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Miriam Leitão: Bolsonaro é bizarro, mentiroso e perigoso

Em artigo publicado hoje domingo (07) de abril no jornal O Globo a jornalista Miriam Leitão solta os cachorros sobre o presidente Jair Bolsonaro, afirma que ele é bizarro, mentiroso e perigoso. 
"O que é espantoso neste governo é como ele é capaz de perder o próprio tempo e o nosso. Bizarrices, debates ociosos ocupam as horas e consomem energias que deveriam estar dedicadas ao esforço de enfrentar os inúmeros problemas que o país tem. Perder tempo quando se tem tanto o que fazer é ruim. Mas são as mentiras que mais ameaçam. Se a ditadura foi ditadura, se o Hitler era de direita ou esquerda, se é melhor ir aos bancos para saber o número de desempregados em vez de consultar o IBGE, se o diálogo do presidente com os partidos é velha ou nova política. Esses são exemplos de temas pautados por este governo. Parecem só inutilidades, mas são, muitas vezes, mentiras perigosas"

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Josias de Souza: Bolsonaro, o construtor... de lendas


(...) "A pretexto de construir um governo "sem viés ideológico", Bolsonaro constrói uma lenda com viés patológico. Nela, torturadores como Ustra viram heróis e genocidas como Hitler tornam-se precursores dos fantasmas esquerdistas que torturam o capitão nos seus pesadelos. Não é que Bolsonaro se autocondene a não ter futuro. Na verdade, ele condena o seu período histórico a ser incorporado, num futuro remoto, à Idade da Pedra Lascada."




Josias de Souza -
trabalhou como jornalista, repórter, diretor e colunistas do jornal Folha de São Paulo. É coautor do livro "A história real"

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Bolsonaro bate. Rodrigo Maia revida



O presidente Jair Bolsonaro disse a Datena que Rodrigo Maia estava abalado por problemas pessoais, numa referência à prisão de Moreira Franco. Resposta de Maia:

"Abalados estão os brasileiros, esperando desde 1º de janeiro que o governo comece a funcionar. São doze  milhões de desempregados, 15 milhões abaixo da linha da pobreza."

Se Bolsonaro pensou que bateria sem receber o troco se enganou totalmente. 


Aroeira: porque Bolsonaro derreteu

Bolsonaro chegou no Palácio imaginando que continuaria surfando nas redes sociais com mentiras e benefícios para os grandes - bancos e elite - e sacrifícios para classe média e pobres.

A população percebeu que não dá mais para pagar a conta. Não dá mais para aguentar peso e chicote no lombo, enquanto vê que na realidade o "sacrifício" dos militares é reestruturar a carreira, tradução: Aumento de salários e penduricalhos.

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EUA 7 X Brasil 0


  • Entrega do pré-sal
  • Venda da Embraer
  • Entrega da Base de Alcântara
  • Desestabilização da Venezuela
  • Submissão do Ministério da Justiça a Cia
  • Liberação do visto de entrada para estadunidenses
  • Maracutaia Lava Jato/Petrobras/Departamento de Justiça Aamericano 

Estes 7 tópicos acima foram "Sinais, fortes sinais" de submissão que Jair Bolsonaro deu aos EUA, o que recebeu em troca? Ninguém sabe, ninguém viu.

Viva o Brazil, zil, zil...

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Kennedy Alencar: Bolsonaro exibe "complexo de vira-latas" em visita aos EUA

Espelho, espelho meu, quem é menos vira-latas do que eu?
O “complexo de vira-latas”, conceito criado por Nelson Rodrigues, é perfeito para descrever a visita aos Estados Unidos do presidente Jair Bolsonaro e sua comitiva.
Nelson Rodrigues entendia o “complexo de vira-latas” como a “inferioridade em que o brasileiro se coloca, voluntariamente, em face do resto do mundo”. Ele cunhou a expressão inspirado na derrota do Brasil para o Uruguai na Copa de 1950 e a utilizou em muitas situações depois.
A viagem de Bolsonaro e ministros aos Estados Unidos é “rodrigueana”. É uma manifestação do brasileiro e o seu “complexo de vira-latas”. Por exemplo: a dispensa de vistos para turistas americanos é uma vitória do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) contra todo o corpo técnico do Itamaraty.

