Mostrando postagens com marcador Carnaval. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Carnaval. Mostrar todas as postagens

Carnaval. Época de alegria, diversões, brincadeiras, é uma festa só

[...] muitos fazem grandes esforços para participarem desta grande celebração, entretanto, fico impressionada como neste período, que tem a proposta de oferecer a humanidade tanta diversão ,tem como conseqüência o aumento significativo de pessoas dando entrada nas emergências dos hospitais, aumento de mortes por ingestão de álcool e muitos acidentes de trânsito, neste período, também aumentam os assassinatos,o uso de drogas, roubos... as autoridades têm que colocar nas ruas mais policiais...Por que tudo isso, se esta festa é tão boa, tão inocente? Como algo tão maravilhoso pode provocar conseqüências tão nefastas aos próprios homens? Fico impactada ao olhar os rostos perdidos, os homens e mulheres embriagados, pois só assim dão conta de brincar o tão maravilhoso carnaval. Acho estranho.


Carnaval é a porta larga, onde muitos entram com a expectativa de encontrar felicidade, extravasar suas tristezas,afinal o “pai da mentira” promove esta ilusão. Lá ,tudo é liberado, o importante é ser feliz a qualquer preço, mesmo que este preço seja a infelicidade do outro e até mesmo a sua. 



Amigos ,a porta que nos leva a Deus é estreita, entretanto ,o que nos espera é uma alegria genuína, capaz de nos fazer pessoas melhores e nossa felicidade ultrapassa quatro dias.



A humanidade fica a se perguntar por que viver está cada vez mais difícil? Eu arrisco um palpite: a cada dia, este mesmo homem escolhe ficar bem longe daquele que tem o poder de curar , de amar verdadeiramente e principalmente de trazer a verdade e a vida em abundância.



Desejo que esta semana você escolha qual o caminho percorrer.



Desejo que sua escolha seja por O caminho, A verdade e A vida.



Desejo que sua escolha se chame CRISTO JESUS.
Abraços:
Madalena Medeiros

Carnaval Michel Teló

[...] E seu Lunga

Dorinha nunca deixou de desfilar no carnaval

Crônica de Luis Fernando Verissimo
Outra carta da Dorinha
Recebo outra carta da ravissante Dora Avante. Dorinha, como se sabe, até hoje só perdeu um carnaval. Foi quando morou um ano no exterior com um milionário cujo titulo ela não se lembra (“Duque, Sultão... Sei que era nome de cachorro”) . O romance durou pouco porque ele tinha lhe jurado que era do “jet set” mas se revelou um teco-teco na cama.
Até hoje Dorinha só se refere a ele como “Le Blef”. Fora este interregno impensado, Dorinha nunca deixou de desfilar no carnaval.
Inclusive com sacrifícios pessoais, como na vez em que saiu como destaque num pedestal tão alto que ficou presa na rede elétrica e foi salva por um bombeiro chamado Eudir, com quem ela não tem certeza mas acha que se casou depois.
Ficou famosa a sua passagem triunfal na avenida como rainha da bateria, só de tapa sexo e puxando o Pitanguy pela mão, para o caso de o publico começar a gritar “O autor! O autor!” .
Por tudo isto, pode se compreender seu desalento com a possibilidade de não desfilar este ano. Sim, ela e seu grupo de pressão política e carteado, as Socialaites Socialistas, estão ameaçados de serem cortados do desfile da sua escola, porque...
Mas deixemos que a própria Dorinha nos conte. Sua carta veio, como sempre,escrita com tinta purpura em papel rosa e com aroma de “Sacanage”, um perfume recém-lançado e já banido em vários países.
“Queridíssimo. Beijos tristes e babados. Agora esta: estão preocupados com a quantidade de brancos nas escolas de samba e a solução, na nossa escola, foi adotarem um sistema de cotas! Parece que se deram conta da gravidade da situação quando descobriram que justamente este ano, quando o tema da escola é “Esplendor de um rei Nagô”, a porta-bandeira será canadense e o mestre-sala dinamarquês, e os dois aprenderam a evolução por correspondência.
Concluíram que se não fosse tomada uma resolução drástica agora em breve teríamos baterias formadas só de alemães. Como o ritmo dos desfiles fica cada vez mais marcial, nesse quesito os alemães não seriam problema. Problema seria eles não pararem na praça da Apoteose, seguirem adiante e invadirem a Polônia.
Concordamos que alguma coisa deve ser feita, mas o fato é que as cotas para brancos já foram todas preenchidas por um grupo ucraniano e não sobrou nada para as Socialaites Socialistas, vítimas de odiosa discriminação.
Pensamos em muitas maneiras de contornar a situação, todas envolvendo algum tipo de escurecimento rápido da pele, culminando com a decisão da Tatiana (“Tati”) Bitati de mergulhar em tinta nanquim. Mas temos pouco tempo. E o impensável talvez aconteça.
Este ano, a avenida pode não ver Dora Avante. Domage. Estou com seios novos, ainda não testados em publico. Assim passam as glórias, e as doras, deste mundo. Beijíssimo da tua Dorinha.”

