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Fernando Brito - como a Petrobras inunda de óleo seus inimigos

Você quer entender porque, enfrentando o maior massacre de mídia feito com uma empresa, o preço das ações da Petrobras continua subindo e a empresa tem “valor de mercado” ( número de ações multiplicado por seu valor) quase sete vezes maior que em 2002?
recordes
Olhe o gráfico que posto aí em cima com os recordes já alcançados e a projeção de resultados para o final do ano nos campos do pré-sal.
700 mil barris por dia no final do ano!
Porque ainda falta conectar mais de uma dezena de poços, estimando uma produtividade média por poço igual à atingida agora: 28 mil barris diários no pré-sal da Bacia de Santos.
Embora, pela nossa ansiedade de que todo mundo tem de que o pré-sal chegue à sua plenitude, é preciso saber que, em matéria de petróleo, tudo está andando até muito rápido, com a produção atingindo níveis que que, no Mar do Norte ou no Golfo do México, só foram atingidos no triplo do tempo.
E os megacampos de Franco e Libra nem sequer estão produzindo ainda, cada um deles com potencial para chegar a um milhão de barris diários!
Endividada, a Petrobras?
Sim, como toda empresa que atravessa um imenso processo de expansão, que vai ficar numa média de 7,5% em 2014. E que, comparando dezembro de 2013 com dezembro de 2014, uma diferença de perto de 25%.
É isso o que querem destruir, para entregar nosso pré-sal.

É a crise - Produção no pré-sal bate novo recorde e supera patamar de 470 mil barris de petróleo por dia

A produção de petróleo nos campos operados pela Petrobras, na chamada Província Pré-Sal, nas Bacias de Santos e Campos, superou, no último dia 11 de maio, o patamar de 470 mil barris de petróleo por dia (bpd), o que representa um novo recorde de produção diário.
Esse patamar foi atingido com a produção de 24 poços, sendo nove provenientes da Bacia de Santos. Com isso, a produtividade média por poço no Polo Pré-Sal da Bacia de Santos alcançou 28 mil barris de petróleo por dia (bpd), um aumento de quase 30% em comparação com fevereiro de 2013, quando foi alcançado o recorde de produção diária de 300 mil bpd.

O jogo pesado, por Saul Leblon

Querem tirar a Petrobras do campo

O caso Pasadena pode ser tudo menos aquilo que alardeia a sofreguidão conservadora.

Pode ser o resultado de um ardil inserido em um parecer técnico capcioso. Pode ser fruto de um revés de mercado impossível de ser previsto, decorrente da transição desfavorável da economia mundial; pode ser ainda  –tudo indica que seja–  a evidência ostensiva da necessidade de se repensar um critério mais democrático para o preenchimento de cargos nas diferentes instancias do aparelho de Estado.

Pode ser um mosaico de  todas essas coisas juntas.

Mas não corrobora justamente aquela que é a mensagem implícita na fuzilaria conservadora nos dias que correm.

Qual seja,  a natureza prejudicial da presença do Estado na luta pelo desenvolvimento do país.

Transformar a história de sucesso da  Petrobrás em um desastre de proporções ferroviárias é o passaporte para legitimar a agenda conservadora nas eleições de 2014.

Ou não será exatamente o martelete contra  o ‘anacronismo intervencionista do PT’  que interliga as entrevistas e análises de formuladores e bajuladores das candidaturas Aécio & Campos? (Leia ‘Quem vai mover as turbinas do Brasil?’)

Pelas características de escala e eficiência, ademais da  esmagadora taxa de êxito que lhe é creditada – uma das cinco maiores petroleiras do planeta, responsável pela descoberta das maiores reservas  de petróleo do século XXI–  a Petrobrás figura como uma costela de pirarucu engasgada na goela do mercadismo local e internacional.

Ao propiciar ao país não apenas a autossuficiência, mas a escala de descobertas que encerram o potencial de um salto tecnológico, capaz de contribuir para  o impulso industrializante de que carece o parque fabril do país, a Petrobrás reafirma a relevância insubstituível da presença estatal na ordenação da economia brasileira. 

Estamos falando de uma ferramenta da luta pelo desenvolvimento. Não de um conto de fadas.

Há problemas.

A empresa tem arcado com  sacrifícios equivalentes ao seu peso no país.

Há dois anos a Petrobrás vende gasolina e diesel por um  preço 20% inferior ao que paga no mercado mundial.

Tudo indica que a cota de contribuição para mitigar as pressões inflacionárias decorrentes  de choques  externos e  intempéries climáticas tenha chegado ao limite.

Mas  não impediu que a estatal fechasse 2013 como a petroleira que mais investe no mundo: mais de US$ 40 bilhões/ano: o dobro da média mundial do setor.
Ademais, ela é campeã mundial no decisivo quesito da  prospecção de novas reservas.

Os números retrucam o jogral do ‘Brasil que não deu certo’.

O pré-sal já produz  405  mil barris/dia.

Em quatro anos, a Petrobras estará extraindo 1 milhão de barris/dia da Bacia de Campos.

