Leis exigem biblioteca nas escolas e sala de aula nos presídios


Duas leis assinadas pelo presidente Lula e publicadas na edição de ontem do Diário Oficial tornam obrigatória a oferta de biblioteca em todas as escolas e de sala de aula nos presídios.
     A lei que exige bibliotecas fixa o prazo de dez anos para que todas as instituições de ensino públicas e privadas proporcionem aos estudantes o acesso a livros, vídeos e documentos que auxiliem o estudo, a pesquisa e a leitura.
     De acordo com o Censo Escolar 2009, há bibliotecas em 73% das escolas de ensino médio, em 40% dos colégios da educação básica e em menos de 35% das 152.251 escolas do ensino fundamental.
   O acervo das bibliotecas deverá conter, no mínimo, um título para cada aluno matriculado no estabelecimento. E cada sistema poderá ampliar as coleções de acordo com a necessidade e a realidade local.
    A outra lei publicada ontem no Diário Oficial obriga a instalação, nos presídios, de salas de aula “destinadas a cursos do ensino básico e profissionalizante”.
    Segundo relatório publicado em 2009 pela Plataforma Brasileira de Direitos Humanos Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais (Dhesca Brasil), menos de 20% da população carcerária tinha acesso a algum tipo de atividade escolar; 70% dos detentos não possuíam ensino fundamental completo e 8% eram analfabetos.
    No início deste ano, o Conselho Nacional de Educação publicou as Diretrizes Nacionais para a Oferta de Educação nos Estabelecimentos Penais, que orienta e torna obrigatório o atendimento escolar a essa população. Sobre a infraestrutura, o documento do colegiado destaca que, com raras exceções, são espaços geralmente “improvisados e precários, sem qualquer organização especial”.
    Na avaliação do conselheiro Adeum Sauer, relator desse parecer, a sanção da lei é “muito positiva” porque reforça as diretrizes aprovadas pelo CNE.
    “A Constituição estabelece o acesso à educação como um direito público subjetivo de todo cidadão, esteja preso ou em liberdade”.
    O conselheiro Sauer explica que a oferta desse serviço compete aos estados, que são responsáveis pela administração dos presídios.

Dilma promete “situar Brasil entre os mais ricos”


A pré-candidata petista fez nesta terça suas primeiras promessas de governo e traçou três ambiciosos compromissos públicos. Dilma Rousseff prometeu dar prioridade à reforma tributária, que chamou de “reforma das reformas”, disse que vai criar um ministério só para médias, pequenas e micro-empresas. Mas para além de metas pontuais, estabeleceu pela primeira vez o que seria seu eixo de governo.
Os três pilares propostos por Dilma, não por acaso, estão todos na área econômica, mas diretamente relacionados a melhorias sociais. São eles, segundo a petista: “situar a economia do Brasil entre as mais ricas do mundo; crescer a taxas elevadas por mais de uma década; distribuir renda de uma forma definitiva e permanente, buscando elevar o país a uma situação de classe média”.
A ex-ministra agrega às próprias metas as conquistas do governo do qual participou. É assim quanto promete crescimento “por mais de uma década” e quando chama para si a inclusão promovida pela gestão de Lula: “geramos um mercado interno robusto, baseado na mobilidade social. Pela primeira vez nos últimos vinte anos, o Brasil permite que as pessoas subam na vida.” Ao mencionar a distribuição de renda “definitiva e permanente”, considera as políticas, fixadas em lei, de correção do salário mínimo, dos benefícios da Previdência e a perspectiva de perenização de programas sociais.
Dilma propõe como meta “que coloquemos como piso da renda do Brasil a renda da classe média” – tendência que estudos do Ipea já confirmaram recentemente. Continua>>>

Brasil passa a fabricar 7 novos remédios


O GLOBO

A indústria brasileira passará a fabricar sete novos medicamentos, como resultado de novas parcerias entre empresas privadas e públicas anunciadas ontem pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão.
Com esses acordos, o Brasil deixará de importar 21 produtos considerados prioritários, com uma economia anual estimada em R$ 170 milhões. Em novembro de 2009, o ministério já havia fechado outras nove parcerias.
Os medicamentos incluídos agora na lista são indicados para tratamento de Alzheimer, Aids, osteoporose, tuberculose, hemofilia e asma, além de imunossupressores (para submetidos a transplantes). O governo também prevê reforço na produção nacional do contraceptivo DIU.
— É uma forma de o governo federal incentivar a indústria nacional de medicamentos, reduzir a dependência do exterior e tornar o produto mais acessível — disse o ministro em São Paulo, onde foram assinados os acordos: — As empresas privadas vão desenvolver os princípios ativos e entregá-los aos laboratórios públicos para que seja feita a transformação da matéria prima em cápsulas, comprimidos, xaropes, injetáveis.
A previsão é que pelo menos cinco medicamentos já comecem a ser fabricados este ano no país: Tenofovir (para Aids), Tracrolimos (para transplantes) e três antipsicóticos (Clozapina, Olanzapina e Quetiapina).

