Bijuteria


Originalmente, bijuteria é o ramo da ourivesaria ou joalheria que trabalha ligas metálicas semelhantes a ouro ou prata, assim como com pedras semipreciosas, vidro, plástico,miçangas etc. de modo a criar objetos semelhantes a joias e peças de fantasias. Por extensão, o termo também se aplica aos objetos criados.
Tratando-se inicialmente de imitações de joias, a bijuteria se desenvolveu numa série de adereços com valor precipuamente artístico em si mesmo, não mais tentando imitar as jóias necessariamente, embora mantendo a mesma função de adereço corporal.

Khalil Gibran

A força da alegria

[...] diz que há vinte séculos os homens adoram a fraqueza na pessoa de Jesus, e não compreendem Sua força. Jesus não viveu como um covarde, e não morreu queixando-se e sofrendo. Viveu como um revolucionário, e foi crucificado como um rebelde.

"Não era um pássaro de asas partidas, mas uma tempestade violenta, que quebrava as asas tortas. Não era uma vítima dos seus perseguidores, e não sofreu nas mãos de seus executores - mas era livre diante de todos.

"Jesus não desceu ao mundo para destruir nossas casas, e - com suas pedras - construir conventos; ele veio insuflar uma alma nova e forte, que faz de cada coração um templo, de cada alma um altar, e de cada ser humano um sacerdote."

Olhando com cuidado sua vida, veremos que, embora soubesse que sua Paixão era inevitável, procurou nos dar o sentido da alegria em cada gesto. Como disse em uma das colunas passadas, Ele deve ter pensado bastante antes de decidir qual o primeiro milagre que devia realizar. Deve ter considerado a cura de um paralítico, a ressurreição de um morto, a expulsão de um demônio, algo que seus contemporâneos considerassem como "uma atitude nobre"; afinal, era a primeira vez que se mostraria ao mundo como o Filho de Deus.

E está escrito: seu primeiro milagre foi transformar água em vinho - para animar uma festa de casamento.

Que a sabedoria deste gesto nos inspire, e esteja sempre presente em nossas almas: a busca espiritual é compaixão, entusiasmo, e alegria.

O monge tibetano Chögyam Trunpga diz: "não é preciso uma experiência mística para descobrir que o mundo é bom". Basta perceber as coisas simples que existem a nossa volta, ver as gotas de chuva escorrendo na vidraça, acordar de manhã e descobrir que o sol brilha, escutar alguém rindo."

Agindo desta maneira, o mundo deixa de ser uma ameaça. Passamos a nos dar conta que somos capazes de reverenciar o milagre da existência, aceitamos que temos a sensibilidade suficiente para ver o amor que existe em nossa alma. Se somos capazes de ver o que é belo, é porque também somos belos - já que o mundo é um espelho, e devolve a cada homem o reflexo de seu próprio rosto.

Embora sabendo nossos defeitos e limitações, devemos fazer o possível para conservar a esperança e bom humor. Afinal de contas, o mundo está se esforçando para nos ajudar, mesmo que a gente esteja achando contrário.

O único grande perigo é ficarmos seguros demais - porque um guerreiro da luz, por mais alegria que possua em seu coração, jamais deve relaxar por completo. Quando sentirmos que, por causa de uma atitude positiva diante da vida, estamos caindo em uma espécie de otimismo inconseqüente e baixando nossa guarda, é bom lembrar o seguinte texto de Confúcio:

"O perigo surge quando o homem sente-se seguro de sua posição".

"A ruína ameaça todo aquele que tenta preservar um estado de coisas."

"A confusão aparece quando colocamos tudo em ordem".

"Portanto, o homem superior não esquece o perigo quando está em segurança."

"O sábio não esquece o fantasma da ruína quando está em plena prosperidade."

"O inteligente não esquece a confusão quando seus negócios estão em ordem".

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Tel.: (21) 2266-8341 e 2266-8328
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Praça do Ferreira

Velho freguês da Praça

Sou aquele velhote que, todos os dias, de manhã e de tarde, vai à Praça do Ferreira. Fazer o quê, não sei. Apareço, ali, talvez em busca do adolescente que ia, ali, ao fim do expediente noturno na "Gazeta de Notícias", consumir meu bolo Souza Leão com refrigerante, antes de me recolher ao lar. Vou lá em busca dos fantasmas do passado, entre os quais me incluo. Por que nem eu mesmo estou, de fato, na Praça do Ferreira de que todos os outros se encontram ausentes.