Rede Globo é expulsa da Marquês de Sapucaí

Em clima tenso equipe da Rede Globo foi expulsa do Sambódromo do Rio de Janeiro. A cena é uma repetição do que ocorreu ontem à noite no Carnaval de São Paulo.

Por enquanto isso é só desejo de uma boa parcela da população brasileira. Mas, não demora muito e isto acontecerá.  Apenas, que não será o povo que vai expulsar os profissionais da empresa e sim a Rede Record que comprará o direito de transmissão do Desfile da Escolas de Samba de São Paulo e Rio de Janeiro.

Anotem.

Acontece muito isto no Carnaval

Muitas meninas adormecem assim como a da esquerda e?...

O Carnaval em Brasília


por Carlos Chagas

A partir de hoje, é só Carnaval. Importa menos saber se somos um país de doidos, de imprevidentes, de malandros ou de sonhadores, porque a verdade é essa: planos, projetos e propostas se interrompem por conta folia, onde mergulha a maior parte da população, submetendo-se os demais à pressão dos fatos.
                                                       
Como tudo é fantasia, vale imaginar as próprias, ou seja, as fantasias, capazes de ser usadas aqui em Brasília.
                                                       
Abriria o desfile a Ala das Ministras Abandonadas, com Gleise Hoffmann, da Casa Civil,  à frente, como Branca de Neve. Com todo o respeito, Ideli Salvatti, da Coordenação Política, apareceria como a Bruxa Malvada,  perseguida pelos Caçadores, no caso   Henrique Eduardo Alves e Waldemar da Costa Netto.  Graça Foster, recém empossada na presidência da Petrobrás, seria  Chapeuzinho Vermelho, fugindo do Lobão Mau, o ministro das Minas e Energia. Ana de Holanda, da Cultura, voltada para o passado,  meio sem futuro, desfilaria de Semana da Arte Moderna, agora comemorando 90 anos. Teresa Campello, do Desenvolvimento Social, e Mirian Belchior, do Planejamento, fariam a dupla do Gato na Tuba, miando mais do que soprando. Isabela Teixeira, do Meio Ambiente, passaria como Beduína no Deserto do Saara. 
                                                       
Agastada com a recusa de sua pretensão de ser a porta-bandeira da Escola de Samba Desunidos do Congresso, Martha Suplicy pediria ingresso no bloco palaciano, apresentando-se como a Bela Adormecida. Erenice Guerra, como Nora Ney, entoando “Ninguém Me Ama, Ninguém Me Quer”.
                                                       
Muitos ministros  seguiriam como Cavaleiros de Granada, aqueles que alta  madrugada, brandindo lança e espada, saíram em louca cavalgada. Para que? Para nada.
                                                       
