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A CPMI avança


Não é a toa que há um esforço tremendo na mídia para passar a impressão de que a CPI do Cachoeira está fazendo água, com o perdão do trocadilho.
Por toda parte, se lê e se ouve, quase sempre com base em declarações de políticos tucanos, que a CPI não vai dar em nada. Os senadores Álvaro Dias (PR) e Mário Couto (PA), ambos do PSDB, estão se especializando nisso.
Couto chegou a dar um chilique e abandonar a comissão, como se alguém fosse sentir falta de sua presença histriônica. Pela Câmara, o trabalho de desmoralização da CPI é conduzido pelo deputado Carlos Sampaio, do PSDB de São Paulo. Todos repetem, sempre que podem, que a CPI acabou.
Na verdade, uma declaração que nada tem a ver com fatos, mas com desejos e urgências. O principal deles, abafar a subordinação do governador de Goiás, Marconi Perillo, ao esquema criminoso.
Enquanto os tucanos se revezam para dar declarações desse tipo a uma mídia também ansiosa pelo fim da CPI, um grupo liderado pelo relator Odair Cunha (PT-MG) trabalha diligentemente para ler, ouvir e relatar todo o material bruto das operações Monte Carlo e Vegas, da PF.
Assim, vão se tornando cada vez mais nítidas as ligações da quadrilha de Carlinhos Cachoeira com políticos e jornalistas, esboço de um conluio que, quando vier a público, irá desmistificar boa parte do discurso udenista da oposição, sem falar na desconstrução de certa escola de jornalismo investigativo de araque.

Eles acreditam na Justiça

A ótima charge do fantástico conterrâneo Sifrônio pode ser melhorada. Se eu soubesse como fazer, colocaria dois chifres na cabeça da Justiça - para homenagear o Chifrudinho Neto - e também bastante verdinha$ num dos prato da balança, além de desvendar um dos olhos e mostrar a Justiça farejando as notas. Mas, como não sei, apreciem sem moderação a arte do chargista.

Corrupto togado manda soltar corrupto sem toga

Quem puder e quiser encontre explicações e desculpas para juiz que anula escutas telefônicas -autorizadas por outro juiz - e mais ligeiro que rapidamente manda soltar preso ricos.

Chega de impunidade para ricos e poderosos. E punição apenas para ladrão de galinha.

Se gritar pega ladrão dentro dos tribunais superiores com certeza a as cadeiras dos togados ficarão vazias.

Corja!


Abrem seus sigilos?

Os deputados Onix Lorenzoni (DEM-RS), Francischini (PSDB-PR), Carlos Sampaio (PSDB-SP) e Domingos Sávio (PSDB-MG), topam oferecer à CPI do Cachoeira, seus sigilos bancários, fiscal e telefônico?

O motivo é muito simples: Em plena CPI do Cachoeira, em vez de investigarem o esquema do bicheiro, os quatro agiram na direção dos interesses do esquema Cachoeira, ou seja, agiram para derrubar quem representou obstáculo aos objetivos do bicheiro, como o governador Agnelo Queiros (PT-DF).

Os quatro aparecem exercendo o papel que era do senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO), o principal braço parlamentar do esquema.

Os quatro blindaram Cachoeira, tirando o bicheiro de foco e atacando Agnelo (inimigo do esquema) com acusações da campanha eleitoral do DF em 2010, abastecidas a partir de dois outros esquemas barra pesada: de Joaquim Roriz, e do mensalão do DEM (de José Roberto Arruda). Os quatro fizeram o mesmo que Cachoeira estava fazendo via Demóstenes.

do blog Amigos do Presidente Lula

Agnelo dá banho no pig e no esquema cachoeira

Depois do pig trabalhar bastante para enlamear o governador do DF - Agnelo Queiroz (PT) - com o esquema cachoeira e espalhar que o governador de Goiás - Marconi Perillo (PSDB) - saiu-se muito bem no depoimento a cpi ontem, o petista foi lá hoje e de cara deu um cheque mate na opigção -. Com argumentos consistentes demonstrou que o esquema cachoeira não conseguindo se infiltrar no governo dele, partiu para o achaque. Prova maior que apresentou foi o pedido de impeachment contra ele feito pelo senador Demóstenes Torres - braço político -, ponto final?...

