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Programa Brasil Sem Miséria vence prêmio por inovação pública

Plano de superação da extrema pobreza foi uma das 10 práticas vencedoras do 18º Concurso Inovação

O Plano Brasil Sem Miséria, além de manter 22 milhões de brasileiros fora da extrema pobreza, se destacou na forma de fazer gestão pública. Sua estrutura e sistemática que permitem aos órgãos do governo federal atuar sem sobrepor suas ações, enxergando o cidadão como único, fez com que o plano esteja entre as 10 práticas premiadas no 18º Concurso Inovação na Gestão Pública Federal.
A cerimônia que indicou a classificação de cada iniciativa foi realizada nesta terça-feira (8), em Brasília, e teve a presença da ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello. O concurso promovido pela Enap tem o objetivo de estimular a adoção de iniciativas inovadoras de gestão em organizações do governo federal, disseminá-las e valorizar servidores públicos que atuam de forma criativa.
O secretário extraordinário para Superação da Extrema Pobreza do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Tiago Falcão, comemora a classificação. “O Plano Brasil Sem Miséria coloca práticas inovadoras em gestão pública a serviço dos brasileiros que mais precisam. O prêmio reconhece essa iniciativa, fruto de muito empenho e do propósito de superar a miséria em nosso país. Para nós, o fato do Plano estar entre os finalistas já é uma vitória.”

Bolsa Família

Tereza Campello: Estudos desmonta o "Bolsa preguiça"; Combate à miséria vai muito além da transferência, distribuição de renda

por Luiz Carlos Azenha no Viomundo

Três estudos incluídos num livro que faz o balanço dos dez anos do Bolsa Família desmentem o mito, espalhado por críticos do programa de transferência de renda, de que ele cria dependência e estimula a preguiça.

Programa Bolsa Família: uma década de inclusão e cidadania inclui 33 artigos de 66 técnicos. Segundo a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, gente qualificada e independente do governo federal.

Os estudos mencionados por ela demonstram que a taxa de ocupação dos que recebem o Bolsa Família é praticamente idêntico ao da população em geral: 75%.

Ou seja, trabalham tanto quanto os demais brasileiros.

Recentemente, o Viomundo publicou duas entrevistas de críticos à esquerda do Bolsa Família.

A professora Lena Lavinas, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, analisou os programas de transferência de renda da América Latina.

Segundo ela, o Bolsa Família é mudança positiva, mas insuficiente.

Dentre outras coisas, Lavinas afirmou:

Aparentemente, há coisas muito estruturais faltando. A política fiscal, por exemplo, não tem nenhum impacto distributivo. O crescimento recente foi em grande parte lastreado em cima dos preços das commodities, o que facilitou muito certo tipo de gasto, que é a questão que eu coloco no artigo que você leu (da New Left Review). Outro fator de desenvolvimento da demanda interna foi a expansão do crédito. Acesso a crédito e tudo isso não é algo que no médio e longo prazo garanta uma sociedade mais igualitária. O dinheiro no Brasil continua muito caro. A taxa média de juros para as pessoas pobres, quando pegam crédito, é de 80% ao ano, um assalto! E ainda assim as pessoas pegam. Quando você vai comprar um carro à vista ou um carro a prazo, o preço é o mesmo. É uma vergonha.

Publicamos, também, uma entrevista com um dos mais importantes especialistas em trabalho no Brasil, o professor Ricardo Antunes, da Unicamp paulista.

Antunes disse que, ao contrário do que muitos dizem, ainda não acabou o gás do lulismo e que isso se deve ao Bolsa Família, que concorda ser “necessário”.

Mas Antunes cutucou:

O Bolsa Família pra mim é uma política assistencialista. Mais e pior do que assistencial. Não toca em nenhum elemento estrutural. Seria imprescindível fazer o Bolsa Família junto com questões estruturais da questão brasileira. Uma delas é vital, a questão da propriedade da terra. Reforma urbana! O Bolsa Família acabou se tornando um projeto assistencialista que minimiza uma tragédia, não enfrenta, tem consequências nefastas porque beneficia entre aspas quem não tem trabalho incentivando o não-trabalho e fazendo com que o que deveria ser um ponto de partida para enfrentar uma questão estrutural se tornasse o grande cabo eleitoral do PT. Ele não elimina a miséria! Não paga o custo dos cachorros das nossas classes médias, da classe dominante. Como ele é insuficiente e não resolve, o PT quer eternizá-lo. Tendo sempre o Bolsa Família a população olha o PT e diz “é ruim, mas nos dá o Bolsa Família”; olha o tucanato e diz “é insensível e vai acabar com o Bolsa Família”.


Por conta disso, abrimos espaço para que a ministra Tereza Campello polemizasse.

Segundo a titular do MDS, além de desmontar a tese do Bolsa Preguiça os estudos demonstraram também que não é verdade que quem recebe o Bolsa Família procura a informalidade. Na verdade, sustenta a ministra, as pessoas ficam na informalidade por causo do despreparo para ingressar no mercado de trabalho formal.

Campello disse que só há duas explicações para o fato de pessoas bem informadas repetirem as acusações desmontadas pelos estudos: motivos ideológicos dos que fazem oposição ao governo e “preconceito [contra os pobres], infelizmente”.

Na entrevista ao Viomundo [íntegra gravada, abaixo], Campello disse que nunca, nem no governo Lula, nem no governo Dilma, se afirmou que o Bolsa Família era a panaceia para todos os males do Brasil.

Porém, é o que tem impacto de forma mais rápida na qualidade de vida dos pobres. A partir dele, criou-se um cadastro único que permite o desenvolvimento de outros programas. Tereza Campello diz que há “dezenas” de iniciativas acopladas ao Bolsa Família.

Por exemplo, há alguns dias o governo Dilma cumpriu a meta de matricular um milhão de pessoas no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), que oferece cursos profissionalizantes de 400 horas que preparam de pedreiros a cuidadores de idosos. Ao todo, são ofertados 530 cursos.

