Construção tem projetos de R$ 500 bi

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Programas de governo, investimentos estatais e Copa do Mundo transformam setor em motor do crescimento


A confiança dos empresários começa a ser renovada com a volta do crédito, embora com taxas ainda salgadas. Entre o quarto trimestre de 2008 e o primeiro deste ano, as empresas foram sufocadas pela falta de dinheiro para poder levantar lançamentos do passado. Outro ponto foi o cancelamento de projetos de expansão da indústria. Tudo isso contribuiu para uma queda de 9,8% da construção civil no primeiro trimestre.

Com a volta das ofertas públicas iniciais de ações (IPOs, em inglês) e do crédito no mercado internacional, o setor acredita em dias melhores a partir de agora. A aposta é que o programa habitacional e as obras de infraestrutura priorizadas pelo governo para amenizar os efeitos da crise tenham reflexos positivos a partir deste ano, já que 2010 é ano eleitoral.

No caso do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, lançado em março - que prevê subsídios do governo federal -, a expectativa é de aprovar projetos de 600 mil unidades até julho de 2010, num total de R$ 45 bilhões, segundo projeção do presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), Paulo Safady. Até o início do mês, a Caixa já havia recebido das incorporadoras 385 projetos imobiliários (65 mil unidades), mas apenas 40 deles já haviam sido aprovados.

Se o governo cumprir o compromisso de reduzir os prazos do processo, o programa poderá alavancar de forma significativa as atividades da construção. “Muitas construtoras, que não estavam nesse mercado, já se interessaram pela demanda potencial. Afinal, o déficit habitacional do País é de 7,2 milhões de unidades”,disse o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP), Sérgio Watanabe. Segundo ele, o programa poderá suprir o mercado de classe média, se o reaquecimento da economia demorar a ocorrer.

A definição das 12 cidades que vão receber os jogos da Copa do Mundo também animou o setor. Embora ainda não haja uma estatística oficial sobre o volume de investimentos, os números que circulam apontam para cifras que vão de R$ 60 bilhões a R$ 100 bilhões.

Em paralelo, o governo federal precisará definir todas as obras de infraestrutura exigidas para receber o evento. Só em transporte serão necessários mais de R$ 30 bilhões (sem contar o trem-bala, que custará US$ 14 bilhões), afirma o professor da Fundação Dom Cabral, Paulo Resende. Boa parte dos recursos vai para alternativas para melhorar a mobilidade urbana, como a construção de linhas de metrô, corredores de ônibus e estacionamentos.

Outras áreas, como aeroportos, energia elétrica e telecomunicações, terão de ter seus serviços reforçados para evitar um colapso durante o evento. Isso sem contar a ampliação da rede hoteleira.O presidente do Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon), Luiz Fernando dos Santos Reis, destaca que, para atender às exigências da Fifa, o governo deverá eleger obras prioritárias para acompanhar e acelerar o processo. “Nem tudo vai sair do papel. Por isso é importante definir projetos essenciais.”

De qualquer forma, a expectativa é que a Copa impulsione o Produto Interno Bruto (PIB) do País nos próximos anos, como ocorreu em países que já receberam o evento. Na Alemanha, cujos investimentos ficaram em torno de US$ 10 bilhões, o impacto no PIB foi da ordem de 0,5 ponto porcentual. No Brasil, a expectativa é que as obras promovam maior aquecimento da economia, já que as necessidades são bem maiores.

Outro dado importante é que, para cada R$ 1 milhão de investimento na construção civil, cria-se 33 empregos diretos e 25 indiretos. “Esse é um tipo de emprego que se reverte quase 100% em consumo, não em poupança. Além disso, a construção civil tem um efeito de arrasto bem maior do que outros setores da economia”, diz Paulo Resende.

Os especialistas destacam ainda que as estatais foram autorizadas pelo governo federal a ampliar os investimentos para combater a crise. A Eletrobrás anunciou investimentos de R$ 30 bilhões para o período de 2009 a 2012 e a Petrobrás, de US$ 174 bilhões (R$ 348 bilhões) para 2009-2013.

No caso da holding de energia, os planos incluem a construção de, pelo menos, seis hidrelétricas e da Usina Nuclear de Angra 3. É preciso ponderar, porém, que as obras nesse setor normalmente sofrem inúmeros atrasos por questões ambientais e disputas judiciais.

