Droga

...o inimigo mortal

Alarmado com o devastador crescimento do número de usuários do crack no País, o governo federal vem de anunciar a adoção de uma tripla estratégia para conter tão indesejável expansão dessa droga de poder letal, capaz de acelerar um fulminante processo de dependência em curtíssimo tempo.

A reação contra o insidioso avanço do crack se dará sob três aspectos, de acordo com as medidas de combate a serem adotadas: na prevenção, a ser simultaneamente realizada nas escolas e em meio às famílias; no tratamento do dependente, reforçado pelo treinamento de profissionais de saúde e com a implantação de centros de referência; e de maneira mais contundente, na repressão ao tráfico. O tema preocupa todas as esferas da sociedade e consta das pautas de debates nas Casas do Poder Legislativo.

Segundo pesquisa do Instituto Nacional sobre Abuso de Drogas (Nida, na sigla em inglês), dos Estados Unidos, muitos usuários só percebem que o crack virou parte indissociável de suas vidas depois de se terem convertido quase irremediavelmente dependentes. Torna-se, portando, de vital importância, o estabelecimento de um diagnóstico precoce, que ataque o problema ainda no início. Entraves como a falta de informação e a ausência de diálogo no meio familiar, além dos próprios preconceitos vigentes em relação ao assunto, têm sido cúmplices no retardamento das imprescindíveis avaliações, chegando mesmo a haver, até nas camadas sociais mais esclarecidas, a ilusão de que a dependência seja algo fácil de reverter. O fato é tratado muitas vezes apenas como uma questão circunstancial, sobretudo em relação aos jovens. O que constitui grave erro. A dependência química é uma doença reconhecida pela Organização Mundial de Saúde, que igualmente admite serem bastante difíceis as possibilidades de cura e praticamente inexistentes quaisquer remédios específicos para evitar as recaídas. No caso do crack, pela facilidade de aquisição da droga e por sua rápida disseminação em todos os segmentos da sociedade, o problema assume características ainda mais avassaladoras, porque são várias as frentes nas quais ele deve ser enfrentado. Os comprovadamente viciados necessitam de acompanhamento constante de psiquiatras, psicólogos, e, sobretudo, do apoio decisivo e consciente das famílias envolvidas. Constata-se, com justificável espanto, que o crack já é responsável pela internação de quase 100% dos viciados em drogas no País, quando há apenas três anos havia predominância dos usuários de cocaína, álcool ou maconha.

Em recente estimativa do Ministério da Saúde, existem no Brasil em torno de 600 mil dependentes, embora alguns estudiosos do problema calculem que há muito tenha sido superada a marca de mais de um milhão de usuários constantes.

A celeridade com que a praga se expande está a exigir, em paralelo às pretendidas ações governamentais, um firme envolvimento de toda a sociedade, porque o caso não é apenas de natureza policial. O assunto não pode ser postergado, porque o mal atinge adolescentes e as perspectivas de se levar a melhor nessa luta podem se tornar inviáveis, desde a prevenção até a recuperação de suas vítimas.

por Alon Feurwerker

Muito barulho pela substituição no comando da Vale. Mas se a maioria do capital votante quer trocar o presidente, que troque.


O governo acha que a Vale se preocupa demais com a lucratividade e de menos com agregar valor ao produto. Está mais voltada para os acionistas do que para as vontades do governo.

Mas se o governo e agregados têm poder de fogo para trocar o presidente da companhia têm também para definir os rumos dela. Quem pode o mais pode o menos.

O que falta no debate é o governo esclarecer o que deseja mudar na condução da empresa.

por Delfim Netto

Caiu a ficha. A ficha caiu!



