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Os rumos de quem saiu do PT em nome da ética


Marina Silva está no guichê para adquirir o bilhete da baldeação rumo ao comboio demotucano. 

 Ontem, no Rio, Gabeira antecipou-se ao anunciar que Serra e a senadora farão sua estréia, juntos, na convenção que sancionará seu  nome ao governo do Estado pela coalizão do conservadorismo com o conservacionismo. 

A fusão que dá rosto eleitoral ao ambientalismo de direita no país, terá ainda o DEMO Cesar Maia como candidato ao Senado. 

"O Serra tem agora um palanque bom, forte, no Rio', resumiu Gabeira sem disfarçar o papel subordinado do PV, como pé-de-palanque da nova tentativa tucana de derrotar Lula e voltar ao poder. 

Nas negociações que se arrastam desde janeiro, o PSDB  teria prometido ao afoito Gabeira a embaixada em Paris, caso Serra vença o pleito.  

À Marina, naturalmente, fica assegurado espaço & simpatia  no tratamento dispensado pela Folha e Organizações Globo --  desde que a antiga companheira de Chico Mendes acene alegremente da janelinha do vagão anti-Lula. 

Gabeira já reservou o assento à ex-ministra: a primeira parada é a convenção  estadual. Piuiiiiii...

SENADOR TASSO JEREISSATI: ISSO NÃO É FUNÇÃO DA BOLSA FAMÍLIA! E É UM EQUÍVOCO CONCEITUAL!

Até o Cesar Maia não concordou com a politicagem que seus colegas de oposição no senado aprontaram com o Bolsa Família, leiam abaixo o que ele escreveu:


1. O Bolsa Família é um programa de renda mínima com vinculações a obrigações sociais em relação ao filho estar na escola, ser vacinado, etc. Dirige-se a famílias abaixo da linha de pobreza e em especial a nível de indigência. São famílias, em geral, dirigidas pela mulher, com vários filhos. A vinculação à escola é um elemento que ajuda a reduzir a evasão, permite que dentro da escola, a criança identificada no cadastro tenha uma atenção focalizada da direção da escola e sua professora.
          
2. Vincular valores de Bolsa Família ao aproveitamento do aluno na escola, suas notas e avaliações, é um grave equívoco conceitual. Essa é tarefa da escola que em programas dos estados e municípios e com apoio federal, podem criar estímulos que reconheçam o desempenho do aluno. Incluir isso no Bolsa Família é confundir assistência social com educação. E ainda criar insegurança em relação ao programa. Não ajuda seu candidato a presidente.
         
3.  (agência Senado - Globo-on, 02) Senado aprova projeto que vincula Bolsa Família ao desempenho escolar do aluno. A Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado aprovou nesta terça-feira projeto de lei, apresentado pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), que acrescenta ao Bolsa Família um adicional de acordo com o desempenho escolar das crianças. A proposta foi relatada pela senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), que apresentou parecer pela aprovação da matéria.   

Cesar Maia

FHC só faz gol contra

1. FHC é um dos personagens políticos mais importantes desta eleição, queira ou não. Portanto, deve cuidar muito dos próprios passos. Agora, num estilo holandês de ver a vida, decidiu ser o âncora de um filme-documentário propondo que o consumo de drogas, com a maconha como abre alas, corra livre de constrangimento.
                  
2. Uma questão polêmica, de questionável efetividade, dada a rede informal de micro-redistribuidodes/consumidores de droga existente.
                  
3. Mas uma coisa não é polêmica. 85% das pessoas são contra, sendo que entre os mais pobres 94%. Se não bastasse a "populistalização" de Lula entre os mais pobres, se entrar este documentário antes das eleições, terá o efeito que o filme dele não conseguiu: abalar a população, e especialmente os mais pobres.
                  
4. Que FHC reflita bem, que ele está no Brasil e que sua atuação no clube das personalidades mundiais acima do bem e do mal se aplica em fóruns sofisticados, mas não se aplica no Brasil, em especial por veiculação de massa. Rapidamente os momentos mais contundentes serão recortados e cairão em todas as redes de internet, com a chamada que se imagina. Em 2010, isso seria um desastre.

Cesar Maia 

VALERIODUTO - OS DESVIOS DA PUBLICIDADE DOS GOVERNOS!

Nada como pegar um demotucapiguista para que os outrens comecem a revelar como funcionam os esquemas de financiamentos de campanhas eleitorais. Leia com atenção e sem paixão o texto abaixo:


A) 'VALERIODUTO'! 
B) OS DESVIOS DA PUBLICIDADE DOS GOVERNOS!

