por Luis Fernando Verissimo

[...] aprendendo a praquejar

Na peça “A tempestade” de Shakespeare, Caliban é uma representação do que o selvagem significava para a imaginação europeia, quando se alastravam a exploração dos novos mundos e os encontros, ou choques, com seus habitantes primitivos. Metade gente e metade bicho, Caliban é uma curiosidade, uma ameaça, um estorvo e um desafio à classificação.
Muitos anos depois de Shakespeare, em pleno século dezenove, ainda se discutia na Europa se os selvagens eram humanos e tinham alma. Na peça ele é um servo rebelde e uma manifestação do Mal — quando não é um divertimento para Próspero e os outros. E era assim que ele existia no pensamento europeu: como um estranho, um possível escravo, uma possível fera e um eventual espetáculo. Mas Caliban tinha uma coisa que nenhum outro da sua raça — fosse ela qual fosse — tinha: suas falas eram escritas por Shakespeare.
É do seu autor a frase em que Caliban diz a Próspero que este lhe ensinou a falar como um homem, e que seu lucro nisso foi que aprendeu a praguejar. Substitua-se “praguejar” por protestar, denunciar, reivindicar e temos em Caliban o primeiro contestador de impérios coloniais, o primeiro nativo a falar de igual para igual com o senhor branco, o primeiro a rogar pragas contra a sua situação e a pedir justiça. E a usar o vocabulário do dominador contra ele próprio.
A Europa hoje enfrenta imigrantes que chegam aos borbotões na busca do seu direito a sobreviver, fugindo de ex-colônias deflagradas onde não há futuro. A falta de cadência shakespeariana às suas razões é suprida pela linguagem do desespero, mas o que os move é o mesmo vocabulário que Caliban tomou de Próspero para rejeitar um destino que o condenava a ser sub-humano.
Os “selvagens” aprenderam a praguejar, o que agora significa contrariar a fatalidade de terem nascido no lugar errado, e na forma errada. Se fossem dinheiro, emigrariam para onde quisessem, para onde houvesse oportunidades, em impulsos eletrônicos. Como são gente...

MUITO JOVEM PARA MORRER?


MUITO JOVEM PARA MORRER ?               Este  é o titulo de um filme que relata  a estória  real de uma jovem americana chamada   SUE  LEE com idade de 16 anos. SUE  LEE sofreu abusos sexuais efetuado pelo padrasto desde a idade de 12 anos...Foi abandonada pela mãe que dizia que ela provocava o padrasto. Casou aos 13 anos para fugir dos maus tratos,  seu marido foi servir ao exército , e ela foi abandonada mais uma vez à  própria sorte. Partiu  em busca do marido. Encontrou-o com outra mulher. Começou uma vida de prostituição. O cafetão que a explorava mantinha-a drogada para evitar sua fuga, foi submetida a toda espécie de maus tratos e sevicias até que um militar tirou-a das mãos do cafetão e levou-a para sua casa para ser babá de seus filhos. Sue Lee  não conhecia a bondade, interpretou mal as intenções do militar e acabou ela mesma metendo-se em sua cama. Passaram a levar uma vida marital. O cafetão inconformado com a perda do dinheiro que SUE LEE rendia denunciou  a situação as autoridades competentes e o militar recebeu um ultimato:  Ou livrava-se da menor ou iria a corte marcial. SUE LEE voltou para as ruas novamente. Estimulada pelo uso de drogas e por sentir-se traída acabou por seqüestrar  e matar a facadas o militar que amava. Foi  presa, julgada, e condenada a morte na cadeira elétrica aos 16 anos. O estado falhou quando foi estuprada,  não a abrigou  quando foi abandonada, não coibiu  sua prostituição e decretou sua pena de morte  para que outras adolescentes  não seguissem seus passos. Fico pensando na posição do Estado  e na violência dos grandes centros urbanos brasileiros. A lei americana  não assume a culpa do estado diz: Ok, man! erramos , sorry, mata ela. E a lei brasileira diz o que aos jovens que matam covardemente? Que ceifam  vidas diariamente? OK BOYS, tua vitima era muito jovem para morrer agora terás uma medida educativa de três anos como castigo. É a velha hipocrisia de uma mão lava a outra. Ah, pobrezinhos, não tiveram educação, moradia, trabalho, família, nem carinho. Como castigar os tadinhos?  Pelo jeito o Estado brasileiro,  também não assume suas culpas.        EXTRAIDO DO EBOOK "QUALQUER SEMELHANÇA É MERA COINCIDÊCIA" AUTORA: KALÚ POETA
Nilda Pereira da Silva

Este é o titulo de um filme que relata a estória real de uma jovem americana chamada SUE LEE com idade de 16 anos.

