Previsão de investimentos supera níveis pré-crise

A expectativa de investimentos no Brasil já superou os níveis anteriores à crise. A avaliação é do BNDES, que mapeou aportes projetados pela indústria, em setores de infraestrutura e na construção civil. De acordo com o trabalho, o País terá investimentos de R$ 1,324 trilhão entre 2010 e 2013. O total é 54.6% superior ao realizado entre 2005 e 2008 e permitirá crescimento anual de 5% nos próximos anos.

Irã fala em "nova era" com acordo

Apesar da traição dos Estados Unidos - que avalizaram o acordo entre Brasil, Irã e Turquia, mas querem manter as sanções aos iranianos – o presidente Mahmoud Ahmadinejad ratificou que o Irã cumprirá o acordo. 


“É uma nova era nas relações internacionais. O Irã quer colaborar e interagir com os países amigos”, disse ele, por telefone, ao primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan. 


O protagonismo brasileiro no tema fica claro no anúncio da inauguração, este ano, da usina de hexafluoreto de urânio, que dará ao país o domínio do ciclo nuclear em escala industrial.

Quando os jornais diziam que o Brasil não tinha petróleo


O verso da canção de Luiz Reis e Haroldo Barbosa, gravada pelo Chico, me socorre diante do elevadíssimo grau de anti-jornalismo a que alcança hoje a imprensa brasileira, merecendo certamente a crítica de Lula logo ao chegar de sua gira internacional. A mídia nativa torce abertamente pelo fracasso da iniciativa do Brasil junto ao Irã. Prefere novas sanções, a lógica do castigo, o que cria perigosos riscos de desdobrar-se em guerra, em destruição e morte como se vê agora mesmo no Iraque. A mídia americana torceu fervorosamente pela invasão militar aquele país. Chegou a mentir sobre a existência de armas de destruição em massa.. Depois, o jornal New York Times pediu desculpas aos leitores pela desinformação, mas aí já havia mais de um milhão de iraquianos mortos. A mídia brasileira vai pela mesma linha? Se as potências mundiais resolverem aplicar uma sanção contra o programa nuclear brasileiro a partir de pretexto de que aqui também se constrói uma bomba, o que já foi insinuado, a mídia brasileira ficará contra o Brasil e o seu povo?
Recuperemos alguns momentos na nossa história para saber como nossa imprensa, agora mídia, tem se colocado. Nos momentos de crise, episódios dramáticos, encruzilhadas históricas, momentos de decisão, vamos constatar que freqüentemente esta mídia, aquela que é majoritariamente representante dos interesses dominantes na sociedade, esteve divorciada de soluções nacionais, opondo-se raivosamente aos interesses populares, descumprindo descaradamente sua auto-proclamada vocação democrática, assumindo, repetidas vezes, o viés golpista, oligárquico e anti-nacional.
Ela se opôs quando o país conquistava uma legislação de defesa dos direitos trabalhistas e, coerente com esta vocação oligárquica, até hoje estes mesmos segmentos midiáticos, – agora modernizados pela eletrônica, mas não nos padrões civilizatórios – continuam a conspirar e a pretender a destruição da CLT implantada na Era Vargas. Antes da CLT era comum patrões espancarem seus empregados….Há pouco vimos o brutal assassinato de uma jovem jornalista cometido pelo diretor de um destes grandes jornais oligárquicos simplesmente porque ela.teve a “ousadia” de……terminar o namoro. Esta mentalidade desdobra-se muitas vezes em linha editorial eivada de ódio social contra o povo. E qual não deve ser a dose deste ódio contra um retirante Lula quando ele “ousa” cruzar não apenas os mares e os continentes – com a agilidade que o moderno avião permite – mas, também cruzar e questionar com coragem os padrões de uma diplomacia convencional, conservadora e hipócrita que não apenas se conforma mas também cultiva sanções e guerras, desprezando a priori o diálogo entre os povos?
Se lá atrás, estes barões da imprensa foram capazes de festejar, escondidos e amedrontados, a morte de Vargas porque ela significaria o fracasso de uma política de industrialização de um país agrário, do estabelecimento de direitos trabalhistas e previdenciários, como não estarão agora os herdeiros destes barões a torcer para a derrota generalizada das iniciativas de Lula? Sobretudo quando Lula já bradou em momentos mais complexos que não se suicidaria como Vargas, não renunciaria como Jânio e não sairia do País como Jango!
Noticiaram: o Brasil não tem petróleo!!!
