- Carolina Mandl, de Barbalha (CE)
Bom sinal - Ceará
Simon obrando no voto gaúcho
Pedro Simon está se lixando para a confiança dos gaúchos: “Estou pensando em renunciar aos outros quatro anos de mandato. Afinal, não ando fazendo nada mesmo...
” O “parlapatão-mor”, Pedro Simon (PMDB-RS), admitiu que não está nem aí para os votos que os gaúchos lhe deram para defender o estado. Disse que, sem dificuldade alguma de consciência, abrirá mão de seus últimos quatro anos de mandato se não conseguir desestabilizar os trabalhos Senado Federal para viabilizar a campanha tucana para a Presidência em 2010.
O parlamentar lamentou os episódios que abalaram a Casa na semana passada – os quais, segundo ele, compõem a “fase mais cruel” que já vivenciou no Senado.
A afirmação do defensor da corrupção de Yeda Crusius, foi feita no Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que abrigou, em Brasília, ato de discussão sobre a crise ética no Senado Federal.
“Essa é a situação no Senado onde saio mais machucado, pois estou fazendo tudo para o Serra se destacar, mas tenho medo que ele faça comigo o que fez em 2002, quando preferiu a Rita Camata”.
"Estou para completar 80 anos, no próximo dia 31 de janeiro, e estou pensando em renunciar aos quatro anos de mandato que me restam, pois sei que não tenho absolutamente nada que possa ajudar ao povo gaúcho e , tenho que admitir, não tenho mais paciência. Já estou cansado de enrolar”, admitiu o senador.
“Mas acho que até lá posso continuar tumultuando o governo Lula, conclamando a sociedade a sair às ruas para dar um golpe certeiro que possa ajudar o Serra, o FHC e as transnacionais”, concluiu.
Simon disse ainda que tem muito rancor por nunca ter sido nada, se comparado a Sarney, e que não espera nada do Congresso Nacional e nem dos poderes Executivo e Judiciário, pois acha que não gosta muito do que o povo pensa. Disse, inclusive, que está se linchando para os quase 90% de aprovação do presidente Lula, “que nunca”, reclamou, teria “arranjado nenhum carguinho pra mim”.
Para o parlapatão, somente o povo, os jovens e os trabalhadores nas ruas, bem instruídos e manipulados pela Rede Globo, podem repetir o que aconteceu contra o governo Collor, quando pressionaram pelo golpe contra os 36 milhões que então votaram no presidente.
O jornalista e representante da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) Marcelo Tognozzi brincou com o senador e pediu para que ele tomasse um "viagra moral" para abandonar os projetos golpistas de Serra - e do tucanato - e voltar a lutar em prol da ética.
O senador fingiu que não entendeu o recado e mudou de assunto.
O encontro contou também com a presença do que há de pior no cenário anti-Lula e Anti-Dilma: os vermes golpistas, Cristovam Buarque (PDT-DF), Arthur Virgílio (PSDB-AM) e José Nery (PSol-PA), além do senador cassado por compra de votos, o ex-governador do Amapá, João Trajano Capiberibe. Lógico!
Conferência Nacional de comunicação - o boicote
Das 8 entidades convidadas, 6 deixaram a Confecom.
Por partes:
ANJ (Associação Nacional de Jornais): ninguém nunca ouviu falar.
Abert (Associação Brasileira de Rádio e Televisão): três quartos dos donos de transmissoras de radio e televisão são políticos. Por quem fala a Abert?
Aner (Associação Nacional dos Editores de Revistas): ninguém jamais ouviu falar.
Adjori (Associação dos Jornais do Interior): jornais do interior?! Façam me o favor!
Abranet (Associação Brasileira dos Provedores de Acesso, Serviços e Informações da Rede Internet): desconheço, não tenho como comentar.
Abta (Associação Brasileira de TV por Assinatura): quem tem tv por assinatura no Brasil? Aonde estão eles? Grandes cidades somente. Isso eh porque eles estavam supostos a ser a cresta dos formadores da opinião publica, portanto a infra-estrutura da tv a cabo não tinha que ser construída exceto pra eles.