Na comissão de frente do Bloco do Ali Babá estarão os ex-ministros demitidos por acusações de corrupção: Antônio Palocci, Alfredo Nascimento, Wagner Rossi, Pedro Novais. Orlando Silva, Carlos Lupi e Mário Negromonte – todos distribuindo notas de dólar para as arquibancadas e levantando cartaz dirigido ao restante do ministério,  com os dizeres “Eu Sou Você Amanhã”. Os ministros Fernando Pimentel, Fernando Bezerra e Guido Mantega viriam a seguir na Ala dos Blindados, usando armaduras medievais.
                                                       
Logo atrás, de presidiários, arrastando bolas de ferro presas nas canelas, os 38 mensaleiros cantando “Está Chegando a Hora”. Em evoluções surpreendentes, entrariam e sairiam de um carro-gaiola, com destaque para Marcos Valério e Delúbio Soares, impedidos de descer por conta de passistas do Ministério Público e da Polícia Federal.   
                                                       
Apesar de onze e  não quatro, os ministros do Supremo Tribunal Federal vão aparecer como os “Cavaleiros do Apocalipse” mas o destaque será a ministra-corregedora do CNJ, Eliana Calmon,  chicote em punho, fantasiada de Zorro.  
                                                       
A multidão entrará em delírio quando entrar a Escola de Samba Dependentes  do Bigode, com o próprio em carro aberto, vestido de general McArthur segurando a faixa “Eu Voltarei”. Liderando a bateria, Renan Calheiros, autor do samba-enredo “Não é Preciso Morrer Para Estar no Céu”. Cuícas, surdos e tamborins em atividade, os  senadores desfilariam com camisolões e asas de anjo, exceção de pequeno grupo vestido de diabinhos, entre eles Pedro Simon, Roberto Requião, Jarbas Vasconcelos, Demóstenes Torres e Álvaro Dias.
                                                       
Sensação causará o Bloco da Compensação, com deputados do PT, PMDB, PP e penduricalhos trajando mortalhas  e farrapos,  cantando a altos brados “Mamãe Eu Quero Mamar”. Marco Maia, em vez de porta-bandeira, será o porta-mamadeira.
                                                       
A madrugada estará alta quando a Escola de Samba dos Tucanos Perdidos fizer sua aparição.  Fernando Henrique, num trono carregado por Mendonça de Barros, Pedro Malan, Nelson Jobim e outros, usará cetro, coroa e manto vermelho. O singular é que logo depois  se verá Geraldo Alckmin, na mesma situação, sustentado por Andrea Matarazzo, Bruno Covas, José Aníbal e Ricardo Trípoli, só que o governador virá vestido como  Papa, distribuindo  bênçãos em profusão. Segue-se a Ala dos Indecisos, com José Serra usando o uniforme do  Dr. Silvana, Inimigo da Humanidade, e Aécio Neves, de Harry Potter.
                                                       
O PT, em coro, cantará “Zum, Zum, Zum, Está Faltando Um”, por ter sido  o Rei Momo impedido de comparecer, neste Carnaval. Uma peculiaridade: os companheiros se apresentarão sem os tradicionais macacões de operário, mas, dessa vez, de fraque e cartola, desfilando de costas para as arquibancadas.
                                                       
Encerrando a apoteose, numa carruagem puxada por dúzias de guerrilheiros fardados e armados, será a vez DELA. Há controvérsias, mas a fantasia parece da Princesa Isabel. Ou de Catarina, a Grande?

Curta o carnaval consciente, sem acidentes


- Enquanto Jacqueline Saburido voltava de carro para casa, com dois amigos, sofreu um acidente automobilístico provocado pela colisão de um carro conduzido por um rapaz embriagado. Os dois amigos de Jacqueline morreram. Ela, por causa da explosão e do incêndio, durante 45 segundos sofreu queimaduras que a deixaram com quase 60% do corpo deformado.

Nos anos seguintes, ela não se desanimou e fundou uma associação para sensibilizar todos os jovens contra as bebidas alcoólicas, e sobretudo para que não conduzam veículos automotivos quando estiverem embriagados.