Não! O melhor estava por vir. Agnelo disponibilizou os seus sigilos bancários, fiscal, telefônico, eletrônico e mais sigilos que a cpi queira acessar.

Cheque-mate!




Tucano Onesto

Sei não, mas tenho a impressão que sei lá...

No auge da cpi do "mensalão", José Dirceu, José Genoíno, Delúbio Soares e Silvinho Pereira - a cúpula do PT -, abriu mão do sigilo, bancário, fiscal e telefônico (05 de Julho de 2005).

Hoje (12 de Junho 2012) na cpi do Cachoeira, o senhor Marconi Perillo se negou a abrir mão do seus sigilos.

É, essa gente emplumada é Onestissima e defensora intransigente da moral e bons costumes.

Não é mesmo Laguardia!!!

Marconi Perillo: e o álibi perfeito

Todo mundo acredita

CPI na Berlinda

A CPI Mista do Congresso Nacional está na berlinda. Pelo menos é como a coloca a imprensa. É criticada por pretender convocar determinadas pessoas ou por abrir mão de convocá-las. E se decidir convocar alguém mencionado nos áudios da operação Monte Carlo, que levou a prisão o bicheiro Carlinhos Cachoeira, a imprensa setencia que tem que convocar todos os mencionados.A CPI tem que convocar todo e qualquer cidadão. Seja ele parlamentar, prefeito, governador, empresário, jornalista, funcionário publico, membro de qualquer dos poderes da República. Não importa, desde que existam evidências e indícios que justifiquem a convocação, o cidadão tem que ser chamado a prestar esclarecimentos. Para isso, nada melhor que dar divulgação e transparência a todos os autos dos inquéritos, e divulgar todos os áudios das operações policiais, das gravações feitas no decorrer do processo. A CPI tem que decidir com base nas informações. Continua>>>

PGR e Veja: aos poucos a verdade aparece


Com a vinda a público das informações sobre as operações Vegas e Monte Carlo a partir dos trabalho da CPI Mista do Congresso, aos poucos perde força a tentativa que jornais como O Globo, Estadão e Folha empreendem de mudar o foco do noticiário sobre questões espinhosas, seja para a Procuradoria Geral da República (PGR), seja para a principal revista semanal do país, a Veja.

A verdade começa a aparecer. Quando os áudios das gravações feitas pela Polícia Federal (PF) vierem a público essas versões falsas e mentirosas cairão por terra. Continua>>>

