Serra e o trólolo dos cargos comissionados


Vira e mexe Serra evoca os “cargos comissionados” como prova de sua aversão ao “aparelhamento” do Estado.
O segredo guardado a sete chaves pelos demo-tucanos é que o Estado de São Paulo, como o governo demo-tucano de José Roberto Arruda, no DF, têm cada um deles mais cargos comissionados que todo o governo federal em todo o país.
Sim, você não sabia porque a imprensa não faz muita marola com o assunto. Mas, vez em quando, os jornais deixam vazar os dados.
No governo estadual de Serra, os cargos de confiança na administração direta são de 15 por cada 100 mil habitantes. Já os do governo federal são 11.
O Estadão chegou a fazer uma precisão quando o governo Serra declarou seu dados, depois que Lula cutucou os tucanos sobre o assunto . Segundo o jornal “Entre os cargos comissionados citados por Lula há funcionários de carreira, que prestaram concurso público, que estão em cargos de comissão. Há também aqueles que entraram na administração por indicação para uma função de confiança (não concursados). Nessa comparação, o governo federal apresenta, proporcionalmente, um número menor. São 5.678, 3 por cada 100 mil habitantes, ante 3.236, 7 por 100 mil habitantes.” (ver Desmistificação).
A Folha também tocou no assunto falando dos demo-tucanos de Arruda. O título da matéria da Folha e seu lide são suficientes mas basta clicar no título para ler o artigo e comparar os dados.

DF emprega mais comissionados sem concurso que União

Mesmo com um quinto dos funcionários, governo Arruda tem 12% mais não concursados que administração federal
Grande número de cargos para livre nomeação explica manifestações de apoio ao governador, investigado no caso do mensalão do DEM (Folha SP – 26/12/2009)

Tiririca no Jo Soares

O embate eleitoral começou


A campanha comecou, para valer. Os dois grandes competidores mostram suas armas, revelando cada campo sua forca e suas fraquezas. Ninguém ganhará na véspera, dado o arsenal de que dispõem cada campo.

Nem mesmo a situação econômica e social inquestionavelmente positiva bastará para eleger a candidata que diretamente representa esse quadro altamente positivo. Basta recordar como Lula, mesmo com grande apoio às políticas sociais do governo, teve que enfrentar um segundo turno contra Alckmin. E que a ampla vitória obtida no segundo turno foi o resultado, por um lado, das posições antineoliberais assumidas por Lula naquele momento – especialmente contra as privatizações de FHC -, assim como operações políticas que ajudaram claramente a reverter o quadro tendencialmente favorável a Alckimin (que crescia e poderia chegar a estar na frente numa primeira pesquisa para o segundo turno).

Por um lado, Lula conseguiu o apoio de Sergio Cabral, recém eleito governador do Rio, enquanto Alckmin dava o passo equivocado de conseguir a adesao de Garotinho. Esse duplo movimento mudou o quadro, que poderia ter, na primeira pesquisa do segundo turno, um empate técnico, pela projeção das tendências do final do primeiro turno.

Em resumo, é preciso fazer política, manter a iniciativa, fazer o jogo de esgrima cotidiano que uma campanha tão desigual em termos de poder de divulgação requer, se se quer derrotar esse monopólio privado da mídia.

Na eleição de 2006 a oposição tratou de nem discutir os programas do governo. É certo que buscava desqualificar as políticas sociais do governo, dizendo que o bolsa família era um programa “assistencialista”, que “comprava” pobres, que se fazia com que ficassem dependentes das “esmolas” do Estado. Não se opunha alternativas, buscava se deslocar a discussão para outro plano, como se faz agora.

O foco da ação opositora era as denúncias de “corrupção” do governo, de inchaço do Estado, de uso da máquina estatal com fins partidários. De tal forma que foi decisivo o uso da imagem do maço de notas no final do primeiro turno – em que o Jornal Nacional cometeu a brutalidade de não noticiar o maior acidente aéreo do Brasil, já noticiado pelo Jornal da Band antes, para dar destaque àquela imagem, que foi importante para conseguir a passagem para o segundo turno.

Foi, portanto, a combinação das realizações do governo mais as iniciativas políticas é que levaram à vitória de Lula no segundo turno.

Seria possível Dilma triunfar baseada nas realizações do governo? É possível, mas não seguro. Basta um exemplo: pesquisa do jornal Valor com grandes empresários demonstrou que a grande maioria deles está a favor das políticas do governo, mas essa mesma grande maioria diz que votará no Serra. 

Por outro lado, está claro que a mídia está disposta a fazer de tudo, superando os limites de tudo o que fez até agora. Um dos limites que foi superado já é o da não divulgação de pesquisa que não lhes seja favorável. A FSP criticou na véspera os critérios de perguntas da pesquisa do Vox Populi, seus leitores estavam implicitamente informados de que havia uma pesquisa Vox Populi em andamento. Mas nem a FSP, nem O Globo, nem o Estado, deram o resultado da pesquisa. As pessoas não foram informadas que a diferença entre os outros dois tinha baixado de 8 pontos para 3. Não se transformou em um fato político. Não basta então haver pluralidade de pesquisas, será necessário construir canais alternativos de difusão, para paliar minimamente o fracasso da política de comunicação do governo.

