Benesses governamentais

Os papa-tudo

Todos os dias deparamos com elitistas criticando o Bolsa Família do governo federal. Querem saber? Essa gente é contra o programa porque os recursos se destinam aos pobres, e ela queria tudo para si mesma. "Ah, mas essa concessão vicia as pessoas", dizem. Ora, ninguém é mais viciado em receber ajuda do Poder Público que os que dela não necessitam, quer dizer, as elites econômicas. É oportuno lembrar que... (Segue)

Segundo ato

...os programas sociais precisam ter um tempo determinado, para que passe à fase seguinte, que é a do emprego para todos e vida totalmente digna. O grande Darcy Ribeiro costumava dizer que para se aferir o grau de cretinice de uma pessoa bastava citar a escola integrada, conhecida como CIEP. Se houvesse reação contrária, bota cretinice nisso. O mesmo critério se pode usar hoje em dia com relação ao... (Segue)

Epílogo

... Bolsa Família, tão criticado pelos endinheirados que se mostram insaciáveis em se tratando de recursos públicos e imaginam terem casado com o Erário em regime de co-

munhão de bens. Para eles, as benesses governamentais. Para os pobres e miseráveis, nem as bananas.



Serra - banda larga Casas Bahia

Vejam só vocês. O Serra, um homem estudado, está caindo no conto das Casas Bahia? Não, é ele mesmo quem está vendendo esse peixe. Diz que vai "bancar" Banda Larga de baixo custo para os mais pobres. Bem, como no caso das Casas Bahia, ele espera que os tais "mais pobres" também não façam as continhas do total a ser pago, e aceitem uma "prestaçãozinha que cabe no bolso". 


Veja, ele está oferecendo junto com a Telefônica (sem comentários...) Banda Larga de 250kbps por trinta mangos. Mas eu pago 120 pilas por uma conexão de 4mbps. Se pegar a calculadora e fizer a continha (não precisa fazer de cabeça) você vai ver que eu, que não sou nenhum necessitado, pago em torno de 0,03 (três centavos) por cada kbps de velocidade. E o pobre do infeliz que cair no conto do Serra/Telefônica (copyright Casas Bahia) vai pagar cerca de 0,12 (doze centavos!) por cada kbps. Ou seja, 400% a mais!!! Mas, tem trouxa para tudo neste mundo, onde o negócio é levar vantagem, certo?
Fabio Nogueira

Bolsa ou bolha?

Investidores estrangeiros deram de responder por mais de 40% do volume negociado, nesta semana, na Bovespa. Até por isso, volume médio diário elevado. Essa conversão de dólares para reais, em bolsa, aumenta a aflição do aflito: o dólar americano no mercado cambial brasileiro.

Flutuando agora perto de R$ 1,70, já há quem aposte em dólar de R$ 1,65 na média da travessia destes últimos 77 dias do ano. Até porque, na semana que vem, o Banco Central faz a revisão periódica dos juros e deve manter a Selic congelada no piso de 8,75%, com viés de alta nas entrelinhas na ata da reunião, a ser divulgada na semana seguinte - como é do ritual canônico do BC.

Sem novo corte na base de juros de mercado, haverá transfusão cambial suplementar também pela renda fixa calibrada pela Selic. Vai daí que o BC se obriga a enxugar dólares da praça, da ordem de quase US$ 7 bilhões nestes últimos três dias.

Enquanto isso, a Bovespa celebra pontuação recorde desde 30 de junho do ano passado, em tempo em que bebemora captação de ações novas, este ano, no total de R$ 36 bilhões. Em 13 chamadas de capital novo. Por enquanto.

Quer dizer, em 13 meses de crise global, está zerado o lero-lero da aversão ao risco Brasil. Até por exclusão, o menor risco de bolsa no mercado de ações do planeta capinanceiro. É de São Paulo a bolsa mais revalorizada do mundo em 2009 - revalorizada até ontem em 77%. A segunda colocada, a de Xangai, não aparece no retrovisor da Bovespa.

O videogame da vez é adivinhar a pontuação do Ibovespa na ponta do réveillon. O recorde, de 73.500 pontos, é o de 22 de maio do ano passado.

Talvez, o Ibovespa contente-se com um Papai Noel de 70.000 pontos. Talvez. 

