Dilma em sua carreta em Fortaleza

Veja as imagens da carreata e ouça a música" Serra não, mamãe"

Ciro canta 'Serra não, mamãe' em carreta com Dilma em Fortaleza

O irmão de Ciro e governador do Estado reeleito pelo PSB, Cid Gomes, afirmou que Dilma não cantou a música e apenas "deu risada"

A candidata à Presidência da República pelo PT, Dilma Rousseff, realizou na tarde desta terça-feira carreata pela cidade de Fortaleza, no Ceará. O deputado Ciro Gomes (PSB), que acompanhou a presidenciável no trajeto, cantou o refrão entoado pelos militantes: “Serra não, mamãe”. O irmão de Ciro e governador do Estado reeleito pelo PSB, Cid Gomes, afirmou que Dilma não cantou a música e apenas “deu risada”.

Foto: Agência Estado
Dilma Rousseff faz carreata em Fortaleza
A petista tentou caminhar por Fortaleza, mas foi impossível percorrer as ruas a pé por causa da multidão que tentava ver a candidata. Assim, a postulante recorreu ao jipe para fazer carreata pela capital cearense. Além de Cid e Ciro Gomes, a prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins (PT), acompanhou Dilma na carreata.
A postulante não concedeu entrevistas em Fortaleza e foi direto ao aeroporto. Ela ainda faz campanha em mais dois Estados nordestinos nesta terça-feira: Pernambuco e Bahia.

José Serra não é Carlos Lacerda. E o Gregório dele é branco e rico


Gregório Fortunato, o controverso chefe da guarda presidencial de Getúlio, morreu pobre e preso, acusado de ser o mandante do atentado da rua Tonelero.
Gregorio Preciado, o controverso parceiro de Serra nos negócios apontados como irregulares na CPI do Banestado – sepultada pelo então Senador Antero Paes de Barros, como mostrei antes, que depois de perder o mandato ganhou um emprego de Conselheiro da Sabesp, empresa de esgotos (e água) de São Paulo -, está longe da miséria que marcou o final da vida do “anjo negro” (ou devo evitar a expressão, como diz o Serra, por ser “racista”?).
Além daquelas confusões, o Gregório do Serra está metido em outras.
Ele é acusado de ter se beneficiado de uma ajuda do ex-governador baiano Paulo Souto para comprar, em condições nebulosas, a paradisíaca ilha do Urubu, ao largo de Trancoso, litoral Sul da Bahia, que você vê na foto..
Em março de 2009, o deputado Emiliano José, da Bahia, disse da tribuna da Câmara:
-De acordo com as informações fornecidas à imprensa pelo advogado César Oliveira, no Processo nº 359.983-3, ao final do seu governo, o Governador Paulo Souto doou a Ilha do Urubu aos herdeiros da família Martins, posseiros da área em questão. Quatro meses depois, os herdeiros venderam essas terras ilegalmente – teriam que preservá-las por 5 anos -, por R$1 milhão, ao empresário Gregório Marin Preciado. Segundo Oliveira, mais ou menos 1 ano depois, Gregório Preciado revendeu o terreno a um megaespeculador belga, Philippe Meeus, por R$12 milhões.
Para o advogado, no mínimo, houve leniência por parte do Estado. O terreno vale, hoje, R$50 milhões, pois se trata de uma das áreas mais valorizadas da América Latina.
Nas denúncias, César Oliveira informa ainda que “Gregório Marin Preciado, espanhol, naturalizado brasileiro, é casado com a prima de José Serra, Governador de São Paulo e pré-candidato à Presidência da República. O Sr. Gregório Marin Preciado responde a uma ação penal do Ministério Público Federal por uma dívida de R$55 milhões, que foi perdoada irregularmente pelo Banco do Brasil. Ele tomou também um empréstimo de R$5 milhões no Banco do Brasil e deu a Ilha do Urubu como garantia, enquanto litigava com a família Martins, disputando a posse da Ilha.
Serra não conseguiu chegar aos pés de Lacerda, em matéria de talento em servir à direita, como fez o “Corvo” com Vargas. Mas, em matéria de gregório, reconheçamos, saiu-se muito melhor.

Humor cearense

O apelo de Ciro revela a veia humorística do cearense

Lula acaba de indicar o novo ministro para o STF

Quem faz piada com Lula e o Tiririca certamente julga que FHC indicar o Gilmar Dantas seja sério demais para fazer graça.
E aos 15 minutos do 2° tempo...
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STF amanhã e a abertura do processo de Dilma na ditadura


