Cuidado, a inveja não mata... Mas, maltrata

Meus amigos eleitores tucanos estavam meio de ponta na manhã de ontem, ao tomarem conhecimento do acordo histórico intermediado pela diplomacia brasileira no Irã, com o apoio da Turquia. 


Acredito que o mesmo sentimento domina a maioria dos membros do PSDB e também do Democratas, não que sejam contra a paz mundial, como os fabricantes de armas, a maioria deles estabelecidos nos Estados Unidos.

O problema deles é um nome próprio de apenas quatro letras: Lula. 



Trata-se de um misto de rancor e despeito, que deve fazer um mal enorme.

Dilma à frente

Quando um dia destes instituto de pesquisa quebrou a unanimidade da categoria e mostrou superioridade eleitoral da candidata Dilma Rousseff, o PSDB o processou na Justiça Eleitoral. 


Como ele podia dar aquele resultado, se os outros institutos estavam duramente empenhados no "já ganhou" de José Serra


Agora é o Sensus que atesta que o prestígio da candidata do PT está bem acima do prestígio do tucano paulista. 


É hora de o PSDB processar tal instituição.

O Ceará bateu novo recorde no número de transplantes

O Estado do Ceará fechou o primeiro trimestre de 2010 entre os dez do Brasil que mais realizaram transplantes. De 11,3 doadores por milhão de habitantes, em 2009, o Ceará pulou para 19,1, em 2010. Só este ano foram realizados 315 transplantes até agora. Fazendo um comparativo com o primeiro trimestre do ano passado, o Estado teve 21 doadores, enquanto que nos três primeiros meses de 2010, foram 40.

Do total de transplantes realizados em 2010, 160 foram de córnea, 84 de rim, 45 de fígado, nove de coração, cinco de medula óssea e três de pâncreas. Já no primeiro trimestre deste ano, o Ceará realizou 127 de córnea, 35 de fígado e 61 de rim. No mesmo período de 2009 foram realizados 119 transplantes de córnea, 17 de fígado, sete de coração e 48 de rim.

No entanto, ainda existem 1.233 pessoas na fila de espera em todo o Estado. Desse total, 727 pacientes esperam por córnea, 270 por rim, 196 por fígado, 34 por medula, quatro por coração e dois por pâncreas.

Segundo a coordenadora da Central de Transplantes do Ceará, Eliana Barbosa, a procura maior é por córnea porque coração, fígado, pulmão e rim são órgãos que necessitam do diagnóstico de morte encefálica, que representa de dez a 15% dos óbitos. "As doações se tornam mais difíceis nesse caso porque é preciso fazer duas avaliações clínicas por médicos diferentes, sendo um neurologista, além de um exame complementar para mostrar ausência do fluxo cerebral", explicou. Continua>>>

Fundamentalismo do pig contra Lula e o Irã

Sem nenhum pudor nossa midia continua sua cruzada contra o Irã. Até parece a FOX americana. Não importa que Israel tenha armas nucleares, que o Paquistão e a Índia não só tenham  como para isso recebam apoio e assistência técnica dos Estados Unidos. O que interessa é diminuir o acordo e o papel do presidente Lula. Para a imprensa brasileira o presidente da República tem que fracassar. Obrigatoriamente na concepção e torcida dela. É tudo muito pequeno e para fins internos e eleitoreiros. Uma tristeza, uma mediocridade da imprensa e um papel lamentável o de muitos jornalistas, que mentem descaradamente para o leitor, o telespctador  e o ouvinte com a maior desfaçatez, escondendo fatos e realidades. Continua>>>

A guerra de sempre

Mauricio Dias
 Nestas horas o partido da mídia brasileira torna-se exército contra Dilma, como foi contra Lula 

Não há nessa afirmação nenhuma surpresa. Foi assim nas cinco eleições diretas anteriores, após o ciclo militar, marcadas por uma constante: a presença do PT na disputa com um candidato competitivo.

Esse é o fator que tem desequilibrado o jornalismo brasileiro no momento do mais importante ritual das democracias políticas.

