Austeridade - teu nome é tucano

José Serra multiplica por 6 os gastos com publicidade durante sua "austera" administração no governo paulista.

Passou dos R$ 55 milhões em 2005 - recorde Alckmim -, para R$ 311 milhões.

Imagine se o menino gostasse de propaganda...

Uma oposição a procura de um programa


A manchete da Folha de SP de domingo é surpreendente. “Serra critica o PT por dividir o país e defende diálogo”.
Se trata de uma interpretação da Folha, pois Serra não mencionou nenhuma vez o PT no seu discurso. Como se trata de uma interpretação a partir de frases indiretas do candidato tucano, a Folha poderia ter colocado Serra critica Lula por dividir o país… mas não o fez.
Porque?
A escolha da manchete não é inocente e corresponde com a intenção tucana de se apresentar como continuidade do governo Lula e atribuir ao PT a divisão do país. A manchete “complementa” o discurso de Serra para reforçar a mensagem tucana.
O Brasil inteiro é testemunha, nos últimos sete anos e méio, da propagação do ódio e do preconceito contra o governo Lula por parte dos demo-tucanos. Longo período no qual os demo-tucanos arvoraram, o dedo em riste e invocando a moralidade e a ética pública, a bandeira udenista para combater o governo federal e seus programas e projetos sociais, políticos e econômicos. Bolsa-família batizada de bolsa esmola; o Minha Casa Minha Vida foi rotulada de estelionato e o PAC como uma ficção. Os prognósticos catastróficos com a crise, com o desemprego, com a desindustrialização, com as finanças públicas, com a dívida, tudo absolutamente foi objeto de oposição feroz.
Pode até se entender que tentem agora afirmar o contrário. Pois, como continuar jurando pela ética, com as imagens dos demo-tucanos de Brasília enfiando no bolso a grana da corrupção? Como continuar atacando o governo Lula, quando ele é aprovado por quase 80% da população do país? Como falar de fracasso de Lula e do PT, se todos os indicadores econômicos mostram o contrário? E mais importante ainda, se todos os brasileiros constatam no dia-a-dia a melhora no emprego, na renda e na vida das pessoas?
A primeira constatação é que o discurso de José Serra configura o reconhecimento público que os demo-tucanos e seus aliados na mídia foram derrotados na sua estratégia política. Ficaram sem discurso, impossibilitados de qualquer coerência ou doutrina.
O discurso de Serra pretende passar a borracha e falar sobre o futuro.
Mas qual é a formulação alternativa para o futuro?
O país está unido e recuperou sua auto-estima. Só os demo-tucanos se autoexcluiram do processo. Ao contrário deles, os empresários, os trabalhadores, a nova classe média, os excluídos, os universitários, os agricultores, o agronégocio, as multinacionais brasileiras e estrangeiras, os bancos, as indústrias e o comércio, todos participaram -alguns com mais entusiasmo que outros- deste processo de união pelo Brasil. Por isso Lula tem quase 80% de ótimo e bom. Porque quase todas as classes sociais e quase todos seus segmentos reconhecem o trabalho bem feito. Dilma quer continuar esse trabalho de Lula.
Qual é a alternativa que Serra apresenta?
Nenhuma.
A pretensão é se postular como mais preparado para continuar o trabalho realizado pelo governo Lula e não querer falar dessas supostas credenciais? Ministro de Planejamento e de Saúde de FHC, candidato tucano derrotado em 2002, prefeito de São Paulo por só um ano e governador do Estado. Para que essas credenciais tenham valor, não basta a autoproclamação. Temos direito ao inventário.
Qual foi a herança desses 8 anos junto com FHC? Onde estão os resultados?
E na prefeitura, o que fizeram? No Estado em que situação está a educação?  Em frangalhos. E a segurança? Ou a credencial são os alagamentos e inundações?
Onde está o diferencial, que os eleitores deveriam encontrar na biografia tão invocada?
De isso tampouco os demo-tucanos desejam discutir.
Só do futuro. Mas o que, desse futuro?
Propõem mudar a política macroeconômica como defendeu Sergio Guerra? Acabar com o programa habitacional e o Bolsa-família, com a esmola e o estelionato, como disse Serra? Vão implementar o PAC 2? Não se sabe, pois imediatamente após esses enunciados, se apresam em fazer desmentidos.
É muita pretensão e um profundo desprezo pela democracia e pelo povo brasileiro, entrar na disputa eleitoral sem programa, sem propostas e sem bandeiras, para tentar arrancar um cheque em branco dos eleitores.
A democracia ganhará a explicitar o conteúdo do estelionato eleitoral que pretendem realizar os tucanos e seguramente todas as questões que procuram evitar e esconder, apareceram no debate eleitoral.
Ele apenas começou.