A Hidrelétrica de Belo Monte, por exemplo, está no plano de investimento da Eletrobrás, mas não consegue nem ter seu estudo de viabilidade por causa de pressões de ambientalistas. Já a metade dos recursos da Petrobrás vai para produção e exploração de petróleo.

Na avaliação dos representantes e especialistas do setor, a construção civil deverá ganhar maior participação no PIB a partir do ano que vem - até 2008, a indústria da construção representava 5,1% das riquezas do País.

MOTOR DE CRESCIMENTO

Obras da Copa do Mundo, programa habitacional e investimento de
estatais devem turbinar o setor de construção nos próximos cinco anos

Valor estimado de investimentos: mais de R$ 500 bilhões

Copa do mundo

Evento exigirá investimentos que podem variar entre

R$ 60 bilhões e R$ 100 bilhões

Principais obras

Reforma e construção de estádios

Transportes

Expansão da rede metroviária

Estacionamentos

Novos corredores de ônibus

Ampliação de aeroportos

Trem de alta velocidade

Telecomunicações

Ampliação e melhora da qualidade dos

serviços prestados

Energia elétrica

Reforço das redes de distribuição de energia e garantia de fornecimento de eletricidade em momentos de consumo de pico durante as partidas

Hotéis

Expansão da rede

hoteleira do País capaz de atender à demanda de turistas que chegarão ao País. A expectativa é receber 500 mil turistas
estrangeiros durante a Copa. Cada um deve gastar cerca de US$ 112 por dia

Minha casa, minha vida

Programa habitacional lançado pelo governo federal em março deste ano prevê investimentos de R$ 60 bilhões em três anos

Investimentos das estatais

Grupo Eletrobrás e Petrobrás planejam investir R$ 30 bilhões (2009-2012) e R$ 348 bilhões (2009-2013), respectivamente, na construção de hidrelétricas, termoelétricas, refinarias e gasodutos.

Para uma avaliação não idelógica de Cuba

O Estadão de hoje traz uma informação importante para uma avaliação não ideológica sobre os 50 anos da revolução de Cuba. Ao responder perguntas sobre a decisão da justiça do Rio de Janeiro, de suspender o sistema de cotas nas universidades do Estado, o historiador norte-americano George Reid Andrews, também autor de livros sobre o Brasil, classifica as cotas ”uma opção bem interessante."

Uma das conclusões de "Afro-América Latina, 1800 / 2000" - seu livro mais recente sobre nosso país, publicado pela Editora da Universidade Federal de São Paulo (EdUFSCar) - observa o escritor nessa entrevista ao O Estado de S.Paulo "é que o país latino-americano mais bem-sucedido no combate às desigualdades raciais é Cuba."

"O censo cubano de 1981 mostrou a ilha como a sociedade mais racialmente equitativa - nos índices de expectativa de vida, educação, emprego, estado civil, etc. - das Américas. E essa igualdade se alcançou inteiramente por meio das políticas universais dirigidas às classes pobres cubanas", prossegue George Reid Andrews.

Mas, o escritor antecipa ter, também, dois pontos contra uma política de cotas para os pobres: "primeiro, sou muito a favor das ações afirmativas, mas não necessariamente na forma de cotas. Uma cota para pobres teria os mesmos problemas que para qualquer outro grupo."

"Segundo - conclui o escritor - uma cota para pobres não vai resolver os problemas enormes dos afro-brasileiros que estão na luta para entrar, ou avançar, na classe média. Para mim, o estudo mais importante do problema racial no Brasil nos últimos anos é "Racismo à brasileira", de Edward Telles.”

Percepção da crise

Trechos da coluna de Cesar Maia na Folha de SP

1. Após oito meses de uma grave crise econômica, a percepção dos brasileiros sobre a crise, é melhor, que em março. Em alguns itens muito melhor. Não há indicador econômico que permita chegar a esta conclusão. Que razões explicam essa reação da opinião pública?

2. Seis elementos explicativos. O primeiro é a menor intensidade das informações publicadas. Na medida em que elas são percebidas como parecidas, mantê-las em destaque contrariaria a lógica da renovação do noticiário. O segundo, depois de 3 anos de crescimento econômico e seus efeitos positivos sobre o emprego e renda\consumo, é a esperada torcida para que a crise passe logo. O terceiro elemento é a própria natureza empresarial dos meios de comunicação, que são parte da crise, com a redução dos patrocínios, da circulação e da audiência. As boas notícias e as previsões otimistas de economistas, empresários e políticos, ganham destaque, e as más noticias são deslocadas para os cadernos econômicos.