CPMI do aroeira



Marcos Coimbra é um irônico. Brinca conosco em seu artigo “A CPI das Reviravoltas”, faz que não sabe o motivo para que a atual CPI instalada no Congresso – CPI do Cachoeira, mude tanto de nome.
Já teria sido do Acerto de Contas, do Juízo Final e da Cortina de Fumaça.
Coimbra sabe, ainda que não o diga, que ela terá todos os que forem necessários para que não tenha seu verdadeiro nome citado.
CPI da Veja ou CPI do PIG.
Um bicheiro ser preso não traz nenhuma novidade, quando muito seria notícia em página policial. Quantos aqui, neste blog, sabiam que até há pouco tempo a "veneranda" cúpula do jogo do bicho carioca estava presa? Notícia foi ter sido solta por ordem do STF.
Desde o início, as grandes notícias das Operações Las Vegas e Monte Carlo eram os relacionamentos de Demóstenes e Policarpo Jr., leia-se Veja, com Carlinhos Cachoeira. E, obviamente, a estrutura de coerção por eles montada.
Na última década, essa estrutura de coerção foi um dos grandes elementos política brasileira. Foi, na prática, o sustentáculo do pensamento conservador no Brasil.
Logo, capazes de perceber o tamanho das conseqüências que uma CPI sobre isso traria, ou seja, o risco de perda ou significativo abalo do seu poder, os Barões da Imprensa trataram de agir.
No início, ainda muito arrogantes, acreditaram que bastava esconder o assunto. "Nós somos a opinião pública, se não tratarmos do assunto ele não existirá".
Falharam, existe a blogosfera e começa a surgir uma mídia tradicional independente, Carta Capital, Record e Bob Fernandes na Rede TV.  Some-se a isso o fato de que, além do dever profissional, existe, entre os profissionais do jornalismo, um bocado de justos ressentimentos para com o baronato e seus áulicos. Razão para que o assunto fosse repercutido onde espaço de comunicação houvesse para tal.
Tentaram, então, evitar pelo constrangimento a instalação da CPI.
Velada mas ferinamente os artigos que tratavam do "erro do Lula" diziam: "é melhor deixar tudo como está, vai sobrar para todo mundo e vai sobrar mais para os nossos inimigos". Foi deixado até um gancho onde a base aliada poderia dependurar sua desistência de investigar: "Dilma não quer a CPI, ela prejudica um bom momento do governo, só Lula, por motivos pessoais e mesquinhos quer essa CPI".
Não deu. A cada novo vazamento, mais notícias mostravam que o esquema estava centrado no trinômio Cachoeira+Demóstenes+Veja. Um ou outro deputado do baixo clero também está envolvido. Mas, quem liga para baixo clero?
Há o envolvimento da Delta, claro. A Delta era a lavanderia. Aparentemente a operação do esquema está na Delta do Centro-Oeste. O que acabou sendo péssimo para Marconi Perillo, governador de Goiás, flagrado de braguilha aberta. Mas a Delta não atua apenas em Goiás.
O PIG percebeu a possibilidade de melar a coisa toda. Envolvendo o governador do DF e o indefectível Sergio Cabral e seu exibicionismo classe-média e grosseirão. Ocorre que relacionamento indevido, se não criminoso, entre governadores e empreiteiras é uma das doenças venéreas deste país. E estas, podem ser até comentadas com escárnio pelos inimigos, mas guardando sempre o cuidado de nesses comentários não acabar por envolver algum parente. E a Delta tem contratos por todo o Brasil, inclusive em São Paulo. E, se envolve São Paulo não é bom para o PIG.
Não podendo evitar a CPI, tentaram circunscrevê-la. Fica combinado assim, é para investigar Cachoeira+Demóstenes+ a Delta do Perillo e de Agnelo. Cabral fica de troco. 
Só que para isso não é necessária uma CPI, bastam as investigações da Policia Federal. Como diria Garrincha, teriam de combinar com os russos. Nossos deputados e senadores podem ser chamados de tudo, principalmente venais, mas tolos não são. Se essa CPI pode ser lhes de valor é exatamente por poder investigar o que a PF não investigará.
Aí tocou o alarme, e eles apertaram o botão de pânico - o Mensalão.
E, para mal dos seus pecados, descobriram que o Mensalão é bananeira que já deu cacho. Assunto velho de 7 anos, dois mandatos atrás. Para se ter uma idéia de como o assunto é velho, na época do Mensalão, o FMI e suas recomendações ainda eram notícias no nosso jornalismo econômico. Alguém realmente acha que o resultado do julgamento do Mensalão vá abalar a República?
A CPI está aí e seguirá seu curso, seja qual for. Mas, malgrado os temores da grande mídia, esta não é ou será a CPI do Cachoeira. O bicheiro não é o assunto.
Colar o Procurador Geral da República na parede é acusar o acusador, mas é só o início. Começa assim, depois é CPI do PIG, quando as vidraças baterão no estilingue.
É isso que o Instituto Millennium quer evitar. 
Lembremos que essa organização já se sentiu tão poderosa que havia dispensado o Congresso Nacional e assumido o seu lugar - "nós somos a oposição". Já se achou tão poderosa que colocava faca no pescoço de juiz do Supremo e, através de pessoa interposta, chamava o Presidente da República às falas. Exerceu seu poder como uma déspota ensandecida.
Não nos enganemos, é de poder, da troca de poder ou do seu re-equilíbrio que essa CPI está tratando.
Poderia até ser chamada de CPI do Aroeira, inspirada nos versos de Geraldo Vandré: “É a volta do cipó de aroeira no lombo de quem mandou dar”.