Política externa de Bolsonaro

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Pior que este babão entrega as nossas riquezas e empobrece cada vez mais o povo brasileiro. 
Até quando vamos aguentar essa corja destruindo o país?
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Bolsonaro nos salvou do comunismo



- "O nosso Brasil caminhava para o socialismo, para o comunismo", Jair Bolsonaro - 
O Brasil, como se sabe, caminhava para o comunismo.
Tanto é assim que os bancos, expressão maior do capitalismo, faliam com seus lucros recordes ano após ano.
Os latinfundiários, expropriados de suas terras, expandiam as lavouras, os ganhos e a as safras, de 100 para 200 milhões de toneladas por ano.
O monopólio da mídia pró-governo era exercido pela Globo e pelos “blogues sujos”, generosamente sustentados pelas contribuições de R$ 10, 20 ou 50 reais de seus leitores.
As igrejas evangélicas eram perseguidas e só por isso os pentecostais e neopentecostais se tornaram as confissões religiosas que mais cresceram.
Os impostos sobre os ricos se tornaram escorchantes e, por isso, os ganhos com lucros e dividendos ficaram isentos de tributação.
A população foi lançada na ignorância e, para isso, abriram-se universidades públicas como nunca.
O país foi entregue para os neocomunistas internacionais e você está vendo como temos aqui multinacionais chinesas e russas e não mais as norte-americanas e europeias.
Mas, disse o nosso presidente, a vontade de Deus salvou o Brasil, tornando-o presidente da república.
Agora podemos ceder bases militares aos Estados Unidos, fazer guerra com a “nossa” Venezuela, entregar nosso petróleo, desmontar o que resta de nossa indústria , acabar com os direitos sociais, tirar as crianças da escola para educar em casa, liberar o genocídio e todas estas coisas próprias da liberdade.
Graças a Deus, a Nação está salva.
Fernando Brito - Tijolaço
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Jair Bolsonaro: “O Brasil não é um terreno aberto onde nós pretendemos construir coisas para o povo”


Resultado de imagem para devastação
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Aroeira: o vinho é por sua conta Bolonsaro


O assessor de segurança dos EUA, John Bolton, no twitter mostrou de forma inequivoca o desprestigio de Jair Bolsonaro. Foi saudado como "presidente Bolonsaro".

O imundo envergonha o país.

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In a meeting Bolsonaro and Trump will discuss militias and Marielle?










On the eve of the meeting between Jair Bolsonaro and Donald Trump, the New York Times, the most influential newspaper in the United States, highlights the connection between the Bolsonaro family and the Rio de Janeiro militias in their report on the arrest of the alleged killers by Marielle Franco; the newspaper quotes the fact that the murderer is a neighbor of Bolsonaro, says that the family is being questioned for its links with militiamen and also interviews Monica Benicio, widow of Marielle, who charges the identification of the constituents.

Todo mundo quer ser bom, mas da lua só vemos um pedaço
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Bolsonaro usa mentira para promover linchamento virtual de jornalista




O presidente Jair Bolsonaro cometeu mais um crime ontem a noite, ao divulgar uma mentira em suas redes sociais. As vítimas foram a jornalista Constança Rezende (Estadão) e seu pai Francisco Otávio (O Globo), que investiga as mílicias e o assassinato de Marielle Franco. Usando um post de um site bolsonarista ele afirmou que Constança teria dito que pretende arruinar seu filho Flávio Bolsonaro e derrubar o governo. O problema é que a jornalista jamais disse tal coisa. 

O presidente da República faz uma canalhice dessa e fica por isso mesmo?

Até quando o país vai aguentar esse moleque fazendo merda?

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Bolsonaro volta a insinuar golpe

Ao lado do porta-voz do governo e do ministro do GSI - Gabinete de Segurança Institucional -, Otávio Rêgo Barros e Augusto Heleno, o presidente Jair Bolsonaro voltou a insinuar um golpe. Os dois generais botaram panos quentes, porém não conseguem convencer ninguém.

Militares graduados afirmam que se os militares empolgados com as mordomias do Palácio estão contando com eles (da ativa) para dar um golpe, estão redondamente enganados.