Curta o carnaval consciente!

A tucademopiganalhada em fase carnavalesca

- Quando será anunciada a comissão de frente do nosso bloco?
- Só na hora do bloco sair.
- Isso quer dizer que até lá haverá muitas calúnias, injúrias, difamação e armações.
- Pois é.
- Vai ser divertido.

Dialogo parodiado da tirinha de Verissimo [abaixo]
Re: Fotos, charges e tirinhas

Carnaval

- E aí, cara, pensei que você não vinha mais! E agora chega com essa cara de quem comeu e não gostou, é ressaca de carnaval?

- Eu não estou de ressaca. Aliás, pensando bem, estou. Não tenho mais preparo físico para aguentar um carnaval.

- Onde é que foi que você brincou?

- Eu não brinquei, há muito tempo que não brinco carnaval. Já fui até muito chegado, mas hoje em dia não quero nem saber. Não, eu estou de ressaca é de não dormir direito, com esses blocos parecendo que estavam todos de-baixo da janela do meu quarto, levei dois dias praticamente sem pregar olho. Isso é um absurdo, essa esculhambação na rua, deviam proibir esse negócio.

- Ué, eu não entendo você. Alguns dias antes do carnaval, aqui mes-mo, você disse que era a favor do carnaval de antigamente, o carnaval de rua, o espontâneo, o dos blocos, não sei mais o quê.

- É, dou a mão à palmatória. Não sou mais. Quer dizer, continuo a achar que o carnaval de antigamente era melhor, mas isso era antigamente, não dá para o antigamente ser hoje, eu tenho é que me recolher na terceira idade e ficar na minha, não me adapto mais, estranho tudo. Você viu aquelas mulheres nuas com o corpo pintado, viu a musculatura? Eu vou lhe dizer a verdade, mesmo quando eu tinha trinta anos, não sei se eu encarava uma mulher daquelas. Se uma mulher daquelas aplicar uma chave de perna num infeliz qualquer, ele pode encomendar a alma ao diabo, porque nem um pé-de-cabra solta ele. Eu pensava que as pernas do Adriano eram parrudas, mas perto dessas mulheres ele é franzininho.

- É, antigamente elas tinham curvas mais suaves, tinham cintura...

- E não ficavam peladas o tempo todo! Eu não sou contra mulher ficar pelada, mas o tempo todo é um exagero. Podia haver fantasias até mais sensu-ais, que não mostrassem logo tudo, não é preciso apelar. No meu tempo, por exemplo, as moças se fantasiavam muito de havaiana, com saiote esfiapado e as pernas aparecendo.

- E por baixo um short comprido, um corpete fechado e um calçolão blindado. Deixa de ser saudosista, cara, tem que colocar as coisas dentro do tempo, da atualidade. A fantasia de havaiana que você falou pode continuar a existir, só que dentro da realidade atual. Aliás, você me deu uma ideia, eu vou falar com o Maurição, o Maurição você sabe como é, é o maior produtor de festas de embalo do Rio de Janeiro, de repente rola até uma grana nisso, o Maurição sabe tudo. Isso que você falou me deu a ideia, uma festa com as mulheres todas fantasiadas de havaiana. Ou seja, sem nada em cima, mas de sandália havaiana, sacou? Se a ideia for bem trabalhada, dá para descolar um belo patrocínio com uma dessas fábricas de sandália. E conseguir mulher que pinte lá disposta a aparecer só de sandália vai ser a maior moleza, acho que dá até para cobrar taxa de inscrição. Bota um jornal ou revista nisso, bota umas duas celebridades, o suprimento de mulher pelada é automático. Eu tenho tino para empreendimentos, fico sempre observando as oportunidades que surgem. Ali-ás, que bela ideia, cara! O Festival Carioca do Nu Artístico! Carioca não, na-cional! Internacional! Bota um nome em inglês, o Nude-in-Rio, pega logo! Tem que pensar grande, cara, pode ter certeza de que, se um cara com capital para investir pegar essa ideia, vai encher o rabo de dinheiro! Eu já estou aqui sacando as ramificações, cara, tem uma carroça cheia de grana esperando quem tiver essa iniciativa.

