Facebook vai simplificar ferramentas de privacidade

Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, garantiu que a rede social modificará seus controles de privacidade, em troca de ferramentas mais fáceis de utilizar. 


Um comunicado de Zuckerberg foi publicado nesta segunda-feira (24) no jornal americano The Washington Post. 


“Muitos consideram que os controles são muito complexos. Nossa intenção era oferecer controles detalhados, mas agora vejo que nos equivocamos”, escreveu. 


Zuckerberg explica que sua equipe “está trabalhando duro” para que os controles da informação, “de uso simplificado”, entrem em funcionamento “nas próximas semanas”.

Europa e seu dilema de ser ou não ser

ImageÀs voltas com seu dilema hamletiano, de novo o velho continente está indeciso entre aprofundar a União Européia, ou voltar ao passado aplicando o receituário do FMI aos seus países de "terceiro mundo", como por exemplo a Grécia e a Romênia. Como no drama shakesperiano a Europa hesita entre dar conseqüência ao Euro com uma política econômica, instituições e políticas fiscais comuns, ou simplesmente impor aos seus membros endividados e sem crédito (vítimas que são da especulação não contra suas moedas, mas contra o Euro e suas economias) um receituário inviável do ponto de vista político e social. Essa é a Europa hoje, indecisa, à espera do verão quando as manifestações populares e greves a paralisarão. Mas, não tem muito como fugir, a saída é a reestruturação das dívidas, seu alongamento com deságios e uma ampla reforma do sistema europeu e financeiro internacional. Continua>>>>>

MEC cria 'Enem' para professores

O MEC - Ministério da Educação - divulgou hoje no Diário Oficial da União, uma portaria que institui o Exame Nacional de Ingresso na Carreira Docente. 


A primeira edição será realizada em 2011, poderão participar educadores dos primeiros anos do ensino fundamental e da educação infantil. 


O professor fará a prova e poderá usar a nota para ingressar em qualquer uma das redes de ensino que aderirem ao programa. 


A forma de utilização para a contratação de docentes será definida por cada secretaria.

Eleitor do terceiro mandato de Lula decide eleição 2010


Em entrevista a Terra Magazine, o sociólogo e consultor político-estratégico, Antonio Lavareda, analisa os resultados da pesquisa Datafolha, divulgada no sábado (22), e avalia que a pré-candidata do PT à presidência, Dilma Rousseff, realizou uma "trajetória impressionante" nos últimos dois anos nas intenções de voto.
Para Lavareda, ex-estrategista de Fernando Henrique Cardoso, se 80% dos eleitores que desejavam um terceiro mandato para Lula aderirem a Dilma, "ela ganha a eleição".
(...) Na pesquisa Datafolha, Dilma e Serra estão empatados em 37%. O tucano caiu cinco pontos e a petista subiu sete. No voto espontâneo, quando os entrevistados não são apresentados a uma lista de candidatos, Dilma conta com 19%; Serra, 14%. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Confira os principais trechos da conversa com Antonio Lavareda.
"Dilma tem potencial de 24% de votos espontâneos"
"Primeiro lugar, ela converge na mesma direção das pesquisas realizadas por outros institutos. Ou seja, independentemente dessa pesquisa específica, nós devemos refletir sobre o que deve estar ocorrendo. O crescimento recente da Dilma, que nesse mês de abril, segundo o Datafolha, fez esse movimento, a causa disso também já está estabelecida por todas as reflexões a respeito: exposição da Dilma nos programas de televisão, nos comerciais, etc. Agora, o que chama a atenção? A dianteira da Dilma nas intenções de voto espontâneas. Ela abre uma liderança de 5 pontos sobre o candidato Serra, lembrando que há ainda um estoque de reserva de 5 pontos de intenção de voto espontâneo no Lula. Na verdade, você pode pensar que, potencialmente, a Dilma tem hoje cerca de 24% das intenções de voto espontâneas, o que é um número bastante expressivo a essa altura do processo eleitoral."
"Em dois anos, Dilma reverteu diferença de 40 pontos"
"Outra coisa importante dessa pesquisa é que, independente da margem de erro, a Dilma ultrapassa, nominalmente, o Serra no segundo turno. Quando você olha pra trás, pra 2008, nesse mesmo período do ano - em abril, maio -, a liderança de Serra era de 40 pontos, no segundo turno, sobre a Dilma. Em maio de 2009, a diferença era de 20 pontos. E agora estão empatados, o que mostra uma trajetória impressionante da candidata Dilma Rousseff. Ela uma revertou uma diferença de 40 pontos das intenções de voto no segundo turno. Esse é o dado que mais chama a atenção na pesquisa: a evolução dela no segundo turno. Até porque já se sabe hoje que essa vai ser uma eleição resolvida no segundo turno. Ela tem uma trajetória impressionante. Evidentemente, essa trajetória está associada ao Lula."
"Eleitor do terceiro mandato decidirá a eleição"
"Como já tive a oportunidade dizer em outras circunstâncias, na verdade, o que está por trás da intenção de voto da Dilma, o que está em questão, é o terceiro mandato do Lula. A Dilma está avançando no eleitorado de terceiro mandato de Lula. A parcela da opinião pública que gostaria de votar no Lula varia entre 60% e 75% A Dilma já realizou até agora um pouco menos de 70% desse público. Quer dizer, realizou na intenção de voto no segundo turno. No primeiro turno, ela só realizou 55% desse eleitorado. Então, resta ver se ao longo da campanha ela vai conseguir capitalizar toda essa parcela do eleitorado que gostaria de um terceiro mandato do presidente Lula. Ou se não vai conseguir isso. A eleição de 2010 vai se resolver em torno dessa questão: se os eleitores que gostariam de votar num terceiro mandato votarão ou não na Dilma Rousseff. Se 80% desses eleitores aderirem a Dilma, ela ganha a eleição. Essa é a questão básica da eleição deste ano."
"Serra e Marina não encontraram posicionamento ideal"
"Aparentemente, não (está funcionando a estratégia de Serra não atacar Lula). Até o momento, não. O grande desafio de candidatos oposicionistas que se defrontam com circunstâncias tão positivas para o candidato oficial se resume a uma palavra: "posicionamento". Como se posicionar na disputa. E é nessa direção que o Serra e a Marina têm investido. O que eles têm dito, tudo o que eles têm apresentado na televisão até o momento, é uma espécie pré-teste do que eles imaginam que vão poder fazer na campanha adiante. Nem a Marina, nem o Serra encontraram seu posicionamento ideal. Isso é natural. Até o início da propaganda na televisão, eles podem arriscar em diversas direções."

