O resto é sinistrose

São as águas de março fechando a recessão. Saiu o PIB do primeiro trimestre; havia quem apostasse em retração de até 3% e não deu nem 1%. O recuo ficou em 0,8%, por obra e desgraça do setor industrial, com encolhimento de 3,1%. No quarto trimestre de 2008, quando a marolinha quase virou maremoto, recuo de 3,6%.

Ocorre que já estamos fechando o primeiro terço de junho, virada do semestre, com pinta de PIB no azul, desde abril. Ou seja: nosso fundo do poço foi mesmo lá em março.

Agora, chega de retrovisor. Vamos ligar nossos faróis de neblina na cerração do segundo semestre, para vislumbrar até dezembro um PIB gregoriano em expansão.

Quem sabe, algo em torno de 2%, contra apostas recentes de crescimento zero ou mesmo recessão de quase 1%.

Ou seja: mais uma vez a comprovação daquilo que estamnos dizendo desde janeiro - a crise dura nove meses. No Brasil e no mundo.

Todas as crises, desde os anos 80, não passaram disso. A biruta já virou. O Brasil já melhorou e o mundo todo - ou quase - já parou de piorar.

O resto é sinistrose - cenários alarmistas produzidos por analistas alarmados. Comigo não, violão.

Selic de hum dígito

Confirmado o recuo de 0,8 do PIB, qual a aposta do mercado financeiro sobre o corte da taxa de juros - selic - ?

"Banco Central deve reduzir corte da taxa de juros"

Como sempre os porta-voz dos rentistas e agiotas nacionais e internacionais cumprem com maestria o papel de defensores da agiotagem.

Se o Banco Central pensar no Brasil a queda anunciada hoje deve ser de no mínimo 1,5%. Menos que isso é pouco, muito pouco, é mais um erro na postura ultra-conservadora do BC.

Porém se a queda for de apenas 0,75%, pela 1ª vez na historia do Brasil, a selic será de hum dígito. É algo que podemos comemorar.

Mas, desejamos e devemos cobrar, exigir que o investimento, a economia real, o trabalho seja mais importante valorizado que a especulação financeira, o rentismo, a agiotagem.

Tenho dito!

PSDB quer Reestatizar?

- O PSDB quer privatizar a Petrobras?

- Não. É o contrário disso. Queremos reestatizar a empresa, responde Arthur Virgílio.


Realmente estes tucademos são mesmos uns FHCs - Farsantes, Hipócritas, Canalhas - e continuam pensando que somos bobos, idiotas.


Depois de vender(?) mais de um terço da empresa ( se tivesse sido possível teriam vendido toda), vem agora dizer que desejam reestatizar a Petrobras.


Seria de bom tom o entrevistador ter perguntado se eles também pretendem reestatizar a Vale do Rio doce, por que não perguntou Josias?


O que essa gentalha bicuda deseja mesmo é entregar as reservas do pré-sal a iniciativa privada...aquela que na hora de investir, arriscar perfurando poços sem a certeza que existe petróleo tiram o rabinho fora.


Porém, depois que o Estado faz o investimento e tem a certeza que existe petróleo eles correm para reenvidicar direitos de exploração.


Corja!!!

Nem tudo é

Marco Antônio Leite 

Nem toda GUERRA é justa.
Nem toda TERRA é de JUDEU.
Nem toda compra é a vista.
Nem todo cheque tem fundo.
Nem todo beijo é de paixão.
Nem toda calça tem bolso.
Nem toda carteira tem dinheiro.
Nem toda água é doce.
Nem toda moça é virgem.
Nem toda mulher é casada.
Nem todo sapato é novo.
Nem toda caneta tem tinta.
Nem toda rua é mão dupla.
Nem toda lâmpada é acesa.
Nem todo rio tem peixe.
Nem todo pincel é para pintar parede.
Nem todos têm casa.
Nem todo doente tem remédio.
Nem toda criança tem acesso há escola.
Nem todo agricultor tem terra para plantar.
Nem todo espelho retrata a realidade.
Nem toda saia é curta.
Nem todo cachimbo leva fumo.
Nem todos têm emprego.
Nem toda cesta é básica.
Nem todo fumo é de corda.
Nem todo corrupto é político.
Nem todo político é honesto.
Nem toda cerveja é gelada.
Nem todo alfabetizado sabe interpretar.
Nem toda criança é amada.
Nem todo cachorro tem dono.
Nem todo carro tem freio.
Nem todo bispo é católico.
Nem todo chefe é competente.
Nem todo criminoso é condenado.
Nem todo dinheiro é limpo.
Nem todo ovo é frito.
Nem toda caixa é de madeira.
Nem toda criança toma leite.
Nem todo violão tem corda.
Nem toda corrente é de metal.
Nem toda laranja é madura.
Nem todo tanque é para roupa suja.
Nem todo ovo é de galinha.
Nem todo caminho leva ao destino.
Nem toda vela é de velório.
Nem todo esmalte é pra unha.
Nem todo disco é de música.
Nem todo pinto é de galinha. 