- Você já está de porre a esta hora?

- Não, você é que está querendo viver num mundo que não existe mais. Eu não, eu vivo no Brasil novo, no Brasil onde todo mundo prospera e quem tiver visão fica rico, todo dia estão surgindo novos milionários e são as ideias que fazem esses milionários. Muitas ideias que no princípio pareciam loucas terminaram em grande sucesso. A mulher pelada nacional é um dos nossos recursos naturais, tanto quanto a paisagem da baía da Guanabara. Nós temos é que afastar os preconceitos e dar o destino mais lucrativo possível a nossos recursos, isso é que é desenvolvimento sustentável, a mulher pelada é um recurso altamente renovável. Você está por fora, está fixado no tempo do derrotismo e do atraso. Por exemplo, essa birra que você pegou contra o car-naval de rua é dar murro em ponta de faca, tem mais é que se sintonizar com os novos tempos e, sempre que possível, procurar tirar partido da situação. O carnaval de rua voltou para ficar, esta é que é a realidade.

- Espero que pelo menos o cheiro de mijo vá embora.

- Taí, você bateu em cima, olha a oportunidade de ganhar dinheiro aí, pensei nisso o carnaval inteiro. E pensei com criatividade. Vou ver se o Maurição tem contatos que consigam um patrocínio das cervejarias, dá para bolar uma série de esquemas, mas o principal é minha ideia. Minha ideia é pegar uns caminhões gigantes, desses de trio elétrico, e converter num conjunto de banheiros para uso dos blocos. O bloco anda e o Mijomóvel vai atrás, tudo arrumadinho, dá para uma série de bolações, é só soltar a criatividade, eu tenho anotado uma ideia atrás da outra.

- Eu também tive uma ideia. Neste caso, por que não criar também o Bloco do Fraldão? Em vez de ir ao banheiro, todo mundo se mija na fralda e fica despreocupado, vai ser um bloco muito tranquilo.

- Você está de gozação, mas é isso mesmo, são as ideias! Essa ideia do fraldão pode dar samba, acho que é possível pegar o patrocínio de um grande fabricante, botar umas popozudas sambando de fraldão...
Jõao Ubaldo Ribeiro

Comissões

$$$$$

Carnaval

213 cadáreves

A morte é anterior a si mesma. No Carnaval, ela começou na hora em que os brasileiros entraram nos veículos para pegar a estrada.

A Polícia Rodoviária Federal divulgou nesta quinta (10) a contabilidade final dos acidentes registrados no feriadão.
Foram à cova 213 cadáveres. Coisa assim não se via desde 2003. Comparando-se com 2010 (143 corpos), a estatística mórbida engordou 47,9%.
Tudo piorou. Em 2010, 3.233 acidentes. Agora, 4.165. Alta de 28,7%. Feridos? 1.912 no ano passado. Em 2011, 2.441. Elevação de 27,4%.
Como explicar? Alvarez Simões, coordenador-geral da Polícia Rodoviária, mencionou o "impressionante aumento do fluxo de veículos".
Disse, de resto, que o flagelo teria sido menor não fosse a “imprudência” dos motoristas. Nenhuma palavra sobre a má conservação das rodoviais.
Seja como for, ainda que se admita que os cadáveres de 2011 fizeram tudo para morrer velozmente, parece claro que algo precisa ser feito.
Uma sociedade capaz de dar de ombros para tantas covas revela-se, ela própria, um cadáver.
O governo tem uma razão adicional para se mexer. Os mortos já se foram. Mas os feridos estão aí. A maioria onera o já combalido sistema público de saúde.
- Siga o blog no twitter.
por Josias de Souza 

