O que Marcos Valério não quer contar a justiça

O publicitário mineiro faz questão absoluta de não contar a VGR - Vazadoria Geral da República -:
  • Quanto foi a "contribuição" para campanha de reeleição de Fernando Henrique Cardoso em 98
  • Quanto foi a "contribuição" para campanha de Eduardo Azeredo ao governo de Minas em 98 
  • Quanto foi a "contribuição" para campanha presidencial de José Serra em 2002
  • Quanto foi a "contribuição" para a campanha de Geraldo Alckmim ao governo de SP em 2002
  • Quanto foi a "contribuição" para a campanha de Aécio Neves ao governo de Minas em 2002
Sobre as "contribuições" que ele fez aos outros 153 políticos da Lista de Furnas...ele pode citar, um aqui outro acolá

O sonho da oposição para 2014

Leio, escuto, vejo políticos, jornalistas, colunistas e especialistas políticos conjecturando sobre quem seria o vice de quem em 2014? A chapa seria:

  • Aécio/Campos ou Eduardo/Neves?
Acho é graça de quem leva isso a sério.

O sonho da oposição a Lula/Dilma e principalmente ao PT é o seguinte:
  • Aécio Neves e fulano candidatos pelo PSDB
  • Eduardo Campos e beltrano candidatos pelo PSB
  • Marina Silva candidata por qualquer partido
Assim - imaginam - garantir o 2º turno. 

No 2º turno o que tivesse chegado lá, teria automaticamente o apoio dos outros.

E juntando B + C+D = Lula/Dilma e o PT derrotado.

É possível acontecer isso? 

É. Tudo é possível!

Mas, tem um porém. Antes tem de combinar com nospovo.

Recado em branco e preto

A verdade sempre prevalece. É apenas uma questão de tempo

Tão próximas e tão opostas 
O Rio fazia o máximo de sensacionalismo, inclusive com falsificações, nos seus anos críticos de violência urbana. São Paulo procurou esconder e negou sua presença entre os Estados onde, nos últimos 30 anos, foi ou é mais virulenta a epidemia da criminalidade. O governo paulista persiste no erro, de consequências sempre graves.


É recente a abertura de espaço na imprensa rica de São Paulo para ocorrências criminais e problemas da segurança paulista e, mais ainda, paulistana.

No Rio, o sensacionalismo leviano, e muito infiltrado de objetivos políticos, atrapalhou os esforços intermitentes de ação governamental contra a disseminação da violência, e afundou a cidade e sua imagem em mitologias destrutivas.

Em São Paulo, a longa omissão jornalística, por mera vaidade provinciana, deixou sua contribuição para a insegurança continuada, ou mais do que isso.

A omissão jornalística dos assuntos de dimensão social resulta na omissão das pressões políticas e administrativas implícitas no jornalismo. Não por outro motivo foi sempre tão fácil para o poder político, décadas após décadas, preservar no Brasil as desigualdades sociais em todas as suas muitas formas, sem complacência nem sequer com as mais perversas.

Na atual onda paulista de homicídios, já em setembro o seu número na capital chegou a mais de 102%, ou 144 mortes, acima do havido em setembro do ano passado, com 71 mortes.

O governador Geraldo Alckmin e seu secretário de Segurança, Antonio Ferreira Pinto, negaram a onda, negaram conexão entre assassinatos, negaram motivação de algum bando.

O secretário chegou a estabelecer em apenas 40 os criminosos integrantes de organização.

Em outubro, na mesma cadência do aumento dos homicídios diários a repetidos picos, governador e secretário negaram-lhes maior anormalidade e algum problema na segurança governamental.

Daí, o governo paulista foi para a desculpa final, aquela a que só resta penetrar no ridículo: o aumento do índice de crimes deve-se à mobilidade das motos e à falta de combate ao crime, pelo governo federal, nas fronteiras. Mas antes da atual onda de homicídios as motos já eram como são, e a situação nas fronteiras já era o que é.

Já não importa a continuação das negaças. O governo não resistiu à pressão das evidências noticiadas.


Admita-o ou não, lançou-se em uma operação em áreas de favelas que desmente todas as suas recusas a ações conectadas na onda de homicídios e, portanto, intencionais por parte de um dos bandos (ou facções, ainda na velha maneira de não admitir que São Paulo tenha bandos).

Cada região assolada pela epidemia de criminalidade requer estratégias e táticas adequadas às condições locais.

O que tem alcançado êxitos no Rio não é, necessariamente, o procedimento a ser aplicado a problemas alheios. Mas um fator adotado no Rio é indispensável a todos: a recusa a subterfúgios, sempre interesseiros ou temerosos, e o reconhecimento franco da realidade. Até porque a população sabe o que a aflige e não cai nas tapeações de governantes.
Daniel Marenco/Folhapress
Janio de Freitas, colunista e membro do Conselho Editorial da Folha, é um dos mais importantes jornalistas brasileiros. Analisa com perspicácia e ousadia as questões políticas e econômicas. Escreve na versão impressa do caderno "Poder" aos domingos, terças e quintas-feiras.

Prato do dia

Carne assada
Ingredientes

  • 2 kg de lagarto
  • 1 lata de creme de leite
  • 1 garrafa de cerveja escura
  • 2 tabletes de caldo de carne
Como fazer
Frite o lagarto até dourar na panela de pressão,acrescente o creme de leite, a cerveja escura e os tabletes de caldo de carne.Tampe e cozinhe até ficar macia. Se desejar depois engrosse o molho que ficou na panela com 2 colheres de amido de milho. Importante: a carne não é temperada antes, somente dourada.

O seletivo Marcos Valério

É muito seletivo o Marcos Valério.
Parece escolher a dedo o que falar para levantar o interesse do STF e do PIG em troca da sua "delação" premiada.
As verdades sobre a sua origem, o seu recrutamento em Brasília por Pimenta da Veiga e o treinamento nas hostes tucanas parecem nem importar. A sua delação seletiva possui um tempo próprio e até um cadáver próprio (Celso Daniel ao invés da "modelo" de Minas Gerais).
Por qual razão? Ele realmente não tem medo do Lula ou do PT, Valério tem medo exatamente das pessoas, partidos e esquemas que ele teima em omitir, pois daí sairia o seu pior castigo ou, eventualmente, a sua garantia de sobrevivência. Isso ficou provado no episódio com Roberto Brant (ex-PFL, MG), quando este último indicou que o seu "mensalão" era apenas dinheiro de campanha aportado pela Usiminas, da parte do próprio Presidente desta empresa. Valério na hora foi à mídia para falar que não era verdade, tentando livrar a cara da Usiminas.
Na visão do Valério, é preferível apontar as baterias com o líder de 80% da população que contra os verdadeiros donos do Brasil

Mensagem dominical

Sem os domingos fica difícil viver. Em cada manhã de domingo celebramos a força da vida que tudo transforma e renova. Brilha a luz!
Dom Mauro Morelli