Dor de cotovelo


Pedi ao moderador para eliminar os comentários daqueles que aproveitem esta notícia para acusar Lula e a ministra Dilma Rousseff de estarem fazendo campanha fora de hora. Porque não estão. Evidente que não estão. Por que foram a Manaus? Para inaugurar um gasoduto. Viagem administrativa, portanto. Paga pelos cofres públicos - legitimamente.
Não é nada demais que a ministra aproveite a ocasião para defender a continuidade do governo a que serve. Queriam o quê? Que ela defendesse o contrário? É irrelevante o fato de ser ela a escolhida por Lula, e empurrada goela abaixo do PT e dos demais partidos, para dar continuidade ao governo dele. Ela não disse coisas do tipo: "Votem em mim". Nem Lula pediu votos para ela. Logo...
Não venham com a história de que ela está se beneficiando da máquina administrativa do governo porque não está. Dilma não tem culpa de ser uma ministra eficiente a quem Lula delega tudo ou quase tudo. Isso a obriga a estar presente em inauguração de gasoduto e de agência da Caixa Econômica Federal em Caracas. Na verdade é impróprio chamá-la de "a mãe do PAC". Ela é mãe de tudo.
Ricardo Noblat

NÃO É NECESSÁRIO CONCORDAR SEMPRE

Na véspera da visita do chefe do Estado iraniano, Mahmoud Ahmadinejad ao Brasil, Barack Obama enviou uma carta ao Presidente Lula.
Ninguém viu nem leu tal carta.
Mas o jornal americano New York Times revela em reportagem que nela Obama discorda da posição brasileira em relação ao Irã, à Venezuela e Honduras entre outros temas.
Sabe-se que Lula respondeu pontualmente, através de outra carta, ao presidente norteamericano.
O Ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, disse que a carta de Lula é franca e amistosa.
Ninguém, igualmente, viu nem leu a carta do presidente brasileiro.
É sabido por todos que a grande imprensa não tem poupado esforços para demonstrar uma tensão que inexiste na relação Brasil-Estados Unidos.
No que diz respeito ao Irã, Obama se opõe psicoticamente ao seu programa nuclear. Mas não faz o mesmo, por exemplo, em relação à Israel.
Os EUA mataram Sadam Russen e destruíram um país por causa de suas suposições, jamais comprovadas,de que o Iraque tinha um arsenal nuclear atômico.
E a mídia não somente aplaudiu como transmitiu o assasinato de um presidente que antes – quando era economicamente conveniente – havia sido aliado dos americanos na guerra com o Kuwait.


Não espanta que essa mídia, em especial a Globo, relacione o Irã como sendo o pior dos males para a humanidade e a visita de seu presidente ao Brasil como um fenômeno que trará o fim do mundo e, antes disso, a desmoralização de Lula, que, segundo o Wilian Vaque, fez “afagos” num ditador e criminoso em potencial.
A Globo, com o despudor que lhe é habitual, se esforça para dizer que Obama repreende o Presidente Lula porque esse “apóia” o maior inimigo dos americanos.
"O Brasil tem essa obsessão de que se ele não concorda com os EUA vai cair um raio na nossa cabeça. Não é assim", disse Amorim a jornalistas.
Ele poderia muito bem ter trocado a expressão “o Brasil” por “a imprensa”.
O Brasil não é obrigado a concordar em nada nem ter medo de defender soberanamente sua posições dos Estados Unidos.
Nós não somos uma colônia americana.
Concordar ou não do que faz ou deixa de fazer um país é um direito de todo e qualquer outro país.
Inclusive os Estados Unidos.
Eles só precisam saber que o Brasil tem um governo, e que esse governo respeita, mas não se curva – porque não teme – aos caprichos de quem quer que seja.
Inclusivedos dos Estados Unidos.
Basta ver a posição brasileira sobre o golpe de estado hondurenho e a americana para ver que não andamos implorando concordâncias e assentimentos de ninguém às nossas atitudes.




Com a internet estamos menos só

Trechos da entrevista do sociólogo Manuel Castells, 
    
1. Se as pessoas se sentem sós, estarão menos sós com a Internet. O uso da Internet favorece a sociabilidade e diminui a sensação de isolamento. Quem a utiliza, tem mais amigos, sai mais frequentemente, participa mais politicamente, tem maiores interesses e atividades culturais. Internet expande o mundo.
    
2. Com ela a capacidade de investigar é como nunca existiu. Se você sabe onde buscar (que é a grande condição) e o que buscas, pode estar sempre atualizado.
    
3. Os Estados têm medo da Internet porque perderam o controle da comunicação e da informação, em que basearam seu poder ao logo da história. Ela é útil para a educação, os serviços públicos, a economia. O Estado entra na privacidade das pessoas. E sempre o fez, com ou sem uma ordem judicial. Se quiser, nos vigia. Todos os governos do mundo o fazem. O NOVO é que agora nós podemos vigiar os governos.
    