Veja, delta, Demóstenes e Cachoeira um bando só

por Pedro Saraiva

Se o reporter se infiltra na organização criminosa, permanece lá por quase uma década e não produz uma única matéria ou um único ato que vá realmente de encontro aos interesses dos bandidios, muito pelo contrário, suas matérias servem aos interesses do bando e são comemoradas pelos capangas, isto não é estar infiltrado, isto é fazer parte do bando. O jornalista até foi testemunha de defesa do bandido. Todo mundo dentro do grupo do Cachoeira sabia quem era Policarpo, para quem ele trabalhava e quais eram os seus interesses. Isso não é estar infiltrado. Não é possível que você ache que durante estes anos todos a quadrilha municiava a revista de escândalos de modo altruista. Aliás, o pouco que já vazou da operação da PF já prova o contrário. Esta interpretação além de absurda é comprovadamente falsa.
O poder do grupo só aumentou nos últimos anos. Os caras tinham tentáculos em todos os poderes e corrompiam meio mundo. Há inclusive escutas que sugerem sequestros e assassinatos pelo bando. Se o objetivo do Policrpo era se infiltrar para conseguir apenas matérias contra pessoas do governo, fechando os olhos para todo tipo de crimes cometidos pelo bando, isso não é aceitável. É ser cúmplice. Se as matérias eram obtidas através de meio ilícitos, isso também não é aceitável. Vivemos em um Estado de direito, os fins não justificam os meios.
Se o cara tava há 10 anos "infiltrado" na quadrilha e nem sequer descobriu que o principal Senador da oposição trabalhava para os bandidos, sendo muito próximo do chefe daquadrilha, o que que ele fazia lá? E mesmo que a gente acredite em Coelhinho da Páscoa e ache que seja possível Policarpo desconhecer o verdadeiro Demóstenes, o mesmo não pode ser dito entre as relações da Delta e o bicheiro. Há pelo menos um aúdio em que o Cachoeira fala diretamente para o Policarpo encontrar o ex-diretor da Delata Claudio Abreu. Ou seja, uma das principias contrutoras do país responsável por contratos bilionários com vários gorvernos estava intimamente ligada ao grande bandido e o jornalista nunca denunciou este fato. Quanto bilhões de reais de dinheiro público serviram para lavagem de dinheiro da quadrilha?
A relação está clara, o Policarpo tinha acesso aos crimes e negócios escusos do grupo e ficava quieto em troca de meia dúzia de matérias contra o governo. Se isto não é uma relação promíscua, não sei o que é.

Veja: de tanto conviver com bandidos, bandida se tornou

"Quem te viu, quem te vê
Quem não a conhece não pode mais ver pra crer
Quem jamais esquece não pode reconhecer"...

A cpmi saiu, o escândalo Cachoeira taí esperando você.

Os furos de reportagens, jornalismo investigativo cadê?...

Você "descobria" escândalos era a mais brilhante
e se outro do pig cansava você seguia adiante
hoje a tucademopiganalhada sente falta das tuas fontes
Onde estão, foram para muito distante?...

Fazendo uma analogia com a cabrocha da canção de Chico com a rivistinha fica patente que a dita suja era cúmplice do esquema Cachoeira. Só não enxerga isto os piores cegos. Aqueles que fazem questão de não ver.

Ah, quais foram mesmos as revelações bombásticas publicadas na edição desta semana?

Tem não???

Acredito não???