Além disso, no atual governo foram construídas 500 mil cisternas, garantindo acesso à água de milhares de pessoas — dentre as quais há muitas cadastradas no Bolsa Família.

Segundo a ministra, o Brasil se tornou referência mundial.

Na semana passada, 40 técnicos de países africanos estavam no país para conhecer detalhes sobre o Bolsa Família. Nesta semana, o Banco Mundial promove no Brasil um seminário Sul-Sul sobre “seguridade social” com representantes de 50 países.

“Uma das coisas que eles falaram é isso, que o Brasil hoje não é mais um laboratório de políticas sociais, o Brasil é hoje uma universidade. Quem quiser aprender sobre políticas sociais tem que vir ao Brasil e aprender com a gente”, afirmou a ministra, que ouviu isso em Washington, quando esteve no Banco Mundial para comemorar os 10 anos do Bolsa Família.

Esta semana será inaugurada uma plataforma digital que tem o objetivo de ser espaço de troca de informações sobre programas de transferência de renda, World Without Poverty, parceria do MDS com Ipea, PNUD e Banco Mundial.

Aqui abro parênteses para dar testemunho pessoal sobre aspectos pouco considerados do Bolsa Família e de outras mudanças relativamente recentes no Brasil.

Em Cabrobó, Pernambuco, vi com meus próprios olhos a dinamização da economia local, que tem impacto especialmente no comércio. Por conta do Bolsa Família e de investimentos federais na região, dispararam as vendas de celulares e produtos de consumo da linha branca. Chegaram agências bancárias. A feira local se ampliou. Novos empregos foram criados.

O segundo aspecto, provavelmente relacionado ao aumento do poder de compra do salário mínimo, é mais difícil de mensurar. Nas minhas viagens pelo interior do Piauí e do Maranhão, vi muita gente que havia trocado a bicicleta e o jegue pela moto e se aventurava, tarde na vida, a conhecer a região. Uma guia que me atendeu em São Raimundo Nonato, no Piauí, tinha mais de 40 anos e pela primeira vez saia da cidade para viajar. Essa mobilidade geográfica simultânea de milhões de pessoas certamente tem impacto social e econômico ainda pouco avaliado.

Voltando à ministra, também perguntei a Tereza Campello sobre uma crítica consistente da direita, que fala sempre na necessidade de ampliar a “porta de saída” do Bolsa Família.

Clique abaixo para ouvir a resposta e toda a argumentação da ministra:




Lucro dos bancos

Quem ganha, quem perde?...

por Vladimir Saflate
Duas notícias quase simultâneas forneceram uma boa fotografia do que o Brasil se tornou. Na primeira, descobrimos, o lucro líquido do Itaú em 2013 alcançou os 15,7 bilhões de reais, o maior da história dos bancos brasileiros, segundo estudo da consultoria Economática. Enquanto isso, o Bradesco apresentava o segundo maior lucro do ano, 12 bilhões de reais. Apenas duas instituições financeiras embolsaram quase 28 bilhões de reais, isto em uma economia de crescimento estagnado. Na segunda 3, a outra informação: a produção industrial caíra 3,5% em dezembro em comparação a novembro, a maior retração em cinco anos.
Diante desses dados, é difícil não lembrar de uma bela frase do presidente da Islândia, Olafur Grimsson: “Uma economia com bancos muito fortes é sinal de um país que vai mal”. Não só pelo fato de uma nação atrativa para investimento especulativo, no qual aplicar dinheiro em cassinos travestidos é o melhor negócio, nunca conseguirá financiar o desenvolvimento da criatividade empreendedora de seu povo. Mas principalmente porque uma economia com bancos fortes destrói tudo à sua volta.
Os bancos drenam os melhores cérebros para o sistema financeiro. Foi assim que os melhores engenheiros do Brasil não foram parar nas universidades a estudar novos materiais, em programas de despoluição de rios ou em pesquisas sobre energia alternativa. Foram fazer contas. O Brasil assim se transformou em um país que forma economistas não para pensar problemas regionais ou desenvolver políticas de combate à pobreza, mas para fazer consultoria para bancos, fundos de investimentos e outros segmentos do mercado financeiro.
Por outro lado,

Campos apoia os Marinhos do país

Eduardo Campos gosta de se apresentar como a coisa nova na política.
Dizer que é novo é fácil. Realmente difícil é ser.
Nesta semana,  palavras de Campos em seu Facebook deixaram claro que ele é mais do mesmo. O velho que se veste de novo.
Campos repetiu a cantilena do 1%: a carga tributária brasileira é elevada. Isso significa que ele, além de incorporar uma tese que perpetua a desigualdade no Brasil, não vai fazer o que deveria ser a prioridade de qualquer aspirante à presidência com ideias realmente novas: aumentar o imposto dos ricos.
Se ele quisesse se informar melhor sobre sabedoria tributária, deveria estudar o caso escandinavo. Você só constrói uma sociedade justa se cobrar impostos altos de quem pode mais. No Brasil, ocorre o oposto. O 1% encontrou maneiras de burlar a Receita sem ser, virtualmente, incomodado.
É inacreditável, por exemplo, que a Receita não dê ao público nenhuma satisfação, por exemplo, em relação ao caso documentado de estrondosa sonegação da Globo.
Qual é a mensagem que está sendo passada ao contribuinte anônimo? Aja como a Globo. Aja como os irmãos Marinhos. E você vai se dar bem.
Ah, nossos serviços não são os mesmos que os escandinavos, reclamam muitos. Ora: não são porque a arrecadação é muito menor. Se a Suécia arrecadasse proporcionalmente o que o Brasil arrecada em imposto, não daria a seus cidadãos tudo que dá.
Uma das coisas mais daninhas que a mídia fez aos brasileiros foi propagar a falácia da “alta taxa fiscal”. O que se buscava era  reduzir brutalmente os direitos trabalhistas. Até a licença maternidade foi invariavelmente atacada em sua extensão limitada quando na Escandinávia até os pais são estimulados a ficar em casa para ajudar a criar os bebês em seus primeiros meses.
Vamos lembrar.
Os direitos trabalhistas surgiram na Alemanha de Bismarck, na segunda metade do século 19, não pela generosidade do Estado ou dos empresários, mas pela pressão da esquerda e pelo medo de que o marxismo se impusesse entre os alemães.
Numa frase clássica, Marx dissera que os trabalhadores não tinham a perder senão os grilhões. Os direitos que eles ganharam com sua mobilizarão regularam coisas que simplesmente não existiam, como o limite de horas e dias trabalhados e um sistema de pensão que permitisse aposentadoria a partir de determinada idade.
Em outra frase clássica, Thatcher diria, mais de um século depois de Marx, que os trabalhadores tinham sim mais a perder que seus grilhões. A crença disso foi a base de seus ataque impiedoso aos sindicatos.
Você pode simplificar tudo com o seguinte raciocínio: quando alguém se apresentar como “fato novo” na política verifique se ele fala com clareza em aumento de impostos para o 1%.
Eduardo Campos não fala.
Paulo Nogueira
Sobre o Autor
O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

