PSDB entoa oração de São Francisco

Fábio Campos

No O POVO de ontem, a cobertura de um encontro de deputados estaduais do PSDB com o senador Tasso Jereissati, o líder da sigla. O texto teve a seguinte abertura: “Cinco meses. Esse é o prazo que o governador Cid Gomes (PSB) tem para melhorar o tratamento que o Executivo tem dado aos prefeitos e deputados do PSDB. Caso contrário, o ninho tucano poderá rebelar-se e lançar candidatura própria em 2010, em oposição ao Governo. Pelo menos foi o que ficou decidido ontem, em reunião entre o senador Tasso Jereissati e os deputados do partido”. Trocando em miúdos, os tucanos estão dizendo que se o Governo do Ceará contemplar com mais recursos e obras as prefeituras comandadas por filiados do partido o apoio à reeleição do governador será efetivado. O partido propõe que, no fim das contas, a conta fique com o generoso contribuinte. Numa tradução livre, significa que a “geração das mudanças” está institucionalizando o toma lá, dá cá. De mãos dadas, os tucanos entoaram, sem disfarçar e em voz alta, o “é dando que se recebe”, um clássico da política nacional. Que bonito.

UMA MERCADORIA POSTA SOBRE O BALCÃO
Notem que o PSDB, nas declarações públicas do “porta-voz” João Jaime Marinho, o deputado estadual da confiança de Tasso Jereissati, não falou de outra coisa que não fosse a relação da bancada e dos prefeitos tucanos com o Governo. Uma relação que se resolve da forma que se tornou tradicional no Brasil. O comportamento tucano estabelece o balcão e elimina a possibilidade de um debate, digamos, mais nobre. A mercadoria posta sobre o balcão é o apoio do PSDB à reeleição de Cid Gomes. A julgar pelas circunstâncias, um apoio que talvez nem seja determinante. É provável que o mais importante para Cid não seja o apoio tucano nas eleições, mas sim a manutenção do apoio a seu Governo da bancada do PSDB na Assembleia Legislativa. Afinal, bastaria uma rebelião tucana no Legislativo para fazer um respeitável estrago político. Mas, alguém no mercado aposta no rompimento dessa bancada com o Governo? Talvez seja mais fácil a maioria dos deputados do PSDB deixar a sigla do que deixar de apoiar o atual governador.

É DA NATUREZA DOS TUCANOS
A situação dos tucanos não é nada confortável. Possuem um candidato a senador, mas não têm um nome à altura para disputar o Governo do Ceará. Ou seja, no âmbito estadual não possuem o que a crônica política se acostumou a chamar de “expectativa de poder”. Está claro que, se depender das eleições de 2010, não há perspectivas para os tucanos voltarem a se apoderar da caneta do Poder Executivo, essa varinha de condão que faz água do semi-árido se transformar em espumante. Porém, as coisas podem ser menos ruins se o PSDB fizer o sucessor de Lula. Não fazendo, o quadro será ainda mais complicado para os honoráveis tucanos. Sem um presidente da República do partido e sem o governador da sigla, a tendência será diminuir ainda mais de tamanho. Uma aposta: a bancada que o partido eleger em 2010, mesmo que mantenha o tamanho de hoje, será governista e passará bem longe da ideia de ser oposição. Ser governista, como a realidade já comprovou, é um componente da natureza da bancada tucana na Assembleia.

A ARTE DE ENGROSSAR O PESCOÇO
Não custa lembrar. O PSDB não compôs oficialmente a aliança em torno de Cid Gomes nas eleições de 2006. O partido apoiou a reeleição de Lúcio Alcântara mesmo que seu maior líder, Tasso Jereissati, não tenha feito campanha para o então governador. Eleito no primeiro turno, Cid tratou de atrair o PSDB para a sua base. Não foi difícil. Pelo contrário. Para os tucanos, juntou a fome com a vontade de comer. Os deputados estaduais do PSDB concretizaram o desejo de se manter bem perto da caneta. Para Cid, foi uma ótima solução para manter sua tranquilidade política na Assembleia. Tudo muito pragmático. No fim das contas, agregar-se ao Governo permitiu ao PSDB manter, além de sua bancada estadual, a base de prefeitos. Portanto, Cid foi um bom patrono para os tucanos. Agora, o partido faz de conta que pretende engrossar o pescoço. Vamos ver.

Melhorou

celso.ming@grupoestado.com.br

Esta crise não deixa de ser um tanto esquisita. É a maior paradeira global desde os anos 30 e, no entanto, a economia brasileira vai passando por ela com algumas avarias, sim, mas inteira.