Procurador-Geral comete ilegalidade e posa de vitima


Do Terra Magazine
Por Wálter Fanganiello Maierovitch
Para muitos, a melhor defesa é o ataque. Uma tática militar antiga e até mencionada na Arte da Guerra, um escrito do chinês Sun Tzu, por volta do século IV AC.
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, parece ser adepto dessa velha e surrada tese militar.
A propósito, muita usada por políticos brasileiros para se fazerem de vítima, mudar o foco e incorporar o papel de vítimas.
Nos tratados sobre “vitimologia” escritos por juristas não há registro sobre aqueles, como Gurgel, que se colocam como vítimas para descumprir a obrigação de informar os cidadãos, algo fundamental nos Estados Democráticos de Direito.
Gurgel disse que os ataques recebidos, referentes ao inquérito policial nascido com a Operação Vegas que colocou na geladeira desde 2009, são de autoria dos que estão “morrendo de medo do Mensalão”.
Muitos cidadãos brasileiros não são réus no processo conhecido como Mensalão e estranharam ter Gurgel “sentado em cima” de um trabalho investigativo que já apontava para o que se sabe agora, ou seja, o envolvimento do senador Demóstenes Torres com a organização criminosa comandada pelo “capo” Carlinhos Cachoeira.
Que o Partido dos Trabalhadores (PT) e os Zé Dirceus e Jeffersons da vida tenham interesse em desprestigiar Gurgel, é simplesmente constatar uma obviedade. Mas, convenhamos, Gurgel deu de bandeja uma justificativa para os seus desafetos: em alegações finais, no processo do Mensalão, o procurador Gurgel pediu a condenação de mensaleiros de alto coturno da vida político-partidária.
O inquérito referente à Operação Vegas só foi desovado por Gurgel depois de cobrado por parlamentares, que não eram só do PT. A carga principal foi de parlamentares do PSOL (Partido Socialismo e Liberdade), que não tem acusados de mensaleiros.
Como sabe até a torcida do Flamengo, o procurador Gurgel, se não tinha elementos para propor ação penal ou requisitar novas diligências, deveria, em prazo razoável, ter pedido o arquivamento dos autos de inquérito.
Pelo informado na CPMI pelo delegado Raul Alexandre Marques de Souza, o procurador Gurgel determinou à esposa Cláudia Sampaio, que é subprocuradora, para, informalmente, participar ao presidente do inquérito policial federal (Raul Alexandre Marques de Souza) a inexistência de indícios com lastro de suficiência com relação ao senador Demóstenes. Ora, um procurador-geral bem sabe que, em casos tais, o caminho é solicitar o arquivamento ou novas apurações. Jamais colocar no “freezer” um inquérito: no freezer de Gurgel permaneceu o inquérito da Operação Vegas de 2009 até ser cobrado por parlamentares em 2012.
Nesse período de freezer, como destaquei no post de ontem, Demóstenes fez pressão (para manter no freezer o inquérito citado) contra a recondução de Gurgel ao segundo mandato. Gurgel contava, na recondução, com o apoio do então ministro Antonio Palocci, de triste memória. Palocci é aquele da violação do sigilo do bancário do caseiro e do aumento pantagruélico do patrimônio pessoal, que Gurgel, para usar uma expressão popular, “deixou barato” e deu tratamento, agora com expressão mais erudita, de “vela de libra”.
Quanto ao Mensalão, observe-se que a acusação (denúncia) não foi formulada por Gurgel, mas pelo então procurador-geral. Caberá aos ministros do Supremo Tribunal Federal, e não a Gurgel, o julgamento.
No caso, o Ministério Público, representado por Gurgel, é parte processual. Parte acusadora e no mesmo pé de igualdade com as partes acusadas, ou melhor, com os réus.
Nenhum cidadão brasileiro é idiota a ponto de confundir o processo do Mensalão com inquérito Vegas, colocado por Gurgel contra a lei no freezer.
Na verdade, Gurgel foge ao dever de explicar a razão de não ter, de 2009 a 2012, pedido, nos autos do inquérito gerado pela Operação Vegas, arquivamento ou novas diligências.
Até agora as suas explicações sobre o atraso não encontram suporte jurídico.
Pano rápido. Gurgel usa de diversionismo e coloca todos os que o cobram, como acontece neste blog, como petistas. O titular desse espaço nunca foi petista e, com 65 anos de idade, jamais se filiou a partidos políticos.

Mídia tá esperando o que?

O que a Veja e Cia estão esperando para divulgar todos os áudios do esquema Cachoeira?...

Sinceramente, não estou entendendo nada rssss. Zé Dirceu o " Chefe de Quadrilha, o consultor da Delta, "Poderoso Chefão", cobrando a divulgação de tudo?...

E a Veja não divulga nadica de nada?...

É, já não conseguem enganar como antigamente. Definitivamente a credibilidade do panfleto oposicionista, golpista e criminoso foi para lata do lixo.

Gurgel: omissão ou cumplicidade?

Lembrei de uma postagem antiga sobre a questão dos juros no Brasil, onde economistas, especialistas, pig e cia usavam as mais absurdas desculpas para defender o aumento de juros no Brasil - felizmente Dilma conseguiu mudar um pouco isso -. Leia: Agiotagem, Pig e BC tudo a ver

Agora, depois que o esquema Demóstenes Cachoeira, Veja e Delta foi escancarado os mesmo bandidos que defendiam - sempre - o aumento dos juros básico da economia viraram o disco. O foco da hora é o judiciário e a política.

O Nordeste enfrenta mais uma seca, o Norte passa por mais uma temporada de enchentes, o Sul tem problemas por causa das geadas...

Tudo deságua em?...Mensalão.