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A demagogia de Bolsonaro

(...) usa caneta de hum real e esbanja com cartão de crédito pago pela população
Se o combate à corrupção e à ineficiência administrativa já tinha sido desmoralizado como marcas do governo Bolsonaro, outra bandeira dele vai ao chão: o da austeridade.
Os gastos públicos com ele e com família, realizados com cartões corporativos, aumentaram 16% em relação à média dos últimos quatro anos, que incluem o governo de Dilma Rousseff.
Foram 1,1 milhão de reais nos dois primeiros meses do ano.
No que a família Bolsonaro gastou? O Palácio do Planalto não informa.
O aumento das despesas com cartão corporativo contrasta com a farsa do homem simples que chegou à presidência.
Só com a verba desses cartões  ele poderia comprar 1,1 milhão de canetas iguais à que usou para assinar o termo de posse.
Caneta que ficou famosa como marca de que um novo tempo de austeridade viria por aí.

Tudo mentirinha para agradar bolsominion.
Outro teatrinho: O chefe da Casa Civil dele, Onyx Lorenzoni, já tinha prometido abandonar os cartões corporativos.
“No primeiro dia, eu vou abrir mão do cartão corporativo. Porque vem um novo tempo. A gente está ministro. A gente tem consciência de que, para mudar o Brasil, ou o governo federal dá o exemplo ou não há nenhum sentido”, disse.
“A decisão é pessoal. Mas vou estimular todo mundo, no dia 8 de janeiro, a adotar a mesma medida”, acrescentou, em referência à data da primeira reunião ministerial do futuro governo.
Como se vê, não foi atendido.
Na prática, o discurso de Bolsonaro e seus auxiliares é outro.
Quando era deputado, Bolsonaro bateu nos gastos com cartões corporativos.
Numa discussão com Orlando Silva, do PCdoB, que foi ministro dos Esportes no governo de Lula, atacou.
“Ele inclusive assaltava com cartão corporativo até para comprar tapioca”, disse, tentando transformar em algo negativo o que, a rigor, era positivo.
A tapioca do ministro custou R$ 8,30, muito menos do que os R$ 500 reais gastos com cartão corporativo por um funcionário do Ministério da Defesa, já na era Bolsonaro, em uma churrascaria do Rio de Janeiro.
O cartão corporativo foi criado em 2001 pelo presidente Fernando Henrique.
A ideia era agilizar a administração.
Os cartões deveriam ser usados em pequenas despesas urgentes, ligadas a obras e serviços.
Não são um problema em si. Pelo contrário.
No conjunto de gastos do governo federal, representam uma gota no oceano.
Mas têm valor simbólico, facilmente compreendido pelo população, já que muita gente tem cartão de crédito e sabe da dificuldade para pagá-lo.
Por isso, a revelação de que aumentou os gastos com o cartões corporativos representa um risco para Bolsonaro.
É aplaudido por usar caneta “Bic”, mas pode ser vaiado quando vem a público a informação de que ele e a família estão gastando demais no cartão, sem que tenham de se preocupar com a fatura no final do mês.
O povo paga. Mas uma hora derruba a casa, quando descobre que o inquilino é um demagogo, que faz pior o que condenava nos outros.
Como dizia Tim Maia: A demagogia é a pior das mentiras, porque é uma mentira mentirosa.
Bolsonaro é isso: “uma mentira mentirosa”.
Publicado pelo jornalista Joaquim Carvalho, em primeira mão para o DCM - Diário do Centro do Mundo -

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Bolsonaro pergunta o que é 'golden shower'; Zé de Abreu responde









Jair Bolsonaro - O que é golden shower?

Zé de Abreu - Golden shower é um termo inglês, para se referir a cheques depositados na conta da primeira dama, referentes a pagamento de um suposto empréstimo de quarenta mil a quem movimentou mais de sete milhões em três anos. Presidente chove ouro.


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Josias de Souza: Bolsonaro e compostura revelam-se inconciliáveis










Desde primeiro de Janeiro deste ano (2019), o presidente da República do Brasil vive tentando conciliar duas coisas absolutamente conflitantes: ser Jair Bolsonaro e manter o minimo de compustura. Na noite de ontem terça-feira Gorda, um post do capitão no twitter reforçou a suspeita que Bolsonaro e a compostura são mesmo dois elementos realmente inconciliáveis.