SUE LEE sofreu abusos sexuais efetuado pelo padrasto desde a idade de 12 anos...Foi abandonada pela mãe que dizia que ela provocava o padrasto. Casou aos 13 anos para fugir dos maus tratos, seu marido foi servir ao exército , e ela foi abandonada mais uma vez à própria sorte. Partiu em busca do marido. Encontrou-o com outra mulher. Começou uma vida de prostituição. O cafetão que a explorava mantinha-a drogada para evitar sua fuga, foi submetida a toda espécie de maus tratos e sevicias até que um militar tirou-a das mãos do cafetão e levou-a para sua casa para ser babá de seus filhos. Sue Lee não conhecia a bondade, interpretou mal as intenções do militar e acabou ela mesma metendo-se em sua cama. Passaram a levar uma vida marital.

O cafetão inconformado com a perda do dinheiro que SUE LEE rendia denunciou a situação as autoridades competentes e o militar recebeu um ultimato: Ou livrava-se da menor ou iria a corte marcial.

SUE LEE voltou para as ruas novamente. Estimulada pelo uso de drogas e por sentir-se traída acabou por seqüestrar e matar a facadas o militar que amava. Foi presa, julgada, e condenada a morte na cadeira elétrica aos 16 anos. O estado falhou quando foi estuprada, não a abrigou quando foi abandonada, não coibiu sua prostituição e decretou sua pena de morte para que outras adolescentes não seguissem seus passos. 
Fico pensando na posição do Estado e na violência dos grandes centros urbanos brasileiros. A lei americana não assume a culpa do estado diz: 

Ok, man! erramos , sorry, mata ela. 

E a lei brasileira diz o que aos jovens que matam covardemente?..

Que ceifam vidas diariamente?..

 OK BOYS, tua vitima era muito jovem para morrer agora terás uma medida educativa de três anos como castigo. 

É a velha hipocrisia de uma mão lava a outra. 

Ah, pobrezinhos, não tiveram educação, moradia, trabalho, família, nem carinho. Como castigar os tadinhos? 

Pelo jeito o Estado brasileiro, também não assume suas culpas. 

EXTRAIDO DO EBOOK "QUALQUER SEMELHANÇA É MERA COINCIDÊCIA" AUTORA: KALÚ POETA


Onde andará o PT velho de guerra

...partido que efetivamente inaugurou uma nova fase da política brasileira, nascido que foi de forma inversa ao tradicional, ou seja, de baixo para cima?
Cadê a militância aguerrida empunhando suas bandeiras libertárias e com sede de equidade e justiça? 
Alguém viu os parlamentares petistas que em não tão priscas eras travavam grandes batalhas no Congresso, enfrentando, às vezes com sucesso, o rolo compressor da maioria situacionista de governos passados?
E os movimentos sociais, em especial os sindicatos, tão ávidos e conscientes por uma boa luta em busca de melhorias para a classe trabalhadora e que também não fugiam á luta por quaisquer outras causas sociais?
Por que tanto recato? 
Reclama-se que hoje no Brasil a oposição está enfraquecida, ou mesmo sumida. Mas, lanço a pergunta: e precisa? A maior oposição ao governo está mesmo no próprio PT ao nivelar-se por baixo as outras agremiações políticas no que tange à busca de cargos e benesses do Poder.
Oposição também quando se omite em defender de forma orgânica o governo(vozes isoladas não contam) nas instâncias próprias, aí incluídas o Congresso e a Mídia. 
Todo santo dia é paulada em cima de paulada. Algumas fundamentadas, outras só factóides. E o PT calado; imóvel; vendo a banda passar. 
Como eleitor do PT desde a sua fundação(à exceção do pleito de 89 quando sufragei Brizola no primeiro turno) só tenho uma palavra para definir meu espírito: decepção. 

por Alon Feuerwerker

Primeiros passos

É cedo para saber se o PMDB vai mesmo bancar até o fim o recém-filiado deputado federal Gabriel Chalita na corrida à Prefeitura de São Paulo. No caso de se reagruparem as hoje dispersas correntes do PSDB, Democratas e PSD, é bem provável que subam muito as pressões do PT para uma composição já no primeiro turno.