O sr. Roberto Gurgel, um The Flash para tomar providências quando o acusado é do PT ou da base aliada e uma preguiça para com membros da oposição também entrou nessa. Invés de explicar por que não agiu contra o esquema Demóstenes Cachoeira - sabia desde 2009 -, vem com a mesma lenga lenga do Pig " Mensalão, mensalão e mais mensalão".

Os fatos estão aí para qualquer um ver. Contra os acusados de corrupção ligados ao governo, mais que rapidamente ele usou câmeras, microfones e demais espaços midiáticos para fazer propaganda das medidas adotadas PGR - o que é muito bom, corretíssimo -.  Suspeito, suspeitíssimo - para dizer o mínimo - é as medidas que ele não toma contra os oposicionistas.

Demóstenes Torres é senador hoje - provavelmente - porque o sr. Gurgel usou dois pesos e duas medidas para tratar diferente casos de corrupção de governistas e oposicionistas. 

Claro que os tucademopigolpistas defenderão com fervor o Procurador-Geral - são beneficiados pela ação e omissão do mesmo -. Da mesma forma os governistas cobrarão explicações dele. Faz parte da disputa, cada um defende e ataca de acordo com seus interesses.

Eu por exemplo: não sou petista, mas politicamente estou bem próximo das propostas e ações dos governos petistas. Portanto é óbvio que cobrarei explicações do sr. Gurgel.

Seu Gurgel, seu Gurgel!!! Cadê as providências sobre as acusações ao grão mor tucademopiguista do momento? Quem é ele, nem sabe?...

É um minerim acusado de várias maracutais. O sr. já esqueceu? Tá imitando o engavetador geral da república nos bicudos tempo de FHC?

Na gaveta onde dorme os processos contra a oposição, tem cobra dentro? É por isso que o sr. não coloca a mão lá?...

Ou pior, é cumplicidade mesmo?

Por que o Pig não publica todos os áudios do escândalo Cachoeira/Veja?

por Zé Dirceu


Em seu comentário domingueiro sobre a própria Folha de S. Paulo e a mídia em geral, sob o titulo “Tema Proibido”, a Ombudsman do jornal, Suzana Singer, levanta corretamente algumas questões e coloca o dedo na ferida que continua sangrando enquanto a mídia não divulgar todos os áudios sobre as relações de Veja com Carlos Cachoeira-Demóstenes Torres.

Por que a Folha e outros veículos não publicam, então, os áudios envolvendo a revista, como já o fizeram com os diálogos que dizem respeito à Delta e a outros envolvidos no escândalo Cachoeira? Por que não cumprem plenamente sua missão jornalística, deixando o leitor formar sua própria opinião?

Há outras perguntas, formuladas pela ombudsman: Foram oferecidas vantagens à fonte? O jornalista sabia como as informações eram obtidas? Tinha conhecimento da relação próxima de Cachoeira com o senador Demóstenes? 

Como chefe da sucursal da Veja em Brasília, certamente o jornalista Policarpo Jr., de Veja, tinha conhecimento que seu subordinado tentou invadir meu apartamento no Hotel Naoum e que as imagens foram obtidas de forma ilegal. É publico e notório também que o jornalista sabia que o senador do DEM – ícone da luta contra a corrupção da própria revista e da maioria da mídia – tinha relações não políticas e ilegais com Carlos Cachoeira. 

Mais grave, ainda: o inquérito da Polícia Federal deixa claro o relacionamento de Cachoeira com Policarpo Jr. para troca de informações e interesses posteriormente estampados nas reportagens da revista, como por exemplo nas matérias do DNIT e do Ministério dos Transportes.  

Imagens em troca de reportagens

O próprio delegado responsável pelo inquérito da operação Monte Carlo afirma que Cachoeira obteve e liberou imagens ligadas à tentativa de invasão do meu apartamento no hotel em troca de reportagens favoráveis aos seus negócios ilícitos. Para favorecê-lo – a ele, Cachoeira, e a seu grupo –, e para a revista produzir capas com denúncias com objetivos políticos, não importando os métodos ilegais como foi o caso das matérias sobre o Hotel Naoum.

Nesse episódio, o jornalista pego em flagrante é réu confesso. Só não foi condenado porque o Juiz e o Ministério Público entenderam – acreditem se quiserem! – que não houve crime, mas apenas uma tentativa, já que a camareira impediu que o réu confesso invadisse meu apartamento. Imaginem se fosse o contrário!

