Roriz, FHC e PSDB irmãos siameses



O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso recebeu hoje em sua casa em Higienópolis, São Paulo, o ex-governador do Distrito Federal, Joaquim Roriz (PSC). Depois do encontro Roriz anunciou ao iG que pretende concorrer ao governo do DF e que FHC lhe prometeu o apoio do PSDB.


Imagine se tivesse sido o candidato do PT que tivesse recebido este apoio do Roriz... 


Como seria que Ricardo Noblat, Josias de Sousa, Claudio Humberto e c&a piguista transmitiriam a notícia?...


Corja!!!

Feitos uma para o outro - imagem e texto


Uma das mais notáveis mentiras é a suposição de que essas pessoas funcionem como repórteres, e que, de fato, eles reportem em nosso benefício… As instituições da mídia são corruptas. Muitos trabalhadores da mídia, especialmente os que vivem em Washington, trabalham desavergonhadamente para as nossas elites …  Eles desempenham o papel de cortesãos a papaguear propaganda (da elite). Cortesãos não desafiam a elite ou questionam a estrutura do poder empresarial … A elite concede que os cortesãos entrem no seu circulo mais íntimo … Nenhuma classe de cortesão … jamais se transformou numa classe responsável ou socialmente produtiva. Os cortesãos são os hedonistas do poder.”
De Chris Hedge, no livro “Empire of Illusion – The end of literacy and the triumph of spectacle”, editora Alfred Knopf, Canadá, 2009, pág. 175.

Dá-lhe Dilma

 Sem sombra de dúvida o governo Lula foi melhor que o de Fernando Henrique Cardoso sob todos os aspectos. Por isso, queria saber como é que me desvencilho do governo Lula. Em junho de 2005, fui para a Casa Civil, o ministério que coordena o governo. Então, eu não farei o milagre de me desvencilhar do governo Lula, porque tenho orgulho dele. Agora, se ele (Serra) quer se desvencilhar do governo Fernando Henrique porque não tem orgulho, é problema dele. Vamos aparecer como somos.

Eleição decidida de véspera


E no futuro se dirá que a eleição presidencial de 2010 foi decidida antes mesmo de qualquer dos candidatos realizar seu primeiro comício.
Tudo bem: havia uma candidata em campanha disfarçada há pelo menos dois anos. E ela desfrutava do privilégio de ser ao mesmo tempo candidata e ministra da casa civil. Mas se isso representou alguma vantagem, nem de longe ela foi suficiente para lhe garantir a vitória de véspera.
A eleição da ministra Dilma Rousseff se deverá a uma rara conjugação de fatores. O mais relevante: a identificação da candidata com o presidente Lula e os dois terços mais pobres dos brasileiros.
Contrariando a escrita, Dilma e Lula foram dois deles que conseguiram chegar lá. E que ao chegar apostou em programas sociais que ajudariam a empurrá-los uma vez mais rampa acima do Palácio do Planalto.
Foi recompensada pela capacidade e competência demonstrada quando enfrentou e superou a maior crise econômica mundial desde 1929. E teve o bom senso de manter a política econômica implementada pelo o governo Lula.
O país cresceu a taxas razoáveis. E o dinheiro irrigou o bolso dos que sempre sobraram quando chegava a hora de repartir o bolo. Por que essa gente deixaria de mão quem foi capaz de melhorar sua vida? Por que revogaria o voto que deu há oito anos?
Enquanto a antiga oposição (PT) aprendeu rapidinho a ser governo, o antigo governo (PSDB-PFL) foi reprovado quando tentou ser oposição.
Imaginou que requentar antigos escândalo fabricados pelo PIG bastaria para tirar o fôlego da Muié. E ao descobrir que não tirou, temeu a fúria dos chamados movimentos sociais caso tentasse derrubá-la via Proconsult.
De resto, nem por encomenda de Dilma, seu principal adversário teria sido tão bem escolhido. O PSDB entrou em campo com José Serra, candidato que carregava FHC pendurado no pescoço. Dilma agradeceu em silêncio.
José FHC Serra, poderia ter melhor adversário?
Dentro de São Paulo ele é um ilustre conhecido. Fora de São Paulo é um ilustre rejeitado. Eleitor não costuma dar bola para quem não gosta. Quando Serra FHC (ou melhor: José) deixar de ser, a eleição já terá acabado.

Lula e Dilma inauguram primeiro comitê Serra presidente

Alguém duvida?

