Mulher linda agredida

Lei Maria da Penha nele

Pintura

Quadros em 3D

por Zé Dirceu

Vamos assistir a meu depoimento na novela do SBT?
Últimas horas que antecedem o início do feriado da Semana Santa, não se esqueçam, coloquem na agenda do começo da folga: é hoje, a partir das 22h o nosso encontro no SBT.


Vai ao ar, ao final do capítulo de hoje da novela "Amor e Revolução", a 1ª parte do meu depoimento sobre os tempos de resistência e combate à ditadura militar (1964-1985), os anos de chumbo no Brasil, aquele período em que fui preso, banido, exilado e obrigado a viver clandestino por algum tempo em nosso país.

Convido a todos para assistir porque depois, vocês com seus comentários enviados aqui para o blog e eu com minhas respostas em notas, estaremos mais uma vez discutindo aquele período, o mal e o atraso causados ao Brasil pelo golpe, a redemocratização e os avanços que conquistamos para o país nos últimos tempos.

Um detalhe não pode ser esquecido: esta é a 1ª novela na história da teledramaturgia brasileira a tratar sem maquiagem, sem subterfúgio, a ditadura militar brasileira que durou 21 anos e acabou há 26 anos.

Uma matéria publicada hoje pela Folha de S.Paulo sob o título "Em novela, Dirceu relata maus-tratos sofridos no DOPS" (para assinantes)  antecipa mais detalhes sobre este meu depoimento que vocês verão logo mais à noite. Por isso, eu linko aqui a reportagem da Folha para que vocês já tenham um "aperitivo".

O tempo e o sentimento

O que é o tempo,além de um momento, um pensamento ou um sentimento?
Tudo vem e vai, assim como o vento: sem lenço e sem documento.
O tempo nada mais é que um alento,uma chama que passa sem envolvimento, convidando-nos a refletir, a sentir, a persuadir e até mesmo a mentir sobre os nossos verdadeiros sentimentos.
O tempo assim como o sentimento, por vezes é inefável, incalculável, inexpressável, muitas vezes, insuportável.
Passam horas, dias, meses, anos. Ah! o tempo, o sentimento, o pensamento; tudo é um tormento.
Isso, eu não aguento!
Quero que o tempo e o sentimento se tornem fermento, transformando todos os momentos em raros eventos do amor que brota por dentro de todo aquele que tem conhecimento, discernimento e principalmente envolvimento com os seres que amam

Dilma: Reforma no Conselho de Segurança da ONU é necessidade

A presidenta Dilma Rousseff afirmou hoje que a política externa brasileira irá primar pela proteção dos direitos humanos e que o Brasil não pode mais ser visto como um país “impotente”.


FotoPRESIDENTA DILMA FALA SOBRE A ONU
Disse ainda, que reformar o Conselho de Segurança da ONU não é uma vontade do governo brasileiro, mas sim uma “necessidade”. 
Ela também falou sobre as relações com os países vizinhos, "a América do Sul continuará sendo prioridade do meu governo. Sinalizei essa prioridade ao fazer a primeira viagem para a Argentina. Não há espaço para discórdias e rivalidades que nos separaram no passado”.

Holocausto

[...] enquanto isto na Faixa de Gaza
- Diga-me o que você vê aqui?
- Botas de combate!

Re: Fotos, charges e tirinhas

por Alon Feuerwerker

O PT decidiu mobilizar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para dar um empurrão na reforma política desejada pelo PT. Na reta final da Presidência, Lula já mostrara disposição de investir energias nisso quando deixasse o Planalto. Mas agora a coisa ganhou premência.

Apesar de aprovada na comissão especial do Senado, a essência da reforma pretendida pelo PT enfrenta dois obstáculos potenciais de peso. A desconfiança de políticos não petistas e de eleitores.

Os primeiros veem com pé atrás uma mudança arquitetada para alavancar principalmente a representação política do PT. E haverá resistência de eleitores quando forem informados da dupla surpresa a eles reservada.

Aprovada do jeito que está, a reforma vai obrigar o eleitor a pagar toda a conta da eleição (financiamento exclusivamente público), mas "em compensação" retirará dele o direito de votar diretamente no candidato a deputado ou vereador.

Com a lista fechada (o outro nome é "partidária", para disfarçar), quem vai decidir na prática a composição individual dos parlamentos serão os caciques instalados na cúpula das legendas e alimentados pela verba pública dos fundos partidários.

Fora as perfumarias, a reforma se resume a tirar direitos do eleitor. Ele perde o direito de ajudar financeiramente o partido ou candidato que gostaria de vitaminar. E perde o direito de influir na composição individual dos parlamentos.

A proibição do financiamento privado, de pessoas físicas e jurídicas, além do mais, dá uma vantagem decisiva a quem está no governo. Os partidos majoritários (do poder) ficarão com a parte do leão. Pois deverá haver proporcionalidade na repartição da verba pública, e ela será calculada em função dos resultados do último pleito.

Ou seja, se o partido venceu a última eleição terá mais dinheiro para fazer campanha. Mesmo se tiver perdido apoio na sociedade. A oposição precisará encarar a disputa em situação adversa. Sempre.

E partidos governistas invariavelmente podem fazer campanha montados em alguma máquina ou orçamento.  O governismo sempre poderá usar a verba orçamentária para atrair apoios, e sem qualquer contravetor, sem nenhum contrapeso.

O PT tem chance de emplacar sua reforma? Ele tem aliados. Espantosamente, um aliado do PT na empreitada é o Democratas. Se bem que no caso do DEM nenhum impulso suicida deva merecer espanto genuíno de quem observa.

A proposta do PT pode também seduzir os detentores de poder estadual ou municipal.

Pois a mecânica caciquista tende a reproduzir-se nos diversos níveis, e com maior perversidade nos lugares onde a sociedade depende do Estado em alto grau.

A lista fechada e o financiamento exclusivamente público nutrem-se de um ambiente político longamente cultivado pelo udenismo militante. Foram criminalizados o livre arbítrio do eleitor (Tiriricas passaram a ser criticados como o grande problema da política brasileira) e o direito de a sociedade participar do financiamento da política.

Mas, como escrevi no começo da coluna, a missão dos reformistas não vai ser fácil. No plebiscito sobre sistema de governo e no referendo sobre a proibição do comércio de armas de fogo ficou óbvio que o eleitor resiste à retirada de direitos. 

Mesmo quando todos os sábios da opinião pública dizem que é para o bem dele, eleitor.

A participação de Lula vai ajudar na empreitada? Talvez. O ex-presidente tem trânsito e, na prática, vai falar aos políticos em nome do governo.

Para o povão, Lula poderá bradar nos palanques que o financiamento público eliminará a força do poder econômico nas campanhas. Omitirá, naturalmente, que a proposta do PT preserva o poder econômico-eleitoral do Estado, e de quem o comanda.

Mas aí talvez a discussão fique sofisticada demais. Ainda que nunca se deva subestimar a inteligência do povão.