Dilma irá a Portugal para prestigiar Lula

Dilma Rousseff decidiu participar da cerimônia em que Lula será agraciado com o título de doutor honoris causa da Universidade portuguesa de Coimbra.

A entrega do título deve ocorrer em fins de março. Dilma aproveitará a viagem para encontrar-se com o primeiro ministro de Portugal, José Sócrates.

A honraria de Coimbra foi concedida a Lula quando ainda era presidente. Ele decidiu que só receberia depois de deixar o cargo.

Em 1995, a Universidade de Coimbra, a mais antiga de Portugal e uma das mais tradicionais da Europa, distinguira com o mesmo título o então presidente FHC.

Nesta sexta (11), Lula também foi brindado com o Prêmio Liberdade Cortes de Cádiz. Coisa criada pela prefeitura da cidade espanhola de Cádiz.

Em decisão unânime, o júri do prêmio decidiu concedê-lo a Lula "por sua impetuosa luta contra a pobreza e a exclusão social".

Essa é a terceira edição do prêmio. Em 2009, recebeu-o o então presidente da Colômbia Álvaro Uribe. Antes dele, o ex-presidente espanhol Adolfo Suárez.

Ficou combinado que Lula receberá o prêmio em sua próxima viagem à Espanha, cuja data não foi marcada.

por Josias de Souza

Cl1k4r 4p3n4s n() 4n6nc1() q63 1nt3r3ss4r

Compartilhe a conexão da internet sem roteador

logo

Se você tem um notebook, certamente vai querer ter uma rede sem fios em casa. Se você tiver mais de um computador, isso se torna fundamental. O que muita gente não saiba é que dá para criar um rede sem fios, mesmo que você não tenha um roteador. Acompanhe, no vídeo abaixo, como fazer!

Como construir casas e prédios que resistem a tremores

Os sismólogos costumam dizer que terremotos não matam. O que mata, segundo eles, são os prédios ruins. Essa tese controversa fez sentido quando se observa que um terremoto de 7 graus na escala Richter causou mais de 220 mil mortos no Haiti, enquanto o tremor de 8,8 graus ocorrido no Chile, em fevereiro, deixou algumas centenas de mortos. 

O mesmo se pode dizer do Japão. Atingido por um terrível terremoto de 8,9 graus na escala Richter que gerou um poderoso tsunami, o país asiático ainda conta seus mortos, mas nem de longe terá uma tragédia como a do Haiti.

A conclusão é que as construções de má qualidade desmoronam mesmo quando atingidas por sismos mais leves. Para um prédio resistir a terremotos, há duas estratégias complementares: usar uma estrutura ao mesmo tempo sólida e flexível, capaz de suportar as sacudidas da terra, ou isolar a construção do solo. 

A seguir, os problemas e as soluções antiterremoto Aqui.

por Alon Feuerwerker

Dogma Autoritário

A reforma política é o paraíso dos dogmas. Ou dos postulados. Aquelas coisas verdadeiras por definição, que vigoram pela fé. Ou pela conveniência. A primeira a serviço da segunda. Um dogma da reforma política é a necessidade de  fortalecer os partidos. É opinião de onze entre dez políticos e politólogos.

Será? Alguém já mediu a correlação entre a força dos partidos e o grau de democracia? À primeira olhada parecem variáveis razoavelmente independentes. E se houver algum elo, ele pinta pender para o mal.

Observe as ditaduras. Em todas há um partido forte. E quanto mais forte, mais ditadura. Já nas democracias os partidos costumam ser fortes na época da eleição e enfraquecem entre uma e outra ida às urnas. São ajuntamentos eleitorais.

No Brasil isso de ser ajuntamento eleitoral virou defeito. Sintomático.

Não à toa as revoluções democráticas contemporâneas desenham-se como movimentos difusos em desafio ao poder de um partido, ou líder. O que no fim dá na mesma. Pois são movimentos que contestam a concentração do poder em países onde o partido/líder cristaliza e personifica o monopólio do poder.

Para que exatamente uma sociedade democrática, heterogênea, conectada e em busca de cidadania plena precisa de "partidos fortes"? Para que eles absorvam as prerrogativas da sociedade e dominem o Estado?

É o que acaba acontecendo

A fascinação pelos "partidos fortes" é mais uma herança da reação conservadora desencadeada em contraposição aos avanços introduzidos pela Assembleia Constituinte de 1987-88. Reação que algumas vezes se disfarça de "ética", outras vezes de "busca da eficiência", mas cujos propósitos profundos são visíveis como o rabo do gato supostamente escondido.

De tempos em tempos a reação conta com o apoio das forças políticas em melhor posição para aspirar ao poder absoluto. E dos ingênuos que gostam de oferecer ao poder instrumentos discricionários, que estarão disponíveis numa eventual troca de guarda.

Costumam não perceber que esses instrumentos dificultam a troca de guarda.

Conversava outro dia com um deputado, dos bons, que me fez observações. Seguem abaixo.

"Eu tive votos, tenho eleitores. Por que preciso seguir cegamente a orientação de um presidente de partido que não tem voto, se se candidatar não será eleito, é só alguém que controla um cartório, só tem um cargo porque ganhou da presidente da República, e em troca do meu voto? Por que eu não posso votar com minha consciência, com a vontade dos meus eleitores, por que tenho que me sujeitar a receber um telefonema antes da votação, com a ameaça velada de que vou ser punido se não seguir a 'orientação partidária', que aliás nunca foi discutida?"

É uma síntese quase perfeita dos impulsos que movem os desejos do poder pela reforma política.