O presidente publicou na rede antissocial um vídeo obsceno. Nele, um sujeito exibe as nádegas desnudas no alto de um ponto de ônibus. Acaricia o ânus. Ao fundo, ouve-se a algaravia típica de um bloco carnavalesco. Na sequência, um segundo personagem retira o pênis de dentro da bermuda e urina sobre a cabeça do primeiro.

Bolsonaro anotou que não se sentiu "confortável em mostrar" o vídeo. Mas acrescentou: "Temos que expor a verdade para a população ter conhecimento e sempre tomar suas prioridades". Depois, cometeu uma generalização tola e ofensiva: "É isto que têm virado muitos blocos de rua no Carnaval brasileiro".

Ricardo Kotscho: acabou o governo dos Bolsonaros. Começa o dos generais da "Turma do Haiti"

A lambança na demissão do ministro dos laranjais foi a gota d´água.
Nenhuma surpresa. Acabou precocemente o governo do clã dos Bolsonaros, aos 50 dias de vida, na primeira crise que enfrentou.
A deprimente imagem do vídeo improvisado em que o presidente Jair Bolsonaro se rende à chantagem de Bebianno, e o cobre de elogios, deve ter arrepiado o brio até dos militares mais insensíveis.
Começa agora para valer o governo da junta militar comandada pelo general Augusto Heleno, o chefe da “turma do Haiti”.
Com a nomeação do general Floriano Peixoto para o lugar do defenestrado Gustavo Bebianno na Secretaria-Geral da Presidência, completa-se o quadro dos militares que estiveram nos últimos anos no Haiti liderando a tropa de paz da ONU.

Faz parte do grupo também o general da ativa Otávio do Rêgo Barros, o porta-voz sempre assustado.
O Haiti está em guerra civil outra vez, com o país em frangalhos e morrendo de fome, mas os generais se deram bem.

Bolsonaro, o mentiroso


Áudios de Gustavo Bebianno cedidos a revista Veja prova de forma cabal, inconteste que o presidente da República do Brasil, Jair Messias Bolsonaro é um mentiroso, e o seu filhos Carlos Bolsonaro, vereador do Rio de Janeiro, também. Confira abaixo a transcrição publicada:
Nos bastidores da crise que acaba de resultar na demissão de Gustavo Bebianno da Secretaria-Geral da Presidência da República, houve uma intensa troca de mensagens escritas e de áudio, todas via WhatsApp, entre o presidente Jair Bolsonaro e o agora ex-ministro. Nelas, os dois trocam farpas, acusações e se desentendem sobre quase tudo. Desde o início da conversa, o estado de ânimo de cada um é diferente: Bolsonaro mostra-se irritado e impaciente, enquanto Bebianno tenta pacificar as coisas....Continue lendo>>>
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Bebianno prova que mentiroso é Jair e Carlos Bolsonaro