Feia, feia, feia



O motorista do táxi disse ao passageiro:
- Olha que mulher bonita! Nossa, ela é um avião!
E o passageiro respondeu, gritando:
- Feia!!!
O motorista:
- Feia nada! Ela é gostosona prá caramba!
E o passageiro, de novo:
- Feia!!!!
- Que feia o quê!! Tá louco??? – retrucou o motorista.
E o passageiro, aos berros:
- Feia! Feia! Feia!
O motorista, que não estava olhando para a frente, bateu em outro carro.
Ficou louco da vida e exclamou:
- Pô, cara! Você viu que eu ia bater!!! Por que não me avisou?
E o passageiro histérico:
- Aralho!!! Eu ava alando há ua hora: feia, feia e ocê não feiô. É…Urdo, é??? … Seuilho da uta!!!

Equívoco da mídia

Colunistas amestrados insistem em que Lula jamais elegerá a sucessora de sua preferência, a ministra Dilma Rousseff, porque Juscelino Kubitschek não viu seu ministro da Guerra, marechal Henrique Lott, ocupar seu lugar na Presidência da República.

O quadro é muito diferente, porém, e só os interesses do tucanato em retornar ao poder podem ditar tal tipo de raciocínio.

É preciso lembrar que a ascensão de JK à Presidência da República ocorreu em disputa com Juarez Távora, Adhemar de Barros e Plínio Salgado, em que ele conquistou apenas 33% do eleitorado. Muito diferente de Lula, reeleito brilhantemente no segundo turno.

Popularidade

Jamais se pode comparar a profundidade do prestígio popular de JK com o de Lula, em torno do qual se gerou uma paixão que chega próximo de credo religioso. Sem falar que os institutos de pesquisa mostram que ele atingiu o ápice da popularidade, com a simpatia de 81% da sociedade brasileira. Ficam contra ele apenas cinco por cento dos preconceituosos com o fato de um operário haver chegado à Presidência da República e estar realizando governo que impressiona o mundo, por sua competência, por seus êxitos.

Êxito

JK realizou um governo, fustigado pela mídia, a serviço da UDN e da direita, interessados ambos na implantação da ditadura militar, o que somente conseguiram em 1964. Hoje, ao invés da inflação daquele tempo, temos êxitos seguidos na economia, principalmente na magistral lição que Lula deu de enfrentar a crise econômica internacional. E, se ano que entra, o País retomar o crescimento anterior, qual será o impacto de seu sucesso no julgamento dos eleitores? Então não há como misturar e confundir situações diversas. Sem falar ainda que a blogosfera está aí atuante para conter a mentirada da grande mídia.


Ser Professor

E disse a esperança:
-Vai, que eu vou contigo!
Nela confiei e segui,
sob inexplicável impulso.
Vejo-me a cada dia nesta luta,
Aparentemente inglória,
Numa tentativa contínua de superação,
Que me leva a construir
Castelos de sonhos necessários
Para concretizar utopias...
Suor, cansaço, desilusão,
Desafios à persistência.
Ela, a esperança,
Teimosamente fundamenta a busca.
E mora perto,
Bem no fundo dos olhos da criança,
onde vejo refletida a minha própria
imagem.
É este desafio:
SER PROFESSOR!

Nilma Ximenes 

2010: alguns esclarecimentos sobre a atuação de Zé Dirceu




Image
Ciro Gomes, Lula, Dilma Rousseff e Aécio Neves


Esta semana a mídia - inclusive uma das principais revistas do país - voltou a tratar da minha atuação em defesa da candidatura pelo PT à presidência da República, da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e das alianças na base do governo, a começar pelo PMDB.

Em suas avaliações tem um pouco de tudo mas, principalmente, pressão para que eu não atue. Uma revista semanal chega a dizer que não tenho direitos políticos. Não é verdade. O que perdi foi o direito à elegibilidade. Bem que ela gostaria que eu estivesse com os direitos políticos suspensos e não fizesse mais política, como em outros tempos, a ditadura tentou. Mas, nem esta conseguiu. Cassou a minha nacionalidade, baniu-me do país, impediu-me de retornar, mas voltei clandestino e continuei na luta.

A revista também procura me desqualificar, apresentando-me ora como chefe do mensalão - numa negação da minha presunção de inocência - ora como lobista. Tenta, assim, impedir que eu exerça minha profissão e trabalhe como advogado para me sustentar.

Por fim, comete a baixaria de me apresentar como intermediário da oferta de cargos e benesses em nome do PT e do governo, o que é outra forma de desqualificar minha participação. Minha atuação - repito o que já disse antes - é pessoal, de minha inteira responsabilidade, já que não sou nem dirigente do PT e nem tenho delegação de ninguém para atuar.

Na falta de argumentos para responder minhas críticas e minhas propostas, e a essa atuação em prol da candidata do PT e das alianças, apresentam-me como alguém que tenta isolar, ou pressionar o deputado Ciro Gomes (PSB-CE), ou perseguir a senadora Marina Silva (PV-AC), pré-candidata de seu partido ao Planalto.