Até 2017, ela vai investir US$ 237 bilhões; 62% em exploração e produção. Em 2020, serão 2,1 milhões de barris/dia.

Praticamente dobrando  para 4 milhões de barris/dia a produção brasileira atual.

O conjunto explica o interesse dos investidores pela petroleira verde-amarela que está sentada sobre uma poupança  bruta formada de 50 bilhões de barris do pré-sal.

Mas pode ser o dobro disso;  os investidores sabem do que se trata e com quem estão falando.

Há duas semanas, ao captar US$ 8,5 bi no mercado internacional, a Petrobrás  obteve oferta de recursos em volume  quase três vezes superior a sua demanda.

O marco regulador do pré-sal –aprovado com a oposição de quem agora agita a bandeira da defesa da estatal–- instituiu o regime de partilha e internalizou o comando de todo o processo tecnológico, logístico, industrial, comercial e financeiro da exploração dessa riqueza.

Todos os contratados assinados nesse âmbito passam a incluir cláusula obrigatória de conteúdo nacional nas compras, da ordem de 50%/60% , pelo menos.

Esse é o ponto de mutação da riqueza do fundo do mar em prosperidade na terra.

Toda uma cadeia de equipamentos, máquinas, logística, tecnologia e serviços diretamente ligados, e também externos, ao ciclo do petróleo será  alavancada nos próximos anos.

O conjunto pode fazer do Brasil um grande exportador industrial inserido em cadeias globais de suprimento e inovação  –justamente o que falta ao fôlego do seu desenvolvimento no século XXI.

É o oposto do projeto subjacente ao torniquete de manipulação e  engessamento que se forma em torno da empresa nesse momento.

Para agenda neoliberal não faz diferença  que o Brasil deixe de contar com uma alavanca industrializante com as características reunidas pela Petrobrás.

Pode ser até bom.

O peso de um gigante estatal na economia atrapalha a ‘ordem natural das coisas’ inerente à dinâmica dos livres mercados, desabafa a lógica conservadora.

A verdade é que se fosse depender da ‘ordem natural das coisas’ o Brasil seria até hoje um enorme cafezal, sem problemas de congestionamento ou superlotação nos aeroportos, para felicidade de nove entre dez colunistas isentos.

Toda a industrialização pesada brasileira, por exemplo  –que distingue o país como uma das poucas economias em desenvolvimento dotada de capacidade de se auto-abastecer de máquinas e equipamentos— não teria sido feita.

Ela representou uma típica descontinuidade na ‘ordem natural das coisas’.

A escala e a centralização de capital necessárias a esse salto estrutural da economia não se condensam espontaneamente em um país pobre.

Num  mercado mundial já dominado por grandes corporações monopolistas nessa área e em outras, esse passo, ou melhor, essa ruptura, seria inconcebível sem forte intervenção estatal no processo.

Do mesmo modo, sem um banco de desenvolvimento como o BNDES, demonizado pelo conservadorismo, a indústria e a economia como um todo ficariam comprometidos pela ausência de um sistema financeiro de longo prazo, compatível com projetos de maior fôlego.

Do ponto de vista conservador, o financiamento indutor do Estado, a exemplo do protecionismo tarifário à indústria nascente  –implícito nas exigências de conteúdo nacional no pré-sal–  apenas semeiam distorções de preços e ineficiência no conjunto da economia.

É melhor baixar as tarifas drasticamente; deixar aos mercados a decisão sobre  quem subsistirá e quem perecerá para ceder  lugar às importações.

O corolário dessa visão foi o ciclo de governos do PSDB,  quando se privatizou, desregulou e se reduziu barreiras à entrada e saída de capitais.

A Petrobrás resistiu.

Em 1997, até um novo batismo fora providenciado para lubrificar a operação de fatiamento e venda dos seus ativos aos pedaços.

Não seu.

Dez anos depois, em 2007, essa resistência ganharia um fortificante ainda mais indigesto aos estômagos conservadores, com a descoberta e regulação soberana das reservas do pré –sal.

Num certo sentido, a arquitetura de exploração do pré-sal avança um novo degrau na história da industrialização brasileira.

Mais que isso,  esboça um modelo.

Se a empresa privada nacional  não tem escala, nem capacidade tecnológica para suprir as demandas do desenvolvimento, uma estatal pode –como o faz a Petrobras -  instituir prazos e definir garantias de compra que de certa forma  tutelem  a iniciativa privada deficiente.

Dando-lhe encomendas para  se credenciar ao novo ciclo de expansão do país –e até mesmo operar em escala global, inserindo-se nas grandes cadeias da indústria  petroleira.

A outra  alternativa seria bombear  a receita petroleira  diretamente para fora do país, vendendo o óleo bruto.

E renunciar assim aos múltiplos de bilhões de dólares de royalties que vão irrigar o fundo do pré-sal e com ele a educação pública das futuras gerações de crianças e jovens do Brasil. 

Ou  então vazar  impulsos industrializantes para encomendas no exterior , sem expandir polos tecnológicos, sem engatar cadeias de equipamentos, nem elevar  índices de nacionalização em benefício de empregos e receitas locais.

