Brizola Vive - a Rádio da Legalidade está no Ar
Aniversário
20 em quem Leonel Brizola venceu a Rede Globo
Vinte anos do dia em que Brizola venceu a globo
94 anos de Leonel Brizola, por Jota A. Botelho
Para fechar o ano com Chave de Ouro
O meu abraço de Ano Novo aos que me dão o melhor: a sua atenção
Aprendi a frase e o sentimento com Leonel Brizola, um homem a quem injustamente atribuem parcas emoções e minúscula gratidão. Mas concedo, sim, que é pouco crível que dúzias de vezes ele tenha repetido nas conversas privadas:“Declaração de amor, Brito, nunca é demais”,Sim, é sempre menor que o amor, mas é necessária. E é ato de humildade ainda mais necessário porque ser amado é mais fácil que amar.Porque ser amado é fácil e vão, mas amar exige esforço, trabalho, cuidado, renúncia. Exige sair de sua autoconcedida grandeza e ser pequeno ao ponto de saber que toda ela é nada sem quem te oferece o tempo e os ouvidos ao que você diz e sente, o ombro às suas lutas, a tolerância com seus erros e asneiras, porque erros cometemos e porque asneiras volta e meia dizemos, ainda mais quando falamos e escrevemos muito.Não é o acerto permanente que une as pessoas, nem as palavras bem escolhidas, nem a sabedoria luzidia, nem a proa erguida dos pretensiosos. O que une as pessoas é a confiança e a sensação de que desejamos o mesmo, que sentimos o mesmo – cada um na forma que isso toma em si – e a liberdade com que se dá nosso convívio.
Golpistas não passarão
À frente da nova campanha da Legalidade, inspirada no movimento liderado por Leonel Brizola, em 1961, o governador do Maranhão, Flávio Dino, contou, em entrevista exclusiva ao 247, quais serão os próximos passos da resistência contra o golpe; "vamos agir tanto no campo político como no campo jurídico", disse Dino, que articula uma reunião com todos os governadores legalistas para esta terça-feira, em Brasília; além disso, ele pretende reunir pareceres de centenas de juristas contra o atentado à Constituição; "eu desafio os golpistas a apresentarem 10 professores de direito no Brasil que sustentem a tese do impeachment"; Dino também citou os protagonistas do golpe; sobre FHC, disse que "é incoerente"; em relação a Aécio, afirmou que "apressado como cru"; no caso de Michel Temer, disse que tem "expectativa" sobre sua posição, até porque o vice sabe o que está gravado na Constituição. Leias mais>>>
Recordar é viver: Leonel Brizola e Ciro Gomes já alertaram no passado sobre Eduardo Cunha
“Essa coalizão PT-PMDB, da forma como está, acostumou-se a fazer uma seleção às avessas. Quanto mais incompetente e mais picareta, mais prestígio. Então repare bem: eles estão querendo dizer agora que vão escolher um camarada chamado Eduardo Cunha para a presidência da Câmara. Esse cara deve ser, entre 1 mil picaretas, o picareta-mor. Toda a linguagem dele... eu conheço esse cara desde o governo Collor, ele operava no escândalo do PC Farias na Telerj. Pois estava enrolado no fundo de pensão da Cehab no governo Garotinho, e aí vem vindo. Depois estava enrolado no governo Lula com Furnas. E agora enrolado até o gogó em tudo em quanto, e ele quem banca os colegas. Todo mundo sabe disso. Antigamente o picareta achava a sombra, procurava ali o bastidor, ia fazendo as picaretagens escondido. Agora não, ele quer ser presidente da Câmara”.
Cieps: Roberto Marinho bombardeou
Publiquei ontem aqui o depoimento do jornalista Luiz Augusto Erthal sobre a generosa aventura de Darcy Ribeiro e Leonel Brizola com seu projeto de educação integral e a oposição que, desde o primeiro momento, os Cieps enfrentaram de Roberto Marinho e seu império Globo.Mas se o “cogumelo global”, como dizia Brizola, atacava pelo bombardeio, seus agentes no Governo do Estado, encarregados de dar fim – ou quase fim, porque muitos sobrevivem, sem o projeto original mas com o esforço e a dedicação de professores e diretores – têm nome e sobrenome e estão apontados no jornal que meu colega e amigo publica, o Toda Palavra, que vai ouvir Lia Faria, uma das integrantes da equipe de Darcy:Lia Faria, que ocupou os cargos de coordenadora-geral de treinamento de pessoal na primeira fase do programa (1985-1987) e de coordenadora pedagógica na segunda fase (1991-1995), afirma que, além do prejuízo para os alunos, a descontinuidade do projeto também deixou de formar pelo menos 50 mil profissionais nesses trinta anos. “Eu mesma capacitei pessoalmente nove mil professores”, afirma. Para ela, a capacitação de profissionais de três áreas (educação,saúde e cultura), com formação em exercício e a visão multidisciplinar
Segundo Lia Faria, os responsáveis pelo desmonte do programa “têm nome e sobrenome”: Moreira Franco e Marcello Alencar.
Cieps - “Governador, faça umas escolinhas…” Roberto Marinho tentou fazer Brizola abortar o projeto desde o início
Merval, dobre a língua para falar de Leonel Brizola
A bandeira de Brizola em boas mãos, por Rodrigo Vianna
Ciro e Cid Gomes assumem o PDT
Ciro Gomes foi um leal combatente ao lado de Lula, nos tempos mais difíceis – quando parte do PT se enfiou debaixo da cama depois da denúncia do Mensalão em 2005.no Escrevinhador
Cid Gomes, irmão dele, teve a coragem de ir ao Congresso e cravar na testa de Eduardo Cunha: “achacador”!
