Washington faz o que condena

A maneira casual com que os norte-americanos estão rasgando suas liberdades é de tirar o fôlego. Direitos que foram reverenciados como as jóias espirituais da Nação por 225 anos estão sendo colocados de lado como se fossem descartáveis. Fazemos de conta que ainda valorizamos os ideais dos quais eles são emblemáticos no momento em que os jogamos fora. Apenas um povo confuso por emoções descontroladas e que esqueceu de sua identidade pode agir de forma tão indiferente.

As flagrantes violações de direitos e proteções legais básicos são um dos destaques da década do 11 de setembro nos Estados Unidos. Monitoramento eletrônico por atacado, detenções arbitrárias, investigações intrusivas de pessoas e organizações sem motivo ou autorização judicial, a participação da CIA e da inteligência militar na contravenção de proibições estipuladas — uma vasta gama de práticas desprezíveis e ilegais. Na semana passada atingimos uma nova profundidade no desrespeito oficial à lei.
O ataque extrajudicial do governo Obama contra o WikiLeaks e a pessoa de Julian Assange é o mais amedrontador. Autoridades federais colocaram seu peso sobre empresas privadas para que se negassem a prestar serviços ao WikiLeaks e a qualquer pessoa que pretendia estender apoio financeiro ao grupo. O fato de que o PayPal, a Amazon, a Mastercard e a Visa são prestadores de serviços públicos demonstra o abuso de poder governamental.

O Departamento de Justiça também pode ter feito pressão sobre o governo sueco para colocar a Interpol atrás do sr. Assange por conta de ofensas sexuais surreais, ainda indefinidas, que os promotores gastaram dois meses preparando. (Alegadamente, Washington ameaça cortar o compartilhamento de inteligência com as autoridades amedrontadas de Estocolmo). Agora há informações de que os suecos estão colaborando com Washington para manter Assange detido no Reino Unido por tempo suficiente para que ele seja indiciado sob alguma acusação criada pelo Departamento de Justiça, que age em completo segredo. Adicionalmente, a Força Aérea dos Estados Unidos promoveu um blecaute no acesso eletrônico em todos os seus computadores aos jornais que publicaram resumos dos telegramas vazados.

Empregados ficaram proibidos de ler os jornais sob ameaça de severa punição. Uma ordem geral proíbe todos os empregados do Departamento de Defesa de ler os telegramas impressos — seja no santuário de suas casas, seja no lobby do Hotel Intercontinental de Cabul. Esta é a versão dos militares para as práticas repressivas usadas por regimes autocráticos em todo o mundo — práticas que Washington denuncia como ataques odiosos contra a liberdade.

O ponto-chave, que supera todos os outros, é que os Estados Unidos não tem autoridade legal para fazer qualquer uma destas coisas. Não buscaram autoridade legal para fazê-lo. A Casa Branca e o Pentágono simplesmente se deram o poder de punir arbitrariamente da forma como querem. Autoridades norte-americanas, a começar de Barack Obama, estão declarando seu direito de inflingir penalidades nos cidadãos com base em nada mais que sua própria vontade. A premissa e o precedente representam contravenção direta de nossas liberdades fundamentais. Não há distinção entre estas ações e uma hipotética ação do governo federal para negar a indivíduos ou grupos serviço de banda larga ou de eletricidade sob alegação de que estes serviços poderiam ser usados para embaraçar aqueles que tem poder em Washington.

É uma situação preocupante, que se torna mais preocupante ainda pelo silêncio que cerca este assalto histórico ao poder. A mídia convencional não publica críticas editoriais, os colunistas ignoram as questões relativas às liberdades civis, assim como os editorialistas (com exceção de Eugene Robinson); as associações de advogados não falam uma palavra, as universidades continuam em seu isolamento e os políticos pedem o sangue de Assange (literalmente)  ou se escondem com medo do rótulo de serem molengas ou sabotadores da segurança da Nação. É especialmente notável que o New York Times, que poderia ser acusado de servir de acessório a qualquer crime do qual o sr. Assange possa ser acusado, manteve a boca discretamente fechada, de forma pouco heróica.

O estado coletivo do pensamento americano se mostra incapaz de fazer a distinção básica e elementar entre a preferência pessoal e a lei. Levantar a questão com colegas e amigos gera respostas que nascem tão somente do que a pessoa pensa sobre o que fazem o WikiLeaks e Assange. É uma lógica eticamente obtusa. Minha opinião pessoal não tem nada a ver com a ilegalidade e a arbitrariedade do que nosso governo está fazendo. Nem poderia. É preciso denunciar as violações de nossos princípios e leis seja quem for o objeto dos abusos. Nós parecíamos entender isso.