A paralisia  atual da industrialização brasileira  é um problema real que afeta todo o tecido econômico.

Asfixiada durante três décadas pelo câmbio valorizado e pela concorrência chinesa, a indústria brasileira de transformação perdeu elos importante, em diferentes cadeias de fornecimento de insumos e implementos.

A atrofia é progressiva.

O PIB cresceu em média 2,8% entre 1980 e 2010; a indústria da transformação cresceu apenas 1,6%, em média. Sua fatia nas exportações recuou de 53%, entre 2001-2005, para 47%, entre 2006-2010 .

O mais preocupante é o recheio disso.

Linhas e fábricas inteiras foram fechadas. Clientes passaram a se abastecer no exterior. Fornecedores se transformaram em importadores.

Empregos industriais foram eliminados; o padrão salarial do país foi afetado, para pior.

É possível interromper essa sangria, com juros subsidiados, incentivos, desonerações, protecionismo e ajuste do câmbio, como está sendo feito pelo governo.

Mas é muito difícil reverter buracos consolidados.

O dinamismo que se perdeu teria que ser substituído por um gigantesco esforço de inovação e redesenho fabril, a um custo que um país em desenvolvimento dificilmente poderia arcar.

Exceto se tivesse em seu horizonte a exploração centralizada e soberana, e o refino correspondente, das maiores jazidas de petróleo descobertas no século 21.

Esse trunfo avaliza a possibilidade de se colocar a  reindustrialização  como uma resposta política  do Estado brasileiro à crise mundial.

Nada disso  pode ser feito sem a  Petrobrás.

Tirá-la do campo em que se decide o futuro do Brasil: esse é o jogo pesado que está em curso no país.

A defesa da Petrobras tem que ser Política. Não é coisa pra Gerente

A obra mais duradoura dos governos trabalhistas terá sido a reapropriação da Petrobras pelo povo brasileiro.

Como se sabe, o Príncipe da Privataria fez um rombo no casco do monopólio e tratou de desidratar a Petrobras para fatiá-la e vender aos pedaços.

O auge do processo entreguista seria rebatizar a empresa de “Petrobrax” – quanto custou o “estudo” para bolar o nome e que jenio ganhou com ele ?

A eleição de um presidente trabalhista roda, roda, e gira em torno da Petrobras, porque a Petrobras está no meio da Avenida Chile – e no meio do Brasil.

Não por acaso a Globo Overseas praticou outra fraude eleitoral, ao “editar” a entrevista do Gabrielli.

A Big House não admite que o Lula (com a ajuda do Gabrielli, do Haroldo Lima e da Dilma) tenha construído o “modelo de partilha”.

Não admite que eles tenham feito o maior lançamento de ações da História do Capitalismo e entregue ao Governo Dilma a responsabilidade – cumprida com êxito – de realizar o primeiro leilão do pré-sal.

Na partilha.

O regime de partilha equivale a botar fogo na dispensa da Big House.

A Big House não perdoa o Lula de ter reconstruído a indústria naval –  com a Petrobras – e dar 75 mil empregos a brasileiros – e, não, a cidadãos de Cingapura, como pretendiam o Principe Privateiro e o então presidente da Petrobrax, o delfim neolibelês (*), Francisco Gros.

Os trombones da Big House não aceitam que o Brasil venha a ser o maior produtor de plataformas do mundo, porque aqui se instalou, com os trabalhistas herdeiros de Vargas, um “capitalismo de características brasileiras”.

É por isso que Pasadena – leia aqui “os pingos nos ï” ”- se tornou, com a falência do “apagão” e a fracassada elevação do pepino, o ponto de referencia da oposição que se materializa no PiG (**).

É a tentativa de atingir a Dilma, a gerente, o Lula – e, acima de tudo, a Petrobras.

A Big House quer o poder e a Petrobras – não necessariamente nessa ordem !

Porque governar o Brasil significa governar a Petrobras.

E quem governa a Petrobras determina o perfil do futuro do Brasil.

Se será um Brasil para os brasileiros ou um Brasil para os amigos da Big House.

Aqueles a quem o Fernando Henrique oferece os ombros.

É por isso que a defesa da Petrobras – também responsabilidade da Dilma – não pode ser técnica.

Coisa para gerente – clique aqui para ver “não há eleição para Gerente da República”.

A defesa da Petrobras tem que ser travada no ringue da politica, no campo enlameado da eleição.

Tem que sujar as mãos.

De óleo.

E de furia.

(Vargas percebeu isso e se matou antes que o Cerra entregasse a  Petrobras à Chevron)

Vamos supor que a compra de Pasadena tenha sido um erro de gestão.

O que está longe de ser provado – clique aqui para ler a explicação de Gabrielli .

Os ilustres empresários privados do Conselho de Administração  concordaram com a compra de Pasadena e disseram isso, desde que “estourou  a crise.

Seria impensável imaginar que Gerdau, Fabio Barbosa e Claudio Haddad – campeões da livre iniciativa – referendassem um um erro tão grosseiro.