Áudios de Gustavo Bebianno cedidos a revista Veja prova de forma cabal, inconteste que o presidente da República do Brasil, Jair Messias Bolsonaro é um mentiroso, e o seu filhos Carlos Bolsonaro, vereador do Rio de Janeiro, também. Confira abaixo a transcrição publicada:
Nos bastidores da crise que acaba de resultar na demissão de Gustavo Bebianno da Secretaria-Geral da Presidência da República, houve uma intensa troca de mensagens escritas e de áudio, todas via WhatsApp, entre o presidente Jair Bolsonaro e o agora ex-ministro. Nelas, os dois trocam farpas, acusações e se desentendem sobre quase tudo. Desde o início da conversa, o estado de ânimo de cada um é diferente: Bolsonaro mostra-se irritado e impaciente, enquanto Bebianno tenta pacificar as coisas.
A relação entre eles estava estremecida desde que o jornal Folha de S. Paulorevelou um esquema de candidaturas laranjas do PSL, partido de Bolsonaro que foi presidido por Bebianno no ano passado. Mas o filho do presidente, Carlos, nunca teve simpatias por Bebianno, a quem atribui o fato de não ter conseguido controlar a área de comunicação do governo. Sabe-se que Carlos não fazia nenhuma questão de esconder do pai sua animosidade como ministro.
A crise agravou-se na quarta-feira 13, quando o jornal O Globo trouxe uma declaração de Bebianno negando qualquer crise no governo e dizendo que, no dia anterior, havia falado com o presidente “três vezes”.
Carlos aproveitou a oportunidade para detonar Bebianno. Postou um tuíte dizendo que era “mentira absoluta” que Bebianno tivesse falado com seu pai.
O tuíte de Carlos foi compartilhado pelo presidente. Na noite da mesma quarta-feira, Bolsonaro deu entrevista à TV Record em que afirmou que era mesmo mentira que Bebianno tivesse falado com ele.
Os áudios a que VEJA teve acesso provam que, se alguém mentiu no episódio, foram o presidente e o filho. Bebianno, como se pode constatar nas gravações a seguir, falou com o presidente através de mensagens escritas e pelo menos treze mensagens de áudio.
Confira:
A GLOBO É “INIMIGA”
Na terça-feira, 12, o presidente Bolsonaro encaminhou a Bebianno uma mensagem contendo a agenda do ministro. Nela, constava que Bebianno receberia na terça-feira, às 16h, o vice-presidente de Relações Institucionais do Grupo Globo, Paulo Tonet Camargo. Ao receber mensagem do presidente, a quem trata apenas por “capitão”, Bebianno respondeu de imediato: “Algo contra, capitão?”. Depois de insistir com algumas mensagens por escrito, Bebianno recebeu o seguinte áudio do presidente em que ele declara que a Globo é uma inimiga do governo e que, ao fazer contatos com a emissora, o colocaria em posição delicada com “as outras emissoras”:
Bolsonaro – “Gustavo, o que eu acho desse cara da Globo dentro do Palácio do Planalto: eu não quero ele aí dentro. Qual a mensagem que vai dar para as outras emissoras? Que nós estamos se aproximando da Globo. Então não dá para ter esse tipo de relacionamento. Agora… Inimigo passivo, sim. Agora… Trazer o inimigo para dentro de casa é outra história. Pô,  tem que ter essa visão, pelo amor de Deus, cara. Fica complicado a gente ter um relacionamento legal dessa forma porque  tá trazendo o maior cara que me ferrou – antes, durante, agora e após a campanha – para dentro de casa. Me desculpa. Como presidente da República: cancela, não quero esse cara aí dentro, ponto final. Um abraço aí.”
OS MINISTROS ESTÃO CHATEADOS
Em outro momento da troca de mensagens, Bebianno envia ao presidente uma nota publicado pelo site O Antagonista. A nota informa que Bebianno e mais dois ministros – Ricardo Salles, do Meio Ambiente, e Damares Alves, da Mulher, Família e Direitos Humanos – viajariam para o Pará para discutir projetos para a Amazônia com líderes locais. Bolsonaro, ainda convalescendo no hospital, não gosta da ideia e reclama com o ministro:
Bolsonaro – “Gustavo, uma pergunta: “Jair Bolsonaro decidiu enviar para a Amazônia”? Não tô entendendo. Quem tá patrocinando essa ida para a Amazônia? Quem tá sendo o cabeça dessa viagem à Amazônia? Um abraço aí, Gustavo, até mais.”
Depois desse áudio, o presidente, aparentemente, conversa com os outros dois ministros, Salles e Damares, e os dois se mostraram incomodados com a tal viagem. Bolsonaro, por sua vez, mostra seu receio de vir a ser cobrado por obras na região amazônica e decide então cancelar a programação toda:
Bolsonaro – “Ô, Bebianno. Essa missão não vai ser realizada. Conversei com o Ricardo Salles. Ele tava chateado que tinha muita coisa para fazer e está entendendo como missão minha. Conversei com a Damares. A mesma coisa. Agora: eu não quero que vocês viajem porque… Vocês criam a expectativa de uma obra. Daí vai ficar o povo todo me cobrando. Isso pode ser feito quando nós acharmos que vai ter recurso, o orçamento é nosso, vai ser aprovado etc. Então essa viagem não se realizará, tá OK? Um abraço aí, Gustavo!”
Os áudios acima mostram que Bolsonaro, de fato, falou “três vezes” com Bebianno, exatamente como o ministro declarara ao jornal O Globo. Querendo dar ares de normalidade à rotina do governo e assim minimizar o impacto da crise do laranjal do PSL, Bebianno declarara o seguinte ao jornal: “Não existe crise nenhuma. Só hoje (terça-feira) falei três vezes com o presidente”. Era verdade. Mas o filho Carlos postou o tuíte dizendo que ficara “24 horas do dia” ao lado do pai e não registrara qualquer conversa com Bebianno. E ainda postou um áudio em que o presidente garante que não tinha falado com o ministro – aparentemente, pai e filho consideram que troca de áudio não configura uma “conversa”.
Nos áudios seguintes, há trocas de mágoas e uma discussão algo bizarra sobre o que significa “falar” com alguém. Confira:
“VOCÊ NÃO FALOU COMIGO”