3. Lula é o quarto elemento. Em seu conhecido voluntarismo, optou por minimizar a crise (marolinha) desde o início. Lula estimulou o consumo, que mesmo não tendo vindo, se ajustou ao discurso otimista. Com isso, vestiu o traje de protetor do povo contra a crise (externa), que, aliás, sempre lhe coube muito bem. O quinto, num terceiro ano, pré-eleitoral, os governos, federal e estaduais, frente a uma crise imprevisível e seus riscos políticos, aceleraram os gastos publicitários.

4. Finalmente é importante lembrar, que desde 2006, pós-mensalão, o governo federal passou a ter um forte vetor publicitário direcionado à imprensa das cidades menores, especialmente pólos. A grande imprensa –exceção à TV- não circula nessas cidades (FSP, 13/06: No início do governo Lula, a publicidade oficial atingia 182 municípios. Agora, são 1.149). A sinergia destes seis elementos ajuda a explicar as pesquisas. A questão de sua sustentabilidade depende do acerto ou não, das previsões otimistas e suas relações com o cotidiano das pessoas.

* * *

Abaixo a mafia dos ecoxiitas

"Hoje, usamos apenas um terço de nossa capacidade hidrelétrica. Teríamos o potencial de gerar 200 mil megawatts de energia...”

“...Mas as dificuldades criadas pelo Meio Ambiente criam embaraços para a construção".

"As pessoas precisam entender que, se esses embaraços ocorrem, quem acaba pagando mais caro pela energia são os consumidores..."

"O embaraço de ambientalistas é um custo no bolso das pessoas".

Disse que, sem as hidrelétricas, o Brasil terá de recorrer a coisa bem pior. "Teríamos de buscar formas mais poluentes e mais caras". Mencionou a queima de carvão.

"Essa é uma energia sólida, limpa, barata e que devemos produzir no Brasil".

"Duas no Nordeste e duas no Centro-Sul". Segundo Lobão, três Estados pedem que as plantas nucleares sejam erigidas em seus territórios: Alagoas, Bahia e Sergipe.

Todas estas coisas ditas pelo ministro Lobão é a pura verdade.

A maioria dos ambientalista são uns FHCs - farsantes, hipócritas, canalhas -.

Querem impedir tudo, toda obra necessária mas não abrem mão das comodidades que a modernidade oferece.

Agora sei quem sou

Marco Antônio Leite

Agora sei quem sou, sou um escravo do sistema.
Agora sei quem sou, sou um mal informado, pois a elite só informa o que interessa no sentido de resguardar os capitalistas.
Agora sei quem sou, sou um nativo que vive sob o jugo do patrão, que usa o carrasco para chicotear meu lombo até sangrar.
Agora sei quem sou, sou um brasileiro que vê a miséria e pouco pode fazer para minorar o sofrimento de nossos irmãos.
Agora sei quem sou, sou um torcedor de um time que só perde no quadrilátero do campo da vida.
Agora sei quem sou, sou um cidadão que enxerga um país mergulhado num futuro caos social.
Agora sei quem sou, sou um errante que divaga nesse mundo louco, verdadeiro hospício bicho de sete cabeças com um amontoado de malucos perambulando nos quatro cantos do cotidiano.
Agora sei quem sou, sou um profeta que nada tem a dizer para o futuro, apenas vejo uma escuridão que vem do infinito.
Agora sei quem sou, sou uma metamorfose que não vislumbra dias melhores para todos nós.
Agora sei quem sou, sou um poeta que não sabe fazer poesia.
Agora sei quem sou, sou um índio sem arco e flecha, nem mesmo uma tanga, apenas ando na corda bamba do equilibrista que não bebe cachaça.
Agora sei quem sou, sou um transformista de pensamento, hoje penso isso, amanhã penso aquilo.
Agora sei quem sou, sou um trabalhador que não tem tempo de ganhar dinheiro, por isso vivo na quase miséria absoluta.
Agora sei quem sou, sou o morador de rua, hoje durmo sob um viaduto, amanhã sob uma ponte e sou tratado como cachorro sarnento sem dono.
Agora sei quem sou, sou enganado pelos políticos que prometem o mundo e fundo para angariar o meu voto.
Agora sei quem sou, sou um tolo que tem muito tempo para escrever essa insanidade.
Agora sei quem sou!