Recentemente, o deputado Cândido Vaccarezza, líder do governo na Câmara, propôs, esperançoso, a criação de um “conselho de autorregulamentação”, com o objetivo de obter “um equilíbrio no comportamento da mídia”.

“Isso impede a partidarização ou cobertura dirigida, principalmente quando o processo eleitoral é polarizado”, observou o parlamentar.

Não há conselho igual a esse em lugar nenhum do mundo. É verdade. Mas, também, em lugar nenhum do mundo vinga uma mídia – jornal, revista, radio e televisão – dirigida por uma única orientação: o candidato do PT não pode vencer.

Não se trata aqui de contestar posições políticas mais ou menos conservadoras de todos os grandes veículos de comunicação. Mas, sim, de lamentar a inexistência de pluralismo de informação, da diversidade de opinião que permita ao leitor julgar, avaliar e decidir.
Seria possível repetir o que Annita Dunn, diretora de Comunicações da Casa Branca, disse sobre a Fox News: “Ela opera praticamente (...) como o setor de comunicações do Partido Republicano”.

A senhora Dunn chora de barriga cheia. Lá, bem ou mal, existe diversidade. Por aqui a imprensa brasileira, como admitiu Judith Brito, presidente do Conselho Nacional de Jornais (CNJ), está “tomando de fato a posição oposicionista, já que a oposição está profundamente fragilizada”.

Essa afirmação leva água para o moinho daqueles que, crentes no discurso da isenção e da imparcialidade, chegam à beira de um compreensível desespero e a um passo de injustificáveis reações autoritárias. A proposta de monitoramento da imprensa é uma delas.
“Há certa resistência, da parte dos jornalistas, em admitir a legitimidade da análise de mídia. Ainda são poucos os observatórios e analistas, e os próprios meios dedicam pouco espaço ao tema, as exceções confirmando a regra pelo barulho que provocam – como foi o caso da reportagem de CartaCapital sobre o episódio da divulgação das fotos do dinheiro apreendido pela Polícia Federal, em 17 de outubro.” Essa é a constatação do estudo sobre a imprensa nas eleições de 2006, feito pelo Instituto Doxa, do Iuperj, sob orientação do cientista político Marcus Figueiredo.

Naquele ano, em busca da reeleição, Lula enfrentou um problema que Figueiredo aponta com coragem e clareza: “Os grandes jornais de circulação nacional, no Brasil, adotam um híbrido entre os dois modelos de pluralismo: formalmente, no discurso ético de autoqualificação diante dos leitores, procuram associar-se aos conceitos e rituais de objetividade do jornalismo americano, como é possível constatar nos slogans, diretrizes oficiais, manuais de redação, cursos de jornalismo. No entanto, na produção do impresso diário, o que vimos são diferenças no tratamento conferido aos candidatos, de amplificação de certos temas negativamente associados a Lula, contraposto à benevolência no tratamento de temas espinhosos relacionados aos seus adversários”.

E tudo tende a se repetir, em versão piorada e ampliada, com Dilma Rousseff na medida em que a eleição de 2010 se avizinha. 

O enriquecimento da Dilma

Vejam no texto abaixo o que realmente "enriquece", uma candida. E mais abaixo se divirtam com uma charge do Dálcio.




