Brasil sedia dois eventos internacionais – BRIC e IBAS


Brasília sediará esta semana reuniões de dois grupos dos quais o Brasil faz parte. Um deles é a 4a Cúpula do IBAS, (Índia, Brasil, África do Sul), que procura fortalecer a cooperação destes três países em desenvolvimento. O outro é a 2a Cúpula do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), que tem relevância crescente no mundo. Segundo projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI), entre 2008 e 2014, os BRIC devem contribuir com 61,3% da produção das riquezas mundiais.

A 1a Cúpula de Chefes de Estado e de Governo do BRIC, será realizada no Palácio Itamaraty, nesta sexta-feira (16), quando o presidente Lula receberá os presidentes da Rússia, Dmitri Medvedev, da China, Hu Jintao e o primeiro ministro da Índia, Manmohan Singh. Entre 2003 e 2007, o crescimento dos países do BRIC representou 65% da expansão do PIB mundial.

Os quatro líderes manterão diálogo, sobre a situação econômica internacional, a reforma das instituições financeiras, o G-20 financeiro, cooperação e temas relacionados à governança global.

Na ocasião, será lançada publicação conjunta que contém dados estatísticos sobre os quatro países.

Em 2009, o PIB dos países do BRIC, pela paridade de poder de compra, atingiu US$ 16,3 trilhões, correspondendo a 23,4% da economia mundial.

No período de 2003 a 2008, houve aumento de 382% no comércio entre o Brasil e os países do BRIC. As trocas passaram de US$10,7 bilhões em 2003 para US$51,7 bilhões em 2008.

O conceito do BRIC foi proposto pelo instituto alemão Goldman Sachs, em 2001, como um novo "grupo econômico" integrado pelas quatro maiores economias emergentes - Brasil, Rússia, Índia e China. Foi oficializado em 2009, durante a primeira Cúpula Presidencial realizada em Ecaterimburgo, na Rússia. O BRIC traz a possibilidade de um rico diálogo entre os países-membros, com muitos pontos de convergência e sinergia capazes de impulsionar a agenda internacional.

Em paralelo à Cúpula, serão realizados, entre 13 e 16 de abril, em São Paulo, Rio e Brasília, os seguintes eventos: Fórum Empresarial IBAS/BRIC; Encontro de Representantes de Bancos de Desenvolvimento; Encontro de Representantes de Bancos Comerciais; Seminário de Think Tanks; Fórum de Cooperativas e Reunião de Altos Funcionários Responsáveis por Estratégia e Segurança.

Cúpula IBAS

Nesta quinta-feira (15), o presidente Lula recebe o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, e o primeiro ministro da Índia, Manmohan Singh para a realização da 4a Cúpula de Chefes de Estado e de Governo do Fórum de Diálogo Índia-Brasil-África do Sul. O intercâmbio comercial entre Índia, Brasil e África do Sul passou de US$6,5 bilhões, em 2002, para US$26,4 bilhões, em 2008.

Na pauta do encontro, destacam-se temas como a participação dos três países na reconstrução do Haiti, através do Fundo IBAS para o Alívio da Fome e da Pobreza, e a cooperação em ciência e tecnologia, entre outros.

Paralelamente à Cúpula, realiza-se, também em Brasília, o 3o Fórum de Mulheres IBAS. Temas como violência contra as mulheres e conseqüências do impacto da crise mundial na vida das mulheres dos três países serão debatidos no evento.

Ao final do encontro, será formulada uma Carta de consenso sobre os principais temas abordados durante o fórum a ser entregue aos Chefes de Estado dos três países que compõem o IBAS.

O evento, que começou hoje (14), será encerrado na tarde desta quinta-feira (15) com uma conferência de imprensa na qual será lançado o livro "Fórum de Mulheres do IBAS - Pensando uma Estrutura Macroeconômica Inclusiva: uma Abordagem Feminista Sul/Sul" resultado do último Fórum, que aconteceu em Nova Déli, na Índia, em 2008.

Agora é fácil


Terça-feira difícil para quem diz que pode fazer mais tendo quebrado o país três vezes quando foi governo. 

Vamos lá: o sisudo Financial Times, o diário londrino, prepara o terceiro suplemento especial sobre economia brasileira em seis meses. 