Ontem, por exemplo, saíram os números da Pesquisa Mensal do Emprego levantada pelo IBGE e o que se viu não deixou de surpreender: crescimento do nível de ocupação de 0,8% em relação a maio. Nas contas do IBGE, em junho havia 40,8 milhões de pessoas em idade de trabalhar (população em idade ativa) nas seis regiões metropolitanas cobertas pela pesquisa (Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio, São Paulo e Porto Alegre). E, entre essas, 21,1 milhões estavam trabalhando num emprego ou numa ocupação remunerada. Donas de casa ou voluntários, embora ativos, não entram nessa conta porque seu trabalho não é remunerado. Outro dado, correspondente ao anterior, é o que aponta para o nível de desocupação. Caiu 0,7 ponto porcentual em junho (em relação a maio) e se mantém estável desde junho do ano passado - justamente o período de crise.

Esses números causaram alguma surpresa porque os analistas que lidam todos os dias com indicadores econômicos não esperavam por dados tão otimistas.

Mas existem boas explicações para isso. Em primeiro lugar, há as políticas anticíclicas tomadas pelo governo, como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na venda de veículos e de aparelhos domésticos. Elas devem ser criticadas por não promoverem riqueza permanente. Esses recursos não foram utilizados, por exemplo, na realização de projetos de infraestrutura, como estradas, hidrelétricas, pontes e terminais portuários; vão ficar na antecipação do consumo. Em todo o caso, contribuíram para o aumento do emprego.

O mesmo pode-se dizer do crédito, que continua em expansão. O que arriou foi o crédito externo, em consequência da interrupção das operações ativas dos bancos internacionais. Mas, aqui no Brasil, não há nada de especialmente errado com os bancos e em seis meses o crédito cresceu de 41,3% para 43% do PIB.

O terceiro fator de aumento de emprego é o bom desempenho da construção civil. Os números do IBGE não estão indicando aumento no setor, mas apenas manutenção da atividade, o que, em tempos de crise, já é motivo para comemoração.

Os novos números sobre o nível de ocupação (e desemprego) não podem ser tomados isoladamente. Devem ser comparados com o bom desempenho do comércio exterior (saldo, no ano, de US$ 16 bilhões até a terceira semana de julho); com a inflação em queda, que converge para meta; com a redução dos juros básicos ao patamar mais baixo em dez anos; e com a excelente situação das reservas externas, agora de US$ 210 bilhões, que contribui para a manutenção de um bom nível da confiança. É verdade que o crescimento da atividade econômica continua baixo, provavelmente alguma coisa acima de zero por cento, e que as despesas correntes do governo estão crescendo demais. Em todo o caso, vai-se firmando a percepção de que o Brasil vem tendo um excelente desempenho ao longo desta crise e que vai sair bem melhor do que entrou quando tudo tiver acabado.

Confira

Tem de estar lá - Se a Ata do Copom, a ser divulgada na próxima quinta-feira, não mencionar o risco eleitoral com que a política monetária terá de lidar, deve-se compreender que, no entendimento do Copom, o risco eleitoral não é relevante.

No entanto, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, vem afirmando que o chamado risco eleitoral já tem sido fator relevante na formação dos juros de longo prazo.

Por risco eleitoral entenda-se a insegurança nos juros (ou no câmbio) futuros provocada pela falta de conhecimento do que será a política do próximo governo para esses setores.

Fica Sarney x Fora Sarney

Em menos de duas semanas funcionando, o Blog “Fica Sarney” (www.ficasarney.com.br) já tem mais de 1200 mensagens favoráveis a Sarney. Isto mostra que “opinião pública” verdadeira não é necessariamente a opinião publicada pelos donos poderosos dos grandes jornalões de São Paulo, pagos com dinheiro... (sabe-se lá!?).


E o interessante é que não tem baixaria ou mensagens pré-fabricadas em série, como o que dá pra conferir no “Fora Sarney”. Isto explica também porque, quanto mais batem em Lula, mais a sua popularidade cresce (84%).


O Blog é uma produção coletiva dos amigos de Dilma e de Lula. Confira.

Said Barbosa Dib
Brasília (DF)

Pedro Simon e estórias de carochinha

Senador Pedro Simon, eu acredito que Sarney seja mesmo o ultimo dos coroneis tradicionais. E isso acontece muito por conta do Bolsa Familia, Prouni e demais programas sociais do governo Lula.

Agora, quanto a o sr. exigir a renúncia dele...tudo bem é um direito que lhe assiste. Porém posar de ético fazendo isso enquanto no RS apoia a Yeda Cruzes, pesa que engana quem? O povo sabe que querem derrubar o Sarney para colocar no senado um afinado com a tucademopiganalha e que não defenda o apoio formal do PMDB a candidatura da Dilma Rousseff - se apoiar os tucademos, melhor -.