Deu no The New York Time

Brasil tem resposta para desigualdade

Foi preciso que um jornalista com visão limpa viesse do exterior, exatamente dos Estados Unidos, para informar aos brasileiros o óbvio ululante.

Arquivo

Colunista sênior do The New York Times, Joe Nocera, escreveu sobre o Brasil na segunda feira agora, dia 20, apontando a surpresa que lhe despertou a cidade do Rio de Janeiro. Muniu-se de mais informações após sua viagem de volta aos Estados Unidos, reunindo-se com alguns economistas para procurar entender o que se passava com o país em particular onde se apoiavam seus pilares econômicos.

Chamou-lhe a atenção, o que os brasileiros já sabiam, a variedade de boas lojas em bairros como Ipanema e igualmente a quantidade de pobreza nas favelas ao redor. Segundo ele, para os visitantes, saltava aos olhos o número de cidadãos de classe média pelas ruas em meio aos carros por todos os lados e o tráfico congestionado. Por não ser ilusão o que via, passou a acreditar que tudo aquilo era sinal de uma classe média emergente. As pessoas tinham dinheiro para comprar carros.

Foi preciso que um jornalista com visão limpa viesse do exterior, exatamente dos Estados Unidos, país cuja cultura nos é bem conhecida, para informar aos brasileiros o óbvio ululante, salve Nelson Rodrigues, já que os profissionais dos nossos jornalões e televisões de plantão não informam por não saberem ver ou não conseguirem enxergar.

Se tivesse dito só isto já era o suficiente para mostrar que as mídias sociais, baluartes modernos da resistência informativa, veem como ele o país. Mas suas observações foram mais carregadas ainda de tinta ao destacar a queda na desigualdade de renda na última década, os recordes atuais do baixo desemprego e a saída da pobreza de cerca de 40 milhões de pessoas. Por fim, ainda assinalou que, embora o crescimento do produto tenha reduzido, a renda per capita continua a subir.

Já os economistas reunidos com ele relativizaram as conquistas. Disseram que a boa forma da economia brasileira tem voo curto a despeito dos ganhos obtidos.
Estariam faltando ganhos em produtividade para sustentar a volta dos investimentos. O baixo desemprego dos que querem trabalhar seria porque, enquanto a economia cresce pouco e com eficiência contida, o Estado compensa incentivando o consumo com programas sociais. Para eles o país teve mais sorte do que sucesso.

Não é sorte, embora os santos possam ter ajudado! Com a retração dos investimentos, apesar do esforço e incentivo do governo, a estratégia de expansão do consumo foi estabelecida para segurar a economia, mesmo a crescimento baixo, exatamente nesses anos de vacas magras desde o início da crise financeira mundial com a quebra do Lehman Brothers. O Brasil foi um dos poucos países que suportaram o baque, outros entraram em recessão ou mais leves ou mais graves, todos eles fazendo o dever de casa imposto pelas autoridades financeiras mundiais de ajustar e pagar suas dívidas públicas e privadas, desviando os olhos dos impactos sociais. Pois então, enquanto o Brasil cresce devagar, a economia mundial não conseguiu ainda se levantar. 

De fato, o viés de consumo da política econômica é opção do governo que deu certo interna e externamente. Aqui, liderado pelos programas sociais somam-se outras medidas complementares, entre elas, correções maiores que a inflação no salário mínimo, aposentadorias e pensões e repasses parciais à gasolina dos aumentos de custos. Lá fora, os economistas com ele reunidos não viram: o próprio governo dos Estados Unidos e a ONU se interessaram pelo Programa Bolsa Família e pretendem implementá-lo para reduzir o desemprego, melhorar a renda familiar e sustentar o consumo. Joe Nocera destaca o papel do programa e compara seu êxito com a recusa do Congresso americano em melhorar o seguro desemprego e outros programas sociais naquele país.

Do lado do investimento, os economistas se esqueceram de mencionar que há muitas fichas apostadas na expansão e modernização da infraestrutura e na exploração do pré-sal não só pelos efeitos produtivos diretos, mas também pelos efeitos indiretos. Um forte incentivo e impulso do complexo industrial são esperados, o que tem tudo para promover a volta de novos projetos e a expansão de muitas plantas industriais existentes. Seguras e concretas alternativas brasileiras mesmo diante da crise mundial que arrasta as economias dos países.

Ao contrário do Brasil, o jornalista afirma que a produtividade americana voltou a crescer, mas apesar disso o desemprego não desce dos 7% e a classe média aos poucos perde posição social (em parte por conta de não serem distribuídos melhor os ganhos de produtividade). Diz taxativamente que a desigualdade de renda é um fato na vida dos Estados Unidos e ninguém tem sido capaz de fazer alguma coisa a respeito. Será que no fundo querem seguir a receita desandada do Brasil de esperar o bolo crescer para distribuir algumas migalhas?