Neste áudio, Bolsonaro diz que Carlos não está “incitando a saída” de Bebianno. Antes, Bebianno recebera — e encaminhara cópia a Bolsonaro — uma mensagem de um jornalista (que não é identificado) dizendo que Carlos vinha conversando com deputados para derrubar o ministro.
Bolsonaro – “O caso incitando a saída é mais uma mentira. Você conhece muito bem a imprensa, melhor do que eu. Agora: você não falou comigo nenhuma vez no dia de ontem. Ele esteve comigo 24 horas por dia. Então não está mentindo, nada, nem está perseguindo ninguém.”
“ISSO ESTÁ ERRADO”
Bebianno – “Há várias formas de se falar. Nós trocamos mensagens ontem três vezes ao longo do dia, capitão. Falamos da questão do institucional do Globo. Falamos da questão da viagem. Falamos por escrito, capitão. Qual a relevância disso, capitão? Capitão, as coisas precisam ser analisadas de outra forma. Tira isso do lado pessoal. Ele não pode atacar um ministro dessa forma. Nem a mim nem a ninguém, capitão. Isso está errado. Por que esse ódio? Qual a relevância disso? Vir a público me chamar de mentiroso? Eu só fiz o bem, capitão. Eu só fiz o bem até aqui. Eu só estive do seu lado, você sabe disso. Será que você vai permitir que o senhor seja agredido dessa forma? Isso não está certo, não, capitão. Desculpe.”
“POR QUE ESSE ÓDIO?”
Em outro áudio enviado ao presidente, Bebianno lembra que é um pacificador, em contraste com a personalidade espinhosa de Carlos, e chegou a ser aceito no convívio com os militares que antes lhe rejeitavam – e volta a garantir que não faltou com a verdade. “Ontem eu falei com o senhor três vezes, sim”.
Bebianno – “Eu só prego a paz, o tempo inteiro. O tempo inteiro eu peço para a gente parar de bater nas pessoas. O tempo inteiro eu tento estabelecer uma boa relação com todo mundo. Minha relação é maravilhosa com todos os generais. O senhor se lembra que, no início, eu não poderia participar das reuniões de quarta-feira, porque os generais teriam restrições contra mim? Eu não entendia que restrições eram aquelas, se eles nem me conheciam. O senhor hoje pergunte para eles qual o conceito que eles têm a meu respeito, sabe, capitão? Eu sou uma pessoa limpa, correta. Infelizmente não sou eu que faço esse rebuliço, que crio essa crise. Eu não falo nada em público. Muito menos agrido ninguém em público, sabe, capitão? Então quando eu recebo esse tipo de coisa, depois de um post desse, é realmente muito desagradável. Inverta. Imagine se eu chamasse alguém de mentiroso em público. Eu não sou mentiroso. Ontem eu falei com o senhor três vezes, sim. Falamos pelo WhatsApp. O que é que tem demais? Não falamos nada demais. A relevância disso… Tanto assunto grave para a gente tratar. Tantos problemas. Eu tento proteger o senhor o tempo inteiro. Por esse tipo de ataque? Por que esse ódio? O que é que eu fiz de errado, meu Deus?”
“NÃO VOU MAIS RESPONDER A VOCÊ”
Bolsonaro, aqui, deixa claro que trocar mensagens de áudio não configura “falar” com alguém. E abre uma nova frente de conflito. Acusa seu ministro de ter plantado uma nota em O Antagonista para envolvê-lo com o laranjal do PSL em Pernambuco. Segue-se uma discussão bizantina entre um presidente e um ministro.
Bolsonaro – “Ô, Gustavo, usar da… Que usou do Whatsapp para falar três vezes comigo, aí é demais da tua parte, aí é demais, e eu não vou mais responder a você. Outra coisa, eu sei que você manda lá no Antagonista, a nota (sobre Bolsonaro não atender Bebianno) foi pregada lá. Dias antes, você pregou uma nota que tentou falar comigo e não conseguiu no domingo. Eu sabia qual era a intenção, era exatamente dizer que conversou comigo e que está tudo muito bem, então faz o favor, ou você restabelece a verdade ou não tem conversa a partir daqui pra frente.”
“É DESONESTIDADE E FALTA DE CARÁTER”
Bolsonaro – “Querer empurrar essa batata quente desse dinheiro lá pra candidata em Pernambuco pro meu colo, aí não vai dar certo. Aí é desonestidade e falta de caráter. Agora, todas as notas pregadas nesse sentido foram nesse sentido exatamente, então a Polícia Federal vai entrar no circuito, já entrou no circuito, pra apurar a verdade. Tudo bem, vamos ver daí… Quem deve paga, tá certo? Eu sei que você é dessa linha minha aí. Um abraço.”
“NÃO PLANTEI NADA”
Bebianno – “Capitão, a nota do Antagonista que o senhor tá me acusando de ter plantado… Se o senhor olhar bem, eu localizei aqui e mandei pro senhor. Eu não plantei nada. Ela replica o que a Folha falou. Está escrito aqui: “segundo aFolha, segundo a Folha, o ministro Gustavo Bebianno tentou ligar para Jair Bolsonaro neste domingo para explicar o caso, mas o presidente não atendeu”. Quem mencionou isso não foi o Antagonista, foi a Folha. O Antagonista simplesmente replicou. Então, capitão, eu não plantei nada em lugar nenhum, tá? Abraço.
“QUEM VAZOU FOI VOCÊ”
Bolsonaro – “Bebianno, olha como você entra em contradição. Que seja aFolha. Se foi uma tentativa tua pra mim e eu não atendi… Eu não liguei praFolha, eu não ligo pra imprensa nenhuma. Quem ligou foi você, quem vazou foi você. Dá pra você entender o caminho que você está indo? E você tem que fazer uma reflexão para voltar à normalidade. Deu pra entender? Vou repetir: se você tentou falar comigo, um pra um, se alguém vazou pra Folha, não fui eu, só pode ser você. Tá ok?”
“NÃO VAZEI NADA”
((Audio))
Bebianno – “Não, capitão, não é isso, não. Eu não tentei ligar pro senhor, eu não falei, não vazei nada pra ninguém.
Eu nem tentei ligar pro senhor. O senhor mandou um recado que era pra eu não ir ao hospital. Não fui e não liguei pro senhor nenhuma vez. Deixei o senhor em paz. É… Se eu tentei ligar uma ou duas vezes, também não me lembro pelo motivo que foi, é… Não é isso, não, capitão, tá? Eu não vazei nada pra lugar nenhum, muito menos pra Folha, com quem eu praticamente não falo. Abraço, capitão.”