A.1) O valerioduto, chamado desta forma no caso "mensalão", foi um sistema sofisticado de aplicação de recursos em campanha eleitoral, que pretendia eliminar os riscos de identificação do caixa 2 das campanhas. A experiência da agência de publicidade SMP&B, em Minas, fascinou o principal deputado do PT do Estado, que levou o gestor e a metodologia para o PT nacional e o governo federal. De um esquema de crime "perfeito" em financiamento de campanhas, passou a ter abrangência maior, servindo para financiamento do partido e de seus parceiros. Foi pego pela imprevisão do fechamento na ponta final, do ciclo contábil.

A.2) Funcionava assim: Uma empresa queria repassar dinheiro a uma campanha (e depois ao partido). Ela contratava a SMP&B para prestar serviços de publicidade. A demonstração era simples, através de simples -e artificiais- expedientes de computação gráfica. A SMP&B retirava a sua comissão de agência. E disponibilizava os recursos legalmente, na boca do caixa de um banco, ao receptor. Este recebia com sua assinatura e documento. Tudo parecia perfeito. Mas faltava o elemento final, da simples demonstração de ativo e passivo, haver e dever, débito e crédito.

A.3) Os beneficiários -ingenuamente- não registravam o dinheiro recebido como despesa de campanha com origem, que até poderiam provar para seu partido, com os documentos bancários. Simplesmente gastavam os recursos. Para as empresas foi um achado, pois patrocinavam a política sem nenhuma relação com seu nome. Em toda a CPI dos Correios, nem por uma vez as empresas patrocinadoras foram identificadas, o que seria simples através de uma auditoria contábil de valores e tempos nas receitas da SMP&B. Sem registro contábil final ruiu o castelo de cartas e o crime deixou de ser perfeito.

B.1) O esquema na área de publicidade governamental é velho conhecido do mercado, e de auditorias e/ou CPIs estaduais. É comum que agências que trabalham em campanhas eleitorais venham a ser as agências do governo que ajudaram a eleger. Para disfarçar, os governos inventaram o pool de agências, onde a "preferida" aparece discreta no meio das outras. As agências beneficiadas fazem um plano de mídia técnica para os governos. Esses acertam uma sobremídia de forma a que a comissão da agência possa pagar seus serviços ao governo e anotar no rascunho, um crédito para a próxima campanha eleitoral.

B.2) Mas não basta, pois há que "reservar" recursos para a produção de materiais gráficos ou audiovisuais. Para tanto, a agência, além da criação faz a produção, não só de material para a mídia, mas para a comunicação direta por folders, tabloides, placas e cartazes. Além disso, como forma de orientar a publicidade, contratam pesquisas. Todo este conjunto é superfaturado e com isso se constitui uma "reserva técnica" para a próxima campanha eleitoral.

B.3) No caso dos ministérios e estatais federais até os patrocínios de eventos -esportivos, culturais, recreativos- são intermediados por agências de publicidade, que nada mais fazem que receber a sua comissão legal.

B.4) O contribuinte paga três vezes. Paga por excessos sobre a mídia técnica. Paga por campanhas inócuas para constituir fundos. Paga por superfaturamento nas produções. Tudo muito difícil de controlar, de identificar e demonstrar. Um crime quase perfeito. Quando identificado o foi pela fiscalização legislativa e não pelos controles externos e com isso colocaram-se panos quentes.

Mais que antecessores

Lula continua campeão de popularidade porque avançou, com cautela, mas firmemente, na defesa dos menos favorecidos. Por isso está chegando ao fim o que antecessores, também cheio de boas intenções, com anel no dedo, não conseguiram, feito Getúlio Vargas e João Goulart, por que mobilizaram toda reação contra eles, desde que o segundo aumentou o salário mínimo e foi derrubado do Ministério do Trabalho pelo manifesto dos coronéis, ninho de golpistas de 1964.

Dilma

Ninguém pode negar o óbvio que Dilma Rousseff, apontada por ele como candidata, sobe, a cada pesquisa de opinião pública realizada, embalada pelo prestígio do patrono. Ontem lia análise de pesquisa do hoje direitista César Maia falando do elevadíssimo ibope do presidente no Rio, onde não há nordestinos recebendo o Programa Bolsa Família, que, segundo os jornalões paulistas, seria o único responsável pela estrela sempre luminosa do presidente da República.