Ensino integral público cresce 630% de 2008 a 2010


Mariana Mandelli

Considerada uma das principais bandeiras para a melhoria do ensino público, a educação integral passou a contar com financiamento especial do governo e, com isso, foi adotada por mais redes municipais e estaduais. De 2008 a 2010, o número de escolas que aderiram ao Programa Mais Educação, do governo federal, foi de 1.378 para 10.050 ? um crescimento de 630% ?, abrangendo 3 milhões de alunos.
Com a criação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), em 2006, as escolas públicas com mais de sete horas de aula, dentro do Mais Educação ou integrantes das políticas de Estados e municípios, passaram a receber mais verba. O aumento de recursos é de 25% para o fundamental e 30% para o médio. Em 2009, uma pesquisa realizada com apoio do Ministério da Educação em 2.112 municípios mostrou que 500 (23,7%) já trabalham com jornada ampliada.
A consolidação de políticas para a educação integral, prevista na Lei de Diretrizes e Bases, vem no momento em que o Brasil figura entre os países onde as crianças passam menos tempo na escola. Segundo levantamento da Unesco divulgado em janeiro, na rede pública a média de horas por dia é de 4,5 no ensino fundamental e de 4,3 no médio.
Divergências. Nos últimos anos, Estados e municípios começaram a implementar programas próprios e, por isso, há diferentes práticas de educação integral no País. Cidades como Sorocaba (SP), Palmas (TO) e Apucarana (PR) são apontadas pelo MEC como bons exemplos.
No entanto, apesar do crescimento, educadores afirmam que o Brasil está longe de concretizar um projeto eficiente. “O MEC deveria ter a educação integral como prioridade em termos de políticas públicas”, afirma Antonio Matias, vice-presidente da Fundação Itaú Social, que pesquisa o tema.
As atividades realizadas no contraturno das escolas integrais também são alvo de discussão. O Mais Educação oferece 71 atividades, divididas em dez grandes áreas, que abrangem desde oficinas de vídeo até banda de fanfarra, passando por artes marciais, xadrez e grafite. “Fanfarra e mesmo esportes parecem ideias pobres. Elas não são tão eficazes, no sentido de aprendizagem, quanto outras ações. Mas também não se pode imaginar um cardápio fechado de opções”, opina Matias.
Independentemente da diversidade das atividades, os educadores insistem que elas devem combinar com a proposta pedagógica da escola, com ações que façam sentido dentro da cultura das crianças.
“A educação integral deve olhar o aluno em suas múltiplas dimensões, da social à cognitiva. A escola deve ter clareza pedagógica para saber aonde quer chegar com o projeto”, afirma Eloisa de Blasis, pesquisadora do tema no Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária.
Estrutura. Embora a discussão seja antiga, a educação integral enfrenta os velhos problemas brasileiros, como as desigualdades extremas entre os municípios. “Falta a consolidação de um projeto real e abrangente. O Brasil é muito heterogêneo. Ainda precisamos de muito financiamento”, afirma Gilda de Araujo, professora da pós-graduação em Educação da Universidade Federal do Espírito Santo. Para ela, alguns projetos sofrem com interesses privados, já que as escolas procuram parcerias com entidades, igrejas e empresas.
A falta de preparo das escolas, tanto em relação ao espaço físico quanto à capacitação de pessoal, é outro obstáculo para o avanço. “Tem escola que não tem energia elétrica”, afirma Juca Gil, professor da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

É demais...

"Do @Sen_Cristovam Estamos na Audiência debatendo sugestão de inclusão do direito de Procura da Felicidade na Constituição. O que você acha?"

Falando sério amigos, dá para aguentar uma desta com paciência, bom humor?...

Sinceramente, é demais!

Que tal o senador Cristovam Buarque e os companheiros deles que estão "debatendo" esta palhaçada (digo sugestão), aproveitarem e colocarem na constituição brasileira além do direito de "Procura de Felicidade", a proibição da gente morrer?

Ah, senador e sua trupe...vão plantar coquinho, vão pentear macaco, vão enxugar gelo e xupar parafuso até virar prego.

FORÇA ESTRANHA


A matéria pertence a cientistas políticos e a sociólogos, mas é bom meter a colher na panela: que força estranha será essa impulsionando candidatos sem a menor chance de vitória a concorrer às eleições presidenciais?


Não se fala dos picaretas e dos vigaristas ávidos de quinze segundos  de  exposição nas telinhas, megalômanos sem a menor importância. Importa indagar por que, por exemplo, Marina Silva, pelo PV,  e Plínio de Arruda Sampaio, pelo Psol, insistem em apresentar-se sabendo que nem por milagre seriam eleitos?


O leque contém opções diversas: a defesa de uma idéia ou de um programa, a possibilidade de participarem de debates com os demais concorrentes, com chance de superá-los na retórica e no conteúdo, a fidelidade a princípios tradicionais, a vontade de mesmo inutilmente  demonstrar ao eleitorado o erro em que irá incorrer.


Tem sido assim no passado, continuará ser assim no futuro.   São profundas  as raízes dessa força estranha que expôs líderes como Ulysses Guimarães, Mário Covas, Aureliano Chaves, Ciro Gomes, o próprio Leonel Brizola,  a correrem para a  derrota inevitável.  O problema é que Marina Silva fará falta, no Senado, e Plínio de Arruda Sampaio, na Câmara.

Tucano possue bico grande e oco


GUSTAVO PATU – FOLHA SP

O tucano José Serra misturou dados enganosos e de consistência duvidosa ao atacar a escassez de obras públicas no Brasil e exaltar a expansão desses investimentos durante sua gestão no governo paulista.
Diferentemente do que disse, a taxa de investimentos públicos -a participação deles na economia- não chegou a triplicar em São Paulo. Passou de 0,43% para 0,97% do PIB estadual.

Foi triplicado, isso sim, o valor dos investimentos paulistas em moeda corrente, sem descontar a inflação. Pelo mesmo critério, os investimentos federais duplicaram no segundo governo Lula.

Apesar do crescimento, São Paulo é um dos que menos investem como proporção do PIB local. A taxa também é inferior à da União, de 1,03% do PIB em 2009.

A afirmação de que os investimentos públicos no Brasil só superam os do Turcomenistão se baseia em estudo do economista José Roberto Afonso, ligado ao PSDB, a partir de dados de 2007 enviados ao FMI.
O próprio autor ressalva no documento que os dados não foram auditados e podem ter sido apurados por metodologias diferentes.