Fica evidente o conluio entre Carlos Cachoeira-Demóstenes Torres e a citada revista para produzir matérias com o objetivo de desestabilizar o governo em troca de reportagens/notas favoráveis aos interesses da dupla agora acusada de vários crimes.

De qualquer forma concordamos com a ombudsman: cabe ao leitor e cidadão decidir. Que publiquem então todos os áudios e não apenas aqueles que resultem, de novo, da manipulação a serviço de interesses políticos, quando não criminosos, convenientes apenas aos que travam disputa sobre os rumos da CPI. Com todas as cartas na mesa os próprios leitores poderão chegar às suas próprias conclusões. Afinal, é este o papel da imprensa. Ou não é?

Esquema Cachoeira, Demóstenes, Veja e Delta funcionava assim


Pelas primeiras avaliações dos parlamentares que compõem a CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) funcionava assim a associação criminosa entre o bicheiro Carlinhos Cachoeira e a construtora Delta.
1. A Delta se habilitava a uma licitação na qual houvesse garantia de aditamento do contrato (isto é, de reajuste posterior do contrato).
2. Tendo essa garantia, apresentava um preço imbatível, muitas vezes inexequível. No caso do aeroporto de São Paulo, por exemplo, o maior lance foi de R$ 280 milhões. A Delta apresentou uma proposta de apenas R$ 80 milhões.
3. Ganhava a licitação e depois aguardava o aditivo. Enquanto isto, a empresa ficava sem caixa para bancar seus fornecedores - de peões de obra a vendedores de refeições e cimentos. Aí entrava Cachoeira garantindo o capital de giro da empresa com dinheiro clandestino, do jogo. Ou com o fornecimento de insumos, através de empresas laranjas. Estima-se que o desembolso diário do bicheiro fosse de R$ 7 milhões, mais de R$ 240 milhões por mês.
4. Quando vinha o aditivo, a Delta utilizava o recurso - legal - para quitar as dívidas com Cachoeira, através das empresas laranja. Era dessa maneira que Cachoeira conseguia legalizar o dinheiro do jogo.
Quando algum setor relutava em fazer o aditivo, Cachoeira recorria ao seu arsenal de escândalos e chantagens, valendo-se da revista Veja.
Foi assim no episódio do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte). Aparentemente houve um conflito entre Cachoeira e o diretor Luiz Antonio Pagot. Providenciou-se a denúncia, destinada apenas a derrubar as resistências de Pagot. Como dizia um bom observador das cenas brasilienses, Cachoeira pretendeu assar o porquinho e acabou colocando fogo na choupana.
O que era para ser um alerta para Pagot coincidiu com a ação do governo de demitir a diretoria do DNIT.
O rastreamento das ações de Cachoeira pela CPMI se concentrará nos aditivos contratuais. E também nos pagamentos efetuados pela Delta a fornecedores. A partir daí será possível identificar o enorme laranjal que constituía o esquema Cachoeira, assim como os esquemas de corrupção nos órgãos contratantes.
Outro trabalho será identificar as reportagens da revista que serviram aos propósitos de Cachoeira. No caso da propina dos Correios, por exemplo, sabe-se que o grampo foi armado entre Cachoeira e o diretor da revista, com vistas a expulsar um esquema rival dos Correios. Detonado o esquema, o próprio Cachoeira assumiu o novo esquema, até ser desmantelado pela Polícia Federal.
Em todo esse processo, foi crucial a ligação do bicheiro com a revista. Foi graças a ela que Cachoeira conseguiu transformar seu principal operador político - senador Demóstenes Torres - em figura influente, capaz de pressionar a máquina pública em favor do bicheiro. E foi graças a ela que intimidava recalcitrantes na máquina pública.
Ontem O Globo saiu em defesa da Veja, com um editorial em que afirma que "Civita não é Murdoch". Referia-se ao magnata australiano Rupert Murdoch, cujo principal jornal, na Inglaterra, foi flagrado cometendo escutas ilegais para gerar reportagens sensacionalistas.
Em uma coisa O Globo está certo: Murdoch negociava os grampos com setores da polícia; já Roberto Civita negociou com o crime organizado.