O objetivo do governo atual e dos dois anteriores no Brasil foi exatamente garantir o desenvolvimento com a melhoria das condições de vida da população, em especial dos mais pobres; os Estados Unidos querem o desenvolvimento a qualquer custo. Infelizmente só o jornalista americano consegue entender isto, parabéns!, os nossos da grande mídia não.


José Carlos Peliano

Prefeito de NY vai cobrar o cafezinho dos ricos, para os pobres que Skaf sabotou de Haddad em SP

Editorial - Carta Maior


Endinheirados nativos adoram elogiar os ares cosmopolitas de NY - embora  se sintam espiritualmente melhor em Miami.


A mídia irradia preferências semelhantes.

O democrata Bill de Blasio, recém empossado prefeito de NY, ganha espaços e confetes  por aqui  pela ecumênica trajetória pessoal.

Blasio, um progressista à esquerda de Obama, e cuja eleição teve o apoio do Partido da Família Trabalhadora, que se autodefine como uma espécie de PT dos EUA, é casado com uma poetiza negra.

Chirlane não escondeu na campanha a adesão ao lesbianismo nos anos 70.

A cerimonia de casamento entre ela e Blasio foi oficiada por pastores gays.

Filhos afrodescendentes, Dante e Chiara, fizeram do candidato, que apoiou a causa sandinista na juventude e escolheu a América Latina como objeto de estudo acadêmico,  um símbolo de afirmação dos valores multirraciais.

A cabeleira black power exuberante de Dante tornou-se uma espécie de certificado de garantia dos compromissos progressistas do pai.

O conjunto galvanizou a Nova Iorque.

Formada por 26% de latinos e 25% de negros, a metrópole de 8,7 milhões de habitantes está cindida em duas cidades pela linha da desigualdade.

Blasio prometeu acabar com o conto dickensiano de um povo repartido em dois pelo dinheiro e o urbanismo excludente.

Artistas de seriados famosos trabalharam com afinco para arrastar votos de um pedaço da classe média branca e  dar a esse projeto  o apoio esmagador de 73% do eleitorado.

Não é pouca coisa.

Desde 1993  a população de NY não entregava a prefeitura a um democrata.

Temas como o mergulho de Blasio no alcoolismo --após o suicídio do pai, ademais de vídeos da filha discutindo abertamente a questão das drogas, reforçaram o apelo contemporâneo da candidatura.

Mas não só.

Tido como bom administrador, seu antecessor, o bilionário Bloomberg, provou que é possível ser eficiente na gestão sem alterar o apartheid de uma metrópole.

Jânio de Freitas - Todo o falatório em torno de PIB de 1% ou de 2% nada significa diante da queda do desemprego a apenas 4,6%

Distribuir Renda ( DR = Dilma Roussef ) esse é o objetivo principal. 
O mais - Desenvolvimento, Crescimento etc - vem como consequência.

Quem não discute gosto anda na moda, que é um modo de não ter gosto (próprio, ao menos). Até por solidariedade aos raros que não se entregam à moda eleitoreira de dizer que 2013 foi um horror brasileiro e 2014 será ainda pior, proponho uns poucos dados para variar.
 
Com franqueza, mais do que a solidariedade, que tem motivo recente, é uma velha convicção o que vê importância em tais dados. Um exemplo ligeiro: todo o falatório em torno de PIB de 1% ou de 2% nada significa diante da queda do desemprego a apenas 4,6%. Menor que o da admirada Alemanha. Em referência ao mesmo novembro (últimos dados disponíveis a respeito), vimos as manchetes consagradoras "EUA têm o menor desemprego em 5 anos: cai de 7,3% para 7%". O índice brasileiro, o menor já registrado aqui, excelência no mundo, não mereceu manchetes, ficou só em uns títulos e textos mixurucas.
 
Mas o índice não pode ser positivo: "O índice caiu porque mais pessoas deixaram de procurar emprego". Se mais desempregados conseguiam emprego, como provava o índice antes rondando entre 5,6% e 5,2%, restariam, forçosamente, menos ou mais desempregados procurando emprego? PIB horrível, falta de ajuste fiscal, baixa taxa de investimentos, poucas privatizações, coitado do país. E, no entanto, além do emprego, aumento da média salarial, a ponto de criar este retrato do empresariado de São Paulo: a média salarial no Rio ultrapassou a dos paulistas.
 
A propósito: com as alterações do Bolsa Família pelo Brasil sem Miséria, retiraram-se 22 milhões de pessoas da faixa dita de pobreza extrema. Com o Minha Casa, Minha Vida, já passam de 1 milhão as moradias entregues, e mais umas 400 mil avançam para a conclusão neste ano. A cinco pessoas por família, são 7 milhões de beneficiados com um teto decente, água e saneamento.
 
Sobre dados assim e 2014, escreve o economista-chefe da consultoria MB Associados, Sérgio Vale: "Infelizmente, veremos mais promessas de ampliação do Bolsa Família e do salário mínimo, que, no frigir dos ovos, é o que tende a reeleger a presidente". Da qual, aliás, acha que em 2014 "deverá se apequenar ainda mais". Da mesma linhagem de economistas --a que domina nos meios de comunicação--, Alexandre Schwartsman dá à política que produziu aqueles resultados o qualificativo de "aposta fracassada", porque só deu em "piora fiscal, descaso com a inflação e intervenção indiscriminada, predominando a ideologia onde deveria governar o pragmatismo".
 
"Infelizmente" e "aposta fracassada" para quem? Para os 22 milhões que saíram da pobreza extrema, os 7 milhões que receberam ou receberão um teto em futuro próximo, os milhões que obtiveram emprego, os milhões ainda mais numerosos que tiveram melhoria salarial?
 