Carnaval da morte

 por ora, 166 cadáveres na pista

O brasileiro, como se sabe, tem especial apreço pelo verbo matar. Mesmo nos momentos de ócio, ele não usufrui do tempo, mata-o.
Se tem fome, o patrício não a sacia, mata-a. O estudante ladino não falta à escola, ele mata aula.
Na partida decisiva do futebol, o mata-mata. No jogo de xadrez, não basta vencer, é preciso aplicar o xeque-mate.
Pois bem. No Carnaval, o amor do brasileiro pelo verbo fatal manifesta-se com ênfase macabra.
A Polícia Rodoviária Federal anunciou um novo balanço da “Operação Carnaval”. Revela uma tragédia.
Entre a última sexta (4) a meia noite desta segunda (7), morreram nos 66 mil quilômetros de estradas federais 166 pessoas.
Embora a contabilidade seja parcial –a operação prossegue até a noite de quarta (9)— o monturo de cadáveres já supera o do ano passado.
No Carnaval de 2010, feneceram nas estradas federais 143 pessoas. É coisa de deixar corados os países em guerra.
Considerando-se apenas os últimos números, coletados nesta segunda, registraram-se 410 acidentes. Produziram 310 feridos e 37 mortos.
Considerando-se que a conta não inclui os acidentes ocorridos nas cidades e nas estradas estaduais, pode-se intuir que o automassacre é ainda maior.
Verifica-se que, na pele de folião, o brasileiro tornou-se um matador profissional.   
- Siga o blog no twitter.

Artigo semanal de Delúbio Soares

CARNAVAL, O BRASIL NA AVENIDA 
“Era uma canção, um só cordão
E uma vontade
De tomar a mão
De cada irmão, pela cidade”, 
Chico Buarque