Associação dos Juízes Federais de São Paulo e Mato Grosso do Sul repudia declaração do ministro do STF, Gilmar Dantas (ops) Mendes


A Ajufesp – Associação dos Juízes Federais de São Paulo e Mato Grosso do Sul vem a público para repudiar as declarações do ministro Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal, em entrevista concedida ao Jornal Folha de S.Paulo, edição de 22/03/2010.
Em uma de suas respostas sobre a Operação Satiagraha, ocorrida em julho de 2008 que, entre outros, culminou com a prisão de Daniel Dantas, por ordem do juiz federal da 6ª Vara Criminal Federal, Fausto de Sanctis, o ministro afirmou: “(…) havia um tipo de conúbio espúrio de polícia, juiz e membro do Ministério Público. As investigações provaram que os juízes estavam se sublevando contra pedido de informação feito por desembargador(…)”
Lamentamos que o ministro se pronuncie fora dos autos sobre o episódio, depois de decorridos quase dois anos e faça afirmações que não foram comprovadas nas investigações subsequentes.
Fausto de Sanctis é um magistrado sério e não se tem notícia de qualquer conúbio dele ou dos outros juízes federais do Fórum Criminal com o Ministério Público Federal e a Polícia, seja para omitir informações ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região, seja para agir em detrimento da lei e do Poder Judiciário.
Os fatos narrados pelo ministro foram analisados pelo Órgão Especial do TRF3, que os rejeitou e, recentemente, quanto a Fausto de Sanctis, pelo STJ, que o manteve à frente do processo que trata do caso Daniel Dantas.
A independência judicial se traduz no livre convencimento motivado do juiz e esse é um dos pilares da democracia. Não podemos abrir mão disso.
Lamentamos que o ministro Gilmar Mendes, que teve méritos em sua passagem pela presidência do STF e do CNJ, como o mutirão carcerário, insista em manifestações que apenas desestabilizam o Poder Judiciário. Neste momento, reviver este conflito é desnecessário.
São Paulo, 22 de março de 2010
Ricardo de Castro Nascimento
Presidente da Ajufesp

Marco Antônio Leite disse...

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta segunda-feira os pobres e voltou a criticar a mídia e seus antecessores na política. 
"Alguns setores da imprensa não vêem e não enxergam ou não querem ver ou não querem enxergar, mas em muitos casos deste país está havendo um êxodo ao contrário. Pessoas da cidade estão voltando para o campo. Isso porque nós temos uma grande política de financiamento para a agricultura familiar. Temos uma grande política de assentamento de 570 mil famílias no campo. Isso porque o governo federal compra parte dos alimentos, os pequenos produzem e porque levamos luz elétrica para 12 milhões de brasileiros que moram no meio do mato", disse Lula. 

Ele participou hoje da cerimônia de abertura da 5ª Sessão do Fórum Urbano Mundial - O Direito à Cidade: Unindo o Urbano Dividido. 
O evento, segundo a Prefeitura do Rio, reúne 15 mil participantes de 160 países. Segundo reportagem da Folha, o presidente tem se queixado do que classifica de "atitude agressiva" de alguns setores da mídia e avalia nomear um ministro das Comunicações com "capacidade de interlocução" com a mídia. 

A relação de Lula com a imprensa desde que chegou ao poder nunca foi amistosa. Ele costuma dizer que não lê jornais e chegou a afirmar que o "papel da imprensa não é o de fiscalizar, e sim de informar". 

Na semana retrasada, ele disse que, "neste país, eles [empresários da mídia] não estavam acostumados a ter um presidente da República que não precisa almoçar com eles, jantar com eles e tomar café com eles para governar este país".

Hoje, durante o evento no Rio, o presidente afirmou ainda que o Brasil está vivendo um momento da história em que é possível construir um novo país, uma nova política urbana para os países em desenvolvimento. 

"E possível construir sem precisar criticar o que aconteceu antes de nós. Eu digo sempre que o século 21 é o século que o administrador público tem que ter duas coisas fazer. A primeira é projetar uma cidade com melhor qualidade de vida e a segunda é fazer a reparação dos desmandos causados por muitos administradores do século 20, que permitiram que o país e muitas cidades no Brasil e no mundo se transformassem numa grande favela." 

Lula também voltou a defender os mais pobres. 
"A coisa mais barata e a coisa mais simples que um governo tem que fazer é cuidar da parte mais pobre da população."