Chalita está convicto de que o PMDB vai cumprir o combinado e lançá-lo à sucessão de Gilberto Kassab. E é mesmo improvável que o vice-presidente Michel Temer recue da combinação.

Mas governo é governo, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva parece empenhado em garantir já no primeiro turno paulistano um polo hegemônico para, como tem dito, “juntar os diferentes para combater os antagônicos”.

O problema, para o PT, é que o PMDB dá sinais de querer musculatura própria, pois 2014 vem aí e nada está garantido. Se com Lula a recondução do vice José Alencar era sempre a aposta mais prudente, desta vez o PMDB precisará movimentar-se um pouco mais para fazer prevalecer a inércia. Pois é nítido o esboço de movimentação de um potencial concorrente, o governador reeleito de Pernambuco, Eduardo Campos, do PSB.

Campos adotou no primeiro mandato em um perfil nacional discretíssimo. Mas aos poucos vai ajustando a bússola. Das entrevistas às inserções do PSB no horário político, apresenta-se na prática como alternativa.

O governador tem repetido que 2014 é jogo jogado. Com Dilma Rousseff candidata à reeleição ou, numa eventualidade, a volta de Lula. Diz também que seu projeto é fortalecer o PSB. Diz ainda que deseja completar o mandato, o que inviabilizaria qualquer desincompatibilização daqui a três anos.

Pode ser, mas é visível que o governador não fecha as portas para outras opções. Se o cenário permitir outras opções.

Campos tem sido uma reserva segura para ajudar o prefeito Gilberto Kassab a montar o PSD. É improvável que esteja fazendo isso a pedido de Dilma, ainda que ela tenha sido informada da parceria pernambucano-paulista. E não vetou. Se o governador estivesse de olho apenas em fortalecer o PSB em São Paulo, poderia ter retido Chalita, que aliás tem linha direta com o Geraldo Alckmin. E o PSB está no governo Alckmin.

Mas Campos preferiu abrir um caminho com Kassab, em São Paulo e nacionalmente. Pode ser no futuro uma plataforma de alianças, para o que for. Para pleitear uma vice. E também para alavancar um projeto presidencial próprio, no qual será bom ter uma perna mais liberal.

Todo partido de esquerda com projeto de poder tem isso no Brasil, então o PSB parece estar atrás de conseguir o seu aliado “à direita”.

Mas em que base poderiam se assentar outros projetos que não os da dupla tradicional PT-PSDB?

Em primeiro lugar, no crescimento do impulso renovador já exibido na enxurrada de votos dados a Marina Silva no primeiro turno ano passado. Em segundo, na dúvida sobre se o campo PSDB-DEM-PPS estará íntegro até a sucessão presidencial.

Dos políticos brasileiros que não estão na oposição a Dilma, Campos foi quem ofereceu as declarações mais simpáticas ao recente e polêmico artigo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, sobre o papel da oposição.

A aposta da tucademopiganalhada

A tucademopiganalhada aposta agora é no caso Palocci para defender a permanência da selic nas estratosfera.

O artigo abaixo já fala de um passado recente, até o deus "mercado" desistiu do terrorismo inflacionário [por enquanto]...

