Campanha eleitoral


TEMPO DE TV É COMO COMIDA E BEBIDA: EM EXCESSO FAZ MAL!
  
1. Tempo de TV é importante. A razão é que o eleitor difuso acha que quem não tem tempo de TV é porque é candidato sem chance. O voto útil esvazia as candidaturas com muito pouco tempo de TV.
  
2. Nos últimos anos, o uso da TV -em campanha ou fora dela- perdeu o impacto que tinha até 2002. Até nos EUA os clássicos comerciais eleitorais já não têm mais o impacto de antes. Não impactam, mas dão informações básicas: quem são os candidatos e qual são as agendas que destacam.
   
3. Ter muito, muito tempo de TV é um risco. Não ter tempo induz o eleitor difuso a achar que não tem chance. Porém, ter tempo demais leva o eleitor a achar que o candidato é rico e prepotente e não quer dar espaço aos demais. Não é fácil administrar tanto tempo. Basta pensar o que é um bloco do Jornal Nacional e sua diversidade.
   
4. E há um fator a mais, e esse comprovado, que se repete. Quando um candidato tem tempo de TV no primeiro turno maior que o tempo que terá no segundo turno -ou seja- maior que 10 minutos, a derrota no segundo turno é garantida.
    
5. Explica-se. Suponhamos um candidato com 12 minutos de tempo de TV no primeiro turno e que passa para o segundo turno com um concorrente que teve no primeiro turno metade ou menos de seu tempo de TV. No segundo turno, o tempo do primeiro candidato diminui. E o do segundo candidato cresce explosivamente, dobrando ou mais.
    
6. A sensação do eleitor difuso é que o primeiro perdeu força, desinflou e que o segundo está crescendo, crescendo, está muito forte e vai ultrapassar. É a sensação de uma atropelada incontornável em corrida de cavalo. E o locutor vibra e antecipa a vitória.
    
7. No Rio, em eleições de prefeito, isso ocorreu em 1996 e 2000. Em 1996, no primeiro turno, com o crescimento do adversário, o líder destacado resolveu mudar a agenda e administrou mal seu tempo de TV. O segundo ultrapassou. Mas no segundo turno, com a inversão de tempo, o segundo disparou.  Em 2000, no primeiro turno, o líder abriu frente 15 pontos e manteve essa frente em 11 pontos. Mas, no segundo turno, aberto com 15 pontos-Ibope de vantagem, com a queda de seu tempo e a quintuplicação do tempo de seu concorrente, esse fez uma "atropelada" sustentada até ultrapassá-lo quase em cima do laço.
     
8. Moral da História. Tempo de TV no primeiro turno acima do tempo de TV do segundo turno é derrota certa para quem tinha esse latifúndio no primeiro turno. E o adversário nem precisa se movimentar muito: sua "atropelada" será inexorável. E o eleitor difuso muda de lado em razoável proporção e faz um novo voto útil. Ou ganha no primeiro ou perde no segundo.

por Cesar Maia

A mania de diminuir o Brasil

[...] só pode ser medo de um grande país dar certo, o que, em muitos aspectos já está acontecendo

por Guilherme de Aguiar Patriota, Chanceler e integrante da Assessoria Especial da Presidência da República.

“O derrotismo encontrou até acolhida teórica na formulação de que o país "não possui excedente de poder" e, portanto, não pode aspirar a objetivos fora do fácil alcance das mãos.

Essa tese predestina o quinto maior país do mundo - hoje sexta economia - a um desígnio de perpétuo alinhamento aos mais fortes, numa versão diplomática do mal-afamado complexo de vira-lata.

Verificamos ser necessário que uma estrangeira (Julia Sweig, do Conselho de Relações Exteriores dos EUA) nos ajude a interpretar de forma mais sofisticada e, ouso dizer, positiva, o episódio da suspensão do Paraguai do MERCOSUL e da incorporação da Venezuela ao bloco. Essa última iniciativa vinha se arrastando por vários anos. Os termos da acessão já haviam sido negociados e firmados no mais alto nível pelos chefes de Estado dos quatro membros do MERCOSUL e do país entrante. A plena incorporação da Venezuela ao MERCOSUL - não custa lembrar -foi ratificada pelos poderes legislativos dos países que ainda conservam sua plenitude democrática intacta no âmbito do agrupamento subregional.

A angústia antecipatória com o êxito também se voltou contra a "Rio+20", declarada um fracasso ab initio por Exército de "especialistas", muitos querendo acoplar à maior conferência da história das Nações Unidas suas respectivas agendas políticas paroquiais.

Pouco importa o fato de a organização do evento ter sido impecável. Foram 17 mil inscritos na "Rio-92"; 48 mil na "Rio+20" - eventos de dimensões incomparáveis.

O resultado espetacular para padrões da ONU não parece encontrar eco entre aqueles que apostavam ideologicamente no fracasso. O país anfitrião convenceu (não pela força ou malícia, mas pelo talento de seus diplomatas) 192 Estados membros a aprovarem por aclamação um documento de 49 páginas, 283 parágrafos, que versa sobre praticamente todos os temas da agenda internacional. Não se produziram tratados. Mas, para quem lida com o multilateralismo, uma visão de futuro consensual vale mais do que compromissos pontuais juridicamente vinculantes.