Ou se deixassem tapear por burocratas de segundo escalão de empresa pública.

Os acionistas da Gerdau, da Abril e do Insper ficariam decepcionados !

Mas, para efeito de raciocínio, vamos supor que Pasadena tenha sido um erro.

Vamos admitir – o que está longe de ser verdade – que o “prejuízo” com Pasadena, mesmo nas contas exorbitantes da Urubóloga, tenha provocado um rombo na plataforma P-36 …

O que é, digamos, uma proposição hilariante…

(Por falar em hilariante, clique aqui para ver como a Urubóloga noticia o Globope)

Mas, que empresa não comete erros, amigo navegante ?

A Globo, por exemplo …

A Globo foi à concordata.

E, porque não conseguiu levantar dinheiro no BNDES – nos termos aviltantes propostos ao presidente Carlos Lessa – foi obrigada a ajoelhar-se à banca internacional – como diria aquele dos múltiplos chapéus - teve que ajoelhar-se “à banca”.

A Globo torrou o que se calcula em US$ 100 milhões de dólares na Tele Monte Carlo, porque achou que ia dar uma rasteira no Berlusconi …

A Globo cometeu um erro elementar de gestão, porque, ao contrário de milhares de empresas brasileiras, acreditou no Real do Fernando Henrique e se endividou em dólares.

Aquela lorota de o Real valer o que valia o dólar.

(Como demonstrou o Luiz Nassif , no livro “Cabeças de Planilha”– clique aqui para ler entrevista devastadora – o único que tinha motivos nobres para acreditar na lorota – do R$ 1 = US$ 1 – foi o André Lara Resende, que, há pouco tempo, reapareceu numa suspeita de chantagem de Daniel Dantas contra Fernando Henrique , no livro“sem Gilmar não haveria Dantas”, de Rubens Valente.)

Como diz o Mino Carta, os filhos do Roberto Marinho – eles não têm nome próprio – acreditaram na Miriam Leitão e quase quebram.

Para salvar-se, a Globo contratou o mesmo executivo que Fernando Henrique levou para criar a  Petrobrax.

E o jenio saiu a vender ativos da Globo.

O J. Hawilla e o Boni o receberiam para jantar com champagne Cristal, sempre que quisesse.

Mas, os filhos do Roberto Marinho, se pudessem … 

Não fossem o Globope e o BV – e o BV é a maior fatia do faturamento de 190 agencias de publicidade do Brasil -, a Globo não teria como pagar o salário dos atores que não estão ar.

Entre outras coisas.

E olha que o BV da Globo é de solar ilegalidade, segundo a decisão do julgamento do mensalão – Fase I, aquela que o Ataulfo Merval de Paiva (***) recebeu como os Dez Mandamentos. 

Agora, aqui entre nós, amigo navegante, tivesse você uns trocados … compraria ações da Globo Overseas ou da Petrobras?

Paulo Henrique Amorim

Seremos o maior produtor de plataforma do mundo

O Brasil vai precisar de muita plataforma daqui para frente. Quero dizer que com a exploração do petróleo do pré-sal ganhando velocidade e escala o Brasil vai se transformar necessariamente no maior produtor de plataformas de petróleo do século XXI. A gente tem de pensar grande, do tamanho do Brasil.


Quem quiser se iludir, que se iluda.

Pode ficar achando que a mídia está preocupada com a receita da Petrobras ao defender o aumento – necessário, aliás – dos preços dos combustíveis.

Ou que a turma do “vende-país” que se assanha para voltar, de carona com Aécio Neves ou Eduardo Campos – tanto faz, como diz FHC – é que sabe fazer “leilão bão”.

Ou ainda que não insuflam os bem intencionados – mas ingênuos – que acham que se pode deixar o petróleo dormindo lá no pré-sal, esperando que o Divino Espírito Santo nos arranje o dinheiro para explorarmos sozinhos, com tudo o que isso envolve de centenas de bilhões de dólares de investimento.

Agora, que quiser entender, de verdade, o que está por detrás dessa história, olhe o gráfico, divulgado ontem pela Agência Internacional de Energia, em seu relatório anual. A Agência, um órgão da ONU, é aquela em que ficou famoso o egipcio Mohammed El-Baradei, durante a invasão do Iraque,

Sim, é isso mesmo que você está vendo lá nos dados: o Brasil vai contribuir MAIS que o Oriente Médio no crescimento da produção de petróleo mundial até 2025. E o resto do mundo tem previsão de queda na produção.

Entendeu? Vamos ser mais importantes para suprir o crescimento da demanda de petróleo do que a Arábia Saudita, do que o Iraque, do que o Irã, do que o Kuwait somados!

Será que você se recorda do quanto foi investido em guerra, armamento, sabotagem e intervenção nestes países nos últimos 30 anos?

Será que aqui não vale uns tostõezinhos para quem gastou tanto, em dólares e em vidas humanas, para garantir seu suprimento de petróleo?

A partir daí, meu preclaro amigo e minha arguta amiga, deixo por sua conta imaginar.