Passado

O tempo passou. Passaram muitos presidentes. Até aqueles, mal humorados, de farda e quepe, até que voltasse à democracia. A cidade mudou. Só eu e uns poucos continuamos amando a Praça e buscando, ali, os encantos do passado.

No abrigo

Quando vim morar na Capital, a Praça do Ferreira era, inquestionavelmente, o Centro da cidade. Ali ficava o Abrigo Central, o "point" de conversas da cidade, mais frequentado, por razões óbvias, que os baixos da Coluna da Hora. Em derredor da praça, encontravam-se a residência e o palácio de despachos do governador do Estado, o Palácio da Luz, que hoje abriga a Academia Cearense de Letras. Bem próximo, ficava o prédio histórico da Assembleia Legislativa do Estado, onde comecei a vida de repórter político. Um pouco mais adiante, em frente à Catedral, o edifício do Tribunal de Justiça, sem falar da agência central do Banco do Brasil e dos Correios. Os bancos particulares ainda não se haviam dispersado pelos bairros da Capital. As principais lojas da cidade porque ainda não havia os shopppings.

Destino

Por isso, quando saio de casa, na Rua Silva Jatahy, peço ao motorista de taxi se é maduro ou velho: "Leve-me à Praça".Ele nem hesita. Toma o rumo da Praça do Ferreira. Quando formulo o mesmo pedido a chofer jovem, ele indaga: "Que praça?" Tenho de dizer que se trata da Praça do Ferreira, que era o Centro da Capital, para onde todos convergíamos no passado.

Duas vezes

Todos os dias, vou assim à Praça. Desço do táxi, diante da banca do Paixão, para saber das novidades, vou até ao Livro Técnico, ali no Edifício Sul América, faço minha fezinha na loteria e dou um pulinho até ao Palácio do Comércio. Ali, ao ar livre, defronte ao Sebrae, encontro a turma de meu amigo Júlio Montenegro, da velha guarda do Banco do Brasil. Aos domingos, como não há o que fazer na Praça porque até a última banca de jornais que ainda funcionava, neste dia, a do Bodinho, já não o faz, vou ao Raimundo dos Queijos, vindo com o poeta Juarez Leitão do Mercado S. Sebastião.
Lustosa da Costa

Microsoft apresenta queixa contra o Google à UE

A Microsoft intensificou sua rivalidade com o Google ao apresentar uma queixa às autoridades antitruste da União Europeia alegando que o grupo de buscas prejudica sistematicamente os mecanismos concorrentes na Internet.
É a primeira vez que a Microsoft –também objeto de processos antitruste na Europa e nos Estados Unidos– faz uma queixa às autoridades regulatórias por motivos de competição.
No documento apresentado nesta quinta-feira a Microsoft alega que o Google se envolve em um “padrão de ações” que bloqueiam deslealmente a concorrência.
O Google detém mais de 90 por cento do mercado de publicidade vinculada a buscas na Europa, enquanto o Microsoft Bing enfrenta dificuldades para conquistar participação de mercado.
O Google já está sendo investigado pela Comissão Europeia, devido a queixas de três pequenas empresas, uma delas controlada pela Microsoft.
O gigante de buscas não rebateu publicamente as alegações da Microsoft, mas demonstrou não estar excessivamente preocupado com a queixa.
- Não nos surpreende que a Microsoft tenha agido assim, já que uma de suas subsidiárias era um dos queixosos originais – disse Al Verney, porta-voz do Google.
- De nossa parte, continuamos a discutir o caso com a Comissão Europeia e é uma satisfação explicar a qualquer interessado como funciona o nosso negócio – acrescentou.
A Comissão Europeia afirmou que estudará as alegações da Microsoft.
- A Comissão recebeu a queixa e, de acordo com seus procedimentos, informará o Google e solicitará a posição da companhia quanto às alegações. Não prestaremos outras informações no momento – afirmou Amelia Torres, porta-voz da Comissão Europeia, em comunicado via email.
A queixa da Microsoft tornará mais importante a atual investigação da Comissão sobre o Google, segundo Christopher Thomas, advogado do escritório Hogan Lovells.
- A presença da Microsoft como queixosa formal faz diferença. As três outras empresas são menores e não possuem os recursos e determinação da Microsoft, disse ele.