A Veja é criminosa


Alguns analistas teimam em analisar o comportamento da Veja -  nas relações com Cachoeira – como eticamente condenável.
Há um engano nisso.
Existem problemas éticos quando se engana a fonte, se adulteram suas declarações, desrespeita-se o off etc.
O comportamento da Veja é passível de enquadramento no Código Penal. Está-se falando de suspeita de atividade criminosa, não apenas de mau jornalismo. Sua atuação se deu na associação com organizações criminosas visando objetivos ilegais, de obstrução da Justiça até conspiração.
O acordo da revista com o crime organizado trazia ganhos para ambos os lados:
1. O principal produto de uma revista é a denúncia. O conjunto de denúncias e factóides plantados por Cachoeira permitiram à revista a liderança no mercado brasileiro de opinião - influenciando todos os demais veículos -, garantiu vendagem, permitiu intimidar setores recalcitrantes. O poder foi utilizado para tentar esmagar concorrentes da Abril no setor de educação. Principalmente, fê-la conduzir uma conspiração visando constranger Executivo, Legislativo, Supremo e Ministério Público.
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Levanta-se o véu profano da relação de parte da mídia com o crime organizado


Começa lentamente (ainda é pouco), mas não há como deixar de registrar, destacar e aplaudir o rompimento da autocensura imposta pela mídia às relações de parte dos veículos de comunicação - particularmente da revista Veja - com o crime organizado. Começou pela TV Record já há algum tempo, a revista Carta Capital desta semana, a Ombudsman na Folha de S.Paulo neste domingo...

Antes deles furarem este cerco, mesmo cobrindo os preparativos para instalação e o início do funcionamento da CPI do Cachoeira, os veículos de comunicação mantiveram o máximo silêncio sobre o jornalismo criminoso que vários deles - Veja à frente, insisto - praticaram.

Como constatou ontem a Ombudsman da Folha, Suzana Singer, no período que antecedeu a instalação e na cobertura da CPI  em funcionamento "já se levantaram suspeitas sobre governadores, senadores, deputados, policiais, empresários, mas reina um silêncio reverente no que tange à própria mídia".

Em pelo menos dois casos, tudo ilegal no comportamento de Veja


A ombudsman, inclusive, registrou em sua análise de ontem o editorial publicado por Veja (só em seu online), no qual a revista se defende do jornalismo de esgoto que faz dizendo: "ter um corrupto como informante não nos corompe".

Suzana Singer assinala, ainda, que, "do que veio a público até o momento, não há nada de ilegal no relacionamento "Veja"-Cachoeira. O paralelo com o caso Murdoch, que a blogosfera de esquerda tenta emplacar, soa forçado, porque, no caso inglês, há provas de crimes, como escutas ilegais e a corrupção de policiais e autoridades".

Tem provas sim. É tudo ilegal no comportamento de Veja, pelo menos em dois casos: na tentativa de um repórter seu invadir o apartamento em que eu morava no Hotel Naoum, conforme consta do boletim de ocorrência que o próprio hotel fez em Brasília; e na "plantação" de nota na coluna Radar sobre o Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (DNIT), caso em que a revista se pôs a serviço de Carlos Cachoeira e da Delta.

É censura pura negar ao leitor o conhecimento dos fatos


De resto, quem deve analisar se há ou não crime nas relações da Veja com o empresário da contravenção Carlos Cachoeira e com o senador Demóstenes Torres (ex-líder do DEM, do qual se desfiliou há duas semanas) é o leitor e não o censor sentado na cadeira de editor ou de proprietário de veículo de comunicação.

Muito menos os jornalistas envolvidos com a dupla Cachoeira-Demóstenes Torres. É censura pura negar ao leitor o conhecimento dos fatos, como faz a maior parte da mídia desde o estouro do escândalo. Ou pior, uma ofensa ao leitor que é tratado como impossibilitado de distinguir o jornalismo investigativo da relação criminosa em busca da notícia com objetivo político e de poder.
Vejam a análise de Carta Capital desta semana A mídia, a direita e o jornalismo de esgoto , que publiquei no sábado; a mais recente reportagem em que a TV Record escancara a relação promíscua de parte da mídia com o crime organizado; a coluna de ontem da ombudsman da Folha de S.Paulo Tema proibido; e o post abaixo O maior perigo que corre a liberdade de imprensa no Brasil.