Serra é candidato da direita


Emir Sader, no seu blog
Fracassado Collor – em cujo governo os tucanos se preparavam para entrar -, FHC assumiu a heranca do projeto neoliberal no Brasil. Norteou-se por seus mentores, Mitterrand e Felipe Gonzalez, e achou que se daria bem sendo seu continuador no Brasil, que era a a via que lhe restava para realizar seu sonho de ser presidente.
Assumiu com todo o ímpeto, achando que ia se consagrar. A ponto de ter proferido um conjunto de besteiras, como, entre outras, a de que ”A globalização é o novo Renascimento da humanidade”. E lá foi ser “droit” na vida.
Vestiu a carapuça que Roberto Marinho procurava. Se atribui a ele a frase, diante da queda tão chorada do Collor: “Foi o último presidente de direita que conseguimos eleger”. Se supunha que tinham de buscar em outras hostes o continuador de Collor. E acharam FHC.
Que teve a audácia de chamar o PFL, partido nascido da ditadura, com ACM, Marco Maciel, Jorge Bornhausen, como seus dirigentes pára- representativos, que tentavam se reciclar para a democracia, buscando apagar seu passado. Tucanos e pefelistas foram a base de sustentação firme do governo, que agregou o PMDB (governista, como sempre) e outros partidos menores.
Esse foi o eixo partidário do projeto neoliberal de FHC. Que pretendia ser para o Collor o que o Toni Blair foi para a Thatcher: deixar que Collor fizesse o trabalho mais sujo do neoliberalismo – privatizações, abertura da economia, enfraquecimento substancial do Estado, precarização das relações de trabalho -, para que ele aparecesse como a “terceira via”. Como Collor fracassou, FHC teve que vestir o tailler da Thatcher e implementar a ortodoxia neoliberal.
Serra nunca se deu bem com FHC – como, aliás, com ninguém, com seu gênio de turrão, de mal humorado, que nunca sorri, que atropela a tudo e a todos que vê como obstáculos. Serra sempre disputou com FHC dentro dos tucanos, era seu rival. Perdeu e teve que aceitar o Ministério do Planejamento do governo, sem poder algum, mas tendo que referendar o Plano Real. Depois foi para a Saúde, para tentar preparar sua candidatura à presidência. Tentou manter distância do governo de FHC, sabendo que quem se identificasse com o governo, perderia. Não consegui e foi derrotado fragorosamente no segundo turno.
Em 2006, temeu por uma nova e definitiva derrota, além do que, pessoa com péssimas relações com todo mundo, perdeu para Alckmin o foro interno dos tucanos e teve que se contentar com esperar. Volta agora como o candidato do bloco que passou a ocupar o espaço da direita no campo político brasileiro.
A oposição aceita Serra não de bom grado, em primeiro lugar porque ele tem relações ruins com todos. Em segundo, porque ele não quer assumir o figurino – vestido com desenvoltura por FHC, por Sergio Guerra, por todo o DEM – de bater duro no governo Lula, de assumir claramente o papel de oposição ao governo. Porque Serra sabe que o sucesso do governo Lula demonstra que esse é um caminho seguro de derrota.
É um casamento de conveniência, mas não havia outro lugar se Serra ainda tem alguma esperança de ser presidente. Às vezes, pela fisionomia e pelas palavras dá a impressão que ele sai candidato com resignação, consciente que é sua ultima oportunidade, mas que sabe que vai para o matadouro, para a derrota inevitável.
O campo político não é definido pela vontade das pessoas. Ele tem uma objetividade, resultado dos enfrentamentos e das construções de força e de aliança de cada bloco. A bipolaridade não é um desejo, é uma realidade. São dois grandes blocos que se enfrentam, com programas, forças sociais, quadros, objetivos e estratégias contrapostas.
Dilma representa o aprofundamento do projeto de 8 anos do governo Lula, ocupa o espaço da esquerda no campo político. Serra representa as mesmas forças que protagonizaram os 8 anos do governo FHC, que implementou o neoliberalismo no Brasil, governo de que o próprio Serra foi ministro todo o tempo. São dois projetos, dois países distintos, dois futuros diferenciados, para que o povo brasileiro os compare de decida.