Faz poucos dias, mortificado, assisti pelos telejornais as labaredas de um incêndio que consumiu diversos barracões de várias escolas de samba no Rio de Janeiro. Carros alegóricos e fantasias, os destaques de várias alas, as gigantescas figuras de luz e se sonho que encantam milhões de brasileiros e bilhões de pessoas ao redor do mundo, que pelo milagre da TV e da Internet acompanham a mais bela festa do planeta, foram destruídas pelo fogo em minutos apenas. Na antevéspera do reinado de momo, as cinzas se tornaram uma cruel e terrível realidade.
 Mas a capacidade de reinventar-se do povo brasileiro, sua total disposição de luta e a crença inabalável em cada recomeço, determinaram que aquele episódio já pertença a passado dos mais longínquos, tal a força e alegria com que a população carioca e seus carnavalescos se lançaram a tarefa de reconstruir o que o fogo destruiu, de recuperar o trabalho perdido e lutar pela conquista das arquibancadas, das multidões, do reconhecimento popular, de vencer mais um carnaval, de fazer de seu samba-enredo o campeão na avenida, de levar alegria ao povo.
 O carnaval é mais que um espetáculo de luz, de cor, de som, de alegria. É mais que uma manifestação da musicalidade e da expressividade corporal de nossa gente. Ultrapassa as fronteiras do acontecimento que congrega milhões de brasileiros, que atrai outros tantos milhares de estrangeiros e gera uma quantidade de divisas consideráveis, movimentando o turismo e fazendo do Brasil por alguns dias o centro do noticiário e das atenções da imprensa internacional. O carnaval é a continuidade de uma tradição das mais belas, da arte que vem do seio do povo, em demonstrações de talento e de criatividade insuperáveis.
 Não há cidade no interior desse país imenso, de norte a sul, por menor que seja em que o período carnavalesco não se faça sentir através de alguma iniciativa. Seja um bloco tímido numa localidade interiorana do meu querido Estado de Goiás, ou na majestosa entrada da Estação Primeira, quando seus tamborins e os poetas de sua Comissão de Frente, pisando as folhas secas caídas de uma mangueira, estremecem o solo da avenida e nos recordam a força e a beleza da arte que desce o morro e encanta o Brasil e o mundo.
 Li que Helsinque, a gélida capital dos finlandeses, já faz o seu carnaval. E o teria “copiado” do Rio de Janeiro. Seria muito acreditar que lá existam barracões, carnavalescos, puxadores de sambas-enredo, passistas e mestres-salas. Mas é correto pensar que existe o espírito da alegria e um enorme bom gosto: tentar, mesmo que a 50 graus abaixo de zero copiar o que os cariocas fazem com 40 graus a sombra, e ensinar alvas moçoilas de pele de porcelana o segredo divino que somente os pés de mulatas esculturais que tiveram a graça de nascer em Vila Isabel, no Morro do Chapéu Mangueira, na Rocinha, em Nilópolis ou no Morro da Portela, é algo absolutamente impossível. Haverá, vinda dos confins da Lapônia, uma brancarana sorridente, com a ginga de Vilma, a porta-bandeira que emocionava a avenida e monopolizava os olhares para a beleza plástica de seu bailado, a elegância de seus movimentos, como se fora uma Margot Fonteyn  do asfalto? Mas a tentativa é válida e mostra que o carnaval é uma festa de paz e de harmonia entre os povos por mais distantes que estejam.
 O Guinness Book registra em sua edição mais recente que o fabuloso carnaval da Bahia é “a maior festa popular de rua do mundo”.  Desde 1995 o mesmo Guinness declarou o genial Galo da Madrugada, do Recife, como “o maior bloco de carnaval do mundo”. E, independente do que o Guinness Book, com a autoridade e a seriedade que lhe reconhecemos, atesta, nós todos já sabemos há séculos que o carnaval é a mais bela, a mais alegre, a mais fraterna, a mais humana, a mais democrática das festas que o gênero humano inspirou.
 O reinado de momo se aproxima. Reinado absolutista, de absoluta alegria, que toma conta de todos, com os sambas-enredo, verdadeiras obras-de-arte, que serão cantados por gerações. As avenidas e as praças se lotarão de sonhos e de fantasias, de luzes e de cores, de sons e de risos.
 Recordemos dos valores maiores dessa arte popular, como Cartola, Chiquinha Gonzaga, Capiba, Tia Ciata, Dodô e Osmar, Monarco, Nélson Cavaquinho, Carmem Miranda, Noel Rosa, Jamelão, Neguinho da Beija-Flor, João Nogueira, Lamartine Babo, Braguinha, e de todos os que, desde os tempos do Entrudo, dos Corsos, dos carnavais de sempre, com talento e alegria, preservaram esse patrimônio lindo de nossa nacionalidade.