E, claro, ideologia existe só no que se volta para os problemas e possíveis soluções sociais. Quem se põe de costas para o que não interesse à elite financeira e ao poder econômico, não o faz por ideologia, não. Por esporte, talvez.
 
Foi a esse esporte, quando praticado orquestradamente nos meios de comunicação, que Dilma Rousseff se referiu como uma "guerra psicológica", e gerou equívocos críticos. Não se trata de "expressão antidemocrática", nem própria dos tempos da ditadura. É a denominação, técnica ou científica, como queiram, de métodos de hostilidade não militares, diferentes das campanhas por não serem declarados em sua motivação e seus fins, e buscando enfraquecer o adversário por variados tipos de desgaste.
 
Não é o caso da pregação tão óbvia no seu propósito de prejudicar eleitoralmente Dilma Rousseff. E prática tão evidente que, já no início de artigo na Folha, o empresário Pedro Luiz Passos definiu-a como "o negativismo que permeia as análises sobre a economia brasileira, em contraste com a percepção de bem-estar especialmente da base da pirâmide de renda". Ou seja, há um negativismo, intenção de concentrar-se no negativo, real ou manipulado, e a desconsideração do que deu à "base da pirâmide" social alguma percepção de bem-estar.
 
O elemento essencial na existência de uma nação é o povo. Não é o território, não é o Estado, ambos inexistentes em várias formas de nação ao longo da história e ainda no presente (os curdos, diversos povos nômades, povos indígenas). O PIB e os ajustes feitos ou reivindicados nunca fizeram nada pelos brasileiros que são chamados de povo. A cliente do PIB, dos gastos governamentais baixos e dos juros bem altos são os que compõem a mínima minoria dos que só precisam, para manter o país, do povo.

Emprego e Renda

Mas, pode chamar PT, Lula e Dilma
[...] 
"Renda sobe e país tem menor desemprego desde 2002"; publicada na página A4 do jornal Valor Econômico, essa notícia perdeu em importância editorial para a manchete "Cresce risco de IPCA ser superior ao de 2012"; mais esse flagrante da má vontade da mídia familiar com os resultados da economia conduzida pela presidente Dilma Rousseff em continuidade à gestão de Lula é compreensível; para muito além de questões sofisticadas da economia, como o déficit público, ou fatores externos como notas de agências de classificação de risco, o que vai governar o humor dos eleitores em 2014 é mesmo o binômio ao qual a dupla de vermelho está associada; será mesmo possível, no ano que está para começar, conter a força eleitoral de Dilma e Lula com o pleno emprego em curso e a renda em crescimento?

Barbara Gancia - parabéns Haddad por peitar as máfias que dominam São Paulo

Explique-me se puder, você que faz parte dessa gente bron­zeada e saiu às ruas para pro­testar contra "tudo isso que está aí". Alguém consegue conceber a re­forma de uma quitinete, que seja, sem causar incômodo?

Estou curiosa: como se pretende romper o muro (rodoanel?) da de­sigualdade que insiste em embru­tecer nossa cidade sem passar por alguns percalços?

Tudo bem, a imagem é pretensio­sa e talvez exija recursos mentais dos quais, por ora, não dispomos. A visão de uma São Paulo inclusiva, em que uma Paraisópolis possa conviver harmoniosamente com um Morumbi ainda não aterrissou em Congonhas ou desembarcou na rodoviária do Tietê.

Mas por que saímos às ruas então? Não foi por mudanças? Se existis­sem pesquisas de opinião na época da construção dos aquedutos ro­manos, será que a turma acusaria algum desconforto quanto às obras? "Aumentou o tráfego de bi­gas perto de casa, aquilo está um fe­dor de estrume que só vendo".

Não é preciso ir tão longe. Basta lembrar da revolta ocorrida quan­do Oswaldo Cruz iniciou o mutirão da vacinação.

Tudo isto para dizer que o paulis­tano é um desorientado que fala uma coisa e faz outra. Saiu às ruas pedindo melhores serviços, mas quer que isso aconteça num piscar de olhos, como se fosse possível dormir em Perdizes e acordar em Bel Air, só porque quis assim.

O Minhocão é o monumento maior ao modelo "recauchutagem rápida", dá-lhe um tapa e não se fala mais nisso, de uma cidade sem pla­nejamento de longo prazo e sem modelo do que quis ser quando crescesse, que não ousou passar por mudanças algo dolorosas para endireitar e deu nisto.

Está na hora de amadurecer. An­dei pensando e estudando o nosso prefeito. E cheguei a algumas con­clusões. Para começar, alguém que consegue desagradar Lula, Paulo Skaf, Serra, Kassab e Geraldo Alck­min ao mesmo tempo deveria rece­ber, o quanto antes, a medalha da Ordem do Rio Branco.

Ué? O sapo barbudo não disse que seria melhor se Haddad tivesse perdido? Pronto. Sinal que deve ser o cara certo para a missão. E, olha só: o sujeito foi adjunto do Sayad (ponto) inventou os CEUs (fre­quento e sei da importância -mais um ponto), inventou também o Prouni a custo zero para o governo (golaço) e está indo lá enfrentar so­zinho o STF. Quem o chama de bur­raldo e ingênuo só pode estar mal informado, né não?

Lembro do Brasil intei­ro xingando o Parreira de burro na Copa de 1994. Da classificação até a final. Pois é. Fernando Haddad criou uma controladoria que co­meçou detonando -veja só- a máfia da construção e do mercado imobi­liário. E carro, numa visão de admi­nistrador que trabalha pensando nos próximos 50 anos, é para ficar na garagem e servir só para fim de semana. Então cada um que segure sua onda por enquanto. Sem o sa­crifício voluntário de cada britâni­co, os aliados não teriam vencido a 2ª Guerra, sabia não?