Só digo ainda dus coisas, apoiado neste segundo gráfico.

A primeira é de que  previsão da AIE para o Brasil é modesta e conservadora, sobretudo no segundo período, de 2025 a 2035. O potencial de nosso pré sal é maior que esse e nem está integralmente revelado.

A segunda é para tomar cuidado com a conversa de “fontes limpas” de energia que, embora seja correta e deva ser perseguida por todos os países – e são os ricos que mais resistem a essa obrigação – é usada, com frequência, com a mesma hipocrisia com que se fala da Amazônia, depois de terem devastado as florestas de seus próprios países.

Nossa matriz energética para a geração de energia elétrica é e será muito, mas muito menos, poluidora do que a do restante do mundo, sobretudo a dos países desenvolvidos, que são verdes só no quintal dos outros, depois de terem cimentado os seus.

A poluição é um fato econômico e, como todos os fatos econômicos tem um lado perdedor e um ganhador. O perdedor somos toda a humanidade, mas o ganhador sabemos muito bem quais são.

BRASIL AGREGARÁ MAIS PETRÓLEO AO MUNDO ATÉ 2025 DO QUE O ORIENTE MÉDIO


E essa agora? O senador do PSDB e possível candidato à Presidência, Aécio Neves, defendeu ontem a reestatização da Petrobras

Justo eles, os tucanos, que tentaram privatizar a companhia no governo de Fernando Henrique Cardoso.
Agora Aécio vem com a conversa de que a reestatização seria para reconquistar a confiança dos investidores estrangeiros no Brasil. Ele fez esse discurso ontem durante palestras para empresários em Porto Alegre.
Para ele, é preciso “tirar a empresas das garras do partido”, numa referência ao PT.
Aécio esconde o fato de que a Petrobras hoje é uma das maiores companhias do mundo, teve grande crescimento na última década, tornou-se referência mundial, ampliou seus investimentos, profissionalizou-se cada vez mais, encontrou o pré-sal, inovou em tecnologia e por aí vai. Tudo isso durante o governo do PT.
Muito diferente da época dos tucanos, que tentaram mudar até o nome da empresa para Petrobrax, para facilitar a sua venda.
A diferença em números
Em dez anos, a Petrobras quadriplicou seus investimentos. Em 2002, último ano de FHC, foram R$ 19 bilhões. Em 2012, R$ 84,1 bilhões.
Mais: a produção de petróleo da Petrobras foi de 700 mil barris por dia em 1995 e chegou a 1,5 milhão de barris por dia em 2003. De 2003 a 2012, a produção de petróleo da Petrobras subiu de 1,5 milhão de barris por dia para 2 milhões de barris por dia, e chegará a 2,5 milhões de barris por dia em 2016 e 4,2 milhões de barris por dia em 2020.
E quanto maior é o patamar de produção de uma companhia, maior é o desafio de manutenção e crescimento deste patamar. Isso porque a natureza dos reservatórios de petróleo é o declínio natural da produção.
Há muitos outros números que mostram como a Petrobras mudou – para muito melhor- neste período.
Quem vai acreditar nos tucanos se eles deixaram a Petrobras como deixaram?
José Dirceu

Petrobras quer nova política de preços

Mercado reage bem, e ações da empresa valorizam até 9% no dia

Decisão ainda precisa passar pelo Conselho. Reajustes vão considerar cotação do preço do barril no mercado internacional e câmbio

A informação de diretores da Petrobras de que deve ser adotado um gatilho para reajustar os preços dos combustíveis — diminuindo, assim, a ingerência do governo — fez as ações da estatal subirem até 9,8%. 


A nova política, que precisa ser votada no Conselho de Administração, levará em conta o preço do barril no exterior e o câmbio, além de dados da companhia, como produção e capacidade de refino. 

O objetivo é garantir recursos para investir no pré-sal. 

DILMA DIZ QUE REAÇÃO NEGATIVA À PRESENÇA DE ESTRANGEIROS EM LIBRA É XENOFOBIA

A presidenta é gentil.
Não se trata exatamente de xenofobia.
Porque contra americanos, ingleses, holandeses, alemães e franceses o pessoal da Big House e seus especialistas – os que nada sabem de tudo – não têm nada contra.
O problema deles é com chineses, russos, argentinos, indianos, africanos do Sul, o pessoal aqui da vizinhança – geográfica ou política.
Os dos BRICs.
Ou com bolivianos, haitianos …
É uma xenofobia interessada.
O problema dessa turma é que eles começam a perceber a nova inclinação estratégica do Brasil.
Inevitável, aliás – clique aqui para ler “e quem vai defender o pré-sal ?
O Brasil saiu da órbita americana, se aproxima de outros centros de poder e cada vez mais o imperativo da Soberania exigirá novas parcerias.
Com chineses, russos, sul-americanos e africanos.
O Brasil é bi-oceânico.
Do lado Leste tem petróleo.
Do lado Oeste tem comida – clique aqui para ler sobre a viagem do ansioso blogueiro a Mato Grosso, a melhor agricultura do mundo .
Faltam-lhe caças, submarinos, satélites, foguetes, mísseis.
Uma nova Defesa, que defenda o interesse nacional brasileiro com um poder dissuasório arrasador.
Não vem que não tem !
Essa é uma nova etapa inevitável, que o leilão de Libra – e a oposição a ele – ressalta.
E a turma da Big House começa a intuir, a desconfiar.
Que não adianta mais saber a diferença a Rive Gauche e a Avenue Foche.
Entre a Quinta e a Sexta Avenida …
Por isso são xenófobos – desde que, diante dos americanos, possam, obsequiosamente, tirar os sapatos.
Eles já perceberam que a Dilma não tira.
Daí, a fúria.
 Paulo Henrique Amorim