O Brasil incorporou ao consenso sua visão de como estabelecer um círculo virtuoso entre crescimento econômico, inclusão social, e proteção do meio ambiente. Muitos franziram a testa porque o documento não consagrou o caminho das "soluções de mercado". Não se criou mais um fundo assistencialista, ou uma nova agência especializada da ONU - como se resolvessem.

Finalmente, temos os órfãos dos acordos de livre comércio assimétricos, utilizados para promover a abertura unilateral de mercados em países em desenvolvimento. A obsessão por tais acordos não está em sintonia com o mundo pós-Lehman Brothers, sujeito a manipulações cambiais, a afrouxamentos quantitativos trilionários e ao protecionismo do mais forte.

Surpreende que ainda existam pessoas que prefiram reduzir tarifas a reduzir pobreza. Na atualidade da crise, os regimes de comércio têm de levar em conta equilíbrios mais amplos de fatores. É necessário pensar em integração de cadeias produtivas, geração de demanda e empregos, segurança alimentar e energética, acesso à tecnologia e ao conhecimento, produtividade e sustentabilidade. É preciso entender que o dinamismo econômico migra dos países ocidentais desenvolvidos para conjunto cada vez mais assertivo de países em desenvolvimento em processo de expansão quantitativa e qualitativa.

De minha parte, capto ao menos um consenso positivo entre os analistas nacionais: o reconhecimento de que o peso e a projeção do Brasil se alçaram a níveis nunca antes vistos na história deste país.

Tenho orgulho do quanto o país avançou nos meus quase 30 anos de carreira. A complexidade dos desafios, a densidade de nosso papel e as responsabilidades que assumimos não têm nível de comparação com o universo mais simples da diplomacia menos arrojada de antanho. Felizmente, a liderança brasileira de hoje não sofre de vertigem.”

Suflê de chocolate meio amargo

Ingredientes

  • 200 gramas de chocolate meio amargo
  • 200 gramas de manteiga 
  • 4 gemas de ovos
  • 200 gramas de açúcar
  • 4 claras de ovos em neve


Como fazer
Derreta o chocolate com a manteiga em banho-maria. Bata as gemas com o açúcar até obter uma mistura leve e fofa. Quando a mistura de chocolate e manteiga estiver fria, adicionar à mistura das gemas.  Por último,adicionar as claras misturando delicadamente. Assar em forno quente por 45 minutos.

Editora Abril, Policarpo e Cachoeira um trio afinado


O blog reproduz trechos de áudio da Operação Vegas que comprovam a íntima relação do diretor da Veja, Policarpo Junior, com o Carlinhos Cachoeira.


Socialismo, o que é isso?

[...] O socialismo é uma doutrina totalmente triunfante no mundo. E não é paradoxo. O que é o socialismo? É o irmão-gêmeo do capitalismo, nasceram juntos, na revolução industrial. É indescritível o que era a indústria no começo. Os operários ingleses dormiam debaixo da máquina e eram acordados de madrugada com o chicote do contramestre. Isso era a indústria. Aí começou a aparecer o socialismo. Chamo de socialismo todas as tendências que dizem que o homem tem que caminhar para a igualdade e ele é o criador de riquezas e não pode ser explorado. Comunismo, socialismo democrático, anarquismo, solidarismo, cristianismo social, cooperativismo… tudo isso. Esse pessoal começou a lutar, para o operário não ser mais chicoteado, depois para não trabalhar mais que doze horas, depois para não trabalhar mais que dez, oito; para a mulher grávida não ter que trabalhar, para os trabalhadores terem férias, para ter escola para as crianças. Coisas que hoje são banais. Conversando com um antigo aluno meu, que é um rapaz rico, industrial, ele disse: “o senhor não pode negar que o capitalismo tem uma face humana”. O capitalismo não tem face humana nenhuma. O capitalismo é baseado na mais-valia e no exército de reserva, como Marx definiu. É preciso ter sempre miseráveis para tirar o excesso que o capital precisar. E a mais-valia não tem limite. Marx diz na “Ideologia Alemã”: as necessidades humanas são cumulativas e irreversíveis. Quando você anda descalço, você anda descalço. Quando você descobre a sandália, não quer mais andar descalço. Quando descobre o sapato, não quer mais a sandália. Quando descobre a meia, quer sapato com meia e por aí não tem mais fim. E o capitalismo está baseado nisso. O que se pensa que é face humana do capitalismo é o que o socialismo arrancou dele com suor, lágrimas e sangue. Hoje é normal o operário trabalhar oito horas, ter férias… tudo é conquista do socialismo. O socialismo só não deu certo na Rússia. Leia mais>>>

Crença e teimosia

Uma coisa é certa, o ser humano é capaz de acreditar em qualquer coisa e também não acreditar em coisa alguma.

Tinha uma parenta minha que quando em crise dizia a meu avô que fazia 3 dias que estava morta - ela acreditava nisso -, meu avô insistia em dizer que ela estava viva...