Para completar a semana de notícias ruins para as liberdades civis, um juiz federal, John Bates, arquivou uma ação que pretendia evitar que os Estados Unidos tornem alvo um cidadão norte-americano baseado no Iemen, Anwar al-Awlaki, que nossas agências de segurança colocaram numa hit list. A ação foi movida pelo pai do clérigo. O Departamento de Justiça de Obama alegou que o tribunal não tem autoridade legal para censurar o presidente quando ele toma decisões militares para proteger os norte-americanos de ataques terroristas. O juiz Bates arquivou a ação dizendo que apenas o sr. al-Awlaki poderia movê-la.
Agora temos a confirmação judicial do direito de autoridades indefinidas, usando critérios indefinidos, de liquidar um cidadão dos Estados Unidos apenas por vontade própria. O único recurso do alvo, aparentemente, é entrar secretamente em um tribunal federal, junto com advogados, desde que evite ser fuzilado no caminho. Novamente, não tivemos comentários públicos a respeito da decisão.

Como chegamos a este ponto? A resposta óbvia é o medo — medo explorado por autoridades eleitas cujos interesses políticos atropelam o juramento de proteger e obedecer a Constituição dos Estados Unidos da América. Medo e o comportamento que ele gera. Supostamente somos o povo cuja bravura nos mantém livres — supostamente
Michael Brenner, no Huffington Post
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Dilma conseguiu o que era mais importante: Realizar a transição sem sustos

O primeiro dever de casa está feito

A sucessora do  presidente Lula, Dilma Rousseff, "começou" bem seu governo antes mesmo de iniciá-lo efetivamente. Até 31 de dezembro, era importante para uma transição sem atropelos ou nervosismos desnecessários que fosse anunciada a futura equipe de governo – ou pelo menos boa parte dela –, e que no novo ministério não estivessem implícitas mudanças abruptas de rumo ou nomes polêmicos.

Dilma conseguiu isso. Da equipe já anunciada, ela deixa claro que a política de Lula terá continuidade, com a presença de 12 nomes do PT, alguns que até já integravam o ministério do governo que está se encerrando.

O PMDB tem quatro nomes, a terça parte do partido majoritário, um cálculo que na matemática parece justo, embora o partido aliado sempre reclame por mais espaço.

Embora ainda falte mais de um nome a ser anunciado, a única expectativa real que ainda resta é a parte do quinhão que caberá ao PSB. A Ciro Gomes, nas negociações iniciais, foi oferecido o Ministério da Integração Nacional. Mas o político quer mais, sabe que tem cacife para um voo maior, que seria bem simbolizado pelo Ministério da Saúde, posto chave do governo, até pelo tamanho da verba que administra. Mas mesmo que Dilma precise contrariar o PSB, não sofrerá grandes efeitos colaterais.

Mesmo as sinalizações dadas pelos donos do cofre, leia-se o ministro Guido Mantega, de que em 2011 não haverá a fartura à qual os brasileiros têm se acostumado, não causarão à sociedade grandes sustos pois todos sabem que Dilma tem um estilo muito mais austero ou comprometido com promessas de palanque do que tinha Lula.

De 1º de janeiro até o Carnaval, sabidamente o país não engrena. Depois disso, aí a história poderá mudar um pouco. Até a  bem da democracia, é saudável que a oposição exerça com ponderação, mas com firmeza, o contraditório, cobre que se melhore o que está bom e que se repare o que está ruim. 

Até aqui o dever de casa está feito. Mas Dilma sabe a quem está sucedendo. E que terá, por isso, de matar um leão por dia.

Editorial do Jornal do Brasil

CartaCapital

 Ideias para Dilma
Edição 627
Escrevem: Delfim Netto, Adib Jatene, Vladimir Safatle, Fábio Konder Comparato, Armando Monteiro Neto, Rodrigo da Rocha Loures, Fausto Martin De Sanctis, Alfredo Bosi, Fernando Filgueiras, Emanuel Araujo, Antônio Luiz M. C. Costa, Renato Sérgio de Lima, Paulo Godoy e Marco Antônio Raupp.
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13 passos para ser feliz

Qual é o caminho para a felicidade? 

A pergunta, antes menosprezada por estudiosos, hoje inspira projetos científicos e preocupa governos no mundo todo. Contra o avanço da depressão e do estresse, países como Inglaterra e França encomendam pesquisas para medir o grau de satisfação das populações. Consultados pelo Correio, especialistas indicam os atalhos para o bem-estar.