Está nas mãos da ministra Carmem Lúcia a decisão. Pode decidir sozinha o destino da liminar ou requerer maior discussão
 O Supremo Tribunal Federal tem sessão marcada nesta quarta-feira 27. Na pauta o recurso apresentado por Jader Barbalho, cuja candidatura ao Senado pelo Pará foi indeferida pelo Tribunal Superior Eleitoral com base na Lei da Ficha Limpa (clique aqui). Entretanto, um novo ponto pode entrar na pauta, a avaliação da liminar proposta pelo jornal Folha de S.Paulo, que pede acesso ao processo da candidata Dilma Rousseff durante a ditadura militar.
O jornal entrou com a Ação Cautelar junto ao STF (leia aqui) depois que o Superior Tribunal Militar (STM) adiou por duas vezes as sessões que julgariam o pedido a ele dirigido. Coube à ministra Carmem Lúcia o papel de relatora do pedido de liminar. Procurada por CartaCapital, sua assessoria informou que ainda não decidiu qual encaminhamento dará ao caso e que a decisão será postada no site do STF.
Carmem Lúcia tem o poder de conceder ou negar a liminar antes das eleições como requer a Folha. Pode também colocar o assunto na pauta da sessão de amanhã do STF para avaliação de todos os ministros. Caso ela ou o plenário decidam pelo acatamento da liminar, a Folha teria acesso imediato ao processo.
A ministra pode ainda solicitar o parecer do Procurador-Geral da República ou requerer maiores informações ao Superior Tribunal Militar.
Diante destas hipóteses, o jurista Walter Maierovitch, colunista de CartaCapital, avalia como remota a possibilidade de que Carmem Lúcia assuma sozinha a decisão. Os outros caminhos, diz ele, se trilhados, dificilmente levariam a uma decisão antes do dia 31 próximo.
Caso ele estiver certo, a Folha terá frustrada sua iniciativa insólita e não saberemos de imediato o que escreveram sobre Dilma em 1970 os representantes do terrorismo imposto pela ditadura militar.

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Eminentemente pífia, a atuação de Serra no Ministério da Saúde

Como consequência da Guerra das Malvinas, quando a Argentina, por ter abdicado da produção própria de fármacos, ficou desabastecida de medicamentos, o governo militar brasileiro aprovou um programa, por mim proposto, de desenvolvimento dos princípios ativos (fármacos) dos 350 remédios constituintes da farmácia básica nacional.

por Rogério Cezar de Cerqueira Leite

Estimava-se que, em dez anos, seria possível desenvolver, por engenharia reversa, pelo menos 90% desses produtos. De fato, em pouco mais de três anos, cerca de 80 processos já haviam sido desenvolvidos e 20 produtos já estavam sendo produzidos e comercializados por empresas brasileiras.

O sucesso inicial desse projeto permitiu que fosse iniciada por mim, nesta Folha, uma campanha de esclarecimento sobre medicamentos genéricos, o que não teria sentido sem a produção própria de fármacos.

Precipitadamente, o governo Itamar Franco tentou lançar a produção de genéricos. O poderoso cartel de multinacionais de medicamentos se insurgiu. Ameaçou-nos de desabastecimento, de verdadeira guerra. Derrotou e humilhou o Ministério da Saúde.

Poucos anos depois, esse cartel não somente cedeu prazerosamente ao ministro José Serra, então na pasta da Saúde, como até fez dele seu "homem do ano".

Seria o costumeiro charme do ministro? Seu sorriso cândido? Senão, qual o mistério?

Como consequência da isenção de impostos de importação para o setor de química fina, da infame lei de patentes e de outras obscenidades perpetradas pela administração FHC, mais de mil unidades de produção no setor de química fina, dentre as quais cerca de 250 relativas a fármacos, foram extintas. Além do mais, cerca de 400 novos projetos foram interrompidos.

Os dados foram extraídos de boletim da Associação Brasileira de Indústria da Química Fina. Em poucos anos, o deficit da balança de pagamentos para o setor saltou de US$ 400 milhões para US$ 7 bilhões. Quem acha que, com isso, Serra não merece o título de homem do ano das multinacionais de medicamentos?

Também os "empresários" brasileiros do setor de genéricos têm muito a agradecer ao ex-ministro da Saúde, pelas suas margens de lucro leoninas. Basta ver os imensos descontos oferecidos por quase todas as farmácias, que com frequência chegam a 50%. Os genéricos do Serra nada têm a ver com os genéricos que planejamos.

E o tão aclamado programa de Aids do Serra? É compreensível que todos os seres humanos, e talvez também o ministro Serra, tenham se comovido profundamente com a súbita e aterrorizante explosão da Aids. Que oportunidade sem par para políticos demagógicos!

A ONU homenageou o então ministro Serra pelo mais completo e dispendioso programa de apoio aos doentes de Aids de todo o planeta. Países ricos, com PIB per capita dez vezes maiores que o nosso, ficavam muito aquém do Brasil. Como foi possível? E por que será que, nesse mesmo período, os recursos orçamentários destinados ao saneamento básico não foram usados?

O então dispendioso tratamento de um único doente de Aids correspondia à supressão de recursos para saneamento básico que salvariam centenas de crianças de doenças endêmicas, com base em uma avaliação preliminar. Será que Serra desviou recursos do saneamento básico? Mistério!

Mas persiste o fato de que, durante a administração Serra na Saúde, os recursos destinados ao saneamento, à época atribuídos a esse ministério, não foram aplicados.

Mesmo sem contar mistérios como aqueles dos "sanguessugas" e da supressão do combate à dengue no Rio, entre outros, considero pífia, eminentemente pífia, a atuação de Serra no Ministério da Saúde.


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