Câmbio

Descalço e quase nu
Charge

Vale

Os desafios do novo comandante da Vale
Não são poucos os desafios que terá pela frente o sucessor de Roger Agnelli, que deixará a empresa até maio. À parte os exuberantes resultados obtidos pela Vale no ano passado, receberá como herança várias questões a serem destrinchadas - elas vão do Brasil à Nova Caledônia, passando por Austrália, Guiné e Moçambique. Vão exigir do novo CEO muito jogo de cintura e muita habilidade, principalmente na postura de relacionamento da companhia, considerada hoje um ponto frágil.
No Brasil, uma tarefa intrincada será conciliar os interesses que permeiam a companhia e reivindicações do governo federal, dos Estados e municípios onde a empresa atua. Há uma cobrança por mais agregação de valor aos minerais e metais que a Vale extrai e beneficia. Nesse caso, estão incluídos projetos de siderúrgicas.
Estados como Pará e Minas têm o sonho de ver não só a matéria-prima bruta ser embarcada: querem fábricas instaladas em seus municípios para atraírem outras atividades, como industria automotiva, de linha branca, de máquinas e autopeças, formando polos industriais. Um exemplo é o da Alpa, siderúrgica pedida para Marabá, cidade próxima de Carajás. Com apenas a terraplenagem feita, tem sido postergada a cada trimestre sem data para sair do papel. No programa de investimentos deste ano só estão previstos US$ 100 milhões.
O caso da cobrança de royalties na mineração é outro tema. Já levou a empresa a um confronto com o Ministério das Minas e Energia, com DNPM, órgão de regulação da atividade mineral, e com prefeitos de municípios mineradores, os quais cobram uma dívida de R$ 4 bilhões. Anderson Costa Cabido, prefeito de Congonhas e da AMIB (dos municípios mineradores) espera da nova direção da Vale "mais sensibilidade para negociação de um acordo". 
A direção da Vale, dizem pessoas que acompanham a empresa, nas suas relações atropela tudo e a todos - de comunidades indígenas a órgãos de governo - em prol da estratégia de crescimento da companhia. Por isso, tem enfrentado muitos processos na Justiça e uma estratégia que adota é agir na base do Congresso Nacional para segurar a aprovação de projetos que vê como prejudiciais à empresa. Esse comportamento terá de ser mudado, diz uma fonte.
No segmento de logística, a Vale vai enfrentar um ambiente de maior competição nas ferrovias. A ANTT, agência reguladora do setor, vai aprovar em maio três resoluções que tendem a criar mais concorrência nas malhas operadas sob concessão. As resoluções a serem aprovadas tratam sobre direito de passagem, direito do usuário e fixam metas por trecho para as concessões, questões que têm liderado as reclamações de usuários das ferrovias no país.
A influência dos 60,5% dos fundos de pensão e do BNDES na Valepar, holding que controla a Vale, é forte. E a presidente Dilma Roussef tem viés desenvolvimentista, na mesma linha do ex-presidente Lula em relação a Vale. O que o governo defende é mais investimentos fixos no país. A questão do valor agregado foi uma das primeiras pelejas do governo petista com Agnelli, fato que ele contornou ao longo de alguns anos de lua de mel com Lula. Aos poucos foi vendendo participações em várias usinas de aço onde era sócia: na CST, para a Arcelor, na Usiminas, e na argentina Siderar.
Após as críticas de Lula, com quem tinha relação direta e mesmo pessoal, ele cedeu os anéis para não perder os dedos. Adotou uma estratégia de entrar no negócio do aço por meio de participações minoritárias, associando-se a grupos estrangeiros clientes da Vale no minério de ferro. Com ThyssenKrupp montou a CSA no Rio, projeto que quase quebrou e teve de ser socorrido pela Vale durante a crise com US$ 2,5 bilhões para ser concluído. Sua participação passou de 9% para 27% e a CSA ainda enfrenta problemas de operação e com órgãos ambientais.