Candidatos participam de sabatina

Os principais candidatos à Presidência, José Serra (PSDB), Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PV), se encontrarão amanhã para uma sabatina organizada pela CNI - Confederação Nacional da Indústria -. Essa será a terceira sabatina com os três. As outras duas foram em eventos com os prefeitos.


A entidade entregará o documento "Indústria e o Brasil - uma agenda para crescer mais e melhor" com propostas e pedidos do setor industrial.


A ordem das falas será sorteada. No entanto, não está previsto um debate direto entre os candidatos.

Banda de Lata_Criança Feliz_MST Ceará

O IRÃ E O IMPÉRIO DECADENTE


BRESSER PEREIRA

“Há algum tempo, o establishment mundial recebeu com um misto de irritação e descrença a notícia de que o presidente Lula se dispunha a intermediar a questão do Irã.
Na semana passada a diplomacia brasileira alcançou um êxito histórico em Teerã ao lograr que o governo nacionalista islâmico do Irã aceitasse o acordo sobre a troca de urânio pouco enriquecido por urânio enriquecido a 20% nos mesmos termos que as grandes potências e a AIEA(agência atômica da ONU) haviam proposto há seis meses.
Não obstante, alegando que o acordo não assegura que o Irã não utilizará o restante do urânio em seu poder para se tornar potência nuclear, os EUA conseguiram convencer as demais grandes potências a levar ao Conselho de Segurança da ONU a proposta de novas sanções ao Irã. E adicionaram mais uma “razão”: assim, evitam que seu aliado Israel bombardeie o Irã. Significa isso que o acordo de Teerã fracassou?
As razões para ignorar o acordo bem pensado e realizado não se sustentam. A recusa dos EUA de continuar a negociação a partir dele deixou mais uma vez claro que seu objetivo principal não é evitar que o Irã tenha a bomba, mas é desestabilizar seu governo.
Desde a Revolução Islâmica de 1979, os EUA vêm procurando derrubar o governo nacionalista iraniano. Primeiro, porque o regime seria fundamentalista; depois, porque ameaçaria Israel.
Nesse sentido, suas ações não se limitaram ao “soft power” e à diplomacia, mas foram militares. Em 1981, financiaram uma guerra mortífera do Iraque de Saddam Hussein contra o Irã, que durou quase dez anos e terminou com a derrota da coligação americano-iraquiana.
Agora, depois de haver invadido e submetido seu antigo aliado, voltam- se de novo contra o regime dos aiatolás e de seu boquirroto e autoritário presidente, Mahmoud Ahmadinejad.
Mostram, assim, coerência em sua política imperial de controle político-militar do Oriente Médio. O fato de a China ter concordado em assinar o pedido de mais sanções significaria que não usará seu poder de veto no Conselho de Segurança? É possível, mas não é provável. A China assinou o pedido para, neste momento, não aumentar seu contencioso com os EUA, que já é grande.
Por isso, é bem possível que o acordo de Teerã e as reações que está provocando levem os chineses, que não têm interesse em que os EUA e a Europa aumentem ainda mais seu poder no Oriente Médio, afinal a recusar seu voto às sanções.
Os EUA são um império em decadência que tenta ser imperial em uma fase da história mundial na qual os impérios não fazem mais sentido.
Os dois últimos grandes impérios foram o britânico e o soviético. Fracassaram por diferentes razões, mas principalmente porque hoje mesmo países mais atrasados são membros plenos da ONU e não aceitam a dominação imperial.
Não obstante, os EUA insistem em terem bases militares espalhadas em todo o mundo para “legitimar” a imposição de sua vontade. Sabemos, porém, que não é com armas, mas com bons argumentos e com concessões mútuas que haverá paz entre as nações.”