E vai dizer também que depois de tantos anos exercendo mandato de senador e convivendo com ele, não sabia que Sarney é Sarney?...

Faça-me o favor senador, conta outra estória de carochinha.

Nós o povo, povão mesmo sabemos, sentimos que esta campanha midiatica é uma luta sangrenta pelo poder.

A corja que desgovernou o Brasil desde 1500 não quer largar o filé.

Farão o possível e impossível para voltar ao planalto, até mesmo destruir alguns colegas de outrora que para continuar no poder espertamente - como desde sempre - passaram a apoiar o governo Lula, exemplo: José Sarney, Renan Calheiros, Fernando Collor etc...

Mas, os que apoiam os tucademos virão santos - do pau oco - exemplo: Orestes Quércia, Mão Santa, Pedro Simon, etc...

Democracia

Anônimo 
Quando falamos em democracia deveríamos reportar-nos às cidade-Estados da antiguidade como Atenas, Esparta e Roma. Segundo esta concepção, o cerne da ideia de democracia era a igualdade dos cidadãos. Ou seja, a homogeneidade entre os membros da Polis, que participavam direta e igualitária mente nas principais decisões coletivas.Diferente de hoje, o crescimento das desigualdades entre os cidadãos são tantas, que chegou alguns tornar-se tão ricos a ponto de poderem comprar os outros, e alguns tão pobres que se vêem constrangidos a venderem-se. Uma situação que certamente impossibilita a realização de qualquer democracia. 

1ª pesquisa Ibope - Cid x Tasso 2010


por Donizete Arruda
Circula entre políticos cearenses uma pesquisa realizada pelo Ibope no Estado. Os números apontam um empate técnico entre o governador Cid Gomes e o senador Tasso Jereissati numa eventual disputa pelo Governo do Ceará. Cid lidera, mas a diferença é mínima, variando entre cinco e sete pontos. O atual governador Cid Gomes surpreende pelo bom desempenho que obtém em Fortaleza, onde Tasso continua sofrendo rejeição.

Noutro cenário, quando Cid Gomes enfrenta o ex-governador Lúcio Alcântara, sua vantagem aumenta mas não é seguro afirmar categoricamente que ele venceria no primeiro turno. Porém, é certo que o confronto com Lúcio seria uma guerra eleitoral mais tranquila para o Governador na corrida por sua reeleição. Registre-se no entanto, que Lúcio mostra fôlego político pois mesmo fora do poder consegue ser lembrado como um bom administrador.

O Ibope também apurou o desempenho dos três principais candidatos ao Senado: Tasso Jereissati, Eunício Oliveira e José Pimentel. Tasso lidera disparado com mais de 70% das indicações de voto dos cearenses. Eunício e Pimentel fariam hoje de acordo com a pesquisa realizada no Ceará uma acirrada disputa pela segunda vaga. O crescimento da candidatura de Pimentel impressiona.

Esses dados da pesquisa Ibope mostram o cenário atual, mas os fatos políticos sofrerão profundas variações até junho do ano que vem, quando acontecerão as convenções partidárias. O PSDB dá sinais claros de que quer apoiar a reeleição de Cid em troca do apoio a um novo mandato para o senador Tasso Jereissati. Esse apoio formal a Tasso é impossível de ser concedido pelo governador Cid Gomes. Motivo: o PT veta essa aliança. Assim, Tasso não terá formalmente o endosso de Cid Gomes e terá que enfrentar nas urnas os dois candidatos apoiados pelo Governador: Eunício e José Pimentel.

No PSDB, essa recusa de formalizar uma aliança pró-reeleição de Tasso Jereissati é vista como uma declaração de guerra do Governo Cid. Contudo, aliados de Cid explicam que não é bem assim. O Governador quer ir para a reeleição com três candidatos ao Senado: Tasso, Eunício e Pimentel. Quer se reeleger e manteria um certo distanciamento da disputa pelas duas vagas ao Senado. Difícil vai ser convencer os três concorrentes ao Senado de que precisam brigar entre si e sem contar com a mão protetora de Cid Gomes para resolver quem sairá vitorioso das urnas de outubro de 2010.

Paixão por vencer

A partir de hoje sexta-feira, dia 24, o Centro de Convenções Edson Queiroz se transforma no palco do maior evento feminino do Brasil, o Encontro de Mulheres Pague Menos.

Em sua 9ª edição, traz como tema "Paixão por vencer". Entre os destaques, apresenta três exemplos de atrizes que são completamente apaixonadas por tudo o que fazem: Elisa Lucinda, Maitê Proença e Patrycia Travassos.

Durante os três dias de programação, o público, estimado em seis mil participantes, poderá conferir palestras, oficinas e apresentações artísticas, como peça teatral e show musical.