4. Internet altera as relações de poder, incrementando o poder dos que tinham menos poder. Isso não quer que os que sempre tiveram poder deixem de tê-lo. Tem, mas tem menos. No mundo dominado pela TV, as imagens ativam o medo. No mundo livre da Internet pode-se ter suficientes imagens de outro sentido para ativar seus outros elementos metafóricos, e assim diminuir o medo e aumentar a confiança.
    
5. Os jornais desocuparão os espaços de hoje, no dia em que a edição de papel seja um produto de luxo, que só alcançará às elites. Quando se pagar 30 reais por um jornal de papel, a maior parte dos leitores irá ler notícias na web.  

Olha quem está escrevendo


Em primeiro lugar eu gostaria de me apresentar: me chamo Adriano Peoh, sou publicitário e, algumas vezes me disponho a escrever.
Dizem que todo homem deve realizar três feitos antes de morrer: plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro. Árvores eu plantei muitas em minha infância. Filho eu acabei de ter eu conto seus dias neste nosso planeta no blog Bebeavista. Agora livro, isso eu não sei se conseguirei escrever. Não por falta de tentativas, escrevo diariamente no blog da minha pequena e já expus minhas críticas em um outro espaço, o comacomosolhos.com, mas isso é passado e, na minha atual vida de pai meus textos mais extensos são as listas de compras de produtos infantis.
Aliás bebê é hoje o tema que mais domino. É engraçado como, de uma hora para outra um pai deixa de comentar sobre a alta da Bolsa de Valores e passa a discutir veementemente sobre a alta da do preço das fraldas. Como seu círculo de amizades muda de intelectuais bem apresentados para mães e pais descabelados.
Ainda sou novo nesse negócio de ser pai, mas espero usar este espaço para dividir um pouco com vocês esse mundo paralelo, que só quem tem um filhote em casa sabe do que estou falando.

Um abraço,
Peoh

A OPOSIÇÃO ESTÁ MORTA COMO A COBRA CORAL DO CACIQUE

Orlando


Já se perdeu a conta das vezes que foi dito que a oposição não tem discurso. Que a oposição não tem uma agenda de propostas para o País.
A oposição, há muito, perdeu o rumo.
E agora, ela perde por completo a razão e o que ainda lhe podia restar de juízo e moral.
A oposição, capitaneada pelos tucanos e demos, não tem nada para dizer e muito menos para fazer. E se desmoraliza.
Cada gesto e ação da oposição ou caem no vazio porque nada do que é feito por ela se sustenta e, por conseguinte, a faz cair no ridídiculo.
Não há um só brasileiro decente e de mente desinfectada do veneno atrofiador de cérebros expelido pelo PIG que leve a sério alguém da espécie vampiresca de um Mão Santa, ou cavernosas como Heráclito Forte, Agripino Maia e Arthur Virgílio – a nata cômica e debochada que tem espaço na mídia nacional, em especial no Jornal Nacional da Globo.
É essa a oposição que temos.
Uma oposição que quando governo nos brindou com um “BLECAUTE” que durou só dois anos. Nada assim tão significativo se você multiplicar 300 por 2 e descobrir que o resultado é 600 dias. Se for verdade que um dia tem 24 horas também é correto dizer que o apagão dos demotucanos nos atormentou ao longo de exatas 14.400 horas e causou um prejuízo ao País superior a 340 milhões de reais.
Espanta agora quando ocorre um blecaute no fornecimento de energia que atingiu dezoito estados e que teve apenas quatro horas de duração, o estardalhaço que a oposição tem feito como se fosse o prenúncio do apocalípse.
A oposição, que não sabe o que diz nem o que faz ou o que fazer, não sabia o que fazia nem o que dizia.
E começou a fazer cobranças contra o Governo. E a propor convocações de tudo quanto fosse autoridade do Governo.
Até que chegasse aonde ela queria: na Ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.
O pífio argumento: ela já foi Ministra das Minas e Energia.
A mentira deslavada e insustentável: Dilma (que nem mesmo pode ser convocada, mas somente convidada e ainda assim, a só comparecer se bem o quiser) foi convidada a dar explicações aos ilustres e iluminados senadores porque é pré-candidata à presidência da República e a preferida do Presidente Lula para secedê-lo.
E mais: vem crescendo nas pesquisas ao passo que o candidato da oposição, um obscuro senhor de orelhas e gengivas deformadamente avantajadas, vem caindo juntamente com as obras que (ele) realiza ou que ainda realizaria.
Assim foi que a oposição, sob a clerevidência e inominável sapiência de Arthur Virgílio, apresentou requerimento junto à Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado Federal – CCT pedindo o comparecimento da Ong esotérica Cacique Cobra Coral.
(Não sorria que a coisa é séria! Isso consiste num pedido de um Senador da República filiado ao partido que se julga o berço da intelectualidade e vértice de toda sabedoria – o PSDB).
O pior é que o presidente da CCT ainda tentou manipular os membros da mesma dizendo que o requerimento fora aprovado. O requerimento nem sequer havia sido votado.
O presidente da CCT só podia ser um tucano, como Virgílio, o Sr. Flexa Ribeiro.
Ele só não poderia ser do meu Estado do Pará, mas é. Todavia, que fique muito claro: Flexa Ribeiro não me representa, ainda que eu contribua no pagamento do seu volumoso e injusto salário.
Ele fala, representa e faz parte de uma oposição que perdida, convoca para explicar as causas de uma queda de energia elétrica, umbandistas e feiticeiros, quando há técnicos do setor que, após conclusão de análises que se encontram em andamento poderão fazê-las claramente.
Veja bem, você que me acompanha: num país aonde a oposição despreparada se desespera, e para constrager a situação, convida a Fundação Cobra Coral para explicar dados técnicos e científicos sobre uma falta de energia, essa oposição é quem estar constrangida e constrange o País.
Essa oposição está técnica e cientificamente morta.
E nem Galileu explica tamanha e ridícula incompetência que a torna quase vulgar.