Quem precisa de policia?

Marco Antônio Leite 

No Brasil a POLÍCIA foi criada somente para bater, prender e matar o cidadão pobre. 

Para essa POLÍCIA ser pobre é sinonimo de miséria e ausência de direitos. Por isso os abusos registrados na comunidade PARAISÓPOLES não são de deixar ninguém abismado por essa conduta violenta da paulista. 

É corriqueiro saber que a POLÍCIA invade bairros periféricos para prender e surrar muitos moradores que ali moram por imposição do sistema capitalismo, o qual não da condição econômica para que a família more numa casa e em local mais adequado. 

O sistema é contraditório, quem paga impostos são os trabalhadores, portanto é quem paga esses polícias com o dinheiro da maioria, este fato por si só teria que ter uma POLÍCIA que desse segurança para a população pobre do Estado.

Quando ocorre um crime que vitima um burguês, a policia trata de colocar todo o efetivo nas ruas para identificar e prender o criminoso. Porém, quando isso ocorre numa comunidade pobre, o crime cai no esquecimento, isso prova que a POLÍCIA foi criada para defender os interesses dos ricos, os quais na sua maioria são sonegadores de impostos. 

A POLÍCIA militar de São Paulo invadiu a USP e encheu os estudantes de balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo. 

Quem precisa de POLÍCIA, o pobre, o RICO ou o cidadão? 

Carta ao povo brasileiro

Contra a desestabilização política do governo e contra a corrupção: Por mudanças na política econômica, pela prioridade nos direitos sociais e por reformas políticas democráticas!



Dezenas de entidades do movimento social brasileiro reunidas nesta terça-feira, 21/06, em Brasília, aprovaram uma CartaContra a desestabilização política do governo e contra a corrupção: Por mudanças na política econômica, pela prioridade nos direitos sociais e por reformas políticas democráticas! A reunião da CMS - Coordenação dos Movimentos Sociais, aprovou um calendário de lutas para as entidades que se inicia com um grande ato no dia 1º de julho, em Goiânia, durante a realização do 49º Congresso da UNE.

Para Gustavo Petta, presidente da UNE, "a reunião resultou num grande consenso e unidade dos movimentos sociais, ao entender que é necessário que as entidades saiam às ruas para exigir a apuração dos casos de corrupção e, também, para denunciar a tentativa da direita brasileira de desestabilizar o governo Lula, seja antecipando um clima para a sua derrota nas próximas eleições, seja levantando a tese do impeachment, ou ainda fazendo uma chantagem política para prender o governo às exigências da direita, tolindo as iniciativas mudancistas que ainda precisam ser aprofundadas pelo governo".

Leia abaixo a carta divulgada pela CMS e por outras entidades nesta terça-feira.

Contra a desestabilização política do governo e contra a corrupção:
Por mudanças na política econômica, pela prioridade nos direitos sociais e por reformas políticas democráticas!

A sociedade brasileira mudou e, na Constituinte de 1988, decidiu por mudanças. Constituiu novos poderes e elegeu novos governantes, para promover processos de transformação social. Criou novas estruturas, combateu velhas instituições e gerou novos mecanismos para fazer valer os direitos de todas e cada uma das pessoas a uma vida digna.

Com a força desta história recente, mas vigorosa, de fortalecimento e radicalização da democracia em nosso país que nós, representantes das organizações populares, das organizações não governamentais, do movimento sindical, dos movimentos sociais e personalidades, convocamos toda a sociedade brasileira, cada cidadão e cada cidadã, para uma grande e contínua mobilização que torne possível enfrentar a crise política e fazer prevalecer os princípios democráticos.

Nas últimas eleições, com a esperança de realizar mudanças na política neoliberal que vinha sendo praticada desde 1990, o povo brasileiro elegeu o Presidente Lula. Até este momento, avaliamos que pouca coisa mudou e presenciamos um mandato cheio de contradições. De um lado, o governo seguiu com uma política econômica neoliberal, resultado de suas alianças conservadoras. De outro, adotou um discurso da prioridade social e uma política externa soberana e de aliança com as nações em desenvolvimento. A eleição do Lula reacendeu as esperanças na América Latina, e influiu de forma positiva em alguns conflitos políticos na região.