Para se medir até onde poderá chegar este anti-jornalismo, basta citar apenas um exemplo histórico: praticamente toda a imprensa fez campanha contra Vargas quando ele criava a Petrobrás. Essa mesma imprensa noticiava reiteradamente que não havia petróleo no Brasil, conforme diziam os relatórios de espertíssimos técnicos norte-americanos. Pode-se medir o tamanho da desinformação, do anti-jornalismo, pelo tamanho dos trilionários poços de petróleo pré-sal recém descobertos!
Pelo grau de precariedade jornalística, pode-se medir também que as elites jornalistas criticadas na fala presidencial estariam engrossando ainda mais, com a vassalagem de sempre, o coro da mídia internacional que percebeu claramente que na sua dialética de retirante Lula contraria interesses da indústria bélica, patrocinadora da lógica das sanções pelo Conselho de Segurança da ONU, avesso ao diálogo. Provavelmente veremos que em certos segmentos da mídia internacional aquele espaço editorial que reconheceu em Lula um mandatário com iniciativas para enfrentar a fome e a miséria, para integrar os povos e também para promover soluções democráticas, poderá passar a ser ocupado, também, com críticas a um presidente que “afronta a segurança e a paz internacional”, tradução esperta que dão para os interesses imperialistas, sobretudo do comércio internacional de armas. No dia em que Lula desembarcava no Irã a manchete do Estadão era “Farc tem acampamento na Amazônia”. Ou seja, Lula “tolerante com o terrorismo” lá e cá, era a mensagem subliminar.
Armas: lucros em cheque
Quando a Princesa Diana libertou-se do ambiente arrogante e despótico da realeza britânica e passou a fazer campanha contra a instalação de minas terrestres instaladas em Angola e outros países – e que ainda matarão ou mutilarão inocentes por décadas – logo logo a grande mídia sustentada por anunciantes ligados à indústria bélica tratou de estampar como controvertidos alguns de seus aspectos pessoais, suas pretensões pacíficas “inconseqüentes” e ,inclusive, o ”inaceitável” namoro com um árabe, peça que compunha a novelinha midiática para a destruição de sua imagem.. Estes poderosos interesses bélicos poderão insinuar que Lula estaria “ passando dos limites”…..Mas, até o Obama, em carta a Lula recomendou o acordo com o Irã. Agora foi enquadrado. O fantasma de Kennedy, ronda…
Por isso mesmo, é preciso ver o outro lado da crítica de Lula à imprensa. E talvez isto signifique encorajar as forças progressistas a uma reflexão que está presente nos esforços para realizar a Conferência Nacional de Comunicação, para aplicar o que ali se decidiu, mas, nem sempre encontra a capacidade para organizar as forças sociais que podem preencher a lacuna gigantesca que fere de morte a cidadania brasileira: a inexistência de um grande jornal popular, de massas, capaz de um jornalismo que promova os interesses nacionais, que encontre o seu lugar como ferramenta criativa e necessária para a construção de um Brasil verdadeiramente Nação!
Última Hora
Voltemos nossos olhos novamente para nossa própria experiência histórica. Já tivemos o jornal Última Hora, popular, nacionalista, capaz de refletir os interesses das classes trabalhadoras diuturnamente atacados pelo conjunto da imprensa oligárquica. Era um respiro democrático! Havia a polarização, a diversidade opinativa e política. Hoje há uma asfixia midiática anti-democrática. Não há sequer a controvérsia! E aquele jornal, que chegou a ter duas edições diárias, circulação nacional massiva, foi uma iniciativa encorajada por Vargas. Quando em 1954 a mídia conservadora comemorou a morte de Vargas, o Última Hora chorou e resistiu ao lado do povo que saiu às ruas. Quando em 1964, esta mesma mídia oligárquica suplicou e colaborou com o golpe de estado, o Última Hora resistia e defendia a democracia.
Jornalismo estratégico
Dentro da visão estratégica de um país que pretende desempenhar legitimamente um papel importante e protagonista no jogo do poder internacional – e era assim na Era Vargas e é assim novamente agora com Lula – nós, como povo brasileiro e como Nação, não podemos deixar de lado esta questão que continua a nos desafiar. Vários passos importantes foram dados, entre eles a conquista simbolizada na criação da TV Brasil. E mais ainda agora quando na próxima segunda-feira será lançada a TV Brasil Internacional, inicialmente para dialogar com os quase três milhões de brasileiros espalhados mundo afora. A iniciativa, louvável, trará com mais realismo a necessidade do Brasil também dialogar com outros povos já que pretende atuar para que as relações internacionais sejam democratizadas, reequilibradas e marcadas pela cooperação.