Pois não é que tem pessoas que vivem me dizendo que a mais de 2.000 anos atrás Jesus Cristo morreu para me salvar. E não adianta eu dizer que eu ainda nem tinha nascido, eles continuam dizendo que isso é a mais pura verdade.

Afff, discuto mais com essa gente não. Apartir de agora vou confirmar que tenho 2012 anos.




A VITÓRIA DA EDUCAÇÃO

 por Delúbio Soares 

Já lá se vão mais de três décadas que, como professor e estudioso do tema, acompanho a educação em nosso país. Suas potencialidades, suas deficiências, seu inestimável papel no desenvolvimento nacional e na transformação positiva da vida dos brasileiros. Nas salas de aula, como aluno ou já no magistério, vivi a educação e pude aquilatar sua importância. E não vejo outro caminho melhor para o futuro do Brasil do que ela.

 Em meados da década de 70, já empenhado na luta sindical, aprofundei ainda mais meus conhecimentos na questão educacional, presenciando a falência do modelo excludente e autoritário imposto pelo regime militar pós-64. Um sistema falido por antecipação vigiria por quase duas décadas: ensino de qualidade inferior e para muito poucos, universidade para a elite, professores desvalorizados e mal remunerados, imensa proliferação de instituições privadas de ensino, etc... E, acima de tudo, instrumentos de intimidação e repressão à via acadêmica, como os decretos 477 e 228, verdadeiros AI-5 da educação, levando o terror para as escolas e universidades, semeando o medo entre os estudantes, pairando como uma ameaça permanente aos docentes, inibindo a renovação, a criação e o talento.

 No país de geniais educadores e cientistas como Anísio Teixeira, Josué de Castro, César Lattes, Paulo Freire, Milton Santos e Darcy Ribeiro, de magistério com larga tradição de competência e imensa devoção, a ditadura esmerou-se em castrar brilhantes carreiras acadêmicas, despachando para o exílio mestres e cientistas, cassando cátedras, empobrecendo a educação e o país, baixando flagrantemente a qualidade de nosso ensino enquanto bania a política estudantil e perseguia com violência as lideranças que brotavam. Quando pior, impossível.

 Findo o período autoritário, com a abertura democrática em 1985, muito pouco se fez pela melhora da educação, sem dado algum que mereça ser exaltado, a não ser a natural oxigenação propiciada pela liberdade e alguns experimentos válidos em umas poucas universidades ou escolas aqui e acolá. Porém, no geral, tudo como dantes no quartel de Abrantes.

 Em 2004, quando o Brasil já dava seus primeiros passos após o duro ano de 2003, quando o presidente Lula arrumou a casa e iniciou o mais fértil período social, político e econômico de nossa história, dá-se início a uma verdadeira revolução em nossa vida educacional, com o nascimento do Programa Universidade Para Todos, o Pro-Uni. De forma pioneira, intimorata, com a ousadia necessária aos países e povos fadados ao sucesso, o governo Lula inova ao abrir as portas das universidades à grande massa da população, possibilitando a chegada de filhos de famílias pobres à instituições de ensino privadas.

 De 2004 até os dias de hoje, milhões de estudantes buscaram no Pro-Uni a sua grande chance. Em janeiro passado, O número de inscrições chegou a mais de 1 milhão 202 mil, disputando as 195.030 bolsas — 98.728 integrais e 96.302 parciais, de 50% da mensalidade — em 1.321 instituições de ensino superior particulares, entre universidades, centros universitários e faculdades. E, ressalte-se, são os números do primeiro trimestre de 2012, apenas!

 Tive a alegria de ver um conterrâneo meu se tornar o milionésimo aluno a ser contemplado com uma bolsa de estudos do Pro-Uni. Em janeiro passado, o goiano Vitor Lima Lobo, aos 20 anos de idade, ao conquistar com imenso mérito a sua vaga no curso de medicina, deu um belo recado ao país e à sua geração: "Não se pode tratar o paciente como um número, dar uma receita sem olhar na cara. O médico precisa ouvir, ser mais humano". Vitor é filho de uma servidora pública aposentada do Estado de Goiás e não conhece seu pai. Em verdade, meu jovem e talentoso conterrâneo, futuro Doutor, é filho desse novo Brasil que surge, mais justo e democrático, generoso com sua gente e oferecendo as oportunidades que sempre lhes foram negadas.

 A educação, desde sempre, tem recheado discursos e frequentado palanques. Na boca de candidatos e em programas de governo ela aparece com destaque imenso e suposto respeito. Nada mais que isso. Mas foi no nosso governo, o governo do PT e dos partidos da base aliada, no governo do presidente Lula, no governo da presidenta Dilma, na competentíssima gestão de Fernando Haddad à frente do MEC, que ela saiu dos palanques e se encaminhou para a realidade de milhões de Vitor, de João, de Maria, de José, de filhos do povo que serão doutores num país melhor. O país que nós resgatamos do descrédito e do caos e se transformou em grande potência econômica e, com esforço e abnegação, vai se tornando uma grande Nação.