Quem é e o que fez Eduardo Jorge, o tucano que mídia e Serra tanto defendem

Está em plena ação a tentativa tosca, mas muito empedernida, da imprensa e do tucanato para criar um novo factóide político ao estilo "caso Francenildo". Sob o pretexto de transformar o político tucano Eduardo Jorge em mais uma vítima dos "falsos dossiês de petistas aloprados", a mídia anti-Lula está dando cada vez mais espaço para o episódio do suposto vazamento dos dados fiscais do dirigente tucano.

Um dos mais ativos defensores de Eduardo Jorge, vulgo EJ, atualmente tem sido o próprio presidenciável tucano José Serra, em cuja campanha Eduardo Jorge tem papel de destaque. 

Mas esta mesma mídia e lideranças tucanas que se escandalizam com o suposto vazamento de informações financeiras de Eduardo Jorge não esclarecem em momento algum quem é e o que fez este sujeito para merecer o papel de protagonista desta novela midiática onde o suspeito é transformado em vítima. 

Antes de mais nada, é preciso esclarecer duas coisas. Primeiro: por que os tucanos, tão queridos da família Frias, não perguntam à Folha de S. Paulo, que divulgou a "denúncia" inicialmente, quem foi que repassou as informações ao jornal? Assim, não seria preciso realizar sindicâncias nem processos judiciais, gastando tempo e dinheiro dos órgãos públicos. Basta aFolha revelar quem é sua fonte. Ou será que as informações chegaram ao jornal por e-mail anônimo, como se fosse um spam, da mesma forma que a ficha falsa de Dilma Rousseff publicada pela Folha? Ao proteger sua fonte sob a desculpa esfarrapada do direito ao "sigilo da fonte", a Folha deixa muitas margens para que se suspeite de uma armação urdida pelo próprio jornal para prejudicar a campanha presidencial da candidata petista. 

Segundo: se Eduardo Jorge fosse candidato nestas eleições de 2010, seus bens teriam que ser declarados e tornados públicos por força da legislação eleitoral. Estariam, neste momento, expostos para quem quisesse ver no site do TSE. Portanto, não é razoável que um dirigente partidário, que já foi homem de confiança de FHC e ministro no governo tucano, tenha tanto receio de que sua declaração de Imposto de Renda torne-se pública. Ou melhor, há razões sim para ter medo. E muitas delas são explicadas em dezenas de matérias que foram publicadas na imprensa ao longo dos últimos dez anos e que ajudam a revelar quem é o que fez Eduardo Jorge. 

Caldas costuma levar às barras dos tribunais todos os veículos de comunicação e procuradores de justiça que ousam revelar a participação dele em negociatas suspeitas. Até os veículos que agora o protegem por conta do imaginário "dossiê" já foram processados pelo tucano e tiveram que se calar. Mas com o advento da internet, já não é mais possível esconder seu passado. 

Nesta matéria do jornal Hora do Povo (clique aqui para ler), pode-se contemplar algumas das manchas que enodam a biografia do emplumado Eduardo Jorge Caldas Pereira.

E para não dizerem que são denúncias da "esquerda", há também esta outra matéria (clique aqui para ler), da direitista revista Veja, de julho de 2000, que ajuda a desvendar os "rastros do ex-assessor de FHC".

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Brasil, de Getúlio a Lula


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Oposição teme o debate

Os tucanos não querem discutir o governo Lula, quando deviam fazê-lo para mostrar erros e defeitos e, também, para reconhecer avanços e conquistas das classes menos favorecidas nos últimos sete anos de uma política econômico-financeira que só conheceu êxito. Também não admitem discutir as delícias e vantagens do governo FHC, aquele em que o Brasil faliu duas vezes, teve de vender, a preço de banana, ativos preciosos e ainda agigantou dívida interna pequena deixada por Itamar Franco.

Fugir
O que querem então os oposicionistas? Fugir do passado e do presente e avançar sobre o futuro. Desejam debater a personalidade de Dilma Rousseff

O eleitor quer que José Serra declare que as políticas atuais são boas, razão pelas quais vai aumentar os recursos a serem destinados ao Bolsa Família, que seu partido sempre menosprezou como mera esmola. 

Que a melhoria de vida das classes C e D não vai ser prejudicada pelas políticas tucanas_ geralmente, muito tendentes a favorecer Daniel Dantas, amigo do peito_ e sim mantida ou ampliada.

Personalismo
A oposição diz que não critica Lula porque sua popularidade o coloca a salvo de suas mesquinharias e calúnias. Como não tem propostas, fica no personalismo. Quer discutir a personalidade de sua adversária, que títulos universitários conquistou, o que vai fazer. O que ela pretende fazer é um governo melhor que o de Lula, na mesma direção, no mesmo rumo. José Serra deve desejar uma administração ainda mais fecunda que a de seu ex-chefe, Fernando Henrique Cardoso, sem duas falências e com mais privatizações, para felicidade dos amigos. Daí o personalismo do debate que é estéril e se presta apenas a desatinados como este ex-genro do banqueiro Salvador Cacciola _ que está na cadeia por roubo_ que só sabe agredir para que não se investigue sua ficha suja, conhecida muito bem na política do Rio de Janeiro.

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De como a mídia nativa complica a vida do seu candidato José Serra no afã de facilitá-la

Lembrei-me de uma anedota. Jovem padre recém-ordenado recebe do pároco a tarefa imponente do sermão de domingo. Trata-se de sua estreia no púlpito e a missa é a do meio-dia. Recomenda o pároco: a ocasião pede por um pronunciamento direto e forte, nada de meias-palavras e panos quentes. O jovem, empolgado, cumpre sua tarefa na certeza do dever cumprido. Depois da missa, procura o chefe para saber se passou na prova. “Bem – diz o pároco – direto e forte você foi, mas não precisava ofender a mãe do Demônio.” 