A Febraban não tem moral


Numa casa bancária, como se sabe, praticam-se duas modalidades de assalto: de fora pra dentro e de dentro pra fora.

O aguaceiro do Rio levou à criação de um terceiro tipo, exposto pelo repórter Elio Gaspari em sua coluna, disponível na Folha.

Consiste numa variante do segundo tipo –o assalto de dentro pra fora. A diferença é que a tunga ocorre mesmo na ausência do tungado. Leia:


“O presidente da Federação Brasileira de Bancos, Fábio Barbosa (Santander), e seus dois vice-presidentes, José Luiz Acar (Bradesco) e Marcos Lisboa (Itaú Unibanco), deveriam marcar um almoço para responder à seguinte pergunta: ‘Que tal fecharmos nossa quitanda?’

O Rio estava de joelhos (a sede da guilda fica em São Paulo), os mortos já beiravam a centena, os desabrigados eram milhares, e a Febraban emitiu uma nota oficial informando o seguinte:

‘Somente em caso de decretação de calamidade pública é que os bancos poderão receber contas atrasadas sem cobrar os juros de mora estabelecidos pelas empresas que emitiram os títulos e boletos de cobrança’. (Havia a calamidade, mas faltava o decreto.)

Nenhuma palavra de pesar, muito menos misericórdia. Recomendavam aos clientes que usassem o telefone, a internet ou recorressem aos caixas eletrônicos, sem explicar como chegar a eles. Centenas de agências bancárias estavam fechadas.
Exatas 24 horas depois, a Febraban voltou atrás. Aliviou as multas, os juros e ofereceu os serviços dos bancos para orientar as vítimas que porventura já tivessem sido mordidas.
Recuou com a mesma arrogância da véspera. Nenhuma palavra de pesar. Ao contrário. Em tom professoral, a guilda dos banqueiros ensinou: ‘Cabe lembrar que a cobrança é um serviço que os bancos, sob contrato, prestam às empresas titulares dos valores a serem pagos’. Se é assim, por que recuou?

A Febraban deve ser fechada porque, tendo sido criada para defender os interesses de uma banca que gostava da sombra, tornou-se um ativo tóxico. Numa época em que as grandes casas de crédito gastam fortunas para divulgar seus compromissos com a sociedade, a Febraban arrastou-as para um apagão moral.

Há uma diferença entre banqueiro e usurário. Amadeo Giannini, por exemplo, era banqueiro. Em 1906, logo depois do terremoto e do incêndio de San Francisco (3.000 mortos), ele foi ao cofre de sua pequena casa bancária, tirou cerca de US$ 40 milhões (em dinheiro de hoje) e montou uma bancada no meio da rua.