Os dois têm uma trajetória controversa. Trocaram de partido várias vezes. Mas nos últimos 12 anos jamais trocaram de lado.
Cid e Ciro anunciaram o ingresso no PDT – que desde a morte de Brizola em 2003 perdeu força e identidade. Clique aqui para saber mais.
Está evidente que um dos dois será candidato a presidente em 2018. É mais um sinal de que a polarização PT/PSDB está encerrada.
Ciro (ou Cid?) pode até vir a ser o candidato apoiado por parte do bloco que hoje gravita em torno do lulismo. Mas o mais provável é que esse bloco se desfaça.
A próxima eleição (seja em 2018, ou antes disso se prosperar o golpe parlamentar contra Dilma) deve ser parecida com a de 1989: um quadro fragmentado.
O PSDB mesmo ameaça se estilhaçar. Há 3 projetos pessoais em disputa: Aécio pode ficar com a legenda tucana, Alckmin pode sair pelo PSB e Serra pelo PMDB (com apoio de Temer).
E a direita amalucada pode, sim, viabilizar uma candidatura de Bolsonaro ou Caiado – seguindo as pegadas da Frente Nacional na França e de outros grupos de tinturas fascistas mundo afora.
Pela esquerda, pode-se viabilizar uma nova frente – com partes do ex-PT, do PSOL e outras forças.
E ainda haverá espaço para candidaturas como a de Ciro/Cid.
Lula sobreviverá até 2018? Está fora do páreo? Hum, nada disso está definido.
Os tucanos apostam em “fechar” o PT, e esmagar Lula com apoio da Globo. Acham que assim chegarão ao poder. Podem ser surpreendidos pela história.
Um amigo que sabe das coisas costuma dizer: “não existe Salieri sem Mozart”. Uma referência ao músico invejoso que vivia às turras com o gênio Mozart na velha Áustria.
FHC e os tucanos são Salieri. Arrebentam-se de inveja do gênio que é Lula.
Se o lulismo se apagar, o tucanismo pode acabar-se junto.
A orquestra pode acabar nas mãos de um oportunista de direita?
Ou, num quadro menos pessimista, pode-se construir uma alternativa que não ponha em risco a soberania do país. Ciro e Cid representam essa possibilidade.
A bandeira de Brizola estará em boas mãos.
PTB: eram só três letras na história, mas ainda dóem
Autor: Fernando Brito
 Era o dia 12 de maio de 1980. O lugar,o velho hotel Serrador, no Centro do Rio. Ali, nas palavras de Brizola, “consumou-se o esbulho”.
A sigla PTB, bandeira de quase 30 anos de lutas do povo brasileiro, por artes de Golbery do Couto e Silva, foi entregue a Ivete Vargas e à direita. 35 anos depois, a farsa vira tragédia e a sigla, agora, é entregue ao DEM.
Impossível não ver de novo aquela cena, nem deixar de lembrar o que, sobre ela, escreveu três dias depois, no JB, Carlos Drummond de Andrade, O gesto de quem prefere rasgar seu grande amor na batalha, que fazer dele a mortalha de tudo o que significou.
Eu vi… Carlos Drummond de Andrade
Vi um homem chorar porque lhe negaram o direito de usar três letras do alfabeto para fins políticos. Vi uma mulher beber champanha(*) porque lhe deram esse direito negado ao outro.
Vi um homem rasgar o papel em que estavam escritas as três letras, que ele tanto amava. Como já vi amantes rasgarem retratos de suas amadas, na impossibilidade de rasgarem as próprias amadas.
Vi homicídios que não se praticaram mas que foram autênticos homicídios: o gesto no ar, sem conseqüência, testemunhava a intenção. Vi o poder dos dedos. Mesmo sem puxar o gatilho, mesmo sem gatilho a puxar, eles consumaram a morte em pensamento.
Vi a paixão em todas as suas cores. Envolta em diferentes vestes, adornada de complementos distintos, era o mesmo núcleo desesperado, a carne viva; E vi danças festejando a derrota do adversário, e cantos e fogos.
Vi o sentido ambíguo de toda festa. Há sempre uma antifesta ao lado, que não se faz sentir, e dói para dentro.
A política, vi as impurezas da política recobrindo sua pureza teórica. Ou o contrário… Se ela é jogo, como pode ser pura… Se ela visa o bem geral, por que se nutre de combinações e até de fraudes.
Vi os discursos…
PT, deixa o Severino Pépé falar
Existe um povo que a bandeira empresta
P’ra cobrir tanta infâmia e cobardia!…
E deixa-a transformar-se nessa festa
Em manto impuro de bacante fria!…
Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta,
Que impudente na gávea tripudia?
Silêncio. Musa… chora, e chora tanto
Que o pavilhão se lave no teu pranto!…
Auriverde pendão de minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que a luz do sol encerra
E as promessas divinas da esperança…
Tu que, da liberdade após a guerra,
Foste hasteado dos heróis na lança
Antes te houvessem roto na batalha,
Que servires a um povo de mortalha!…
Extingue nesta hora o brigue imundo
O trilho que Colombo abriu nas vagas,
Como um íris no pélago profundo!
Mas é infâmia demais! … Da etérea plaga
Levantai-vos, heróis do Novo Mundo!
Andrada! arranca esse pendão dos ares!
Colombo! fecha a porta dos teus mares!