Para quem apostou que o leilão do Campo de Libra seria um fracasso, o resultado é humilhante

Os críticos do pré-sal saíram do leilão em posição difícil.

Ao contrário do que sustentaram nas últimas semanas, duas empresas privadas de porte – a Shell e a Total – assumiram um papel relevante no consórcio, equivalente a 40 % de participação.

Para quem garantia que o leilão seria um fracasso porque só seria capaz de despertar o interesse de duas estatais chinesas, dado que por si só deveria ser visto como um desastre inesquecível, o resultado é um saldo humilhante.

A participação somada de duas estatais de Pequim, que dirige a economia que mais cresce no planeta, equivale a parcela assumida por apenas uma das multinacionais europeias.

Para quem avalia o sucesso e o fracasso de qualquer negócio pelo critério ideológico do privatômetro, o saldo é deprimente.

De cada 100 dólares extraídos do pré-Sal, a União irá receber, por caminhos diversos, um pouco mais do que 75%. É o caso de perguntar: os críticos estavam infelizes por que acham pouco? Ou acham que é muito?

Você decide.

O mesmo se pode dizer da crítica ao método de partilha do Pré-Sal. Não faltaram observadores para dizer que ele se mostrou pouco adequado em relação a leilões convencionais. Como a partilha foi criada pelo governo Lula e aprovada pelo Congresso, podemos imaginar aonde se quer chegar.

O argumento contra a partilha é que nas outras vezes, apareciam mais empresas interessadas.
Mas, lembrando que não há petróleo grátis é sempre bom questionar. Havia mais concorrentes porque se oferecia um bom negócio para o país ou porque se oferecia o ouro negro na bacia das almas?

Será que a lei da oferta e da procura só funciona para provar as teses que nos agradam?

Claro que é possível ouvir um murmúrio clássico, aquele que consiste em falar que “poderia ter sido melhor”.

O problema é que essa é uma expressão faz-tudo, que se podemos empregar para falar do restaurante em que fomos ontem, do serviço da TV a cabo, e também para a cobertura da mídia no pré-Sal, não é mesmo?

Na prática, o saldo do leilão confirmou duas coisas. De um lado, o imenso desconhecimento de supostos especialistas sobre o mais volumoso investimento da história do país.

De outro lado, o episódio demonstrou uma opção preferencial por subordinar uma análise objetiva da realidade a interesses políticos.

Esta opção ajuda a entender a cobertura levemente simpática aos protestos realizados contra o leilão. Valia tudo para atrapalhar, até pedir ajuda a filhos e netos de manifestantes que, em 1997, quando ocorreu a privatização da Vale do Rio Doce, foram tratados como uma combinação de criminosos comuns e esquerdistas ressentidos.

Por mais que o debate sobre os rumos da exploração do petróleo tenham toda razão de ser, e não possa ser realizado de forma dogmática nem simplória, essa postura amigável de quem sempre jogou na força bruta não deixa de ser sintomática.

Não era a privatização da Petrobras que estava em jogo, embora sempre se procure confundir as coisas, num esforço para contaminar o debate político possível de nosso tempo com um certo grau de cinismo universal.

Promovido na pior crise da história do capitalismo depois de 1929, o que se pretendia no leilão era reunir meios e recursos para permitir a economia respirar, numa conjuntura internacional especialmente adversa. Quem conhece a história das crises do século XX sabe que há momentos que inspiram mudanças de rumo e orientação que não fazem parte dos manuais e cartilhas.

Com todas as distancias e mediações, pergunto se não seria o caso de pensar na NEP iniciada por Lenin, na Russia, procurando atrair investimentos externos de qualquer maneira?

Realizado um ano antes da eleição presidencial de 2014, o leilão de Libra foi uma batalha política.

Partidários de uma abertura paraguaia aos investimentos externos, típica de países que não possuem base industrial nem um patrimônio tecnológico em determinadas áreas, tudo o que se queria era condenar o governo Dilma por “afugentar investidores,” o que ajudaria a sustentar um argumento eleitoral sobre o crescimento de 2,5% ao ano – número que ainda assim está longe de ser uma barbaridade na paisagem universal, vamos combinar.

Em tom pessimista, poucas horas antes da batida de martelo, um comentarista deixou claro, na TV, que seria preciso esperar uma vitória da oposição, em 2014, para o país corrigir os problemas que tinham gerado um fracasso tão previsível.

