Ministério do Serrágio

Animados pelos números divulgados [manipulados] pelo Ibopig o Serróquio começou a ventilar nomes para o provável [impossível] ministério. Confira abaixo:
Tasso Jurassatti - [des]Planejamento
Efraimoral - [des]Administração
Ratur Virgilio - [r]Itamaraty
Buldogueclito Fraco - [des]Integração Nacional
Mão Anta - Doença
Itajuba - Porlícia Federal
Gilmar Merd@ Dantas - Engavetador-mor da República
Daniel Verônica Dantas -  Ministério da Privataria
FHC - Ministério do Trololó 
Dando Zilbensdaem - Presidente da Petrobrax
Paulo Preto - Ministério dos Transporta 
Índio da Bosta - Fudai
Guilherme Real - Ministério da Natura
Roubaquim Voraz - Ministério das Cidacelas
Roberto Acuda - Ministério da Segurança
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A lição que vem do Rio Grande do Sul

AYRTON CENTENO
    Enquanto o Brasil se prepara para escolher entre a continuidade do projeto de Lula e a retomada do período FHC, o Rio Grande do Sul conta nos dedos os dias que restam para encerrar sua primeira e notável experiência com o PSDB no poder. Dela, pelo que disseram as urnas, não terá maiores saudades. O que não quer dizer que não tenha sido inesquecível. Começou antes mesmo de que o governo começasse, quando Yeda Crusius assomou à sacada do Palácio Piratini para desfraldar a bandeira do Rio Grande do Sul de cabeça para baixo. Ou também, semanas antes da posse, quando tramou um tarifaço, evitado pela oposição parlamentar com a anuência de parte dos governistas. Entre eles, seu vice, o empresário Paulo Feijó (DEM), que se pintou para a guerra contra seu próprio governo! O espanto foi ainda maior porque a candidata do PSDB, durante a campanha, jurara que não aumentaria impostos. Quando se elegeu com o slogan “O novo jeito de governar” ninguém imaginava que isto significaria fazer o inverso do que prometera.
    Pode-se dizer muitas coisas sobre o, digamos assim, governo de Yeda, mas ninguém poderá se queixar de enfado, tantas foram as emoções. Como a de conhecer caras novas: antes de concluir três anos de mandato a tucana já trocara 29 secretários! Que foram defenestrados nas mais variadas e, muitas vezes, espantosas circunstâncias. Por exemplo, seu antigo chefe da Casa Civil, Cezar Busatto, foi gravado pelo próprio vice de Yeda. No diálogo, Busatto admite que os partidos da base do governo tucano eram financiados por órgãos públicos, como as estatais de energia elétrica e de água e o departamento estadual de trânsito.
    O Detran, alíás, rendeu uma CPI específica e outra genérica, a CPI da Corrupção. As investigações desvendaram porque o estado emitia a carteira de habilitação mais cara do Brasil. Um secretário, dois assessores e o ex-coordenador de campanha de Yeda disseram, em diferentes ocasiões, ter advertido a governadora sofre a fraude e que ela nada fez. O corpo de um deles, Marcelo Cavalcanti, ex-chefe da representação gaúcha em Brasília, apareceu boiando no lago Paranoá em fevereiro do ano passado. Cavalcanti deporia à Polícia Federal naquele mês. Suicídio, concluiu a polícia um ano mais tarde.
    Em agosto de 2009, o Ministério Público Federal denunciou Yeda e seu então marido Carlos Crusius; sua assessora Walna Menezes; o ex-secretário-geral de governo, Delson Martini; o tesoureiro da campanha estadual do PSDB em 2006, Rubens Bordini; mais o deputado federal José Otávio Germano (PP), ex-presidente do Detran; os deputados estaduais Luiz Fernando Zachia (PMDB) e Frederico Antunes (PP) e o presidente do Tribunal de Contas do Estado, João Luiz Vargas. Todos acusados por improbidade administrativa. Depois, por uma questão de foro, Yeda foi retirada da ação que tramita na Justiça Federal.
    Com Yeda nomeando e o MPF, a Polícia Federal e as circunstâncias políticas desnomeando, não haveria mesmo chance para a monotonia. Uma das últimas cargas jogadas ao mar revolto das crises políticas foi o chefe de gabinete Ricardo Lied. Aposta de Yeda, que o levou para o coração do governo, Lied afastou-se em agosto. Ele é suspeito de comandar um sistema de espionagem de adversários políticos. Na relação de personalidades que tiveram seu sigilo violado figuram o governador eleito Tarso Genro (PT), o empresário Jaime Sirotsky, nome de proa da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), um senador, cinco deputados, promotores, policiais, militares, advogados e jornalistas.
    Deve-se a Lied uma das maiores contribuições para a iconografia da Era Yeda. Tornou-se hit instantâneo a foto que postou na internet. Na praia, o homem de confiança da governadora aparece de sunga, de pé sobre uma mesa usada como um pedestal. Entorna uma cerveja no bico, cercado por dezenas de garrafas. Desafortunadamente, por excesso de zelo e carência de jornalismo, a mídia fez olho branco para o flagrante tão impregnado de simbolismo.
    Quando veio a derrota, a governadora interpretou o recado dos eleitores de maneira peculiar, como é do seu feitio.  Na sua análise, o PSDB e seus aliados representaram “a resistência democrática” no estado, seja lá o que isso signifique. Assim, nomeia-os a “única força política organizada” na campanha local de José Serra no segundo turno.
    No seu blog, a par dos voos analíticos sobre Serra, o PSDB e a resistência democrática, Yeda relata sua relação com as corujas que a visitam no seu gabinete – “tenho aprendido das corujas”, confidenciou — e divaga sobre espectros e criaturas mitológicas, caso dos Dementadores, da série Harry Potter. São entidades malignas que sugam almas e enlouquecem as pessoas. Leitora voraz de literatura fantástica, adverte sobre a “evolução dos ciclos” e a eterna luta contra o “lado escuro da força”.
    Tudo isso é de suma utilidade para o eleitor. Ultrapassando o pitoresco das figuras e das situações, não será tempo perdido para quem ainda está indeciso entre Dilma e Serra debruçar-se sobre o que ocorreu no Rio Grande do Sul. Ao contrário, será sumamente educativo.
    Tarso Genro acena com um governo de concertação. Quer o PDT e o PTB na administração e pretende conversar com o PP e o PMDB. Vai ampliar sua base, dialogar com a sociedade e, pela sua capacidade de gestor e articulador, pode tocar um governo interessante. Porém, se comparado com o de sua antecessora, promete ser um tédio só.