A volta da inflação

Marcos Coimbra
Já faz algum tempo, o principal assunto discutido no país é a “volta da inflação”. Há políticos e economistas que não conseguem dar duas palavras sem a mencionar. Para a maior parte da imprensa, parece que não há nada tão importante.
É um daqueles temas em que se percebe com clareza como é difícil a “neutralidade técnica” no debate público. Pois, se são muitos os que veem razões para se preocupar com o risco de que ela volte a assustar, também são ponderáveis os motivos dos que não acreditam que estejamos vivendo ameaça maior.
Quem mais fala nela é a oposição, seja no meio político ou na mídia. Inversamente, o governo tem procurado mostrar que, embora apresente tendência de alta, o cenário “objetivo” não justifica o temor de que ela se torne incontrolável.
Sem discutir de que lado está a verdade (se é que verdade tem lado), o fato é que o assunto funciona como argumento para os que não gostam de Lula e não gostaram da vitória de Dilma. Dizer que “a inflação está de volta” é uma forma de crítica retrospectiva ao que o ex-presidente fez, especialmente no último ano. E é uma maneira de desmerecer o resultado da eleição presidencial.
A “volta da inflação”, nessa perspectiva, é o preço que o país inteiro pagaria pela ânsia continuísta dos que detinham o poder e não titubearam em colocá-lo outra vez à beira do abismo hiperinflacionário. É, também, uma justificativa que torna menos vergonhosa a derrota que as oposições sofreram nas urnas, ao demonstrar a imoralidade do sucesso lulista. Elas teriam perdido para uma gigantesca mentira, não por seus próprios erros.
Para uma parcela nada pequena da sociedade brasileira, porém, a discussão a respeito da “volta da inflação” não faz sentido. São os que acham que ela nunca foi embora e que, se não foi, como poderia voltar?
Comparando pesquisas feitas ao longo da última década, vemos que as expectativas de que a inflação ficasse menor sempre foram pequenas, mesmo em períodos nos quais ela mostrava evidências eloquentes de queda.
Do início dos anos 2000 (passados, portanto, mais de seis anos do Plano Real e vencida a instabilidade do fim da década de 1990) até hoje, a proporção dos que concordavam com a frase “a inflação vai diminuir nos próximos seis meses” nunca ultrapassou 20%, em dezenas de pesquisas da Vox Populi. É verdade que ela variou para menos que 10% em alguns momentos, mas sempre teve esse teto.
Como fruto de uma longa e traumática experiência de convívio com a inflação ao longo de mais de 50 anos, a sociedade brasileira se acostumou com a sensação de que a inflação sempre aumenta, como se fosse dotada de alguma inexorabilidade. Mesmo depois de “objetivamente” controlada, ela continuou a existir no plano subjetivo: apenas uma em cada cinco pessoas (na melhor das hipóteses) apostava que ficaria menor no futuro imediato.
O que variou nas pesquisas foi a relação entre as respostas “a inflação vai ficar como está” e “vai aumentar”. Até o fim do primeiro mandato de Lula, o temor de que ela avançasse superava a expectativa de que, embora não caindo, ficasse onde estava. De lá ao fim de 2008, inverteram-se as proporções, com a progressiva redução das expectativas mais pessimistas.
Na crise internacional que começou então (e que está longe de terminar), houve um forte aumento do sentimento de que a inflação iria subir, em decorrência tanto de fatores objetivos, quanto subjetivos. Mas, já no fim do primeiro trimestre de 2009, o medo cedeu. Novamente, passou a predominar a expectativa de que a situação da inflação não se alterasse.
Agora, em pesquisa feita no mês de abril, vemos algo semelhante ao que aconteceu em 2008: crescer o temor de que a inflação aumentará, cair a sensação de que ela ficará como está. Nenhuma mudança dramática, no entanto: em dezembro, temiam que ela crescesse 33% dos entrevistados, contra 49% no mês passado. Subir 16% é subir, mas não muito.
Ninguém duvida que, se a inflação ficar muito alta, fugindo do controle do governo, sua imagem será abalada. Mas erra quem põe suas fichas na torcida de que a “volta da inflação”, nos níveis esperados, o desgaste.

Dois pesos e quantas medidas?

O bafafa do momento explorado pelos tucademospigolpistas são as receitas $$$ que encherem os cofres do Palocci, sobre o manto da cláusula de confidencialidade inserido no contrato entre as partes. 

Muito bem, prá começar sou a favor que acabe com "cláusula de confidencialidade", em todos os contratos, todos sem excessão. 

E, uma perguntinha gostaria que a tucademopiganalhada respondesse: Porque não exigem da BMW e mineirada , esclarecimentos sobre a tal "cláusula de confidencialidade"?...

Dizem por lá que a empresa não vai mais cosntruir a fábrica porque quebraram a dita cláusula.

Sei não, mas com certeza tem muito caroço neste angu. Por que a Rolha de São Paulo e demais piguistas não se interessam por este caso?...

Ah,lembrei. Vão colocar na geladeira para usar mais adiante quando for do interesse deles fazer insinuações sobre um certo mineirim.

Triste...

Não merecemos está imprensa corrupta que graceja no Brasil.

Corja  imunda!!!

Porque nossos sonhos não acabarão jamais, lutaremos onde tiver de ser

[...] lutaremos onde tiver de ser

Precisamos saber se é hora de voltar ao combate direto, indo além do ato de escrever

 "Nenhum homem pode fugir de seu destino".