São Paulo sofre as consequências de décadas de soluções levianas e pilhagem. E ainda tem de arcar com uma população de bebês chorões, comodistas e hipócritas. Pois eu folgo em saber que alguém tem co­ragem de peitar as máfias que do­minam Gotham City, a despeito da chiadeira, das pesquisas de opinião e de estarmos em véspera de elei­ção. Admiro quem toma riscos e de­monstra resiliência. Manda a bra­sa, coxinha!

Nosso problema é a distribuição da renda, Ciro Gomes



Há muitos países no mundo nos quais se, por um passe de mágica, você dividisse toda a sua riqueza por cidadão adulto e chefe de família, ainda restariam imensas multidões de pobres e miseráveis. Definitivamente, não é o caso do Brasil. Se fizéssemos essa divisão aqui, todas as famílias formariam um grande país de classe média. Nosso problema é termos a pior distribuição de renda entre as nações de economia razoavelmente organizada no mundo. É preciso ter essa clareza solar, ainda que invisível às nossas elites escravocratas e ao estamento político hegemônico.

Artigo semanal de Delúbio Soares

Com sua habitual clarividência o presidente Lula decifrou uma esfinge que teimava habitar o debate político e a vida institucional do país, carregada de preconceito e mentira: “Quando o governo financia programas sociais para os pobres, é gasto, mas quando gasta com as empresas dos ricos, é investimento”. Na oportunidade, comemorava-se uma década do Bolsa Família, aquele que a presidenta Dilma qualificou, munida de números e com imenso conhecimento técnico, como “o maior programa social do mundo”.

Em 2003, ao assumir a presidência da República, Lula, o PT e os partidos da base aliada, encontraram um país economicamente despedaçado por três quebras sucessivas, desmoralizado perante as demais nações, com sua classe média passando pelo mais nefasto processo de empobrecimento já visto e, pior de tudo, os pobres sendo levados à situação dramática de miséria e fome.

Cercado por brasileiros descomprometidos com o seu país, como o demitido presidente do Banco Central, Gustavo Franco, que queimou mais de US$ 50 bilhões de nossas reservas para manter uma política cambial danosa e falida, Fernando Henrique Cardoso governou para a minoria da minoria, privilegiando o sistema financeiro e seus banqueiros, submetendo-se servilmente às políticas emanadas do Departamento de Estado norte-americano – como, sequer, o fizeram os militares durante a ditadura implantada em 64! – e deixando as camadas menos favorecidas imersas no caos social e na miserabilização crescente.

Os anos de governo neoliberal foram a quadra histórica de maior descaso e mais olvido para com as necessidades da população carente. Nada se fez pelos pobres. Nada se fez pelas crianças. Nada se fez pelos idosos. Nada se fez pelas mulheres. Nada se fez pelas minorias.

Enquanto isso, a elite dirigente, a classe dominante e o parasitário setor financeiro receberam total atenção, apoio integral e uma evidente cumplicidade, indisfarçada pelos aportes de bilhões de dólares, como foi o caso do Proer, salvando bancos falidos, entregando ativos recebíveis aos banqueiros e assumindo a chamada “parte podre” como prejuízo das arcas do tesouro público. Nos infrutíferos anos FHC, o que faltou para os pobres, sobrou para os ricos.

Foi dura a luta do governo Lula, mas os frutos não se demoraram: 40 milhões de brasileiros deixaram a situação de pobreza e indigência e ingressaram na classe média. O mais amplo e histórico dos programas sociais que possibilitaram essa revolução silenciosa, que alterou profundamente as bases da sociedade brasileira, foi, todavia, o programa que mais atraiu o ódio das elites reacionárias: o Bolsa Família.

Dezenas de milhões de brasileiros passaram a comer, a dispor do mínimo indispensável para o seu sustento, para uma sobrevivência digna para suas famílias. O alimento ausente de antes, tornou-se a panela cheia do dia-a-dia. O Brasil grande e poderoso que deixava filhos seus passarem fome se materializou nas mesas e nos pratos de milhões de filhos do povo, de famílias esquecidas nos anos infames do tucanato.

A justiça social, a fraternidade e o respeito a nossos irmãos de todos os rincões do Brasil se tornaram realidades na vida sofrida das periferias das grandes cidades ou nas vilas perdidas na geografia do nosso nordeste. O Bolsa Família foi a mão estendida, a barriga cheia e o encontro do Brasil rico e opulento com o Brasil profundo e faminto.