Motivo: elevada demanda por notícias sobre a economia que mais depressa retomou o crescimento no pós-crise; 

ainda: a) BNDES empresta R$ 25,5 bi no primeiro trimestre, um aumento de 42% em relação a igual período do ano passado, 40% para infraestrutura e 30% para a área industrial; 

b) demanda por voos domésticos cresce 32% em março no 9º mês consecutivo de expansão acima de 20%; 

c) vendas do comércio crescem 11,3% no 1º bimestre em todo o Brasil. 

Como diz Lula, agora é fácil dizer que pode fazer mais...

Números apontam para PIB recorde em 24 anos

A economia brasileira manteve no primeiro trimestre do ano o ritmo acelerado com que encerrou 2009. 


O crescimento expressivo da produção industrial e do varejo em fevereiro, segundo analistas, indica que o Produto Interno Bruto (PIB) no período avançou 2%, equivalente a uma taxa anualizada de 8,4%. 


Dessa forma, as previsões sobre o comportamento do PIB no ano estão sendo elevadas e já chegam a ultrapassar os 7%. 


Se a previsão se confirmar, será o maior crescimento desde os 7,49% de 1986, na vigência do Plano Cruzado.

Os dados de vendas no comércio varejista em fevereiro superaram de longe a expectativa do mercado, que trabalhava com uma expansão inferior a 1% sobre janeiro, mas viu uma alta de 1,6%. 



O próprio número de janeiro foi revisado para cima, de 2,7% para 3%. 


O economista-chefe do Banco Fator, José Francisco de Lima Gonçalves, diz que "todos os dados vieram acima das projeções", o crescimento foi disseminado e sua aceleração é "inequívoca".

Sensus e Vox populi reagem a ataques da Folha


Textos publicados nas últimas semanas pelo jornal Folha de São Paulo, com o aparente objetivo de desacreditar os resultados das pesquisas eleitorais dos concorrentes do Datafolha e valorizar os apurados pelo instituto do Grupo Folha, produziram uma crise entre as quatro maiores empresas de pesquisa do país. E despertaram, terça-feira e ontem, vigorosa reação dos presidentes do Vox Populi e do Sensus apoiada por integrantes do conselho de ética da Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa (ABEP). Na terça-feira, o Vox Populi e o Sensus protestaram durante reunião da ABEP. Ontem, o diretor-presidente do Vox Populi, Francisco Meira, repetiu seu protesto a Brasília Confidencial.
    “As discussões (sobre os resultados das pesquisas) deveriam manter um nível técnico, sobre as diferenças metodológicas. Infelizmente, a Folha optou por uma abordagem tendenciosa e sem argumentos consistentes. Questionável é a linha editorial da Folha de São Paulo”, atacou Francisco Meira. E continuou:
    “A diferença entre nós é a existência de um grande veículo de comunicação que se dispõe, talvez por solidariedade aos colegas do departamento de pesquisa, a praticar um jornalismo de má qualidade, atacando sistematicamente empresas que divulgam resultados diferentes dos que lhe interessam”.
INVERSÕES NO DATAFOLHA
    A origem da crise está no comportamento que a Folha de São Paulo passou a adotar logo depois que publicou pesquisa do Datafolha em que, diferentemente de todas as pesquisas de intenção de voto divulgadas neste ano, os resultados apontaram o crescimento do pré-candidato do PSDB, José Serra, e estagnação da pré-candidata do PT, Dilma Rousseff. Ao contrário também de uma tendência que o próprio Datafolha identificara um mês antes, de crescimento de Dilma e queda ou estagnação de Serra, os resultados publicados pelo instituto em 27 de março, duas semanas antes do lançamento da pré-candidatura tucana, apontaram outro cenário.
    Embora o Vox Populi e o Sensus não tenham levantado suspeita sobre esses resultados apurados pelo Datafolha e exibidos pela Folha, o jornal começou a questionar o trabalho dos concorrentes, cujos resultados, em resumo, não favoreceram a candidatura tucana (veja no quadro). Eles apontaram, no fim de março e no início de abril, a continuidade do crescimento da candidatura petista e empate entre Serra e Dilma.
“FORA DE CONTEXTO”  
A Folha de São Paulo publicou notas insinuando que a ordem das perguntas utilizada pelo Vox Populi poderia interferir no resultado das pesquisas.
    “A Renata Loprete, a Mônica Bergamo e o Fernando Rodrigues receberam uma nota de esclarecimento. Demoraram cinco dias para publicar nossa posição. Quando o fizeram, foi fora de contexto, passando ao leitor a impressão de que nossa resposta se referia a outras acusações”, afirmou terça-feira e reafirmou ontem o diretor-presidente do Vox Populi.
    Poucos dias antes da divulgação da mais recente pesquisa do instituto Sensus, que mostra diferença inferior a meio ponto percentual entre Serra e Dilma, a Folha de São Paulo se voltou contra o outro concorrente do Datafolha. O jornal tentou desqualificar o trabalho do Sensus, antes mesmo de que os resultados fossem divulgados, explorando uma troca no nome do contratante da pesquisa.
    “A Folha pinçou esse fato e transformou em uma matéria de primeira página que não diz absolutamente nada”, reclamou Ricardo Guedes, diretor do Sensus, na reunião com o conselho de ética da Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa
    O presidente da ABEP, Waldir Pile, que intermediou o debate entre os presidentes dos institutos, disse que a associação não impõe normas de conduta aos filiados. Mas frisou que, certamente, a melhor forma para discutir eventuais discordâncias de metodologia “não é através de notas na imprensa”.