Sófocles, dramaturgo grego (497 AC a 406 AC)

 
Esse mundo que se posta ante nossos olhos não é o mundo dos nossos sonhos. É uma afronta abominável aos ideais de uma humanidade serena e profícua, justa e generosa. É a esteira dos domínios cruéis, da opressão viciada por sofismas e eufemismos disseminados por inescrupulosas máquinas de manipulação, mistificação e escravização.

Esse mundo todo, nos diferentes quadrantes, respira por aparelhos de uma engrenagem assentada na barbárie e nas leis impudicas dos mais fortes, mais espertos, mais traiçoeiros, mais covardes.

Esse mundo vil não tem dó, nem piedade. Ao contrário, lastreia-se no inconsciente sádico e perverso que alimenta o massacre dos miseráveis inertes e nutre apetites vorazes de elites cada vez mais gananciosas e mais insaciáveis.

É o mundo cão sem tirar nem por. Um mundo que se serve sem o menor recato do obscurantismo, do charlatanismo, da malícia midiática, do fatalismo e da acomodação forjada, numa ciranda sufocante e implacável.

Esse mundo absurdo não é a última palavra, porém. Não é e nem pode ser o sepulcro dos ideais solidários que sobrevivem no torvelinho da angústia crítica. Esse mundo de podres poderes soçobra nos caminhos ínvios da injustiça e da exploração entre irmãos.

Mesmo sob o manto felino da arrogância, dos fatos consumados, esse mundo, digo-lhes, não tem armadura para resistir aos nossos sonhos por todo o sempre. Um olhar arisco o verá inclinando-se para o fundo do poço, como tigre de papel, eis que nossos sonhos vêm doutras eras e doutras raízes, atravessando procelas e recusando-se a vergar-se.

A esse mundo injusto, opomos o mundo dos nossos sonhos - muito mais do que uma quimera abstrata. Porque nossos sonhos são frutos de uma realidade plausível.

Isto quer dizer: nossos sonhos não emanam de nuvens passageiras. Brotam aos cântaros na valentia dos indignados, na teimosia dos indomáveis. Por isso, nossos sonhos não acabaram, não pereceram na fornalha de uma ditadura invisível, que domina pela sonegação do conhecimento, pelo direcionamento das amarguras e pelo incremento da boçalidade astuta.

Desde outubro de 2008, contentei-me com o verbo virtual. Fiz da grande rede a tribuna exclusiva das minhas reflexões. Circunscrevi a luta ao ato de explodir pelo teclado uma indignação que é de milhões de brasileiros, mas que só chega a alguns milhares nos limites de uma banda larga que ainda não alcança nem motiva as multidões desinformadas.

Procurei equipar-me mais e melhor através da mala direta, do blog, do you tube, das redes sociais. Fiz muito, mas fiz pouco, considerando o que produziria se me expusesse mais uma vez no cerne dos acontecimentos, ali, onde se decide, onde as palavras se encorpam e viabilizam ações no fremir dos embates frontais, no cenário das grandes batalhas.

Foi ali, no teatro dos entreveros políticos, nos conflitos diante das urnas, que assimilei meu compromisso sagrado com a c ausa da justiça e da liberdade, no sonho magnânimo do mundo melhor, obrigação irrenunciável dos que devassaram a história e viram nas entrelinhas do passado sofrido o livro aberto de um mundo de todos e para todos, sem postergações marotas, sem hipocrisias farsescas, nem desculpas reles.

Estou consciente, portanto, que há uma enorme diferença entre escrever e intervir, criticar e agir. No meu caso, isto é tanto mais evidente quando não dispomos mais nas bancas de nossa TRIBUNA DA IMPRENSA, trincheira que parou porque até hoje espera uma decisão judicial sobre as enormes perdas sofridas durante o período obscuro de perseguições sofridas na ditadura.

Neste instanto,  reflito sobre a possibilidade de voltar à liça, ao  corpo a corpo dos embates das ruas, da disputa das urnas. É o que me parece um dever diante de tantas farsas, tantas omissões, tantas burlas. Espero sua opinião sobre essa reflexão.
Voltarei  a falar a respeito muito em breve. 
 
 
Quando vereador, fui até o STF para garantir a minha lei que livrava os taxistas do regime escravo das diárias. Na vitória de 10 a 1 contra o recurso do então prefeito  Cesar Maia, o voto do ministro Marco Aurélio foi fundamental
 

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