O PT e os partidos da base que deram sustentação política ao presidente Lula e agora o fazem em relação ao governo da presidenta Dilma Rousseff, são criticados justamente pelo imenso acerto de ter priorizado o resgate de secular dívida social que alimentada a mais cruel situação de miséria e fome.
Milhões de famílias, cadastradas com critérios exclusivamente técnicos, sem interferência política ou partidária, após serem submetidas à avaliações por pessoal capaz e treinado, passaram a ter o mínimo fundamental para suas sobrevivências. O programa é tecnicamente chamado de “mecanismo condicional de transferência de recursos”. E o seu cerne é a ajuda financeira às famílias pobres (definidas como sendo as que possuemrendimentos per capita de R$ 70,00 até R$ 140,00) e extremamente pobres (com renda per capita menor que os R$ 70,00). Estabeleceu-se como contrapartida, em mecanismo engenhoso e louvável, que as famílias beneficiárias do PBF mantenham filhos e/ou dependentes em idade escolar com frequência nas escolas públicas e que sejam vacinados.
O programa tem, ainda, reduzido a pobreza à níveis muito baixos , no curto e médio prazos, através de transferências condicionadas de capital, o que, por sua vez, tem quebrado  o ciclo geracional da pobreza. Os valores dos benefícios pagos por cada família inscrita, tem servido para alterar drasticamente o quadro de pobreza endêmica nas regiões mais carentes do país, como o Nordeste e o Norte, tornando-as menos pobres e dotadas de mais instrumentos para buscar o desenvolvimento sustentável e a felicidade de sua gente. O PBF foi considerado o principal e mais exitoso programa de combate à pobreza do mundo, tendo sido tratado como sendo "um esquema anti-pobreza originado no Brasil e que está ganhando adeptos mundo afora" pela revista inglesa The Economist, sempre tão crítica em relação ao nosso país. A revista inglesa complementa sua elogiosa constatação afirmando que “governos de todo o mundo estão de olho no programa”. Já o respeitado diário francês Le Monde explicita mais ainda: "O programa Bolsa Família amplia, sobretudo, o acesso à educação, a qual representa a melhor arma, no Brasil ou em qualquer lugar do mundo, contra a pobreza”.
Os adversários políticos de Lula e Dilma, de forma desrespeitosa para com a inteligência do povo e sem receio do ridículo, antes apedrejavam o programa, chamando-o de “bolsa esmola” e dizendo que estávamos fomentando o surgimento de uma geração de desocupados, de acomodados, de parasitas ao Erário.
Hoje, diante do inequívoco sucesso, dos milhões de crianças, adolescentes e jovens que – alimentados – chegam às salas de aula e escrevem uma nova história para suas vidas e para o próprio Brasil, mudaram cinicamente o discurso: agora tentam assumir a autoria do Bolsa Família ou partem para a mais deplorável demagogia prometendo o impossível em complementação ao que nos custou tanto esforço e está mudando, corajosa e generosamente, a face do país.
O Bolsa Família não é esmola, troco, salário ou “compra de voto”, como mentem e demonizam parte da imprensa sem compromissos com o Brasil e os brasileiros, ou os políticos que jamais o instituíram, nas décadas em em estiveram aboletados no poder e nada fizeram pela redistribuição de renda e pela justiça social. O Bolsa Família, é, apenas e tão somente, o reconhecimento de um direito – inalienável e tardiamente reconhecido – de milhões e milhões de cidadãs e cidadãos, crianças e idosos, do sul e do norte, que foram esquecidos e abandonados pela elite mesquinha e pelos poderes públicos.
Lula e Dilma puseram fim a um quadro dantesco, a uma ironia monstruosa, a uma situação inaceitável: em um dos países mais ricos do mundo milhões de pessoas acordavam e iam dormir sem ter se alimentado; a mortalidade infantil atingia níveis assustadores; a geografia econômica e social obedecia critérios de absoluta injustiça e total desigualdade. Por cima disso, uma elite terrivelmente mesquinha e governos acumpliciados na perversão de deixar que as massas famintas morressem à míngua.
 O Bolsa Família é a face generosa de um país que nasceu para ser grande e poderoso, com um povo rico e feliz. O Programa Bolsa Família mudou, para muito melhor, a vida de milhões de brasileiros, restituindo-lhes cidadania e saciando sua fome de alimentos e de justiça. E isso é o que importa. E isso é o que basta.

Uma grande nação, justa e forte, se faz pela capacidade de inclusão

...dos miseráveis à alimentação básica; dos pobres ao consumo; dos pequenos, ao mercado; das minorias, ao seu direito de viver diferente; dos pequenos empresários, à oportunidade para desenvolver seus negócios.
É por meio da inclusão que uma nação se forma e captura, para o bem geral, a energia individual esmagada em cada falta de oportunidade, o talento que pode estar escondido em um barraco nas palafitas ou nas favelas, os futuros campeões que podem estar nascendo em uma microempresa.
É por meio da solidariedade que se criam os laços sociais e econômicos que vão tecendo a grande rede do desenvolvimento e os grandes processos civilizatórios.
Mesmo assim, cada capítulo é uma guerra entre a modernidade e o atraso, entre o novo e o velho carcomido.
Nos Estados Unidos, o maior processo de inclusão - a libertação dos escravos - resultou na mais sangrenta guerra do século 19. Na Europa, os grandes movimentos de urbanização, dos anos 20, resultaram em intolerância e no florescimento de doutrinas autoritárias.
Por isso mesmo, esses movimentos sempre refletem a luta da barbárie contra a civilização, da selvageria contra a solidariedade.
Os herois sempre terão seu lugar na memória nacional; os recalcitrantes, no lixo da história. O país reconhece José Bonifácio, Joaquim Nabuco, José do Patrocínio, André Rebouças, Luiz Gama como seus fundadores. Os contrários  tornaram-se apenas "conservadores" ânonimos, anacrônicos, menores.

10 anos do Bolsa Família

Esi que de repente, não mais que de repente (?) a oposição propõe torna-la permanente.
Vamos relembrar um pouquinho o que eles pensam do programa:
Vejam mais aqui


Aécio tenta pegar carona no Bolsa Família

Lula: Aécio pensa que o povo é idiota kkkkk
Dilma: kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

PSDB propõe tornar Bolsa Família permanente

Partido apresentou projeto no mesmo dia em que programa faz 10 anos. 
Para o presidente da legenda, programa deixaria de ser ‘instrumentalizado’.