O Brasil criou 305.068 empregos em abril, fechou o primeiro quadrimestre com 962.327 novos postos de trabalho e deve gerar, ao longo do ano, 2,5 milhões de empregos.
        “Com base nos dados reunidos até agora, passo a prever que o Brasil vai gerar 2,5 milhões de novos empregos em 2010, e não os 2 milhões previstos no início do ano. Ainda temos muito para crescer, porque a capacidade de produção está em torno de 82%”, resumiu ontem o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, ao divulgar os dados de abril e do primeiro quadrimestre do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
      O desempenho do mercado de trabalho no mês passado foi o melhor já registrado em abril, assim como o dos primeiros quatro meses do ano foi o melhor para o período. Entre os resultados mensais apurados em toda a história do Caged, só o de junho de 2008 superou o de abril de 2010. Além disso, o número de empregos com carteira assinada gerados no primeiro quadrimestre do ano – mais de 962 mil – foi equivalente ao registrado em todo o ano passado.
        Os setores que mais criaram empregos em abril foram Serviços (96.583), Indústria de Transformação (83.059), Comércio (40.725), Agricultura (38.951) e Construção Civil (38.418).
    Dos 25 subsetores da economia, 13 registraram recordes. As safras de cana-de-açúcar e café no Sudeste e os investimentos públicos em infraestrutura, em todo o Brasil, promoveram resultados recordes para Agricultura e Construção Civil. Em todas as regiões houve crescimento do emprego, com saldos recordes para o Sul (53.363) e o Centro-Oeste (31.498). E vinte e quatro estados apresentaram elevação no emprego formal, com 12 deles registrando saldos recordes.

UMA VITÓRIA INEGÁVEL


por Carlos Chagas
Depois de estar perdendo no primeiro tempo, o presidente Lula virou o jogo e ganhou a partida, nas planícies do Irã. Se vai conquistar o campeonato, fica para depois, mas a vitória foi tão promissora quanto surpreendente.

O país dos aiatolás negou mas acabou aceitando fazer na Turquia a troca de combustível nuclear. Mandará 1.200 quilos de urânio de baixo enriquecimento e receberá, no prazo máximo de um ano, 120 quilos  enriquecidos a 20%, sob supervisão da Agência Internacional de Energia Atômica.

Resta saber se a comunidade das potências nucleares abandonará a postura de  má-vontade, aceitando o acordo capaz de evitar sanções econômicas já preparadas há meses. Em  uma semana o Conselho de Segurança das Nações Unidas decidirá.

Indaga-se qual a tática utilizada pelo presidente brasileiro para dobrar a intransigência  do presidente Ahmadinejad. Não terá sido pela promessa de financiar um bilhão de euros para o Irã importar nossos alimentos.  Nem soja,  nem arroz, nem jaboticabas conseguiriam tanto. Mais provável é que o Lula tenha lembrado ao anfitrião  a sombra iminente  de uma conflagração que o Brasil não teria condições de evitar. De qualquer forma, registrou-se  sucesso onde o fracasso  parecia certo, depois de 18 horas de diálogo ininterrupto em Teerã, de  domingo para segunda-feira. 

Há quem desconfie que os iranianos conseguiram ganhar tempo,  persistindo  na intenção de fazer a sua bomba atômica, pois mantiveram a disposição de não aceitar que  suas usinas nucleares sejam fiscalizadas.

O episódio revela algumas novidades, além da evidência de que o Brasil entrou com sucesso nas negociações do clube das nações influentes do planeta. Não fosse a ação do presidente Lula e o impasse continuaria, próximo até de uma ação militar dos Estados Unidos  contra o Irã.

Mas tem mais. Ficou claro que a Turquia, aceitando enriquecer urânio iraniano,  também dispõe de condições para fazer sua bomba atômica, ainda que seu governo tenha assinado todos os tratados de não proliferação de  armas nucleares e não demonstre estar trabalhando em silêncio.

Também é óbvio que o Irã,  podendo dispor de 1.200 quilos de urânio para enviar à Turquia, terá muito mais do que o dobro em seus arsenais.

Outra conclusão a tirar refere-se à postura das potências nucleares:  continuarão arreganhando os dentes para o governo de Ahmadinejad, lembrando a fábula do lobo e do cordeiro, ou descobrirão que debaixo da pele deste permanecem garras e presas daquele?

Em suma, tratou-se do mais arriscado lance de nossa política externa, nas últimas décadas. Desde que o general Ernesto Geisel assinou o acordo nuclear com a Alemanha e rompeu tratados militares com os Estados Unidos que não se via coisa igual. E permanece, no fim das contas, aquela velha pergunta: se eles podem, porque não podemos nós?