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Presidente da Petrobras responde a David Zylbersztajn

“Para o governo FHC, a Petrobras morreria por inanição. Os planos do governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso eram para desmontar a Petrobras e vendê-la”, diz o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo. “Em 2003, quando a atual diretoria assumiu a gestão da Petrobras, havia em curso um plano claro de desmonte e esvaziamento de setores estratégicos da Companhia. Se essa tendência não fosse interrompida e revertida, a Petrobras praticamente extinguiria sua atividade de exploração, porque suas áreas exploratórias para buscar novas reservas de petróleo estavam se reduzindo, suas refinarias seriam desmembradas e as plantas de energia elétrica dariam prejuízos, sem perspectivas de recuperação do capital investido. A engenharia e a pesquisa e desenvolvimento da Petrobras seriam extintos”. As afirmações são do presidente da Petrobras em resposta às declarações de David Zylbersztajn, presidente da Agência Nacional do Petróleo no governo de Fernando Henrique Cardoso.


Para o presidente da Petrobras, não restam dúvidas quanto aos objetivos do governo anterior de “preparar” a Petrobras para ser privatizada. “Gradativamente, todas as atividades da Petrobras estavam sendo preparadas para serem passadas para a iniciativa privada, com a exacerbação do conceito de unidades de negócio, praticamente autônomas”, completou, numa breve análise do quadro que a atual gestão encontrou na Petrobras em 2003 e das conseqüências maléficas que a privatização da maior empresa da América Latina traria para a economia brasileira.