Vale lembrar que a Rádio Nacional, também criada na Era Vargas, chegou a ser a quarta mais potente emissora do mundo, além de ter programação em 4 idiomas, alcançando vários continentes e tendo em seu corpo de redatores brasileiros como Nestor de Hollanda, Carlos Drummond de Andrade, Manoel Bandeira, Cecília Meirelles etc. A TV Brasil Internacional tem uma herança em que se apoiar e tem um caminho que pode recuperar para levar a mensagem de uma nação brasileira que se empenha por um mundo mais justo e baseado na cooperação, não nas sanções.
Será que as forças progressistas não deveriam encarar de fato esta tarefa da construção de um jornal popular, nacional, de ampla circulação, fazendo jornalismo na verdadeira acepção da palavra e recuperando para o jornalismo a missão de bem público e de ferramenta civilizatória hoje ignorada em boa medida pela mídia hegemônica no Brasil?
Será que estas forças que foram capazes de articular, se organizar, para resistir à ditadura, enfrentar o neoliberalismo e se fortalecer para chegar à presidência – um feito de proporções históricas numa sociedade com os arraigados esquemas dos donos do poder – não teria também a capacidade de construir um jornal e de praticar um jornalismo público, civilizador, humanista? Não se trata de estimular aqui nada contra as iniciativas para democratizar a informação no espaço digital. Trata-se de complementar, de articular, até porque com toda a importância e o grande efeito que comprovamos na internet, tuitar não esgota a necessidade de fazer jornalismo. Não se deve pretender apenas repercutir, contestar, confrontar a unanimidade conservadora da mídia hegemônica e seu anti-jornalismo em vias de deterioração acelerada.
Surra midiática diária
Há iniciativas importantes, a realização da Confecom é uma delas, a TV Brasil já citada, a recriação da Telebrás estatal, aliás, uma clara aplicação de decisão tomada na Confecom, são outras. Surgiram a Altercom, o Barão de Itararé, o Mídia Livre, todos os blogs e portais, os jornais e revistas alternativas, as TVs e rádios comunitárias etc mas, ainda assim, estamos em boa medida dispersos, desarmados no campo da comunicação e os interesses nacionais, populares, democráticos, levam várias surras por dia, todos os dias.
Vemos que algumas das forças que se articularam para levar Lula á presidência também poderiam coordenar-se para que milhões de brasileiros pudessem entrar também na Era de Guttemberg, ao mesmo tempo em que este seria, obviamente, um jornal também digital. Um jornal que permitisse chegar aos grotões, urbanos ou não, um instrumento para a discussão, a mobilização, a ação e a organização política nas mãos de uma militância carente de ações organizadas que já teve no passado.. Será que a união de certos fundos de pensão (tão lucrativos), centrais sindicais, empresários vinculados ao mercado interno não poderia enfrentar esta tarefa que sempre volta à baila?. Há dois anos foi aprovado num congresso do PT a prioridade para a criação de um jornal de massas, mas não se realizou. Hoje, na Argentina há um Página 12, no México, há o La Jornada, na Bolívia, o jornal Cambio, criado por Evo Morales e que já é o de maior tiragem no país, com apenas 7 meses de nascido, rivalizando com o jornal conservador La Razón, que tem 70 anos. Na Venezuela, nasceu o Correio do Orenoco, está em todas as bancas, ainda que o governo tenha fortalecido a mídia pública de rádio e TV, sem contar que Hugo Chávez tem mais de 300 mil seguidores no twiter, que usa com entusiasmo. Aqui, desde o desaparecimento do Última Hora, estamos sem um jornal de ampla circulação e com capacidade de sustentar uma visão jornalística dos interesses nacionais e populares. É uma grande lacuna.
E nós?
Assim, a bronca de Lula nesta elite de jornalistas que se posiciona claramente contra o sucesso das iniciativas que visam levar o Brasil a ter um papel construtivo no mundo, sendo correta, será que não deveria também servir para provocar uma reflexão, certamente autocrítica, nas forças populares? O jornalismo ou o anti-jornalismo das elites cumpre o triste papel que lhes reserva a subordinação a interesses anti-nacionais. Mas, onde está o jornal das forças progressistas?