“O SENHOR ESTÁ ENVENENADO”
Neste áudio, Bebianno explica seu papel nas verbas do PSL remetidas para Pernambuco, reafirma que é inocente no caso das candidaturas-laranja – e diz que o presidente está “bem envenenado”, deixando implícito que o envenenador é seu filho Carlos:
Bebianno – “Em relação a isso, capitão, também acho que a coisa está… Não está clara. A minha tarefa como presidente interino nacional foi cuidar da sua campanha. A prestação de contas que me competia foi aprovada com louvor, é…Agora, cada Estado fez a sua chapa. Em nenhum partido, capitão, a nacional é responsável pelas chapas estaduais. O senhor sabe disso melhor do que eu. E, no nosso caso, quando eu assumi o PSL, houve uma grande dificuldade na escolha dos presidentes de cada Estado, porque nós não sabíamos quem era quem. É… Cada chapa foi montada pela sua estadual. No caso de Pernambuco, pelo Bivar, logicamente. Se o Bivar escolheu candidata laranja, é um problema dele, político. E é um problema legal dela explicar o que ela fez com o dinheiro. Da minha parte, eu só repassei o dinheiro que me foi solicitado por escrito. Eu tenho tudo registrado por escrito. Então é ótimo que a Polícia Federal esteja, é ótimo que investigue, é ótimo que apure, é ótimo que puna os responsáveis. Eu não tenho nada a ver com isso. É… Depois a gente conversa pessoalmente, capitão, tá? Eu tô vendo que o senhor está bem envenenado. Mas tudo bem, a minha consciência está tranquila, o meu papel foi limpo, continua sendo. E tomara que a polícia chegue mesmo à constatação do que foi feito, mas eu não tenho nada a ver com isso. O Luciano Bivar que é responsável lá pela chapa dele. Abraço, capitão.”
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Bebianno, o alpinista que caiu subindo