José Sergio Gabrielli diz que a Petrobras teve sua participação nos leilões de novas áreas exploratórias limitada pelo Governo, para atrair outras empresas privadas na aquisição dessas novas áreas, ficando, portanto, fora da disputa por novos campos. Sem novas áreas, a sustentabilidade da Petrobras estaria completamente comprometida, contando com mais 4 ou 5 anos de atividade exploratória e deixando toda a riqueza do subsolo brasileiro para empresas estrangeiras. Já no início de 2003, no primeiro Plano Estratégico da Companhia da atual gestão, esse processo foi totalmente revertido: a Petrobras voltou a disputar áreas novas, dobrou suas reservas, e ampliou significativamente o portfólio exploratório, hoje com investimentos em exploração de mais de US$ 4 bilhões, enquanto em 2002 esses investimentos foram de menos de US$ 500 milhões.


A Petrobras, frisa o presidente da empresa, perdia substantivamente em competência, economia, valor, inteligência. “Além dos aspectos econômicos, o desmonte da Companhia transformada em um conjunto de unidades de negócios trazia perdas em tecnologia, engenharia, pessoal”. Limitava-se o crescimento do Cenpes, o maior centro de pesquisas aplicadas da América Latina e um dos maiores do mundo, e da engenharia básica da Companhia, na “ilusão” de que toda a ciência, tecnologia e engenharia poderiam ser “adquiridas no mercado”. A gestão posterior a 2003 modificou essa tendência, fortalecendo a engenharia da empresa e seu sistema de pesquisa e desenvolvimento, além de estimular a criação de redes temáticas, que articulam centenas de pesquisadores de dezenas de universidades e instituições de pesquisa no país.


“Na área de geração de energia elétrica, com as termoelétricas a gás natural, não foi diferente. Os contratos, no governo Fernando Henrique Cardoso, garantiam lucros aos empresários donos das térmicas, ficando todo suprimento, pendências, problemas e financiamento do prejuízo para a Petrobras. Os investimentos em refino, mesmo para melhoria da qualidade dos nossos produtos e para aumentar a capacidade de processamento do petróleo brasileiro nas refinarias estava limitado. Nos últimos oito anos esse panorama se transformou e os investimentos no setor de refino cresceram. Hoje estão programadas cinco novas refinarias a serem construídas. Em 2002 não havia investimentos em biocombustíveis e hoje a Petrobras é uma das maiores produtoras de biodiesel e etanol”, diz o presidente.


Em relação ao novo marco regulatório para o pré-sal, Gabrielli também contestou as palavras de Zylbersztajn. Ele diz que o regime de concessões atrai empresas privadas que aceitam o risco de encontrar petróleo em áreas de alto risco exploratório em troca de altos retornos futuros no caso de descobertas. “Para o pré-sal, o risco exploratório é mínimo e o sistema de partilha de produção, em discussão no Congresso, permite, como o próprio nome indica, uma melhor divisão (partilha) entre as empresas e o Governo dos ganhos futuros das potenciais descobertas. Defender o regime de concessões para o pré-sal é defender que a maior parte dos ganhos da atividade sejam apropriados pelo setor privado e nesse sentido é defender, sim, a privatização do pré-sal”, conclui Gabrielli.


Clique aqui para ler “Bancos, PiG e Serra unidos para desconstruir a Petrobrás”.

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O Brasil de Lula e Dilma perde o medo

Pesquisas realizada pela CNI constata que a população confia em ter emprego.
O medo do desemprego nunca estava tão em baixa no país, segundo pesquisa da CNI. Para ela, o bom desempenho da economia aumentou a confiança dos brasileiros no emprego. O índice que mensura o medo caiu para 81,1 pontos em setembro deste ano, de acordo com a pesquisa trimestral divulgada nesta quarta-feira.
O índice de setembro, que recuou 1,5% em relação ao de junho, é o menor desde maio de 1996, quando começou a pesquisa, em que quanto menor a pontuação maior é a confiança na preservação do emprego.
“A queda na pontuação registrada em setembro é resultado do aumento do número de pessoas otimistas em relação ao emprego”, afirma a pesqauisa. Em setembro, 55% dos entrevistados disseram não temer ficar sem trabalho. Foi o terceiro trimestre consecutivo em que mais da metade dos brasileiros afirmou não estar com medo do desemprego. Outros 30% disseram ter pouco medo e 15% afirmaram ter muito medo do desemprego.
Segundo o gerente-executivo da Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, a avaliação otimista da população reflete as condições favoráveis do mercado de trabalho. “A economia retomou o crescimento e as taxas de desemprego das principais regiões metropolitanas estão entre as mais baixas da história”, explica Castelo Branco.
Segundo ele, o Índice de Medo do Desemprego deve manter-se nesse patamar até o final deste ano e ao longo de 2011. Isso porque tudo indica que o ritmo de crescimento da economia continuará elevado, garantindo a expansão da oferta de empregos.