O povo é néscio

Josias - Considera-se favorito?
Serra - Isso você só nao pode dizer que fui eu que falei.

Por que Serra e demais tucanos paulistas imaginam isso?

Paulo Henrique Amorim diz:

. Os tucanos (especialmente os de São Paulo (*)) são os melhores, os mais bem preparados, os que leram os livros certos, os que sabem das coisas, os que usam a roupa certa, que falam francês, que sabem usar os talheres, que são cheirosos.

. Eles são os “engomados”, como se dizia no México, os “engenheiros”, ou, hoje, os “economistas”.

. Eles é que são competentes.

. Como Serra, que se diz “economista competente”, embora não seja nem um nem outro.

. No Governo, eles são de uma eficiência sem igual.

. O problema é que, às vezes, o povo não percebe isso.

. De quem é a culpa ?

. Primeiro, do povo, uns ignorantes: mas os tucanos (especialmente os de São Paulo (*)) não podem dizer isso em voz alta.

. Então, eles dizem, num gesto de invulgar humildade, que a culpa é deles mesmos, que não sabem se “comunicar”.

. O mesmo raciocínio se completa com a idéia de que Lula sabe se “comunicar”.

. E que é por isso que ele ganha as eleições (passadas e futuras).

. Simplesmente, porque ele sabe se “comunicar”.

. Porque ele fala ao povo ignorante, que não percebe as virtudes incomparáveis dos tucanos.

. É esse pessoal do Bolsa Família, do aumento real do salário mínimo, do Pro-Uni, do Crédito Consignado, do Minha Casa, Minha Vida, do Luz para Todos – os beneficiários do assistencialismo populista, entregue por um “comunicador” excepcional.

. Essa a desvantagem dos tucanos – eles dizem.

. O “outro” se “comunica”.

. Qual é o preconceito atrás disso ?

. Primeiro, o Lula não tem mensagem, só tem meio.

. Não tem conteúdo, só tem forma.

. E os tucanos paulistas, prenhes de idéias e conteúdo genial não conseguem botar tudo isso para fora, porque não se comunicam, porque não são populistas, demagogos – como o “outro”.

. O segundo preconceito atrás dessa idéia é que o povo é um conjunto de néscios, que não sabe distinguir seus interesses ou quem os defenda.

. E vai na lábia, no trololó do “comunicador”.

. O povo é otário.

. Ou, como dizia o pai de Zé Pedágio e do Farol, o Brigadeiro Eduardo Gomes, outro Eterno Futuro Presidente: são uns “marmiteiros”.

. Vamos supor, amigo navegante, que os tucanos se “comuniquem” e as idéias do partido sejam “comunicadas” por Jô Soares, Ana Maria Braga, Regina Duarte, Miriam Leitão, William Bonner e Waack, Lucia Hippolito – os mestres da “comunicação”.

. Em lugar das olheiras e das gengivas intermináveis do Zé Pedágio, as olheiras do William Waack.

. Em lugar dos períodos longos e insondáveis do Farol de Alexandria, o português escorreito e direto da Miriam Leitão.

. Qual seria o resultado ?

. Nenhum.

. Sabe por que, amigo navegante ?

. O problema dos tucanos não é a “comunicação”, a forma.

. O problema deles é o conteúdo.

. Porque os tucanos não tem uma única idéia a “comunicar”.

(*) Em São Paulo, a elite branca – que alugou a barriga dos tucanos - é também separatista

De goleada

Pelo que vejo o Serra continua firme com a ideia de disputar a presidência em 2010.

Para Dilma, o PT e Lula é o melhor que pode ocorrer.

Serra é o adversário ideal a ser batido no 1º turno.

Porém, na minha opinião o melhor para o país seria Aécio Neves ser o candidato da oposição. Mesmo também sendo derrotado no 1º turno ele consegueria mostrar e propor uma alternativa politica além-Lula.

Mas o que fazer, se a tucademopiganalha é mais forte dentro da oposição?...

Derrota-la, sem dó nem piedade.

Humilhando mesmo, dando um chocolate, goleando.