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Cada cabeça uma sentença

A Rolha de São Paulo e a ficha da presidente

Não é curioso, amigo leitor, que ao terminar a primeira década do século XXI, a velha imprensa brasileira (aqui no sentido de antiga mesmo e carcomida) insista em não querer aceitar a vitória da presidente Dilma Roussef? Ou melhor: insista em “investigar” o passado da candidata eleita, substituindo a polícia da ditadura civil/militar que infelicitou o país nos anos 60?

Porque não é outra a atitude do jornal Folha de São Paulo ao se regozijar com a abertura dos arquivos de posse do Superior Tribunal Militar, pomposamente recebida como uma “vitória da sociedade brasileira”, para bisbilhotar sobre o passado de uma ex-presa política.

Vitória da sociedade brasileira? A quem quer enganar mais uma vez a FSP? O que quer o jornal do Sr. Otávio Frias Filho? Dependurar a presidente Dilma Roussef no pau de arara novamente em nome da sua democracia? Já não basta o sofrimento do passado? Quer o jornal, na sua arrogância e ignomínia, mostrar aos milhões de brasileiros que votaram no futuro e repudiaram o passado, que a candidata que escolheram não era a melhor opção para o Brasil pós-Lula?

Querem limpar a barra com a ficha falsa que publicaram e nunca desmentiram? Bobagem, não deveriam perder tempo com isso. À exceção daqueles que ainda não perceberam que tipo de democracia a Folha defende, o jornal perde a cada dia que passa a credibilidade daqueles que ainda a lêem. Seria bom que os seus anunciantes começassem a pensar seriamente nisto.
por Izaías Almada

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Tarefas para Guido Mantega no governo Dilma

Confirmado no Ministério da Fazenda, Guido Mantega terá sua atuação delimitada por dois preceitos básicos da política econômica do novo governo: 
  1. Reduzir a dívida interna líquida para 30% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2014.
  2. Para permitir juros reais de 2% ao ano no fim do mandato da presidente Dilma. 
Nessa moldura predefinida pela presidente, o esforço fiscal será o necessário para abater a dívida em 11 pontos percentuais do produto, considerando que em 12 meses até setembro ela correspondia a 41% do PIB. Nas contas da área técnica da Fazenda, com crescimento da ordem de 5% ao ano e superávit fiscal de 3,3% do PIB é possível cumprir essa determinação.
Claudia Safatle
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Dilma é Dilma

Tucademopigolpistas inda não se deram conta que Dilma Rousseff é cipó de aroeira, coitados...


 Foto: Roberto Stuckert
Os movimentos iniciais da presidente eleita Dilma Rousseff reafirmam a temida visão dos inseguros, homens
e mulheres, de que ela é pessoa de personalidade forte. É sim e tem, também, mostrado identidade própria.

Dilma não é Lula. 

A criatura é diferente do criador. Assim, ela sabe que Lula é um político de carisma e popularidade insuperáveis e, por isso, não buscará esse caminho.
Parte da imprensa não percebeu que ela foi ministra de Lula, foi escolhida candidata por Lula, foi eleita pela popularidade do governo e com apoio do presidente Lula, mas, embora mantenha estreita relação política com Lula,
é, agora, a futura presidente. Dilma tem quebrado padrões de referência na corte brasiliense. Fez isso ao se transferir, discretamente, para a Granja do Torto. E faz isso, ostensivamente, ao evitar a imprensa que, nesta fase, pratica o jogo natural da especulação em torno da composição do ministério. Um campo propício para as intrigas.

É o início da metamorfose necessária e essencial entre o que ela foi e o que ela será: uma mulher na Presidência.

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Sponholz
Que os babacas continuem pensando assim

Mantega permanece na Fazenda

O ministro Guido Mantega continuará no comanda da economia no governo Dilma Rousseff

A decisão, já esperada, ainda não foi oficializada pela presidente, mas o convite foi feito durante reunião que os dois mantiveram ontem na Granja do Torto. 



O perfil do ministro atende ao interesse de Dilma em reforçar, no seu governo, a chamada linha desenvolvimentista. 


A ideia é manter o controle da inflação, mas não transformar apenas fiscais em solução para todos os problemas da administração da economia. 


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Guia do bajulador

Saiba como se dar bem com a presidente Dilma Rousseff.


Ela é chocólatra, não fuma e adora cantar; em compensação, não tem paciência com quem fala sobre o que não entende.

