Casamentos

[...] e enlances

A notícia da semana no front internacional não foi o casamento do príncipe e da plebeia em Londres, mas outro enlace: o anunciado entre Hamas e Fatah na Palestina. Enquanto a família real britânica cuida de refazer os laços com o velho glamour — se a Casa de Windsor sobreviver ao Príncipe Charles sobreviverá, acho, a qualquer coisa —, as facções palestinas têm outro desafio: encontrar para seus liderados o caminho que leve a um país viável e reconhecido.

Num certo sentido o problema colocado à família real britânica e à liderança palestina é o mesmo: provar-se relevante para seu povo.

A missão de Fatah e Hamas é menos complicada, pois não há alternativas.

Sem os reis, príncipes e nobres, os súditos de Sua Majestade poderiam virar-se perfeitamente com a República. Já têm Parlamento, governo, tudo que é necessário. Um bolo sem a cereja continua sendo um bolo.

Para os palestinos, porém, não há opção realista fora do Hamas e da Fatah. A alternativa seriam uns grupúsculos alqaedianos, uma turma do mundo da lua. Ou então a absorção pela Jordânia e pelo Egito.

Mas deixemos em paz a família da rainha. O abacaxi levantino é mais importante e mais sensível. Toda vez que alguém ali ensaia um passo no sentido da lógica e da racionalidade acaba reavivando esperanças.

A reconciliação dos líderes é boa notícia para quem, como eu, torce para os palestinos alcançarem a plena emancipação nacional.

Será uma notícia melhor ainda se — e quando — a liderança palestina provar que está preparada para ir além e, efetivamente, criar seu Estado.

Por que os palestinos não têm ainda um país? Por uma razão singela: por não terem aceitado até hoje a decisão da ONU de 1948 que dividiu a área entre o Jordão e o Mediterrâneo, entre uma nação árabe e uma judia.

Foi uma decisão na época razoável. Foi apoiada pelos Estados Unidos, pela União Soviética e pelo Brasil. A potência colonial da área, o Império Britânico, absteve-se.

Foi razoável porque olhou a realidade. Já havia na prática um Estado Judeu funcionando. Aliás, a atual Autoridade Palestina inspirou-se, nos anos recentes, nesse fato histórico para concluir que o único caminho para ter um Estado é construí-lo.

Tem sido a tarefa do primeiro-ministro da AP, Salam Fayyad.

Todas as pesquisas recentes apontam que a maioria dos palestinos se inclina pela solução de dois países, um para cada povo. O que não impediria haver no futuro judeus morando na Palestina, assim como hoje árabes moram em Israel.

Num contexto de paz até o debate sobre os chamados assentamentos perderia importância. Quem está, por exemplo, disposto a investir tempo e energia discutindo a minoria de franceses que moram na Alemanha, ou a minoria de argentinos que moram no Brasil?

Seria nonsense, desde que franceses e alemães, ou brasileiros e argentinos, tomaram um belo dia a decisão estratégica de viver em paz ao lado do outro.

Há feridas decorrentes da remoção de populações? Nada que não possa ser resolvido com investimento, e com a multiplicação de oportunidades de educação e emprego. E com realismo.

O Brasil, por exemplo, é um país de imigrantes brancos e negros numa terra originalmente de índios. Essa circunstância histórica é razão para políticas públicas compensatórias, não para os brasileiros cogitarem de apagar o Brasil do mapa como forma de reparação.

O foco do impasse entre Israel e Palestina não está na ausência de soluções técnicas, ou na falta de suficiente energia intelectual dispendida. A encrenca reside neste detalhe: reconhecer o direito do outro à emancipação nacional ali mesmo, naquela terra.

A partir daí as soluções serão quase naturais.

Sem isso, a alternativa sempre será a guerra. Tem sido a escolha preferida pelo lado árabe. O resultado? Derrotas e recuos que a retórica não é capaz de disfarçar.

Mas nada impede que continuem tentando.

A esperança dos belicistas agora busca refúgio na possibilidade de o Irã alcançar a construção de armas nucleares e fazer com elas o que gerações de políticos árabes rejeicionistas não conseguiram.

Vai dar certo? Cada um tem sua opinião, mas um caminho assim representaria mais risco para a sobrevivência nacional iraniana — e palestina — do que propriamente para Israel.

por Carlos Chagas


O DEMOCRATAS ACUSA O PALÁCIO DO PLANALTO DE ARTICULAR O PSD.

Grave denúncia foi formulada pelo presidente do Democratas, senador José Agripino. Para ele, vem sendo articulada no palácio do Planalto a criação do novo partido liderado pelo   prefeito Gilberto Kassab.  A intenção do governo seria desconstruir a oposição, atingindo o seu partido e, também, o PSDB. Como reação, o senador pelo Rio Grande do Norte passou a admitir a hipótese da fusão do DEM com os tucanos, ainda que com a ressalva da necessidade de consultas prolongadas às bases de ambos.

Falar em palácio do Planalto e em governo constitui um eufemismo para designar Dilma Rousseff. Porque se verdadeira a denúncia, não há como argumentar que ela  não sabia de nada e que tudo se passa sem o seu conhecimento.

Vem então a pergunta: para que a presidente da República se empenharia em enfraquecer ainda  mais uma oposição  debilitada? Ou, no reverso da medalha: de que adiantaria ao governo  dispor de mais alguns deputados e senadores na base oficial, se há número mais do que suficiente para não sofrer derrotas no Congresso?

