora da Associação Nacional de Jornais (ANJ) disse, em 2009: “na falta de partidos de oposição, a imprensa virou o partido de oposição”. A mídia velhaca produz o conteúdo que depois se espalha pelas redes e pelas ruas.

Em 2010, blogs de esquerda conseguiram oferecer um contraponto à ofensiva da Globo de Ali Kamel e de Serra. Nunca mais isso acontecerá. Por que? Porque a elite e o PSDB nunca mais serão pegos de surpresa: criaram sua própria rede, e já atuaram fortemente nas redes em junho de 2013.

A Globo deu o roteiro para o Mensalão. A Globo criou os “aloprados” petistas em 2006. A Globo e seus parceiros midiáticos vão ecoar o escândalo da Petrobrás agora em 2014. Um escândalo de boca-de-urna.



Seria mais fácil enfrentar essa onda, se o PT tratasse a Globo, a Veja e outros como os inimigos que são. Brizola sempre fez isso. Requião sempre fez, no Paraná.


Brasil quer mudança! por Rodrigo Vianna

O Brasil quer Mudanças.

O sentimento está nas ruas e nas redes. Só que há um detalhe: ”Mudança” não significa andar pra trás.

O Escrevinhador tem lado. Quer Mudanças, sem retrocesso. Ninguém precisa amar o PT, Lula e Dilma para entender o que está em jogo nessa eleição.

Quem está do outro lado?
“Mudança” com FHC, Serra e Alckmin?
“Mudança” com a turma do apagão de eletricidade, do desemprego, do arrocho salarial, do Brasil entregue ao FMI, da falta d´água e do preconceito contra o Nordeste?
“Mudança” com a Globo mandando no Brasil?

Não. O Brasil não quer essa “mudança”. Há um clima estranho no ar. Há uma onda conservadora. Há um ódio contra o Nordeste e o povo trabalhador. É preciso enfrentar essa onda. Para ganhar ou perder. Mas com a certeza de que é possível ganhar. E de que o melhor para o Brasil é derrotar o ódio que vem da elite de São Paulo.

O Escrevinhador também quer Mudanças. De verdade. Votamos Dilma. De peito aberto, mantendo a independência para fazer as críticas necessárias às vacilações e inconsistências dos governos do PT.

Votamos Dilma, à espera de um segundo mandato que enfrente a direita e se oponha à onda conservadora que avança – especialmente em São Paulo.

O Escrevinhador quer Mudanças. E faz a sua parte. Nós mudamos.

A partir desta quinta-feira (9 de outubro), o blog está de cara nova. A mudança no “layout” deve ocorrer no fim da tarde… No mesmo endereço, com outra cara.

Mudamos, sem mudar de lado.

Confira, navegue, critique, compartilhe, comente.


Carta para além do muro (ou porque agora Dilma) por Jean Wyllys

O muro não é meu lugar, definitivamente. Nunca gostei de muros, nem dos reais nem dos imaginários ou metafóricos. Sempre preferi as pontes ou as portas e janelas abertas, reais ou imaginárias. Estas representam a comunicação e, logo, o entendimento. Mas quando, infelizmente, no lugar delas se ergue um muro, não posso tentar me equilibrar sobre ele. O certo é avaliar com discernimento e escolher o lado do muro que está mais de acordo com o que se espera da vida. O correto é tomar posição; posicionar-se mesmo que a posição tomada não seja a ideal, mas a mais próxima disso. Jamais lavar as mãos como Pilatos – o que custou a execução de Jesus – ou sugerir dividir o bebê disputado por duas mães ao meio.

Sei que cada escolha é uma renúncia. E, por isso, estou preparado para os insultos e ataques dos que gostariam que eu fizesse escolha semelhante às suas.

Por respeito à democracia interna do meu partido, aguardei a deliberação da direção nacional para dividir, com vocês, minha posição sobre o segundo turno. E agora que o PSOL já se expressou, eu também o faço.

Antes de mais nada, quero dizer que estou muito feliz e orgulhoso pelo papel cumprido ao longo de toda a campanha por Luciana Genro. Jamais um(a) candidato(a) presidencial tinha assumido em todos os debates, entrevistas e discursos – e, sobretudo, no programa de governo apresentado – um compromisso tão claro com a defesa dos direitos humanos de todos e de todas. Luciana foi a primeira candidata a falar as palavras "transfobia" e "homofobia" num debate presidencial, além de defender abertamente o casamento civil igualitário, a lei de identidade de gênero e a criminalização da homofobia nos termos em que eu mesmo a defendo; mas também foi a primeira a defender, sem eufemismos, as legalizações do aborto e da maconha como meios eficazes de reduzir a mortalidade da população pobre e negra, a taxação das grandes fortunas, a desmilitarização da polícia e outras pautas que considero fundamentais. O PSOL saiu da eleição fortalecido.

Agora, no segundo turno, a eleição é entre os dois candidatos que a população escolheu: Dilma Rousseff e Aécio Neves. E eu não vou fugir dessa escolha porque, embora tenha fortes críticas a ambos, acredito que existam diferenças importantes entre eles.