A oposição e a Estrela


Celso Ming
 
Até muito recentemente, os analistas políticos recitavam um mantra: "Nem o presidente Lula conseguirá eleger um poste."

Com isso, pretendiam lembrar que alta popularidade não garante transferência de votos, seja a quem for. Seguia-se que o candidato do presidente Lula teria de ter alguma luz própria para que não dependesse só da energia presidencial.

A ministra Dilma Rousseff nunca participou de uma eleição. Sua força nas urnas é desconhecida. Em todo o caso, já se sabe que, nesse ambiente pré-eleitoral, conta com pelo menos 20% de preferência nas pesquisas de intenção de voto, como ontem ficou confirmado com mais uma dessas sondagens, a CNT/Sensus.

Como é relativamente desconhecida para o eleitor, reforça-se a hipótese de que o capital eleitoral do presidente, que agora vai ser turbinado com o filme Lula, o Filho do Brasil, está, sim, sendo ao menos parcialmente transferido para a sua pré-candidata. Até onde vai isso é e será motivo para intermináveis discussões entre os especialistas na matéria.

A questão é bem mais profunda do que simples transferência de força eleitoral. É preciso avaliar, também, o quanto do avanço da pré-candidata Dilma Rousseff nas pesquisas não é produto do eclipse eleitoral da oposição.

Já foi dito e repetido nesta coluna que a oposição não tem discurso, não tem bandeira, não sabe o que quer. Ela não discute e não tem opinião formada sobre nenhum assunto importante da República, seja ele as novas regras para o desenvolvimento do pré-sal, a posição a ser tomada nas conferências internacionais sobre o meio ambiente, a guinada em direção à maior participação do Estado na economia, a reforma política, a reforma previdenciária ou a reforma tributária. Há quatro anos, pelo menos, a oposição não consegue sustentar nenhum braço de ferro com o governo. Um a um, os entrechoques políticos se esvaziam ou se transformam em pizza. Os últimos foram a CPI do Mensalão, a Operação Satiagraha, a CPI da Petrobrás e as sinecuras do Senado Federal.

Lá uma ou outra voz identificada com a oposição ao governo Lula de vez em quando faz alguma observação crítica sobre a escalada da gastança federal. Mas não passa disso e morre por aí.

A oposição não só é conivente com a clara deterioração das contas públicas, como, também, concorre ativamente para intensificá-la. Qual foi a posição dos deputados do PSDB e do DEM, os maiores partidos da oposição, na votação do projeto de lei na Câmara Federal que acaba com o fator previdenciário? Ora, foi de aprovação clara e cabal a mais essa disparada no dispêndio público.

O governador José Serra, um dos pré-candidatos da oposição à Presidência da República, bem que ensaia a pregação de que essa política econômica, que supervaloriza o real e mantém os juros na órbita da lua, não presta e tem de mudar. Pode não prestar, mas é um sucesso, o povo gosta e não quer mudança. O povo até voltou a sonhar em ser funcionário público. De mais a mais, se não presta, foi a política montada pelo governo Fernando Henrique, do qual Serra fez parte. E, se tem de mudar, qual é a opção melhor a ser proposta pelo pré-candidato José Serra?

O apagão da oposição favorece mais o candidato do governo do que o próprio governo.

Comparação governo Lula desgoverno FHC

Postei esta tabelinha feita pelo Emir Sader especialmente para os que sofrem do TOCAL - Transtorno Obsessivo Compulsivo Anti Lula -. Mas, sei que é tempo perdido eles não enxergam. 
Quadro3
Laguardia, mostre um dado desta tabela que não é verdadeiro.