Antonio Delfim Netto – VALOR

Caiu a ficha! A expressão não é elegante, mas cabe como uma luva aos economistas que ao pretenderem criar uma “ciência”, construíram uma “religião”: uma “ciência econômica” que acredita em leis naturais que governam o funcionamento do sistema econômico e são, portanto, independentes da história, da geografia, da psicologia, da antropologia etc.
Tal crença apoiada numa formalização útil, mas exagerada para lhe dar um ar “científico”, interditou ou reduziu à heterodoxia visões alternativas do mundo e produziu o míope “pensamento único” que empobreceu a economia política. Está agora a desfazer-se sob os nossos olhos, sob a pressão de velhíssimos ortodoxos! Esses tentam, desesperadamente, entender como foi possível a crise de 2007/2009 que emergiu como uma “surpresa” numa conjuntura que parecia de plena tranquilidade e atribuída ao sucesso daquela “ciência monetária”…
Economistas quiseram criar uma ‘ciência’ e criaram uma ‘religião’
Nada pode demonstrar melhor essa tragédia do que as contribuições de brilhantes economistas (todos do “mainstream”) à conferência “Repensando a Política Macroeconômica”. Ela foi organizada às expensas do FMI, por Olivier Blanchard (economista-chefe do FMI e autor de dois clássicos, um dos quais, desde 1989, dominou o estudo “sério” da macroeconomia), David Romer (autor da bíblia “Macroeconomia Avançada”), Joseph Stiglitz (Nobel, 2001) e Michael Spence (Nobel, 2001).
Na semana passada (dia 23) Blanchard publicou um minúsculo e devastador artigo “O Futuro da Política Macroeconômica: Nove Conclusões Tentativas”, resumindo os resultados da conferência (obviamente, uma visão pessoal, mas seguramente não viesada):
1ª) Entramos num magnífico (”Brave”) mundo novo, muito diferente do que vivíamos em termos do exercício da política macroeconômica;
2ª) Na velha discussão entre o papel relativo dos mercados e do Estado, o pêndulo avançou – pelo menos um pouco – na direção do Estado;
3ª) Há distorções sérias e muito maiores do que pensávamos na macroeconomia. Elas foram ignoradas porque supúnhamos que fossem pertinentes à microeconomia. Quando integramos as finanças à macroeconomia descobrimos que suas distorções são relevantes para a segunda e que a regulação precisa ser aplicada também aos reguladores. A economia comportamental e sua prima, a finança comportamental, são peças centrais da macroeconomia;
4ª) A macroeconomia tem múltiplos objetivos e muitos instrumentos (ferramentas) para implementá-los. A política monetária precisa ir além da estabilidade inflacionária. Precisa acrescentar o PIB e a estabilidade financeira como objetivos e incorporar medidas macroprudenciais entre os seus instrumentos. A política fiscal é mais do que “gastos” menos “receitas” e seus “multiplicadores” que influenciam a economia. Existem, potencialmente, dezenas de instrumentos, cada um com seus próprios efeitos dinâmicos que dependem do estado da economia e das outras políticas;
5ª) Temos muitos instrumentos e não sabemos exatamente como utilizá-los. Em muitos casos, não temos certeza sobre o que eles são, como e quando devem ser utilizados e se vão ou não funcionar. Por exemplo, nós não sabemos de fato, o que é a liquidez. Logo, “relação de liquidez” é apenas a continuação do que não sabemos;
6ª) Esses instrumentos são potencialmente úteis, mas levantam problemas por seu custo político. Por outro lado, os instrumentos podem ser mal utilizados. Ficou claro nas discussões que muitos pensam que existem razões plausíveis para o controle de capitais, ou para a política industrial (que todos sabem ter limites), mas o governo pode escolhê-los porque não lhe convém, politicamente, usar os instrumentos macroeconômicos corretos;
7ª) Para onde vamos, então? Em termos de pesquisa econômica o futuro é excitante. Há um imenso número de questões que devemos esclarecer e sobre as quais devemos trabalhar;
8ª) Os problemas são difíceis. Como não sabemos bem como usar os novos instrumentos e eles podem, potencialmente, ser mal utilizados, como devem proceder os formuladores da política econômica? O melhor é uma política cuidadosa e de pequenos avanços. O pragmatismo é fundamental;
9ª) Devemos ser modestos em nossas esperanças. Vão acontecer novas crises que não antecipamos. A despeito de todo nosso esforço podemos assistir a outras, no velho estilo das clássicas crises de crédito. Seria possível nos livrarmos delas com uma boa teoria dos agentes e uma regulação correta ou elas são parte do comportamento humano (endógenas ao sistema de economia de mercado) de forma que não importa o que façamos, elas sempre nos visitarão?
Abre-se, portanto, um vasto campo de conhecimento a ser explorado. Não devemos desanimar ou nos deixar enganar por essa visão relativista (de aparência quase niilista com relação a uma “ciência econômica”).