CARNE VALE, É CARNAVAL

Uma das maiores festas do mundo acontece no Brasil.
O carnaval.
O carnaval é como o futebol.
Ambos tem origem na Europa – o futebol na Inglaterra e o carnaval na Grécia (por volta do ano 520 a.C.) – mas é o Brasil quem melhor, e espetacularmente, os representa.
O termo carnaval vem de cane vale cuja tradução é adeus à carne ou vale comer carne, para alguns.
O carnaval ocorria sempre na útima terça feira que precede ao início da quaresma que se dá na quarta feira de cinzas para comemorar a fartura na produção da colheita agrícola.
Uma data regida pelo ano lunar, de acordo com o calendário cristão, numa complexidade de números que que a enuncia a 47 dias antes da Páscoa.
Como esse período enseja o início de um tempo de penitência, onde as pessoas se privavam do prazer de comer carne, aproveitava-se a terça feira para extravasar.
Para comer e beber à vontade.
Para sair na maior folia, pulando e dançando no meio da rua.
Com amigos e até com desconhecidos.
Vem daí o nome “terça feira gorda” – dia em que se comemorava a fartura.
Se “o erotismo é um dos aspectos da vida interior do homem” o carnaval se transformou, ultimamente, numa “espécie de publicidade do sexo”.
No carnaval “o erótico é apenas uma mercadoria”.
Posta à venda no “circuito de economia libidinal...”
O carnaval não passa, hoje, de pura publicidade.
Publicidade muito bem explorada e “aproveitada pela indústria do turismo e pela mídia”.
O retorno econômico é enorme para quem promove, patrocina e divulga o carnaval.
O mesmo não se pode dizer dos que participam da folia, o povo em geral, uma vez que o carnaval se transformou em mercadoria cujo último fim é o lucro.
O carnaval nasceu sob o signo da alegria, mas tem se transformado em sinônimo de violência com perdas e danos material e humano.
Os índices de violência crescem assustadoramente a cada ano. Somente em Salvador, em dois dias, registrou-se 1.300 ocorrências, numa média de 28 casos a cada hora.
Não é pouca coisa.
É no carnaval que se consome a maior quantidade de bebida acóolica. E de drogas.
E que crescem as estatísticas dos acidentes no trânsito.
Que os hospitais registram maior número de atendimentos, internamentos e mortes.
O período da folia carnavalesca tem sido um período também de provações.
Da nossa sensibilidade. E da nossa insessatez.
Sob o pretexto de que tudo é comemoração e alegria muitos dirigem de forma irresponsável.
Transformando em arma o veículo e pondo em risco a vida de muitas pessoas.
A bebida não pode ser sinônimo nem ter o triste significado de violência.
Beber não implica jamais em transformar quem bebe num imbecil que se acha o tal só porque ele bebeu.
É conveniente que o carnaval seja tão somente um período de alegria para se aproveitar um feriado generoso.
Um feriado enorme.
Do tamanho do Brasil.
O ideal é que façamos desse feriado um tempo de alegria onde na avenida da vida possamos, sem máscara, desfilar de braços com a felicidade.

Fantasias para todo mundo


Por Carlos Chagas
Com o Carnaval, amplia-se a irreverência.  É tempo de fantasias.  Por que deixaríamos os políticos de fora?

Marina Silva,  de “Guarda Florestal”. 
Roberto Requião, de “A Volta do Zorro”.
Já Michel Temer envergará o tradicional uniforme de “Mordomo De Filme De Vampiro”. 
José Sarney como “Fenix, Renascido Das Próprias Cinzas”.  
Marco Maciel,  “Mapa Do Chile”. 
Renan Calheiros, “Pirata Do Caribe”. 
Pedro Simon,  “O Espadachim Do Rei”. 
Tasso Jereissatti,   “Garrafa De Coca-Cola”.
O vice-presidente José Alencar usará  o camisolão do “Anjo Gabriel”.
Aécio Neves de “Capitão América”. 
Sérgio Cabral de “O Viajante Desconhecido”.   
Marta Suplicy, de  “Mulher Maravilha”.
Eduardo Suplicy,  de  “Super-Homem”.
Gilberto Kassab, de “Príncipe Submarino”. 
O governador José Roberto Arruda, de “Ali Babá”.
Durval Barbosa,  de “Ali Babão”. 
Fernando Henrique Cardoso, de “Imperador Do Universo”.  
Fernando Collor,  de “Depois Da Tempestade”.
Itamar Franco,  de “Olha Nós Aqui Outra Vez”.  
O  PSDB  passará entoando o samba-enredo “O Retorno Dos Que Não Partiram”. 
O PMDB,  cantando “Os Cavaleiros Do Apocalipse”.
O PT,  com a marchinha “Daqui Não Saio, Daqui  Ninguém Me Tira”.  
O DEM,   mais uma vez berrando “Mamãe Eu Quero Mamar”.
Carlos Minc de “Dr. Silvana”.
Marco Aurélio Garcia de “Esse Lugar É Meu”.
Celso Amorin de “O Fantasma Da Ópera”.  
Patrus Ananias,  de “O Mártir Das Gerais”.
Nelson Jobim de “Rambo”.
José Dirceu de “A Volta Da Múmia”. 
Luiz Dulci, de “O Pequeno Príncipe”.  
E ele? Ele  pode desfilar  de “Raposa No Galinheiro” ou melhor,  de “Napoleão”...