Judiciário - dois pesos e quantas medidas?


Por Jotavê

Mendes justifica-se da acusação de que fala demais, fingindo que é essa a principal acusação que pesa sobre ele.

Antes fosse apenas esse o problema.

Ele poderia perfeitamente justificar-se como se justificou, lembrando a diferença que existe entre um juiz da suprema corte e um juiz de primeira ou segunda instância.

Poderia invocar o momento pelo qual passamos.

Poderia fazer citações eruditas, ponderações doutas.

A discussão correria normalmente, com bons argumentos de ambos os lados. Poderíamos tomar um chazinho para acompanhar a contenda.
O problema de Gilmar Mendes não é a língua solta.

O problema de Gilmar Mendes chama-se Daniel Dantas.

Se o Supremo tinha alguma razão, por pálida que fosse, para não revogar a ordem de prisão contra o ex-governador José Roberto Arruda (e tinha razões de sobra), tampouco tinha a menor, a mais remota razão para revogar a ordem de prisão dada pelo juiz Fausto de Sanctis contra Daniel Dantas.

Em ambos os casos, a acusação era exatamente a mesma – tentativa de subornar autoridades, obstruindo o bom andamento do processo.

A única diferença é que, no caso de Roberto Arruda, as provas eram somente boas, ao passo que no caso de Daniel Dantas elas eram arrasadoras, definitivas, irrefutáveis. Filmaram o suborno.

Apreenderam o dinheiro do suborno. Gravaram o audio das propostas.

Se isso não é prova de tentativa de suborno, fica difícil imaginar o que poderia ser considerado prova num tribunal.

Gilmar Mendes, por razões que só mesmo a desrazão reconhece, negou o pedido duas vezes, e determinou a soltura de Daniel Dantas contra aquilo que determina a lei brasileira nesses casos.

O plenário do Supremo, numa atitude descaradamente corporativista, acompanhou seu presidente.
Jamais nos esqueceremos do que aconteceu naqueles dias.

Foi um dos episódios mais degradantes a que o Brasil já foi obrigado a assistir.

Inresponsavel

O juiz federal Antonio Carlos de Almeida Campelo concedeu ontem liminar suspendendo a licença prévia para a obra da hidrelétrica de Belo Monte, cujo leilão estava previsto para a próxima terça-feira. 


A medida atende a ação do Ministério Público e considera que o projeto trará "dano irreparável" à região do Rio Xingu. 


A decisão ocorre em momento de incerteza sobre o leilão – apenas um consórcio se apresentou formalmente. Para garantir a obra, o BNDES deverá financiar 70% do custo, orçado pelo governo em R$ 19 bilhões. 


O porcentual é o limite máximo permitido para empréstimo a um único projeto. 


Há ainda a possibilidade de financiamento indireto, por meio de agentes repassadores. Hoje, o banco deve divulgar as condições do crédito. 

Santo do dia

São Crescêncio
Católico fervoroso, teve a coragem de reprovar publicamente um culto pagão, sendo por isso levado à prisão e martirizado pelo fogo.