O saldo foi oposto. Os investimentos vieram, em larga medida serão privados, como a oposição fazia questão. Estes recursos irão gerar empregos, encomendas gigantescas em equipamentos e, com certeza, estimular crescimento e a criação de postos de trabalho.
Medido pelos próprios critérios que a oposição havia formulado quando passou a divulgar a profecia de fracasso, o leilão foi um sucesso.

A derrota foi política
Paulo Moreira Leite

Campo de Libra e os delirios de José Serra

Vamos rir um pouquinho das besteiras que o jênio escreveu sobre o leilão?
O comentário [em colchetes] é de Rafael Patto. 

Divirta-se:

O que norteou o leilão do Campo de Libra

O que norteou o projeto foi a percepção de que as riquezas do pré-sal se constituíam em um risco ou uma oportunidade para o país.
Risco se o país se deixasse contentar apenas com a receita petrolífera.
A oportunidade consistiria em utilizar o pré-sal para desenvolver a indústria nacional e criar uma competência interna no mercado de águas profundas; e para gerar recursos para áreas centrais de cidadania, como a educação.
***
Para atingir esses objetivos, foram criados diversos mecanismos:
1.     O sistema de partilha, pela qual o Estado participará diretamente da receita auferida com a exploração dos poços.
2.     A criação de uma empresa à parte, a Pré-Sal Petróleo, para administrar os contratos de partilha e receber a parcela da União, seguindo o modelo norueguês.
3.     Percentuais de conteúdo nacional na construção das plataformas.
4.     A operação sendo exclusivamente da Petrobras, para garantir o pleno domínio sobre as informações e sobre a produção.
5.     A garantia legal de que a maior parte da receita dos campos licitados será aplicada em educação.
O que norteia as críticas 
Do mercado, partiram as críticas de que as restrições afastariam os grandes players internacionais, reduzindo a competição e os lances pagos. Para se obter o lance máximo, teria que se abrir mão de todos os princípios originais. Para se manter os princípios originais, teve que se abrir mão de um pagamento maior.
Portanto, foi uma questão de escolha.
Os concorrentes – Petrobras, Shell, Total, CNPC e CNOOC – juntaram-se em um único consórcio e deram o lance mínimo, oferecendo 41,67% à União. Outros 40% do capital são da Petrobras. Tecnicamente, 81,67% do petróleo extraído ficarão com o país.
***
Houve críticas e interpretações algo desconexas. De um lado julgou-se que a preponderância de empresas chinesas marcariauma nova postura geopolítica nacional. Falso! As razões foram puramente comerciais.
Na outra ponta, a interpretação de que, sendo empresas estatais, o estado chinês poderia atropelar contratos com o Brasil. Conspiração por conspiração, os Estados Unidos já montaram diversas operações no Oriente Médio para defender suas petrolíferas.
Onde está o problema?
A operação será toda da Petrobras. Os sócios entraram apenas com capital. Havia dificuldade da Petrobras se endividar mais, para assumir sozinha a operação. Mas a própria Pré-Sal Petróleo poderia ser capitalizada, entrando como investidora.
Este ano, a União enfrenta restrições fiscais momentâneas. Superadas, a exploração de Libra poderia ter sido exclusivamente da Petrobras.
Serão 35 anos de exploração do campo. Internamente, na Petrobras, admite-se que as reservas poderão ser superiores aos 8 a 12 bilhões de barris anunciados.
Nas últimas três eleições, a Petrobras foi o mais eficaz argumento brandido pelo PT. A ponto de, em 2006, o candidato Geraldo Alckmin ter se fantasiado com camiseta de estatais para deter os boatos de que privatizaria as empresas.
Em 2014, o governo terá que encontrar outro discurso.

Parafraseando Eduardo Guimarães

Estão dizendo que Dilma/Lula/PT estão doando, presenteando as petroleiras com o Campo de Libra. 
Repsol acaba de esnobar o presente.
Outras grandes petroleiras também esnobaram, o presente. 
Poderiam os que são contra o leilão me explicar o por que dessa esnobação?

Sei não, mas tem alguma coisa fora do lugar...

Sempre por trás de guerras patrocinadas pelo EUA para se apossar de petroleo de outros países, estão as petroleiras.

Aqui, agora no Brasil, estamos doando a maior reserva de petróleo do mundo e elas não aceitam.

Estranho, muito estranho.

Esse comportamento atípico delas, teria a ver com a China estar receptiva a receber o "presente"?...

Chora tucanalhada


Tô achando super pitoresco ver os setores mais anti-nacionalistas, mais lacaios e entreguistas ficarem aí posando de defensores do interesse nacional. Gente irresponsável, que arruinou com o nosso país, que levou o Brasil à falência, que nos endividou e que se desfez de todo o patrimônio público construído pelo povo brasileiro ao longo de décadas e décadas de suor e trabalho, agora se diz preocupada com o futuro do Brasil. hahahaha

Mais pitoresco ainda é ver setores da esquerda serem arrastados por essa enxurrada de mentira e desinformação.