1 Tenha amigos

2 Pratique uma religião
3 Evite se comparar aos outros
4 Escreva um diário
5 Escute música
6 Faça exercícios físicos
7 Defina planos
8 Seja gentil
9 Trabalhe com o que gosta
10 Perdoe
11 Abrace o otimismo
12 Procure ajuda 
13 Ame

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O legado do fenomeno Lula

Ele deixa o governo com popularidade recorde

A principal definição da Era Lula foi feita pelo próprio presidente Lula. No meio do primeiro mandato, citando Raul Seixas, ele afirmou: “Eu sou uma metamorfose ambulante”. Foi o momento em que as políticas que o PT sempre condenara na economia começavam a mostrar resultado sob Lula. 
 
Há 15 dias, traçando um retrato de seu governo, ele disse: “O segredo do meu sucesso é ter feito apenas o óbvio”. 
 
Um balanço por dentro da administração Lula mostra que isso é verdade. 
 
O que revela um paradoxo: um presidente com uma popularidade recorde e um governo com poucos avanços em áreas-chave para o país, como educação, saúde, saneamento, infraestrutura e as reformas política, previdenciária, trabalhista e sindical. Para discutir este e outros aspectos de oito anos de uma fase única na história brasileira, O GLOBO publica hoje um caderno especial sobre a Era Lula, com textos de MIRIAM LEITÃO, CARLOS ALBERTO SARDENBERG, MARCO ANTONIO VILLA e MERVAL PEREIRA; artigos de FREI BETTO, CARLOS LESSA e LUIS CARLOS FRIOMAN; José Casado pesquisou as promessas eleitorais do candidato Lula e mostra o que foi cumprido ou não; e colunas especiais com as melhores notas do período de ANCELMO GOIS, NHENHENHÉM e PANORAMA POLÍTICO.
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Mercadante deseja um BNDES para ciência e tecnologia

A ideia é transformar a Finep num banco
  
Formalizado por Dilma Rousseff como ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante (PT-SP) começa a esboçar seus planos.

Deseja, por exemplo, transformar a Finep - Financiadora de Estudos e Projetos - numa instituição financeira.

Hoje, a Finep é uma empresa pública. Encontra-se pendurada na pasta que Mercadante vai gerir daqui a duas semanas.

Opera sobretudo com verbas do Orçamento da União. Até o ano passado, o patrimônio líquido da Finep era de R$ 400 milhões.

Antes da virada do calendário para 2010, o governo empurrou para dentro do balanço da estatal, numa operação de capitalização, novos R$ 524 milhões.

Convertendo-se em banco, afirma Mercadante, a Finep terá “sai das restrições orçamentárias”.

Passaria a financiar pesquisas e projetos de inovação tecnológica como “o BNDES na área da indústria”.

Mercadante esboçou suas ideias numa entrevista ao portal da Unicamp. Deu-se nesta sexta (17). A transcrição está disponível aqui.

Disse que, sob Dilma, o governo terá de “mexer na política de financiamento à pesquisa”.

Guindou a formação de “recursos humanos” à condição de “prioridade das prioridades” de sua futura gestão.

Aliás, Mercadante foi à Unicamp com o propósito de tornar-se, ele próprio, um recurso humano mais bem formado.

Vinte e um anos depois de ter concluído um mestrado, o senador petista, em fim de mandato, esteve na universidade para defender uma tese de doutorado.

Eis o título da tese de Mercadante: "As Bases do Novo Desenvolvimentismo: Análise do Governo Lula". A peça tem 519 folhas.

Mercadante leu o trabalho para uma platéia de cerca de 300 pessoas. Dispunha de meia hora. Consumiu o dobro do tempo.

Submeteu-se ao crivo de uma banca de examinadores ilustres: Delfim Netto, Luiz Carlos Bresser Pereira, João Manuel Cardoso de Mello e Ricardo Abramovay.

Somando-se a exposição ao debate, a coisa durou quatro arrastadas horas. O repórter Maurício Stycer testemunhou a cena. Bernanrdo Mello Franco e Sabine Righetti também presenciaram.

Em essência, a tese de Mercadante defende a ideia de que Lula inaugurou um novo modelo de crescimento econômico.

Chamou-o de “neo-desenvolvimentismo”. Nada a ver com o “nacional-desenvolvimentismo” da década de 70, época em davam as cartas os militares.

Diferente também do “neoliberalismo” dos anos 90, conduzidos pelo tucanato, sob FHC. Mas, afinal, o que fez Lula de tão diferente?

Segundo Mercadante, o modelo econômico de Lula foi erigido a partir da lógica segundo a qual a política social rege a econômica.

O tom propagandístico de Mercadante foi ironizado pelo “avaliador” Delfim Netto. Ex-czar econômico da ditadura e conselheiro informal de Lula, Delfim disse:

“Sua história é muito boa, Aloizio. Mas há alguns exageros”. A platéia foi às gargalhadas.