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É hora de Lula, já

Fiquei apreensivo, hoje, depois de ver o programa de Dilma na televisão. Poderia fazer muitas observações, a começar do óbvio que seria criar um bloqueio de separação do programa de Serra que, todo mundo sabe, usa e abusa da técnica de terminar com uma baixaria sempre que antecede o de Dilma. Mas não, começa com aquelas cenas aéreas, já cansadas e batidas. Posso até ser primário, por não ser especialista em técnicas de propaganda e cinema, mas se a linha agora é comparar, temos de ser coerentes desde o primeiro minuto, colocar um “freio de arrumação” do tipo “agora acabou a hora da baixaria e da promessa furada; começa aqui o programa do Brasil que mudou de verdade, o programa de Lula e Dilma, para o Brasil seguir em frente”.
Acho que as coisas têm de ser abordadas mais diretamente, e Dilma reagir exigindo o respeito que merece e tem direito. E falar, como a gente diz aqui no Rio, “na lata”:
- Olha, vocês não sabem o que estou passando para não dizer o que certas pessoas mereciam ouvir. Estão me desrespeitando como pessoa, como mulher, como mãe e como avó. O problema é que eles não têm a coragem de enfrentar o Lula, de criticar o Governo Lula, de dizer que são inimigos do Lula e acham mais fácil tentar atingir a minha honra. Mas se eles acham que eu vou entrar neste esquema de baixaria, podem tirar o cavalo da chuva. Porque eu não estou aqui para fazer teatrinho, e o que eu tenho para garantir o que digo são os oito anos do governo do qual eu participei, com muita honra, e eles não tem para mostrar, porque fizeram parte de um Governo que saiu vendendo o Brasil, que demitiu trabalhadores, que arrochou os salários e que tinha de pedir a bênção do FMI.
E estamos conversados. Dilma não tem que  parecer boazinha, nem docinha com esta gente.  O povo sabe que a estão atacando e ela, sem baixar o nível, tem todo o direito de reagir.
Mas, na essência, o que está  está faltando – e acho inexplicável – é a entrada em cena do ator principal desta história. Dilma não estaria ali se não fosse a candidata do Lula e, se é a candidata do Lula, ele não pode ser tolhido – pelos políticos ou pelos marqueteiros – de estar ali, falando claro e direto como sabe falar.
Que ninguém se iluda, os adversários de Dilma fogem, desde o início da campanha, de se apresentarem como adversários do Lula, como o são.
Lula, portanto, não pode deixar de fazer isso se tornar claro. Dilma já teve tempo e oportunidades – e  o fez, com sobras – de mostrar que tem identidade, capacidade e preparo para governar.
Agora é a hora da onça beber água, definitivamente. Esta batalha do segundo turno não pode prescindir mais do general. Se a vencermos, venceremos com ele e por ele. Mas se nos arriscamos a perder, pela sua ausência, ele perderá também. Se os inimigos do Brasil, que não têm escrúpulos de qualquer ordem, abocanharem o poder, é a ele, Lula, e não a Dilma, que desejarão destruir ante o povo brasileiro.
Escrevi, que com o debate da Band  – e será assim no próximo, escrevam – Dilma nos fez recuperar as energias depois do desapontamento de não vencermos – e todos sabemos à custa de que expedientes sórdidos isso aconteceu – no primeiro turno. Os votos que permaneceram com Dilma, quase o suficiente para a vitória no primeiro turno, não ficaram por serem suscetíveis de se perderem com a campanha de sujeiras. Ficaram porque são votos valentes e lúcidos e só se poderá perdê-los pelo desânimo e por concessões que nos tirem a altivez e o orgulho de sermos parte desta mudança no Brasil.
Agora, o povo brasileiro precisa olhar e ver seu líder, sem medo e sem temores, chamando-o para a batalha.Precisamos ver Lula falando diretamente: se vocês confiam no que eu fiz, confiem em Dilma como eu confio. Quem confia no Lula, vota na Dilma.
E veremos dizer isso, logo e já, tenho certeza.