O PSDB protocolou nesta quarta-feira (30) um projeto no Senado que torna o programa Bolsa Família permanente.
A proposta foi oficializada no mesmo dia em que o programa completa dez anos, e após uma cerimônia de comemoração da presidente Dilma Rousseff com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva num evento em Brasília.
Pela proposta, o programa passaria a ser incorporado à Lei Orgânica da Assistência Social (Loas).
O partido argumenta que com a inclusão o programa passaria a ter recursos garantidos pelo Fundo Nacional de Assistência Social, sob controle do Conselho Nacional de Assistência Social.
O texto sugere ainda que o pagamento do Bolsa Família seja feito por até seis meses continuados para o beneficiário que ingressar ou retornar ao mercado formal de trabalho.
“A medida permite criar maior garantia e estímulo para que o beneficiário ingresse no mercado sem risco de perda imediata do benefício”, argumentou o partido.
O presidente do partido, senador Aécio Neves (MG), afirmou que que o Bolsa Família deixaria de ser “instrumentalizado” pelo governo federal.
Ele disse também que se o projeto for aprovado, o programa passará a ser uma “política de Estado, para deixar de ser um programa de governo, com tom eleitoreiro”.
“A partir da aprovação desse projeto, o Bolsa Família deixa de ser um projeto de um partido político e passa a ser uma política de Estado, porque é assim que precisa ser tratada. É preciso tirar esse tormento e a angústia de toda véspera de eleição em que as famílias ficam atemorizadas por irresponsabilidade e leviandade de alguns que acham que os adversários irão interromper o programa”, afirmou o senador.
Aécio Neves (MG) disse também que o Bolsa Família é um programa “importante” para os brasileiros que precisam dos benefícios de programas de transferência de renda.
No projeto, o PSDB argumenta que “a rede de proteção social, que originou o Bolsa Família, já existe há algum tempo no Brasil”.
O senador afirmou que programas de transferência de renda já existiam no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).
“O governo se preocupa em anunciar a ampliação de usuários, mas não se preocupa em saber como estão os beneficiários. Queremos acabar com a utilização eleitoreira e criminosa em alguns momentos do programa”, disse o presidente do PSDB.
Também nesta quarta em Brasília, em cerimônia de comemoração aos 10 anos do Bolsa Família, Lula disse que “incomoda muita gente que os pobres estejam evoluindo”.
Ele defendeu os resultados do programa e pediu que a equipe econômica do governo pare de “regatear” dinheiro para os pobres.
Bolsa Família

Lançado em 2003, atualmente o Bolsa Família beneficia diretamente 50 milhões de pessoas, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento Social.
Somente em 2013, serão investidos R$ 24 bilhões com o programa, o equivalente a 0,46% do Produto Interno Bruto (PIB).
O benefício médio mensal por família, ainda de acordo com o ministério, é de R$ 152. O valor total das transferências do Bolsa Família teve aumento real de 55% entre 2010 e 2013 e, entre os mais pobres, cresceu 102%.
Como contrapartida, as famílias devem manter crianças e adolescentes com 85% de frequência na escola e garantir o calendário de vacinação de crianças menores de 7 anos. As gestantes devem ainda fazer pré-natal e acompanhamento pós-parto.
Fonte: Portal G1

10 anos do Bolsa Família

Resumo (essência) do discurso do ex-presidente Lula:

Não existe indicador estatístico que possa medir a dignidade.

Nenhum Orçamento prevê a esperança.

Não basta ter alimento para matar a fome. É preciso ter geladeira, fogão.

Os “especialistas” ficam aborrecidos porque usam o dinheiro do Bolsa Família para comprar dentadura.

É porque esse “especialista” nunca ficou sem dente, nunca tentou mastigar um pedaço de carne sem dente.

É mais difícil vencer o preconceito que a fome.

Chamam de “Bolsa Vagabundagem”, mas 70% dos adultos do Bolsa trabalham.

Eles têm preconceito: acham que se é pobre por indolência.

Para a mãe, o dinheiro do Bolsa não é esmola: é um direito !

O eleitor não precisa mais trocar o voto por um prato de feijão, por uma cuia de farinha.

Essa Sociologia que ataca o Bolsa está acostumada a servir à elite.

O Bolsa tem 10 anos e a injustiça vem de 5 séculos.

Enquanto houver uma família precisando se alimentar, a presidenta Dilma vai atender.

Dizem que o Bolsa eleva o gasto público.

São os mesmos que defendem o desemprego e a redução de salário.

Outro dia eu vi na televisão um cidadão representante de banco defendendo um pouco de desemprego e conter o aumento de salário.

Se desemprego e arrocho salarial resolvessem, não existiriam os problemas que a gente tinha quando o PT chegou ao poder.

Se arrocho e desemprego resolvessem, a Europa já teria resolvido seu problema.

Jorge Viana já disse: muito dinheiro na mão de poucos é concentração, especulação;  pouco dinheiro na mão de muitos significa comida, inclusão.

Quando você começa a comer, fica mais bonito.

Não tem nada mais feio que a fome.

Eu fui conversar como presidente George Bush.

Ele só falava do Iraque e das armas de destruição em massa.

E da guerra que ia começar.

Antes que ele me pedisse para entrar na guerra, eu disse que a minha guerra era contra a fome.

O Saddam Hussein nunca fez nada contra mim !

A Guerra do Iraque, como o Bolsa, faz dez anos.

Foi com um pretexto falso: as armas de destruição em massa do Saddam.

A arma química do Iraque era o Saddam, que destruiu o país.

Além das perdas humanas, segundo o Stiglitz (Joseph), a guerra contra o Iraque custou US $ 3 trilhões.

Esse dinheiro dava para fazer bolsas famílias para atender um bilhão e meio de pessoas durante dez anos !

Os Estados Unidos e a Europa já gastaram US$ 10 trilhões para salvar um sistema que foi destruído pela ganancia financeira.

Eu me lembro que quando saí de Garanhuns minhas pernas eram finas e a barriga enorme.

Era só lombriga.

Ficamos 13 dias comendo só farinha.

Os mais ricos levavam farinha e queijo.

Os mais pobres, só farinha.

Hoje, 36 milhões de brasileiros estão no Bolsa Família !

Não podemos deixar um brasileiro sem comer.

A única coisa impossível é Deus pecar.

(A Miriam Belchior, Ministra do Planejamento, e Guido Mantega, da Fazenda) Parem de regatear com os pobres !

Eu sei que é difícil conviver com a nova situação.

A patroa usa um perfume e no dia seguinte a empregada usa um perfume igual.

Não sei se é paraguaio ou não, mas usa.

A empregada ocupa o meu lugar no avião.

É duro !

Eu estava sozinho nessa praça e agora tem esse cara aí.

Isso já aconteceu na Argentina,  no interior de São Paulo e vai acontecer no resto do Brasil.