Enquanto os magnatas de colarinho engomado fechavam suas agências, Giannini concedia empréstimos, pedindo apenas a garantia de um aperto de mão. Ele morreu em 1949, rico, famoso e respeitado, dono do Bank of America. Pelas suas memórias, recebeu de volta até o último centavo. Na terça-feira, não havia banqueiro na Febraban. 
Elio Gaspari 

A inVeja informa?

Dica do Amigo All.

Capa da Edição 2160 • 14 de abril de 2010



Postagem original do Onipresente.

Grande sacada, parabéns!

Para quem é Amigo e tem Amigos


Diz  uma lenda árabe que  dois amigos viajavam  pelo deserto  e em um determinado  ponto da viagem, discutiram  e um deu uma bofetada  no outro. O  outro, ofendido, sem  nada poder fazer, escreveu na  areia: 


Hoje, o meu melhor amigo deu-me uma bofetada no  rosto.

Seguiram  adiante e chegaram a  um oásis onde resolveram  tomar banho. O  que havia sido esbofeteado  e magoado começou a  afogar-se, sendo salvo  pelo amigo. Ao recuperar-se, pegou  um canivete e escreveu  na pedra: 


Hoje, o meu melhor amigo salvou a minha vida. 

O  outro amigo perguntou: 


Por quê é que, depois que te magoei,  escreveste na areia  e agora, escreves na  pedra? 


Sorrindo,  o outro amigo respondeu: 


Quando um grande amigo  nos ofende, devemos  escrever onde o vento  do
esquecimento  e o perdão se  encarreguem de apagar  a lembrança.  Por outro, quando nos  acontece algo bom e grandioso,  devemos gravar isso  na pedra da memória do  coração onde vento  nenhum em todo o  mundo jamais o  poderá apagar”. 

Só  é necessário um minuto  para que simpatize com alguém,  uma hora para gostar  de alguém, um dia  para querer  bem a alguém, mas  é preciso de toda  uma vida para  que possa esquecê-lo. 


Nós conhecemos  as pessoas por acaso,  mas não é por acaso  que elas permanecem  em nossas vidas...  

A torpe desforra das Organizações Globo


Tristemente as Organizações Globo, maior império de mídia da América Latina, com faturamento líquido - em 2009 - superior a R$ 8 bilhões, aproveitam-se da tragédia ocorrida no Morro do Bumba (Niterói/RJ) para atingir uma ilustre figura histórica, Leonel Brizola. Ou, como bem esclarece o jornalista Paulo Henrique Amorim, três extintos: Getúlio, Jango e Brizola. Aquela mídia empresarial, de forma irresponsável, quer jogar na conta do trabalhismo os corpos que foram resgatados, sem vida, no meio do barro e do lixo que desceu pela encosta do morro.

Obviamente que não tenho acesso a elementos suficientes para examinar se o Prefeito Jorge Roberto Silveira estava ciente ou não do risco de o aterro do lixão no Morro do Bumba vir abaixo. No entanto, acusá-lo por ter disponibilizado alguns equipamentos públicos, escola e serviço médico naquela comunidade é muito pouco, até porque essa era sua obrigação.

Somente uma investigação criteriosa, promovida por instituições isentas (como, por exemplo, o Ministério Público), poderá determinar se a Prefeitura foi omissa ao não remover a favela construída sobre o aterro antes do acontecimento funesto. Pena que a Globo, sempre tão bem "informada" e cercada de "especialistas", não noticiou preventivamente o perigo, evitando com isso o infortúnio.

Em todo caso, o que está bem claro é o esforço hercúleo da Globo em responsabilizar, ainda no dia seguinte ao evento, o Prefeito Jorge Roberto Silveira. Aliás, sempre que refere o nome do alcaide-mor de Niterói, a reportagem faz menção reforçada ao seu partido, o PDT. Em outras tragédias recentes, resultantes de desmoronamento de morros, não se ouviu nome de governante e nem de partido político. A cidade de São Paulo ficou ...

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