“Ficaram a Telebrasil (Associação Brasileira de Telecomunicações) e a Abra (Associação Brasileira de Radio difusão)”, ok, elas foram boicotadas.
Quantas das outras teem capital estrangeiro? Vamos apostar que essas duas são as únicas que não teem capital estrangeiro? Vamos? Vamos? Vamos? Vam…
Ivan Moraes
Revelar atos secretos agora é o crime
"Tem dedo dele (Agaciel) e dos filhotes dele porque, depois de 15 anos no poder, isso gera filhotes e uma máquina espúria que ele criou no Senado", Rathur Virgílio.
Comendo poeira
Os ministros Guido Mantega - Fazenda - e Paulo Bernardo - planejamento - aproveitaram a volta do Banco do Brasil ao topo do ranking de maiores bancos do país para criticar instituições privadas e pressionar pelo corte de juros de empréstimos e pela maior oferta de crédito.
Por cima da carne fresca
A espetacularização da traquinagem vai sobrar para todos lá da corte. Excetuando-se uma meia dúzia de três ou quatro, estão todos enfiados na libidinagem política de corpo e alma. Mais de corpo do que de alma. Mas como são "multiflexes", qualquer combustível lhes sacia os apetites vorazes.
Já tentaram mudar de assunto com a gripe suína, mas não deu. Agora, dona Globo e o Estadão voltaram à carga contra a Igreja Universal. Não pelos seus perigosos poderes de persuasão, mas pelo sucesso da Record, que já está cabeça com cabeça com o antigo império de comunicação.
Mas não será a única cortina de fumaça. O sistema faz do povo gato e sapato. Pauta sua indignação pela formulação manipulada dos elementos de conflito. Faz com que descarreguemos nossa bílis sobre dois ou três vilões.
Neste sábado, estaremos em todo o país no grito do "Fora Sarney" , esperando que esse grito alcance todos os corruptos do Congresso. E vizinhanças.
Por cima da carne seca
No entanto, o sistema conta com a dispersão no dia seguinte. Sarney continuará por cima da carne seca porque comanda a pior súcia que já pisou o tapete azul. Lula morre de medo de que algo lhe aconteça. Ainda sofre do trauma da derrota da CPMF, quando não logrou o número necessário, apesar de contar então com votos contrariados de alguns aliados, como senadores do PDT.
Sarney conhece os meandros da política de cor e salteado. Aprendeu na ditadura, a que serviu com menção honrosa, a jogar com as fraquezas dos adversários. Coleciona robustos dossiês. Não existe um único dos seus colegas de que não possua um achado comprometedor.
Portanto, todo aquele bate boca histriônico está chegando ao fim. No Senado, ninguém é maluco de levar esse jogo de cena às últimas conseqüências. Como eu disse outro dia, nem o mais palatável dos senadores lembrou-se de questionar essa monstruosidade que é o eleitor votar em um e levar mais dois de quebra, que ele nunca viu mais gordo.
O suplente do ACM é o filho. O do Lobão, idem. E cada um que senta no banco dos reservas está lá não por qualificação política. Mas por credenciais só cabíveis quando o mandato é ganho por baixo do pano.
O Senado é o que é de cabo a rabo. Seu irmão do lado não é diferente. Só não tem suplente sem voto. Mas, sabe quanto custa hoje uma eleição de deputado federal? Assustam-me com os números milionários. Nem que vivessem 100 anos, a maioria dos políticos ganharia o gasto numa campanha.
Quem não deve, não t(r)eme
Há mais de 90 dias falando, já me tornando repetitivo: a única solução que eu vejo é uma auditoria externa, idônea, isenta, verificando gabinete por gabinete, na Câmara e no Senado, levantando todos e, em especial, levantando tudo: nomeações, afastamentos, gastos com passagens, clips, celulares, papel higiênico, viagens, cafezinho... No final, vai ser possível separar o joio do trigo. E vai ter trigo, não tenho dúvida, mas que vai sobrar joio, isso vai. Aí é só incinerar... não sem antes pedir o ressarcimento, corrigido, de eventuais desvios, aos saqueadores dos cofres públicos, ou seja, do dinheiro do sofrido povo brasileiro.