Como que interessado em desfazer a impressão de que Lula descobriu o Brasil, Delfim lembrou que as bases para a economia “inclusiva” surgiram bem antes.

Foram assentadas, segundo ele, na Constiuição de 1988. Faltava colocar em prática. Algo que, para Delfim, Sarney, Collor, Itamar e FHC não lograram fazer.

A despeito de declarar-se portador de “fidelidade tribal, inexplicável, ao Lula”, Delfim discordou de Mercadante noutro ponto.

O senador petista dissera que FHC rendera-se ao chamado Consenso de Washington. E Delfim:

“O governo Fernando Henrique não usou Consenso de Washington nenhum. O governo sabia que 30% dos problemas são insolúveis e 70% o tempo resolve”.

Ouviram-se novas gargalhadas. No mais, Delfim vergastou a política cambial de Lula. No que foi seguido por outros avaliadores.

Criticou também o conservadorismo da política de juros. Ao final, Aloizio foi aprovado pela banca. Vai à pasta da Ciência e Tecnologia com o título de doutor.
por Josias de Souza
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Ministério do turismo cobra devolução de recursos

Por conta de convênios irregulares para a realização de festas e eventos, o Ministério do Turismo está exigindo que 15 prefeituras do Ceará e oito instituições que atuam no Estado devolvam recursos repassadas pelo Governo Federal. Ao todo, estão sendo cobradas a devolução de mais de R$ 3,5 milhões em função de denúncias de superfaturamento, irregularidade na prestação das contas e na execução de eventos.

No Brasil inteiro, está sendo reclamada a devolução de R$ 67 milhões. A cobrança do Ministério do Turismo foi intensificada devido às denúncias de uso irregular de emendas parlamentares ao Orçamento da União que envolvem Organizações Não Governamentais (ONGs) de fechada em todo o País.

Festas

Somente de 15 prefeituras do Ceará, o Ministério do Turismo cobra a devolução de R$ 2 milhões de recursos liberados para festas de São João, Carnaval, Natal e eventos regionais. Já de entidades que também apresentaram algum tipo de irregularidade na hora de realizar eventos, o montante cobrado passa de R$ 1,5 milhão.

A Prefeitura de Pacajus, por enquanto, é que deverá devolver a maior quantia aos cofres federais, um total de R$ 500 mil por não ter apresentado documentação complementar referente a um arraiá realizado em 2007 e um carnaval promovido pelo Município no mesmo ano.

O Ministério do Turismo ainda cobra R$ 200 mil da Prefeitura de Quixadá, por irregularidade na realização de um arraiá promovido pelo Município, em 2008, e a mesma quantia à Prefeitura de Solonópole, por não ter apresentando documentação referente a uma festa natalina em 2008.

Defesa

De acordo com o ex-prefeito de Quixadá, que geriu o Município em 2008, o convênio com o Ministério do Turismo foi executado "dentro da normalidade" e foi prestado conta do total de verbas recebidas, mas houve a necessidade de enviar alguns documentos.

Segundo o procurador geral de Quixadá, José Humberto Torres, no dia 1º de dezembro deste ano foi enviado ao Ministério do Turismo documentação para provar que não houve irregularidade e a resposta está sendo aguardada. O Município recebeu uma cobrança de R$ 60 mil por parte do Ministério, mas de acordo com procurador, a situação será resolvida para que não haja necessidade dessa devolução da verba.

Também estão na lista do Ministério do Turismo como devedoras de recursos por conta de irregularidades em eventos, as prefeituras de Assaré, Amontada, Mauriti, Icapuí, Cariré, Jaguaribe, Guaraciaba do Norte, Martinópole, Meruoca, Paramoti, Salitre e Tabuleiro do Norte.

Entre as entidades das quais o Ministério do Turismo cobra a devolução de recursos está a Associação Brasileira de Agentes de Viagem no Ceará, devedora de R$ 306 mil em função da falta de documentação sobre eventos realizados em 2007. Da Associação de Kitesurf do Ceará (AKC) estão sendo exigidos a devolução de R$ 300 mil.

A Fundação Cultural Manoel Antônio Nunes Neto, do município de Icó, está sendo obrigada a devolver mais de R$ 279 mil em função de irregularidades em uma festa junina e uma natalina promovidas na cidade em 2006.

Compõem a lista das instituições obrigadas a devolver recursos ao Ministério do Turismo, a Associação Caiçara de Promoção Humana, a Associação dos Amigos de Quiterianópolis, o Grupo Folclórico de Itapipoca e o Núcleo de Produções Culturais, de Quixeramobim.
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