Ficam claro os temas em que a oposição vai centrar sua campanha, que não será sobre o governo Lula, que eles têm que aceitar que é um governo de sucesso. Ficarao tentando dizer que o que tem de bom o governo teria vindo do governo FHC, mas os ataques se concentrarão na suposta falácia do PAC.

O centro mesmo serão os ataques à Dilma: seria autoritária, agressiva, descontrolada, incapaz de “controlar o PT”, nunca dirigiu um governo, foi “terrorista”, etc., etc. Para isso já tem usado os instrumentos mais torpes, seja a ficha falsa da Dilma, versões distorcidas de declarações (quantas vezes já se leu sobre “gafes” da Dilma e do Lula).

Não é Dilma que tem que envolver-se nas polêmicas. Ela tem que lidar sobretudo com a agenda positiva. Lula e os outros dirigentes políticos é que devem fazer a polêmica. E uma ágil e criativa coordenação de campanha que coordene efetivamente a campanha, com todas as contingências que ela venha a ter. Agil, porque se combaterá ao ritmo da internet e dos jornais diários. E criativa, porque se combate em brutal desigualdade de condições com os meios de que dispõem o bloco direitista.

A pauta da campanha deve ser a comparação dos dois governos, o que, por si só, revelará como Serra não será a continuidade do governo Lula, mas a retomada do programa do bloco tucano-demista. Mas, além disso, a campanha terá outros entreveros, com a oposição tentando descaracterizar essa comparação e buscando centrar a campanha na comparação de trajetórias, que na ótica bastarda da oposição, significa acusações pessoais a Dilma.

A nova campanha da Globo, com artistas cantando “O Brasil pode mais” – exatamente o slogan do Serra -, na comemoração dos seus 45 (numero dos tucanos) anos, dá uma idéia da fusão entre mídia privada e campanha eleitoral da direita. É obvio que, mesmo se tivesse sido produzida muito antes, passaram duas semanas entre o lançamento do slogan do Serra e a veiculação da propaganda, tempo suficiente para se darem conta da “coincidência”. Não será a única. Para derrotá-los é preciso dispor de uma direção dinâmica e aberta aos intercâmbios com todos que participam dela, de uma rede alternativa de difusão e de muita criatividade. O fundamental nós temos: um governo com realizações inquestionavelmente superior ao dos tucanos, em todos os quesitos, uma excelente candidata e uma plataforma de futuro enraizada no que já se está fazendo.

Crise não foi marolinha, não. Foi tsunami e a surfamos


Quando a economia crescia no governo Lula bem mais do que no de Fernando Henrique Cardoso, a oposição dizia que ele surfava na onda do crescimento mundial e que não tinha enfrentado as crises do antecessor. Quando a crise financeira global – tão grande que todos a compararam à de 29 – explodiu, derrubando a economia mundial, Lula virou chacota dizer que ela não passaria de uma marolinha no Brasil. Os adversários do governo e do país  torciam para que o Brasil fosse engolfado pelo tsunami, para varrer  “essa gente” do poder.
Lembram disso?
Um ano e meio depois ficou cada vez mais claro que as políticas do Estado brasileiro reduziram o tamanho da onda a uma onda perfeitamente surfável. Mais ainda: a crise criou as condições políticas para um aprofundamento de políticas desenvolvimentistas, que não tinham viabilidade política, diante de um sistema que era, literalmente, “dono do mundo”  e proclamava-se “infalível”. Leia mais Aqui

Mentir é especialidade da Globo


Por Edson Joanni

GLOBO MENTE DE NOVO
No portal Rede Globo, seçao “Direto do Projac”, a prova de que o video da campanha de 45 anos foi gravado poucos dias atrás.
Nessa página várias entradas do dia 14 de abril noticiam que atores comparecem para gravar a mensagem.
A conversa de que o filme foi criado em 2009 é mais uma mentira deslavada.

Banco Central lança moeda aos 50 anos de Brasília

Moedas de comemoração aos 50 anos de Brasília lançadas pelo Banco Central. Começarão a serem vendidas amanhã 21 de Abril por 108 reais cada uma.

Grandes empresas dos States terão negócios na Bovespa

A possibilidade de os investidores brasileiros aplicarem seu dinheiro em ações de grandes companhias americanas, como General Electric (GE), Coca-Cola, Microsoft ou McDonald's, está perto de se concretizar. 


A BM&FBovespa dá os últimos retoques em um sistema que permitirá lançar Brazilian Depositary Receipt (BDRs, recibos de ações estrangeiras negociados no Brasil) não patrocinados dessas empresas. 


Nesse modelo, os papéis serão trazidos por instituições financeiras, e não pela companhia emissora.

O primeiro acordo já está fechado e pronto para ser anunciado. 



A previsão é de que os negócios comecem no segundo semestre. 


Cada instituição será responsável por trazer dez BDRs para o mercado brasileiro. 


O critério de seleção será o maior volume de negociação oferecido. 


Hoje, com exceção da espanhola Telefónica, do argentino Banco da Patagônia e da suíça Dufry, a Bovespa só tem BDRs de empresas com atividades no Brasil, mas registradas em paraísos fiscais.