José Agripino chama de trânsfugas seus ex-companheiros do DEM já de malas prontas para o PDS. Reconhece o impacto que está sendo a debandada de perto de 30 deputados, sem esquecer o governador de Santa Catarina e provavelmente dois senadores. Daí o contra-ataque que seria a união com o PSDB, tanto faz se denominada de fusão ou de incorporação. Significativa foi a adesão do ex-presidente Fernando Henrique ao casamento das duas legendas, ainda que a maioria dos tucanos rejeite qualquer mudança de sigla.

Censo do IBGE

Alguns jornais hoje estampam:  

" Pela primeira vez, brancos não são maioria no Brasil"

Pergunto:

 Quando  [a não ser no papel] os brancos foram maioria no nosso território? 

Respondo:

Nunca!

1º tivemos a maioria composta por índios. Depois, até os dias de hoje temos a maioria de mestiços.

O mais é conversa pra boi dormir. 

Entrevista - O que diz ACMzinho sobre o momento político

O que disse ACMzinho ao repórter da Época, Leandro Loyola

 A sedução do governo

A política brasileira vive a síndrome do adesismo. Muitos se dirigem a mim envergonhados: "Olha, gosto de você, gosto dos meus amigos de partido, devo muito ao Democratas, no entanto eu só vou sobreviver se virar governo". A gente tenta mostrar que pode ter um projeto futuro, mas boa parte dos políticos só enxerga o dia de amanhã. Os políticos acham que só sobrevivem nas barras da saia do governo.


A resistência

 Uma democracia forte não se sustenta sem uma oposição combativa. [...] O PT viveu mais tempo na oposição do que está vivendo no governo. Em dado momento, o PT foi menor do que o DEM é hoje e, no entanto, teve um projeto claro, soube ir para as ruas e soube conquistar o poder.

A falta de estratégia

A oposição precisa sair dos corredores do Congresso e ir para as ruas. Tem de acabar com esse medo de ir para as universidades debater, medo de ir para os sindicatos debater, medo de ir para as fábricas discursar, medo de buscar os jovens. Esse ambiente do Congresso é um ambiente onde todo mundo está protegido. Tem de ter a coragem de ir para a rua.

A ausência de discurso

 Uma plataforma da oposição precisa ser construída, ela não existe. Os partidos precisam fazer pesquisas, discutir e ter um arcabouço de propostas nacionais e locais. Acabou essa história de um candidato a presidente achar que vai assumir um discurso nacional ou conhecer a realidade local na véspera da eleição. Outra tarefa é fiscalizar o governo.

O DEM acabou? 

Não, o partido não acabou. O Kassab partiu para destruir o DEM. Só que nós temos parlamentares que têm compromisso com o país – porque manter o DEM de pé, manter a oposição viva é ter compromisso com o país e com a democracia.

O contra-ataque

Eu não posso conceber que o maior amigo de [José] Serra [candidato do PSDB à Presidência em 2010] no DEM esteja no colo de Dilma.

A incoerência

Eu fiquei abismado quando vi a senadora Kátia Abreu dar uma entrevista dizendo que estava "louca para falar com a Dilma". Eu, que já tive oportunidade de ouvir a senadora Kátia Abreu fazer comentários sobre o PT, Dilma, Lula – prefiro publicamente não reproduzir as coisas que ouvi –, fico assustado de ver a incoerência das pessoas.

O que acha do PSD? 

Partido Sem Decência. A maioria das pessoas que compõem o PSD são pessoas sem expressão política. Eu não posso acreditar num partido que diz que não é de governo nem de oposição; não é de direita, não é de centro, não é de esquerda.

A fusão com o PSDB

No dia 5 de outubro vencerá o prazo das filiações partidárias para quem vai disputar a eleição de 2012. De que adianta falar de fusão, se até 5 de outubro seria impossível concluir um processo de fusão? Eu acho que o DEM tem de fazer sua reestruturação, o PSDB tem de se fortalecer e, aí sim, os partidos – de preferência incluindo o PPS – precisam aproximar suas estratégias eleitorais.

A candidatura a prefeito de Salvador

Essa decisão não está tomada. Eu acho que já cumpri meu papel no Parlamento. Disputar ou não em 2012 vai depender do contexto político e do projeto nacional. Se o momento não for adequado, eu posso aguardar até 2014.

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Cardápio do Dia

  • Costelinha com canjiquinha
  • Arroz de forno com atum BBB
  • Antepasto na cestinha
  • Peras com chocolate

Baleia!



Ontem vi um outdoor da Runner, com a foto de uma moça de biquíni e a frase:



"Neste verão, qual você quer ser? Sereia ou Baleia?"

Baleias sempre estão cercadas de amigos.

Baleias têm vida sexual ativa, engravidam e têm filhotinhos fofos.


Baleias amamentam. Baleias nadam por aí, singrando os mares e conhecendo lugares legais como as banquisas de gelo da Antártida e os recifes de coral da Polinésia.

Baleias têm amigos golfinhos. Baleias comem camarão à beça.

Baleias esguicham água e brincam muito.

Baleias cantam muito bem e têm até CDs gravados.

Baleias são enormes e quase não têm predadores naturais.

Baleias são lindas e amadas.

Sereias não existem.

Se existissem viveriam em crise existencial:

"Sou um peixe ou um ser humano?"

  Querida, prefiro ser baleia !

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