Brasília é o Monte Everest da política. Muitos chegam ao acampamento base, a uma altitude de 5.364 metros. Não deixa de ser um feito. Alcançar os 8.848 metros do cume é coisa para "fora de série". Só os "super-humanos" conseguem manter-se no topo por muito tempo.

Gustavo Bebianno não tem passado, perdeu o presente e o único futuro, se houver, é de homem-bomba da República. Chegou perto do pico graças ao seu faro de empreendedor. Viu um iaque selvagem subindo a montanha sozinho e resolveu apostar no animal.

Circula na capital federal que o ex-ministro foi o responsável por reunir 15 milhões de argumentos para convencer Luciano Bivar a "emprestar" o PSL para o Capitão. Seu lugar no Palácio do Planalto cumpriria a suposta missão de monitorar o "payback" da empreitada.

Bolsonaro já vinha revelando aos mais próximos três preocupações: a inabilidade política de Paulo Guedes, a fúria indomável de seus meninos e a "verve empreendedora" de Bebianno.

Guedes se adaptou rápido a altitude estabelecendo uma parceria com Rodrigo Maia. O filho Carlos parecia um problema insolúvel. Até a Folha de SP revelar os laranjas do PSL.

A queda de Bebianno pode resolver dois problemas do governo. Primeiro, retira da "Capela Sistina" um habitante devoto do Exu Caveira, a entidade das coisas materiais. É difícil construir governos imunes aos "adoradores da carne". Mas dentro do Vaticano, não dá.

Em segundo lugar, o episódio enche de argumentos os que querem ver os filhos afastados.

Ao expor seu ministro, o presidente atirou no próprio pé. Ao ameaçar publicamente o Capitão, Bebianno deixou o presidente sem opção. Pior do que ser injusto é demonstrar fraqueza.

Se olhasse para história recente, o presidente teria refletido antes desta trapalhada. Dilma Roussef se pautava pela imprensa. Uma simples nota numa revista era suficiente para ela pegar o telefone e cobrar explicações de seus ministros.

É a típica ilusão-classe média da mídia como expressão da "sacro santa" opinião pública. Bolsonaro parece morder a mesma isca da petista. A Folha não atirou em Bebianno. O alvo dela é o presidente, corroer sua autoridade e governabilidade.

Existem duas maneiras de enfrentar situações como essa. A mais fácil é jogar o auxiliar aos leões. Resistir aos ataques pode sempre cobrar um preço de popularidade no curto prazo. No longo prazo, sinaliza para o exército que o general é fiel à tropa e vai com ela para a guerra.

Dilma escolheu o primeiro caminho. A cada nova denúncia defenestrava seus auxiliares no Jornal Nacional. Parecia dar certo. Atingiu uma popularidade impressionante. Para o povão era a "mulher do Lula", para a classe média, a "faxineira implacável". Uma soma imbatível.

Acabou isolada. Brasília virou um mar de ressentimento e desconfiança. Quando Cunha abriu o processo de impeachment o destino da presidenta já estava traçado.

A novela da demissão deixará marcas. O sinal de instabilidade e desequilíbrio deixará o Congresso ressabiado. O custo da reforma da previdência pode ter subido.

A oposição vai comemorar a queda, mas é bom não perder o foco. Três pilares sustentam o governo: o grupo militar da dupla Heleno-Mourão, o núcleo econômico de Paulo Guedes e a aliança Moro-Globo.

Tirando alguns técnicos qualificados e um ou outro político experiente que ocupa posição em função de acordos pontuais, todos os outros são coadjuvantes. Estão ali para distrair a plateia enquanto o jogo principal do momento – a reforma da previdência - é jogado.

Bebianno era um destes. Chegou a ocupar um pequeno espaço em função do temperamento de Onyx. Exonerado, pode soltar a bomba que quiser. Se a reforma for aprovada voltará para a planície e será o que sempre foi: ninguém.

Vida que segue...