Contra Tasso, PT impõe Pimentel a Cid Gomes no Ceará


O PT do Ceará programou para hoje a noite uma reunião. Vai reafirmar a candidatura do deputado José Pimentel ao Senado.

O governador Cid Gomes (PSB), ambiciona o apoio do petismo. Mas rejeita a absorção de Pimentel em sua chapa.

Declara-se compromissado apenas com o deputado Eunício Oliveira (PMDB), também candidato a uma cadeira de senador.

Estão em jogo, como se sabe, duas vagas ao Senado. Na segunda, Cid deseja acomodar Tasso Jereissati (PSDB), que concorre à reeleição.

Como Tarso apoia a candidatura presidencial de José Serra e Cid a de Dilma Rousseff, a aliança entre os dois precisa ser informal.

Interessado em reduzir a concorrência, o pemedebê Eunício também torce o nariz para a entrada de Pimentel na briga.

Para evitar que o arranjo Cid-Eunício-Tasso prospere, o PT decidiu fazer de Pimentel um candidato irreversível. Daí o encontro desta segunda.

Observa-se no Ceará uma cena parecida com a retratada num poema de Drummond: “Quadrilha” (lá no alto, em versão musicada). Na adaptação cearense, os versos ficariam assim:

Cid ama o irmão Ciro, que não morre de amores por Serra, mas ama Tasso, que jura ter aprendido a amar Serra, que não ama ninguém, exceto a presidência.

A lógica dialética


Ivanisa Teitelroit Martins disse...

Nem a lógica dialética ajuda a entender os diferentes cenários no atual momento. No passado costumava-se dizer que o Brasil era de um lado um país populoso e pobre e de outro um país de poucos que concentravam a riqueza. Sem desmerecer os governos anteriores, o Bolsa Família, programa de transferência de renda, que surgiu da idéia original de um programa de renda mínima, por sua massificação, além da complementação que se deve a programas estaduais com o mesmo objetivo, alterou a condição de renda no país. O acesso à informação através dos meios eletrônicos também. 
A democracia representativa e seu exercício nos diferentes níveis sinaliza que há urgência em fazer reformas na direção de uma democracia participativa, mas nossa classe política resiste por conta de uma prática atrasada. Há que se esperar por mudanças. Está difícil fazer prognósticos, mesmo em política externa. Mesmo a Academia se encontra sem condição propositiva. Há uma tendência em "ideologizar" o debate, que em verdade enfraquece o próprio discurso ideológico. Há um empate entre os candidatos de uma campanha que ainda não começou. Diante disso, somente dando uma boa gargalhada.

Desapontado

Já foi dito que a descoberta nada mais é do que o encontro de um acidente com uma mente preparada. Albert Szent-Gyorgy


No momento preciso em que você julgou que seus problemas haviam desaparecido, e as coisas passaram a navegar a seu favor, algo aconteceu, e a trajetória foi subitamente mudada numa direção contrária.

No mesmo dia em que você estava se sentindo tão feliz, pronto para prosseguir vitorioso em sua jornada, recebe de súbito aquela notícia nada agradável.

Agora o vento bate fortemente na direção contrária.

Mas assim é a vida! Não se pode fugir a ela! Portanto, não tome as coisas pelo lado pessoal!

Quando as coisas ruins surgirem em meio às bonanças da vida, pare, sente-se, fique calmo e se aquiete! Procure lembrar-se de algumas verdades preciosas a respeito de si mesmo, e ore, falando com Deus sobre a situação. As Escrituras nos ensinam que todas as coisas contribuem para o bem daqueles que realmente amam a Deus. Essa experiência adversa pode muito bem ser apenas uma parte de um plano perfeito que Deus estabeleceu para você, antes mesmo da fundação do mundo. Portanto, acalme-se!

A realidade é que algumas vezes nós estamos sendo testados; em outras estamos simplesmente sendo chamados a nos render, sermos pacientes e humildes, e colocarmos os olhos naquele para quem não existem surpresas.

É caros amigos!! Não fique desapontado com o que a vida lhe dá, seja forte, leve sempre como um ensinamento. Tudo em nossa vida tem um porque mesmo que nos faça feliz ou infeliz.

DESNUDA