De olho nas eleições de 2006, as elites iniciaram, através dos meios de comunicação uma campanha para desmoralizar o governo e o Presidente Lula, visando enfraquecê-lo, para derrubá-lo ou obrigá-lo a aprofundar a atual política econômica e as reformas neoliberais, atendendo aos interesses do capital internacional.

Preocupados com o processo democrático e também com as denúncias de corrupção que deixaram o povo perplexo, vimos à publico dizer que somos contra qualquer tentativa de desestabilização do governo legitimamente eleito, patrocinada pelos setores conservadores e antidemocráticos.

Exigimos completa e rigorosa investigação das denúncias de corrupção, feitas ao Congresso Nacional e à imprensa, e punição dos responsáveis. Sabemos que a corrupção tem sido, lamentavelmente, o método tradicional usado pelas elites para governarem o país.

Exigimos também a investigação das denúncias de corrupção, por ocasião da votação da emenda constitucional que aprovou a reeleição e dos processos de privatização das estatais ocorridas no governo de Fernando Henrique Cardoso.

Trata-se portanto, de fundamentar a vida política em princípios éticos como a separação entre interesses privados e interesses públicos, de transparência nos processos decisórios e a promoção da justiça social.

Diante da atual crise, o governo Lula terá a opção de retomar o projeto pelo qual foi eleito, e que mobilizou a esperança de milhões de brasileiros e brasileiras. Projeto este que tem como base à transformação da sociedade e do Estado brasileiros, uma sociedade dividida entre os que tudo podem e tudo têm e aqueles que nada podem e nada têm.

Por isso, vimos a público defender, e propor ao governo Lula, ao Congresso Nacional e a sociedade civil, as seguintes medidas:

1- Realizar e apoiar uma ampla investigação de todas as denúncias de corrupção que estão sendo analisadas no Congresso Nacional e punir os responsáveis

2- Excluir do governo federal setores conservadores que querem apenas manter privilégios, afastar autoridades sobre as quais paira qualquer suspeição e recompor sua base de apoio, reconstruindo uma nova maioria política e social em torno de uma plataforma anti-neoliberal.

3- Realizar mudanças na política econômica no sentido de priorizar as necessidades do povo e construir um novo modelo de desenvolvimento. A sociedade não suporta mais tamanhas taxas de juros, as mais altas do mundo, sob o pretexto de combater a inflação. A sociedade não sustenta a manutenção de um superávit primário, que apenas engorda os bancos.Os recursos públicos têm de ser investidos, prioritariamente, na garantia dos direitos constitucionais, entre eles, emprego, salário-mínimo digno, saúde, educação, moradia, reforma agrária, meio ambiente, demarcação das terras indígenas e quilombolas.

4- Realizar, a partir do debate com a sociedade, uma ampla reforma política democrática. Uma reforma que fortaleça a democracia e dê ampla transparência ao funcionamento dos partidos políticos e aos processos decisórios. Por isso, somos favoráveis à fidelidade partidária, ao financiamento público exclusivo das campanhas, à exclusão das cláusulas de barreira, e à apresentação de candidaturas em listas fechadas com alternância de gênero e etnia, obedecendo critérios de representação política pluriétnica e multiracial. Queremos também a imediata regulamentação dos processos de democracia direta, que implica o exercício do poder popular mediante plebiscitos e referendos, conforme proposta apresentada pela CNBB e a OAB ao Congresso Nacional.

5- Fortalecer os espaços de participação social na administração pública e criar novos espaços nas empresas estatais e de economia mista, viabilizando o controle social e real compartilhamento do poder.

6- Fortalecer as iniciativas locais em favor da cidadania e da participação e da educação popular, como por exemplo os comitês pela ética na política, conselhos de controle social, escolas de formação política.

7- Enfrentar o monopólio dos meios de comunicação, garantindo sua democratização, inclusive através do fortalecimento das redes públicas e comunitárias.

Neste momento de mobilização, conclamamos as forças democráticas e populares a se mobilizarem para realizar manifestações de rua e protestos, e trabalhar para promover as verdadeiras mudanças que o país e o povo precisa.

Brasília, 21 de junho de 2005.

Parodia tucademo

Como a popularidade de Lula, a avaliação do governo e o nome da candidata a presidência em 2010 - Dilma Rousseff - só faz aumentar, os tucademos tentam copiar a ideia do PT 2002 que publicou a Carta ao povo brasileiro.

Tucanos e demos vão garantir a continuidade da politicas e programas sociais do governo...Uai, mas até ontem num era tudo uma porcaria? rsss

O desespero faz cada coisa...