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Apurem as maracutais do Paulo Preto

E o Brasil saberá que o desgoverno Serra em Sampa foi um mar de lama
A bancada do PT na Assembléia Legislativa de São Paulo concedeu entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (13) para revelar novas suspeitas de casos de corrupção envolvendo o chamado “homem-bomba” do PSDB, o engenheiro Paulo Vieira de Souza, também conhecido como Paulo Preto. Integrande do grupo do agora senador eleito Aloysio Nunes Ferreira, Preto era homem de confiança dos tucanos paulistas até que foi acusado de sumir com quatro milhões de reais do “caixa 2″ da campanha de Serra.
As maracutais envolvendo o ex-presidente da Dersa, Paulo Preto, já eram bastante conhecidas nos bastidores do mundo político. Matérias da revista Veja (clique aqui para ler) e da revista IstoÉ (leia aqui) já tinham trazido à tona graves suspeitas sobre o engenheiro que ocupou cargos de grande importância no governo paulista na gestão do então governador José Serra (PSDB). Mas o nome de Paulo Preto foi jogado sob holofotes mais intensos depois que a candidata do PT à presidência da República, Dilma Rousseff, durante o debate da Rede Bandeirantes, no último domingo (10), citou o desvio de R$ 4 milhões do caixa de campanha de José Serra. O dinheiro teria sido arrecadado por Paulo Preto junto a empreiteiras e depois sumido.
Durante o debate e no dia seguinte, o candidato José Serra disse que não conhecia Paulo Vieira de Souza, mas depois voltou atrás. Nesta terça-feira (12), durante evento em Aparecida do Norte, Serra saiu em defesa do ex-presidente da Dersa e disse que ele é inocente e também que já foi eleito o Engenheiro do Ano.


Denúncias sufocadas pelos tucanos

Com o nome de Paulo Preto ganhando espaço na mídia, a bancada do PT resolveu reapresentar algumas denúncias envolvendo não só Paulo Vieira de Souza mas também o ex-governador José Serra e o atual presidente da Dersa, José Max Reis Alves.
As denúncias de tráfico de influência, desvio de dinheiro público e improbidade administrativa endossam a representação que os deputados petistas devem encaminhar nesta quinta-feira à Procuradoria Geral de Justiça de São Paulo. São denúncias que já circularam pela Assembléia Legislativa de São Paulo mas foram sufocadas pela maioria governista aliada aos tucanos.
Agora, com o assunto ocupando a pauta eleitoral, os deputados petistas têm esperança que as denúncias sejam finalmente investigadas.
Paulo Preto tem estreitas ligações políticas e pessoais com Aloysio Nunes Ferreira Filho (foto ao lado), ex-secretário da Casa Civil de São Paulo e senador eleito pelo PSDB em São Paulo. Vieira de Souza e Aloysio se conhecem há mais de 20 anos. Quando, no ano passado, o tucano sonhou em ser o candidato de seu partido ao governo de São Paulo, Vieira de Souza foi apresentado como seu “interlocutor” junto ao empresariado. A proximidade entre os dois é tão grande que a família dele contribuiu para que o ex-secretário comprasse seu apartamento.
Trajetória repleta de episódios nebulosos
“Trata-se de uma trajetória repleta de episódios nebulosos”, disse o líder da Bancada do PT, Antonio Mentor, em referência a Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto.
Segundo Mentor, antes de sair da Dersa, no final de 2009, Preto foi ainda acusado de favorecimento na indicação da própria filha, a advogada Priscila Arana de Souza Zahran, para o Escritório Edgard Leite Advogados Associados, que defende a Dersa e as mesmas construtoras que deveriam ser fiscalizadas pela estatal, no Tribunal de Contas da União e Tribunal de Contas do Estado.
Deputado eleito e presidente do PT Estadual, Edinho Silva, destacou o acesso a informações privilegiadas que a advogada tinha, ao atuar em um escritório que atendia empreiteiras fiscalizadas por se próprio pai. “É evidente o conflito de interesses”, explicou Edinho.
As empreiteiras atendidas pelo escritório onde trabalha a filha do ex-presidente da Dersa atuaram nas principais obras viárias do Estado, como o Rodoanel, a Nova Marginal e a extensão da Avenida Jacu-Pêssego. Paulo Vieira de Souza era o responsável, por exemplo, por autorizar o pagamento a estas empreiteiras.
“O contrato mais emblemático refere-se à extensão da Avenida Jacu-Pêssego. Nós, da Bancada do PT, fomos até a Dersa, por causa das desapropriações que a obra iria provocar. Paulo Preto foi acintoso, violento e ameaçador”, relatou o deputado Adriano Diogo.