O leilão de Libra, diferentemente da pouca-vergonha tucana que fhc aprontou no passado, não representa perda nenhuma de patrimônio nacional.

Uma comparação básica: por obra do desmonte do Estado brasileiro operado por fhc, com a PRIVATARIA da Vale do Rio Doce, hoje a China compra o minério de ferro brasileiro a US$ 140/150 a tonelada. E vende trilhos ao país a US$ 850 a toneladas, para abastecer um plano de expansão da malha ferroviária de 10 mil km, até 2020.

Ou seja, aquela escolha irresponsável e mal-intencionada lá atrás nos causa hoje um prejuízo enorme. Lá atrás, os tucanalhas não se preocuparam com o futuro do Brasil. E hoje que esse futuro chegou nós ainda estamos pagando as contas daquele desastre.

Com a regra de partilha do pré-sal é absolutamente diferente. O consórcio que deverá ser estabelecido hoje entre Brasil e China promete ser um dos fatos comerciais mais importantes do mundo nesses tempos. Brasil e China unidos na exploração de uma das maiores reservas de petróleo do planeta representa o fortalecimento dos BRICs e um ainda maior isolamento dos Estados Unidos. Quer dizer, é uma costura interessantíssima de uma parceria estratégica alternativa à que os Estados Unidos tentaram nos impor. Sairemos ainda mais robustecidos desse leilão porque, ao invés de nos anularmos perante os interesses do mercado internacional, estabeleceremos parcerias estratégicas, das quais seremos protagonistas.

Chora tucanalha!!!

Mais um ótimo texto de Rafael Patto

Adiar o leilão de Libra pra que?


Pra quando?

Pra depois de 2014, na expectativa de que possa acontecer um retorno da direita ao poder e, assim, esse leilão se realizar num contexto entreguista?

Os ciclos do ouro, do café, do açúcar e da borracha não nos deixaram nada. Esse país viu suas riquezas naturais serem exploradas até se exaurirem e nada foi construído com todo o dinheiro que se produziu por meio dessa exploração. Querem repetir isso com o petróleo? Com o pré-sal?

Sou um leigo em matéria de petróleo, mas tenho um entendimento minimamente suficiente para compreender que esse líquido preto e viscoso é cobiçado por todo o mundo e é de interesse estratégico fundamental para a economia global. Falar das reservas do pré-sal é falar de um dos aspectos top da geopolítica do nosso tempo.

Eu sempre lamentei muito o fato de ser muito jovem e politicamente cru à época da privataria da Vale do Rio Doce. Lamento não ter podido e sabido lutar contra aquele crime que fhc cometeu contra o nosso país e a nossa soberania. Lamento não ter ido às ruas. Lamento. E sempre disse que, se algo parecido com aquilo se repetisse, eu não deixaria de fazer tudo o que naquela oportunidade eu não fiz. Repito, sou leigo em matéria de petróleo, mas as informações que tenho colhido com pessoas que estudam isso há muito tempo, têm me levado a considerar razoável apoiar o leilão marcado para segunda-feira. Além disso, há também a confiança que tenho na minha Presidenta. Conheço a Sra. Dilma Vana Rousseff. Conheço sua trajetória política, sua biografia impoluta. Conheço seu nacionalismo. Uma mulher que lutou contra a ditadura, que militou ao lado de Brizola, que ajudou Lula a elevar o Brasil a um outro patamar na cena mundial, não faria nada que pudesse ser prejudicial aos interesses do nosso país e do nosso povo.

Foi fhc quem acabou com o monopólio da Petrobras na exploração do petróleo nacional. Quem arreganhou as pernas do Brasil foram os tucanos. Lula, com Dilma na Casa Civil, instituiu o regime de partilha, que assegura à nossa Estatal participação em todos os consórcios que se habilitem por meio de processo licitatório. Isso faz muita diferença. Sem falar que uma empresa 100% estatal, a Pré-Sal Petróleo S.A., a PPSA, será criada para representar o governo federal na gestão do contrato, com voto de minerva e poder de veto. Ou seja, não há argumento para fundamentar a tese de que esse leilão fere o interesse nacional ou coloca em xeque nossa soberania. As coisas estão bem amarradas.

Claro que gostaríamos de não precisar atrair parcerias estrangeiras para essa mega empreitada da exploração do pré-sal, mas eu desconheço uma petroleira no mundo que seja capaz de arcar solitariamente com os custos dessa operação gigantesca. (Estamos falando de um dispêndio de aproximadamente 100 bilhões de dólares, em cinco ou seis anos. Quem banca???). A Petrobras precisa dessas parcerias que se formalizarão por meio dos leilões porque o investimento é altíssimo e o retorno não é imediatíssimo. Ou seja, há uma grande descapitalização inicial antes de se auferir os lucros que virão. E como virão... A educação e a saúde públicas do nosso país agradecerão. Quem viver verá.

Rafael Patto
Desde já agradeço a todos que compartilharem a postagem. Obrigado!