Talvez a coisa devesse enveredar pelo rumo oposto. Uma boa ideia será permitir candidaturas avulsas para todos os cargos executivos e legislativos. Outra boa ideia --que tem chance ainda menor de emplacar-- é obrigar os partidos a seguir mecanismos rigorosamente democráticos na escolha dos dirigentes e candidatos. Assunto aliás sempre repisado aqui.

As 5 frases mais usadas por homens e mulheres

1) Você é a pessoa certa na hora errada.
Ok. E qual seria a hora certa? Aquela em que as baladas começarem a se tornar chatas, previsíveis e você sentir a necessidade de discutir em profundidade um filme dinamarquês?
2) Não é você, sou eu.
Gosto do ar enigmático dessa. A pessoa nunca consegue explicar por que ela não é boa o bastante para você, quando sabemos que se trata do contrário: é você que não preenche os requisitos. Caridosa, a pessoa tenta não ser tão desagradável e opta por mais uma boa dose de clichês. E a gente sai da conversa meio tonta, meio com raiva. Quer dizer, totalmente com raiva.
3) Você é ótima (o), MAS…
Acho honesto se a pessoa disser qual é o problema logo depois do “mas”. Porém, é grande o risco de a frase ficar assim: Você é ótima (o), mas apareceu na hora errada. Zzz.
4) Estou confuso (a)
O mais legal dessa é que não dá para estabelecer prazos. A confusão, gente, pode nunca passar. É muito conveniente, versátil e evita perguntas, porque elas só deixarão a pessoa ainda mais confusa. E é capaz de você ainda ser feita de vilã (ou vilão) da história.
E você, tem alguma sugestão de frase boa para terminar namoro? Se não tiver, tudo bem. Conte pra gente por que você usou uma frase feita. Aposto que você usou.

por Zé Dirceu

Ata do Banco Central é contraditória
Image
Banco Central
 
Só num ponto é clara: querem mais juros - nada mais, nada menos. E isto depois de terem elevado a Selic a 11,75% ao ano, uma das taxas de juros mais altas do mundo. É a conclusão mais óbvia a que se chega com a leitura da íntegra da ata da mais recente reunião do COPOM-BC. 

A obsessão da diretoria do Banco com a inflação no centro da meta (4,5%), num cenário internacional como o que vivemos, e sua crença religiosa de que o aumento da taxa de juros reduz a inflação é de uma pobreza franciscana. Felizmente, os preços internacionais não dependem do BC. Senão teríamos juros estratosféricos em todo o mundo. Continua>>>

Guerra de tucanos



O serrismo iniciou a operação para salvar Antônio Ferreira Pinto – o secretário de Segurança que foi filmado conversando com um repórter da “Folha” em shopping de São Paulo (quatro dias depois, o repórter publicou matéria com denúncias contra um assessor da secretaria, que integraria grupo rival de Ferreira Pinto na pasta; segundo a matéria, Tulio Khan ”vendia” informaçõe sigilosas através de uma consultoria privada – tudo com “aprovação informal” da secretaria).

primeiro sinal da “operação de salvamento do Pinto” (com todo respeito) veio na quinta-feira, com um texto no blog de um daqueles jornalistas da “Veja”. A linha da defesa era: o secretário é um “homem bom” (copyright – Professor Hariovaldo) e foi vítima de uma operação de espionagem armada pela “banda podre” da polícia. Depois, o tal blogueiro desfiou números dos bons serviços prestados por Ferreira Pinto ao bravo povo bandeirante.
Hoje, a “Folha de S. Paulo” adotou a mesma linha. Chamada na capa questionando o shopping (que cedeu as imagens), e artigo de Fernando Barros e Silva, sob o título:  ”A quem interessa espionar o titular da Segurança?”. A cobertura, digamos, “jornalística” do episódio a “Folha” deslocou para o caderno “Cotidiano” – longe das páginas de “Política”. Hum…
Acho que a “Folha” faz bem em perguntar “a quem interessa espionar o secretário de Segurança”. Evidentemente, alguém estava na cola do secretário, viu o encontro dele com o repórter, e acionou a equipe de segurança do shopping para obter as imagens. O subtexto da “reportagem” da “Folha” e do artigo do Fernando Barros e Silva é: Ferreira Pinto está sendo perseguido pela “banda podre” da polícia.
Ok. Pode até ser. E isso seria grave mesmo.
O estranho é a “Folha” não fazer outras perguntas. Então, humildemente, faço-as aqui.
1) Por que o secretário foi conversar com  repórter no shopping, em vez de recebê-lo em seu gabinete? O secretário não queria que ninguém na secretaria testemunhasse o encontro? (isso mostra o grau de divisão que há na secretaria, e entre os tucanos de São Paulo de forma geral…).
2) Se o secretário Ferreira Pinto foi o responsável, como sugerem as imagens no shopping, por vazar para o jornalista Mario Cesar Carvalho informações sobre as atividades, digamos, pouco republicanas do assessor Tulio Khan, por que o próprio secretário não demitiu antes Tulio Khan? (isso compromete um pouco a imagem de “homem bom” que Ferreira Pinto tenta vender para justificar sua permanência no cargo)  
3) Se um ministro de Lula (ou um secretário de Marta, quando prefeita de São Paulo) fosse flagrado com envelope debaixo do braço, e depois reunido com um blogueiro sujo fora do horário de expediente, a “Folha” estaria cobrando explicações do shopping, ou estaria partindo pra cima do governo? (isso mostra, como se fossem necessárias ainda provas adicionais, a diferença de tratamento da velha mídia para tucanos e petistas).
Além das perguntas singelas acima, acho importante relembrar alguns pontos:
- esse episódio é parte da guerra fratricida travada entre os tucanos, como escrevi aqui;