Festa de R$ 1 milhão e ameaça a padre

O estilo do ‘tocador de obras’ do ex-governador José Serra também aparece nas festas que ele promove. “A festa de aniversário que ele realizou em março de 2009, na Casa das Caldeiras, custou R$ 1 milhão, e teve direito até a camelos e odaliscas”, denunciou o líder da Bancada do PT.
O deputado Adriano Diogo relatou ainda um episódio que mostra o estilo truculento do tucano Paulo Preto. Segundo Diogo, durante uma reunião para tratar dos interesses de centenas de famílias que estavam ameaçadas de despejo por causa das obras da avenida Jacú Pêssego, Paulo Preto lançou ameaças e grosserias contra o padre Franco Torresi, que estava na reunião como representante das comunidades ameaçadas de perder suas casas. “O Paulo Preto nos recebeu a contra-gosto e foi super grosseiro. Contou que durante o governo FHC ocupou cargos na área penitenciária e dirigindo-se ao padre Torresi fez um comentário em tom de ameaça. Disse que se tivesse conhecido o padre na época da ditadura, teria o colocado no pau (de arara, instrumento de tortura) e o padre não estaria ali enchendo o saco”, relatou Diogo.
A fama de arrogante e truculento de Paulo Preto é confirmada por um ilustre tucano. O atual governador de São Paulo, Alberto Goldman, chegou a escrever um e-mail a José Serra reclamando do estilo de Paulo Preto. Na mensagem, Goldman diz que o ex-diretor da Dersa é incontrolável, “vaidoso” e “arrogante”.


Vínculo com o esquema PC Farias

A representação dos deputados petistas também pede à Procuradoria investigação sobre o atual presidente da estatal, José Max Reis Alves, que já integrava a diretoria da DERSA na gestão de Paulo Vieira de Souza e foi acusado de participar do Esquema PC Farias, a máfia que atuou durante o Governo Collor, no início da década de 90.
Esta é a segunda representação que a Bancada do PT envia à Justiça sobre o ‘caso Paulo Preto’. O primeiro pedido de investigação, formulado em maio de 2009, está vinculado à Operação Castelo de Areia da Polícia Federal. “Estive reunido na semana passada com o Procurador (Fernando Grella Vieira) e o caso tramita em segredo de Justiça”, explicou o deputado Antonio Mentor.


De redação,
Cláudio Gonzalez



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IBOPE desmente o Datafolha: Dilma vence em todas as regiões, menos no Sul.


De: Ruy Nogueira

No Norte/Centro-Oeste, Dilma aparece na pesquisa com 54% dos votos válidos. Serra tem 46%.

No Nordeste, Dilma tem 61%, e Serra, 39%, apontou o Ibope.

No Sudeste, Dilma tem 52%; Serra, 48%.

No Sul, a candidata do PT tem 43%, e o candidato do PSDB, 57%.