O conhecimento acumulado nos últimos 300 anos, de cunho menos pretensioso, que transcende “escolas”, “ideologias” e “idiossincrasias” – a velha economia política – é, comprovadamente, rico de ensinamentos para a boa governança do Estado. Ele mostra a importância absoluta da boa coordenação entre a política fiscal e a política monetária, do incentivo correto aos agentes, da boa regulação dos mercados e a necessidade do respeito às identidades da contabilidade nacional.

Bulliyng

Acham pouco as besteiras que temos e ainda vão buscar mais lá conchinchina.

Apelidar, mangar, zombar, aperrear, frescar com outra pessoa agora vai ser transformado em crime. 

Que culpa temos nós de alguns serem complexados?

Por que temos de pagar pelos defeitos dos outros?

Vão procurar o que fazerem seus blliynguizados.

Workshop

Inventário Corporativo de Gases de Efeito Estufa

Um dos principais requisitos para seguir a "pegada" de carbono é fazer o inventário corporativo de emissões de gases de efeito estufa, como estabelecem as políticas nacional, estaduais ou municipais de mudanças do clima já aprovadas em todo o país. Isso vale para empresas de qualquer setor, indústrias de todas as áreas, países, estados e cidades. Então, quer saber como preparar o seu Inventário de GEE? O Portal Ambiente Energia oferece para você toda a experiência de Carlos Roberto Sanquetta, professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e diretor do Instituto de Pesquisas em Biomassa e Sequestro de Carbono (Biofix). Veja o currículo completo do professor
Programação
  • Por quê inventariar Gases de Efeito Estufa?
    • Benefícios do Inventário de GEE
  • O Inventário de GEE
    • Elementos do Inventário de GEE
    • Definições básicas: Fontes de emissões; Fator de emissão atmosférica; Ano base; De Minimus; Escopos 1, 2 e 3.
  • Objetivos do inventário
  • Documentos de referência
    • GHG Protocol
    • IPCC
  • Planejamento para o desenvolvimento do inventário
    • Objetivos
    • Principais referências
    • Princípios
    • Etapas
    • Escopo
    • Coleta de dados
    • Planilhas de cálculo
    • Protocolo e Relatório
  • Novas legislações de mudanças climáticas Brasil
1º Etapa
  • Limites Organizacionais e Operacionais
  • Definição do escopo da empresa
  • Método de coleta dos dados
    • Unidades a serem apresentadas
    • Definição de categoria de emissão para cada fonte
    • Escolha dos fatores de emissão
  • Checklist das fontes de emissão
  • Apresentação do modelo de relatório – NBR ISO 14064
  • Exercícios
Metodologia de cálculo
  • Apresentação dos Tiers do IPCC
  • Metodologia para fontes fixas
  • Metodologia para fontes móveis
  • Metodologia para energia elétrica
  • Metodologia para cálculo de viagens aéreas 
  • Análise crítica dos dados coletados
  • Exercícios
Mitigação x MDL
  • Apresentação de alternativas de compensação
  • Projetos de MDL
  • Exercícios

Garanta sua participação

Workshop Inventário de Emissões de GEE
Data: 09 de abril
Local: Avenida Rio Branco, nº 103/21º andar
Horário: 8:30 às 18:30
Inscrições: R$ 520,00
Informações: (21) 3872-0355 

José Alencar

...Uma exceção

José Alencar morreu ontem depois de atravessar os últimos anos em público de mãos dadas com o câncer, ou cânceres. Foi uma opção consciente. Alencar sempre dizia que como vice-presidente não tinha o direito de guardar para si as circunstâncias e efeitos da doença.

Dizia que o câncer do Zé Alencar era assunto privado, mas o do vice-presidente era assunto de todo o Brasil.

Há um debate permanente no jornalismo sobre os limites da exposição de alguém com face pública. Para o meu gosto, valeria aqui a norma dita americana.