O programa de investimento de US$ 24 bilhões para este ano contempla apenas US$ 677 milhões a projetos siderúrgicos. O novo presidente vai receber de Agnelli 18 grandes projetos previstos para entrar em operação até 2012.
No comando da Vale há quase 10 anos, Agnelli ficou mais conhecido pela sua capacidade de aumentar os ganhos da companhia e pela sua internacionalização. Avalia-se que teve mais acertos que erros e um dos seus grandes méritos foi, em 2005, impor um reajuste de 70% nos preços do minério de ferro, dobrando a resistência das siderúrgicas, principalmente das chinesas. Soube aproveitar bem a demanda, em especial da China. "Ele estabeleceu um novo paradigma de valor para a matéria-prima do aço".
O novo negócio de fertilizantes da Vale também vai testar o novo CEO. A estratégia de Agnelli foi de montar uma operação de classe mundial e ficar entre as lideres até meados desta década. Envolve ativos no Brasil, Peru, Argentina e Canadá. No ano passado, investiu US$ 5 bilhões na aquisição de participações de empresas de fertilizantes no país, quebrando o monopólio estrangeiro no setor. Uma dos maiores negócios do ano no país, foi considerado como espécie de agrado ao governo, com quem entrou em rota de colisão em 2008 ao demitir 1.300 empregados no auge da crise.
A internacionalização da companhia ganhou impulso após a aquisição por U$ 18 bilhões da mineradora de níquel canadense Inco em 2006. Nos últimos cinco anos, a Vale ganhou o mundo, fincando bases na África, Austrália e diversos outros países, como Argentina e Peru. Mas nessa expansão, a empresa enfrentou uma greve ferrenha nas suas operações do Canadá que durou mais de um ano.
Na Nova Caledônia - colônia francesa na Oceania, com 270 mil habitantes a meio caminho entre Austrália e Nova Zelândia - onde herdou da Inco a mina de níquel de Goro tem o projeto que custou o dobro do previsto. Já tinham sido investidos US$ 2 bilhões, a Vale estimou mais US$ 1 bilhão e, ao fim, vai aproximar de US$ 6 bilhões. Mas a Vale informa que o custo é de US$ 4,4 bilhões. A informação é que seu custo de operação é elevado por adotar uma rota tecnológica complicada. Tem a vantagem de ter uma das maiores reservas de níquel do mundo.
Na Guiné, o CEO terá de definir com o novo governo os rumos do megaprojeto da mina de ferro de Simandou. Trata-se de um investimento estimado em US$ 11 bilhões para construir mina, uma ferrovia cortando o país e a vizinha Libéria e um terminal portuário no Atlântico. O novo governo quer aumentar de 15% para 33% seu direito de participação na receita do projeto para aprovar a obra, o que deve reduzir bastante sua rentabilidade.
A Vale já pagou US$ 2,5 bilhões para adquirir 51% dessa mina a um investidor estrangeiro, antigo dono, e terá de arcar com a implementação. Para tentar afastar o risco do projeto, Agnelli prometeu ao governo reconstruir a estrada de ferro Conakry-Kantan, as Trans-Guinea, com custo de US$ 1 bilhão, para transporte de passageiro e de carga geral.
As operações de carvão na Austrália, adquiridas alguns anos atrás, são vistas como ativos de segunda classe. Foram compradas na ânsia de se criar uma área de negócio que a Vale não tinha ainda, igualando-se a BHP Billiton, Rio Tinto, Anglo American e Xstrata. Já em Moçambique, o ativo é considerado um dos melhores do mundo. A empresa começa a produzir em julho, porém até agora ainda não resolveu o problema de escoamento ferroviário do produto até um porto no Oceano Índico.
O novo presidente da Vale, afirmam, terá de ser mais discreto, afeito à baixa exposição e menos personalista e deverá estar aberto a um pacto para pôr fim a pendências da empresa, como a dos royalties.
Hoje haverá reunião prévia de acionistas para homologação e contratação da empresa de seleção de executivos para escolher três nomes no mercado. Na quinta-feira, os acionistas indicam o futuro diretor-presidente, com base na lista tríplice preparada pela consultoria. 
Vera Saavedra Durão e Ivo Ribeiro
Colaborou Francisco Góes, do Rio