Um representante do povo tem que ter reputação ilibada

Ele tem que ser um exemplo de comportamento para o povo. 

Ele tem uma responsabilidade de agir com honestidade e ética. 

Agora se agarrar a letra da lei para se manter no poder não é uma atitude patriótica, independentemente do partido. 

Eu acho que Eduardo Azeredo deveria ter renunciado ao mandato logo que surgiram as denuncias contra ele. 

Para representar o povo não pode haver nem sombra de dúvida com relação a honestidade do parlamentar. 

Não precisava nem de julgamento. 

Basta ter vergonha na cara e hombridade, o que está faltando a nossos parlamentares do TODOS os partidos.

J. Carlos de Assis: Indícios de conspiração contra a democracia em todo o mundo


Em 1983, bem antes do fim da ditadura, denunciei três grandes escândalos financeiros urdidos nos bastidores do sistema autoritário, os quais ficaram conhecidos como o caso Delfin-BNH, o caso Coroa-Brastel e o caso Capemi. Foi a inauguração do jornalismo investigativo na área econômica no Brasil, contribuindo fortemente para a desmoralização do regime. Era investigação jornalística crua: sem Polícia Federal, que só pensava em prender opositores políticos; sem Ministério Público, sem CPI, sem quebra de sigilos, sem escuta telefônica.

Trabalhei exclusivamente a partir de documentos vazados por empregados e funcionários públicos insatisfeitos com a corrupção em suas empresas ou instituições, e com depoimentos verbais rigorosamente conferidos por no mínimo três testemunhas. Nunca fui processado por civis que eventualmente questionassem minhas afirmações. Fui processado, sim, por dois ministros de Estado com base na antiga Lei de Segurança Nacional, aquela que criminalizava a intenção subjetiva, e não só os atos supostamente contra o regime.

Escapei de condenação porque o juiz militar de primeira instância entendeu que, ao contrário do que a LSN não previa, me devia ser dado fazer a prova da verdade. Não precisei fazer. Na verdade, já estava feita nas reportagens. Com isso os ministros, um deles chefe do SNI, o outro da Agricultura, desistiram da ação. Comparo isso, em pleno regime militar, com o jornalismo dito investigativo que tem sido feito no Brasil em pleno regime democrático. É o jornalismo da espionagem, da invasão da privacidade, da exposição pública de suspeitos, do achincalhe de inocentes, da opinião prevalecendo sobre a informação.

Roberto Toledo: viés, cada um tem o seu


O dinheiro está trocando de mãos como raramente ocorreu. No Brasil e no exterior, o rentismo deixou de ser uma opção para multiplicar o patrimônio. Ao contrário, nos países desenvolvidos a remuneração do capital financeiro é negativa. Quem vive de renda fica mais pobre. O jeito de fazer o dinheiro dar cria é investir em novos e velhos negócios, ou seja, arriscar.
O risco é a justificativa moral do capitalismo quando acelera a redistribuição do patrimônio. Alguns novos negócios vão dar certo, mas muitos vão dar errado. E o dinheiro vai trocar de mãos ainda mais rapidamente. Tudo isso provoca desconforto. Rompe estruturas seculares, desconstrói estilos de vida, revoluciona a sedimentação social.
Com juro baixo ou negativo, é mais fácil ter dívida do que patrimônio. No Brasil, esse rearranjo provoca dores de parto e reações proporcionais às perdas. O impacto varia de setor a setor. Empresas voltadas para o mercado de consumo interno estão geralmente melhor do que as dependentes da economia chinesa, que por sua vez estão melhor do que concessionárias de serviços públicos ou aquelas reguladas diretamente pelo governo.
O intervencionismo pontual do estado faz aumentar desigualdades. Beneficiários e prejudicados não são produzidos apenas pela aleatoriedade do mercado, mas pela caneta da burocracia. A grita aumenta não só por reação às injustiças, mas por ficar claro aos atores econômicos que quem não chora não mama.

Ibama perto de liberar linhões da Região Norte


Os dois maiores empreendimentos de linhas de transmissão em construção no país estão prestes a receber as licenças ambientais de operação, o que permitirá o início de atividade das redes. Até junho, o Ibama vai liberar a licença do chamado “linhão do Madeira”, de quase 2.400 quilômetros, que liga as usinas de Santo Antônio e Jirau, em Rondônia, até Araraquara, em São Paulo. 

A segunda obra é a linha de transmissão Tucuruí/Macapá/Manaus, de aproximadamente 1.800 km. 

Os prazos para liberar a operação dos projetos foram confirmados pelo coordenador de infraestrutura de energia elétrica do Ibama, Thomaz Miazaki de Toledo. 

“Esses dois linhões estão entre as nossas prioridades neste início do ano. Trabalhamos para que os dois projetos recebam a licença de operação ainda neste semestre”, disse.
do Valor Econômico

Tradutor popular

Noite de horror


Impressionante! Impressionante, não: medonho. Aterrador.
Mesmo assim, Marquito Rosalvo – o Mascavo – trancou-se na sala de seu apartamento para assistir Piranha pela terceira vez. Nada o incomodaria. A mulher já se recolhera, junto com a pequena Rosicler – ambas mergulhadas em sono profundo.

Abastecido por generosa dose de uísque, ajeitou-se confortavelmente na poltrona, regulou a intensidade da luz, esfregou as mãos e disparou o dvd. A tela tingia-se de vermelho, eMascavo se contorcia, emitindo um ou outro gemido ao imaginar a dor de cada mordida. Anestesiava-se então com um gole da bebida, aliviado por estar a salvo em terra firme, a bordo de uma poltrona imune a qualquer tipo de catástrofe cinematográfica. Em seguida, como se fosse uma piranha voyeur, enchia-se de coragem e retomava com o olhar a devastação de cada cena do filme. Antevia com arrepios a surpresa dos banhistas, logo transformada em pânico pelo ataque do cardume.

Exceto pelo grito de uma sirene, a cidade já silenciara. Mascavo associava o ataque dos peixes à quantidade de ambulâncias mobilizadas para o atendimento às vítimas daquela tragédia. Logo surgiu um vozerio que, a princípio distante, foi crescendo até tomar a atenção do cinéfilo dedicado. Água, piranhas, vítimas, gritos – tudo afinal desapareceria ao som de violentos golpes na porta do apartamento de cima.

Poesia das 22 horas

A beleza está no sol
No mar
Na lua
No amanhecer de um novo dia
No sorriso de uma criança
No pássaro que voa
No encontro de um olhar...

A beleza encontrá-se nas pequenas coisas e nas grandes pessoas.