A candidatura de Aécio Neves – com o provável apoio de Marina Silva (e o já declarado apoio dos fundamentalistas MAL-AFAIA e Pastor Everaldo; do ultrarreacionário Levy Fidélix; da quadrilha de difamadores fascistas que tem por sobrenome Bolsonaro e do PSB dos pastores obscurantistas Eurico e Isidoro) – representa um retrocesso: conservadorismo moral, política econômica ultraliberal, menos políticas sociais e de inclusão, mais criminalização dos movimentos sociais, mais corrupção (sim, ao contrário do que sugere parte da imprensa, o PT é um partido menos enredado em esquemas de corrupção que o PSDB), mais repressão à dissidência política e menos direitos civis.

Mesmo com todos as críticas que eu fiz, faço e continuarei fazendo aos governos do PT, a memória da época do tucanato me lembra o quanto tudo pode piorar. Por outro lado, Aécio representa uma coligação de partidos de ultradireita, com uma base ainda mais conservadora que a do governo Dilma no Parlamento. Esse alinhamento político-ideológico à direita entre Executivo e Legislativo é um perigo para a democracia.

Vocês, que acompanham meus posicionamentos no Congresso, na imprensa e aqui sabem o quanto eu fui crítico, durante esses quatro anos, das claudicações e recuos do governo Dilma e do tipo de governabilidade que o PT construiu. Mas sabem, também, que tenho horror a esse antipetismo de leitor da revista marrom, por seu conteúdo udenista, fundamentalista religioso, classista e ultraliberal em matéria econômico-social. Considero-o uma ameaça às conquistas já feitas, que não são todas as que eu desejo, mas existem e são importantes, principalmente para os mais pobres. As manifestações de racismo e classismo que vi nos últimos dias nas redes sociais contra o povo nordestino, do qual faço parte como baiano radicado no Rio, mais ainda me horrorizam.

Por isso, aderindo à posição da direção nacional do PSOL, que declarou "Nenhum voto em Aécio", eu declaro que, neste segundo turno das eleições, eu voto em Dilma e a apoio, mesmo assegurando a vocês, desde já, que farei oposição à esquerda ao seu governo (logo, uma oposição pautada na justiça, na ética, nas minhas convicções e no republicanismo), apoiando aquilo que é coerente com as bandeiras que defendo e me opondo ao que considero contrário aos interesses da população em geral e daqueles que eu represento no Congresso, como sempre fiz.

Hoje, antes de dividir estas palavras com vocês, entrei em contato com a coordenação de campanha da presidenta Dilma para antecipar minha posição e cobrar, dela, um compromisso claro com agendas mínimas que são muito caras a mim e a todas as que me confiaram seu voto.

E a presidenta Dilma, após argumentar que pouco avançou na garantia de direitos humanos de minorias porque, no primeiro mandato, teve de levar em conta o equilíbrio de forças em sua base e priorizar as políticas sociais mais urgentes, garantiu que, desta vez, vai:

1. fazer todos os esforços que lhe cabem como presidenta para convencer sua base a criminalizar a homofobia em consonância com a defesa de um estado penal mínimo;

2. fazer todos os esforços que lhe cabem como presidenta para mobilizar sua base no Legislativo para legalizar algo que já é uma realidade jurídica: o casamento CIVIL igualitário (ela ressaltou, contudo, que vai tranquilizar os religiosos de que jamais fará qualquer ação no sentido de constranger igrejas a realizarem cerimônias de casamento; a presidenta deixou claro que seu compromisso é com a legalização do CASAMENTO CIVIL – aquele que pode ser dissolvido pelo divórcio – entre pessoas do mesmo sexo);

3. realizar maior investimento de recursos nas políticas de prevenção e tratamento das DSTs/Aids, levando em conta as populações mais vulneráveis à doença;

4. dar maior atenção às reivindicações dos povos indígenas, conciliando o atendimento a essas reivindicações com o desenvolvimento sustentável;

5. e implementar o Plano Nacional de Educação (PNE) de modo a assegurar a todos e todas uma educação inclusiva de qualidade, sem discriminações às pessoas com deficiências físicas e cognitivas, LGBTs e adeptos de religiões minoritárias, como as religiões de matriz africana.

Por tudo isso, sobretudo por causa desse compromisso, eu voto em Dilma e apoio sua reeleição. Se ela não cumprir serei o primeiro a cobrar junto a vocês.



A juventude está cada vez mais antenada com as idéias de Dilma Rousseff

Com tantas ações e projetos sendo realizados em prol da juventude, da cultura, da educação e da igualdade social no Brasil, não tem como os jovens não abraçarem a causa da reeleição da nossa presidente.

A Luísa Moreira, da Juventude do PT em Juiz de Fora - MG é exemplo disso. Junto com a mãe, Margareth Campos, Luísa teve a ideia de confeccionar camisetas de apoio, com as figuras das "Dilminhas" produzidas pelo Muda Mais. E a que está fazendo mais sucesso, até o momento, é a "Dilminha Frida Kahlo".

Ao todo, foram mais de 40 delas, com artes impressas gratuitamente. E a galera gostou tanto da iniciativa que, cada vez mais gente, tem se interessado! Já a Laiz Perrut, coordenadora da Juventude do PT na cidade, juntou a militância para pintar as camisas com o stencil #RenovarAEsperança e do Coração Valente.