Não sei que gênero de clímax pretende atingir a campanha de José Serra. Aliás, não entendi até hoje quais são suas diretrizes porque, às vezes, parece-me ter perdido a bússola. O que surpreende em um pároco, perdão, candidato tão preparado, navegante de várias eleições. Nada de surpresas, no entanto, com o sermão de padre Índio, excitado na estreia do púlpito. Depois de ouvi-lo, ou melhor, de lê-lo, perguntei aos meus boquiabertos botões qual seria o sentido da ligação do PT com as Farc. Se, por exemplo, de um lado vem a coca e do outro vão bazucas. Responderam os botões com uma pergunta: será do conhecimento do candidato a vice que o diabo não tem mãe? 

A tarefa do pároco para sair da situação desagradável é mais simples do que a do candidato à Presidência. O pároco chama brandamente às falas o jovem desastrado e desconversa com os fiéis perplexos. O candidato à Presidência enfrenta outro gênero de dificuldade diante do companheiro de chapa recém-convocado. Donde a tentativa de executar um remendo in extremis ao dizer que o PT certamente não participa do narcotráfico, embora mantenha relações com as famigeradas Farc. 

Serra não contava, ouso esperar, com a pontual e clangorosa reação dos jornalões paulistas. Inebriados pela oportunidade, tanto o Estadão quanto a Folha de S.Paulo estampam a frase do seu candidato em manchete da primeira página. Ao mesmo tempo, em um canto, Índio da Costa murmura que o chefe está certo, sem deixar de lembrar que o narcotráfico financia os bandidos rebeldes da Colômbia. 

Pois aí está o problema: no seu ímpeto libertador, a mídia prejudica em vez de ajudar. Abunda em boa-fé e em incompetência. Tropeça no seu próprio irrefreável impulso voltado à demolição da candidatura sustentada por Lula, impulso genuíno, que vem dos precórdios, mas sempre precipitado, raivoso e frequentemente ridículo. Um pouco mais de sutileza, de compostura, de honestidade, não fariam mal algum à mídia nativa neste momento. 

O candidato Serra, que cultiva excelentes relações com os donos das empresas jornalísticas e com vários dos seus profissionais, quem sabe devesse transmitir a eles a mesma recomendação de Talleyrand aos seus comandados, quando ministro do Exterior de Napoleão: “Sobretudo, nunca zelo demais”. Zelo em excesso atrapalha. 

Neste espaço, já disse do peso exorbitante da herança tucana e fernandista, a sobrar implacavelmente para o ex-governador de São Paulo de volta à liça do pleito presidencial. Recordo a origem esquerdista do presidente da UNE quando do golpe de 1964, e como Serra se manteve fiel às ideias e crenças da juventude por muito tempo. Décadas a fio. Anoto também que ele nunca propôs “esqueçam o que disse”. Mesmo assim ele é hoje, por força das circunstâncias, o candidato da direita. 

É apenas uma constatação, registro inescapável. E não se trata de qualquer direita, e sim do rançoso udenismo na sua versão atualizada. O mesmo udenismo que tramou contra Getúlio presidente eleito, contra Juscelino, contra João Goulart, e que enfim realizou seu projeto com o golpe. E de passagem queimou a sede da UNE. 

P.S. O senhor Alberto Dines gostaria que eu fosse alto, louro e de olhos azuis. Infelizmente, não posso atendê-lo. Registro, apenas, que há mais de 30 anos ele se obstina a escrever a minha biografia a partir da sua vocação de ficcionista, de sorte a dispensar sumariamente a verdade factual. Na quarta-feira, em seu Observatório da Imprensa, o senhor Alberto Dines acrescentou um capítulo à sua obra e, como de hábito, investiu contra o acima assinado com o enésimo punhado de calúnias. Cansei. Como dizem os advogados dos filmes e seriados americanos: vamos nos encontrar em juízo. 

Mino Carta
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Blog do Charles Bakalarczyk: O medicamento derrotox 45 foi proibido pela Anvisa...

Blog do Charles Bakalarczyk: O medicamento derrotox 45 foi proibido pela Anvisa...: "A ANVISA emitiu alerta aos brasileiros: Derrotex 45 na faz bem à saúde. Serra tomou algumas doses e já está 8 pontos atrás de Dilma... A agê..."

Caso Eduardo Jorge - Cheiro de armação

Quem sintetizou bem o objetivo da insistência da oposição nessa história do Eduardo Jorge (EJ) foi nossa candidata, Dilma Rousseff, quando afirmou na sabatina apresentada pela Record News que essas acusações são uma tentativa de vincular o PT ao caso com o objetivo de prejudicá-la na disputa eleitoral. 

"É muito estranho atribuir um vazamento na Receita à minha campanha. Não há prova, há ilações, acusações infundadas. Recentemente a diretoria da Petrobras (na CPI da estatal) teve seus dados fiscais vazados e nem por isso dissemos que foi a oposição", alertou Dilma. 

Realmente, quanto mais o caso EJ anda, mais fica no ar o cheiro de armação.  Continua>>>
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Blog do Charles Bakalarczyk: Dilma já tem 8% de vantagem sobre Serra, segundo V...

Blog do Charles Bakalarczyk: Dilma já tem 8% de vantagem sobre Serra, segundo V...: "Segundo pesquisa fresquinha da Vox Populi, Dilma está com oito pontos de vantagem sobre Serra (ver gráfico acima, que pesquei no Tijolaço)...."