Tudo que é da vida do político é assunto de interesse público. O ex-vice-presidente seguiu essa regra. E reforçou, com a atitude, sua imagem e seu capital político, bem como o capital de Luiz Inácio Lula da Silva.

É bastante provável que mesmo sem Alencar na vice Lula tivesse vencido as eleições que venceu. Há também algo de exagero na tese de que Alencar foi decisivo para reduzir as resistências empresariais a Lula em 2002.

Elas arrefeceram após a Carta aos Brasileiros, em que o então candidato disse estar comprometido com as grandes linhas macroeconômicas do governo anterior. E caíram a zero com a condução que Antonio Palocci deu ao Ministério da Fazenda entre 2003 e 2006.

Alencar atravessou o primeiro mandato de Lula arremetendo contra a taxa de juros e contra Palocci. E contra o Banco Central.

Recolheu espaços na cobertura jornalística mas não conseguiu influir de fato na política econômica. O ministro Palocci contou com a confiança irrestrita de Lula até cair. Depois, a função de elo com o mercado foi ocupada por Henrique Meireles.

O ex-vice-presidente falecido ontem nunca deixou de ser um outsider, mesmo dentro do governo. Uma fraqueza que ele transformou em força. Dizendo coisas que talvez Lula quisesse ele próprio declarar, não fossem os limites impostos pela realpolitik.

Como na polêmica das relações entre o Brasil e o Irã. Ali, Alencar expressou a compreensão que ia pela mente de boa parte do governo brasileiro. Disse que uma eventual bomba atômica iraniana seria um elemento de dissuasão. Para evitar que o Irã virasse um Iraque.

Disse porque podia dizer. E ficou por isso mesmo. Teve um efeito nos bastidores, mas publicamente, nada.

Se Lula era a expressão da metamorfose ambulante, vangloriando-se por mudar de posição e discurso conforme a necessidade, Alencar fazia o contraponto. Com o estoicismo e a coerência. O agravamento do câncer apenas potencializou o perfil.

A aceitação de Alencar pelo PT lá atrás não foi pacífica, mas com o tempo, com as crises e diante da lealdade dele ao presidente e ao partido o vice foi aceito como um petista, na prática. Mesmo sendo do PRB, legenda que ajudou a criar quando deixou o PL (hoje PR).

Alencar já vinha sendo homenageado em vida e será mais ainda agora.

Mereceu. Por ter sido um patriota. Não só pelo que fez na política. Mais por ter dedicado toda a sua vida útil empresarial à indústria. Um caso raro de empresário brasileiro que percorreu integralmente a trilha da construção do sucesso dedicado a produzir coisas tangíveis.

Entre nós não é pouca coisa. Num país nascido e desenvolvido sob a marca do anti-industrialismo, da colônia à República, definitivamente não é pouca coisa.

Mensagem

Por mais que...

Por mais que lhe falem da tristeza . . .
. . . prossiga sorrindo !

Por mais que lhe demonstrem rancor . . .
. . . prossiga perdoando !

Por mais que lhe tragam decepções . . .
. . . prossiga confiando !

Por mais que lhe ameacem de fracasso . . .
. . . prossiga apostando na vitória !

Por mais que lhe apontem erros . . .
. . . prossiga com os seus acertos !

Por mais que discursem sobre a ingratidão . . .
. . . prossiga ajudando !

Por mais que noticiem a miséria . . .
. . . prossiga crendo na prosperidade !

Por mais que lhe mostrem destruições . . .
. . . prossiga na construção !

Por mais que acenem doenças . . .
. . . prossiga vibrando saúde !

Por mais que exibam ignorância . . .
. . . prossiga exercitando sua inteligência !

Por mais que o assustem com a velhice . . .
. . . prossiga sentindo-se jovem !

Por mais que plantem o mal . . .
. . . prossiga semeando o bem !

Por mais que contem mentiras . . .
. . . prossiga na sua verdade !

Por mais difíceis que lhe pareçam essas 13 tarefas . . .
. . . prossiga acreditando na capacidade que Deus lhe deu para cumprí-las !