A eleição de uma mulher para a Presidência da República não vai mudar a rotina só do Palácio do Planalto. Com a ex-ministra Dilma Rousseff no cargo mais alto do Executivo, lobistas, assessores e bajuladores também terão que passar por uma reciclagem a partir do ano que vem.
Foto: AP
Com a chegada de Dilma no lugar do presidente Lula, bajuladores de plantão terão de adaptar repertório
Apesar da grande afinidade política, Dilma e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva têm perfis opostos e, dado o temperamento da presidenta eleita, conhecida por ser “durona”, ter algum conhecimento sobre suas preferências é fundamental quando o objetivo é agradar.
Na área profissional, a petista prefere os assessores objetivos, aqueles que evitam “tergiversar”, como diria a ex-candidata.
De perfil técnico, Dilma não gosta de lidar com negociações entre partidos por cargos no governo. Como não pode evitar, a ex-ministra procura ser o mais direta possível nas conversas e vez ou outra escala alguém para substitui-la.
No quesito vida pessoal, Dilma é discreta e não gosta de abrir sua intimidade - seja para imprensa ou até mesmo para assessores com os quais trabalha diariamente. Por conta desta característica, são poucas as pessoas que conhecem suas preferências e hobbies.
A seguir, uma lista com dicas e recomendações feitas por pessoas que sabem como agradar a presidenta eleita:
Só puxe assunto se souber o que está falando
Uma recomendação corriqueira é a seguinte: nunca puxe um assunto sobre o qual não tenha domínio. Dilma costuma se aprofundar nos temas pelos quais se interessa e quando encontra um interlocutor à altura desenvolve a conversa. Assim, não adianta apenas saber que a ministra gosta de artes plásticas e tem um “museu particular” no computador. É preciso saber quais são os pintores, estilos e fases preferidos da eleita e se for preciso fazer um curso intensivo sobre, por exemplo, a escola impressionista francesa.
Do contrário, o que deveria ser uma tentativa de agradar pode acabar em constrangimento. O mesmo vale para a música, cinema e principalmente a literatura. Dilma é cinéfila, leitora voraz e apreciadora de música com gosto peculiar e eclético (ouve desde música erudita, forró, até o pop-rock). Na leitura, Dilma já disse e não custa anotar: mesmo com a rotina intensa de presidenta, ela pretende continuar com a prática, misturando grandes biografias com literaturas.
Não seja pedante
Mesmo que seja um especialista em um determinado assunto, é bom tomar cuidado com excessos para não parecer pedante. A dica vale até para comida. Como boa mineira, Dilma gosta de comidas triviais como arroz com feijão.
Tour e souvenir
Sempre que viajar com a presidenta eleita, principalmente para o exterior, tenha em mente o seguinte: Dilma gosta de conhecer os pontos turísticos da cidade que está visitando. Para agradá-la, assessores sugerem ter sempre na ponta da língua nome de museus famosos para sugerir. E quanto mais discreto, melhor. Segundo assessores, Dilma costuma também passar nas lojas de souvenirs durante as viagens. Ultimamente, ela tem demonstrado preferência pelas lembrancinhas ao neto Gabriel.
Entre nós
A petista não gosta de muvuca e prefere passear acompanhada apenas por poucas pessoas. Em sua primeira viagem internacional, por exemplo, levou a tiracolo apenas dois assessores para conhecer o Palácio Imperial, um dos principais pontos de Seul, na Coréia do Sul.
A presidenta eleita gosta de companhia para almoçar. Mas só chama os mais próximos. Portanto, não se convide. Na campanha, a então candidata costumava chamar, após entrevistas diárias à imprensa, um de seus coordenadores para comer. Mesmo aqueles que já haviam almoçado, não recusavam o convite.
No círculo familiar, Dilma não foge à regra. Além da mãe, Dilma Jane e da tia, Arilda, a petista cultiva relações íntimas com a única filha, Paula, e o ex-marido Carlos Araújo.
Vai um Karaokê aí?
Durante a campanha, para aliviar a tensão, Dilma costumava soltar a voz nos jatinhos que a levavam de um comício par outro. Quando não estava lendo ou dormindo, a petista cantava observada pelos aliados José Eduardo Martins Cardozo ou e José Eduardo Dutra. Quem sabe sugerir uma cantoria no final de semana livre só entre amigos não agrada a presidenta?
Dilma entende futebol e é colorada
Embora tenha gosto artístico sofisticado, Dilma tem hábitos simples e sabe falar sobre futebol. Torcedora declarada do Internacional de Porto Alegre, a presidenta eleita conhece os principais jogadores, os últimos resultados e a situação do time na tabela. Durante a Copa do Mundo, Dilma impressionou assessores ao fazer comentários pertinentes sobre a seleção brasileira.
Ela não bebe nem fuma
Outra grande diferença em relação a Lula é que Dilma não bebe nem fuma. Ela abandonou o cigarro no final da década de 90 e desde então nunca mais fumou. Quanto à bebida, a presidenta diz ter baixa resistência e portanto evita o álcool a não ser em ocasiões especiais. Nem no dia da vitória Dilma abriu uma exceção. Reunida no Alvorada com Lula, coordenadores de sua campanha e governadores eleitos, a petista recusou bebidas. Disse que só tomava, ocasionalmente, vinho.
Não dê uma de ‘ folgado’
Para os acostumados com o estilo informal e nada protocolar de Lula, todo cuidado é pouco. Dilma é uma pessoa reservada e tímida. Piadas chulas ou preconceituosas são o caminho certo para irritar a presidenta eleita. O velho truque de fingir intimidade para forçar a aproximação também pode sair pela culatra.
Não banque o dissimulado
Na verdade Dilma prefere uma crítica sincera e bem fundamentada à bajulação mal disfarçada. E neste ponto o terreno fica ainda mais escorregadio pois a futura presidenta costuma dizer que consegue "ler a alma das pessoas".
Nunca desobedeça
Nada irrita mais Dilma do que uma ordem não cumprida. “Ela fecha a cara e às vezes chega a perder as estribeiras. O clima fica azedo”, confidenciou um colega mineiro. Se combinar ou prometer alguma coisa, cumpra da forma e no prazo combinados. Do contrário o risco de levar um pito em público é grande.
Vá direto ao ponto
Outra dica de pessoas próximas a Dilma: não tergiverse, como diria a ex-candidata. Seja direto. A presidenta eleita não gosta de perder tempo com discussões.Gosta de números, planilhas e dados- de preferência exibidos em Power Point. Também não atrase. Principalmente se for levá-la para ver Paula, sua filha. Assessores dizem que nada deixa Dilma mais tensa que se atrasar para ver a filha, em Porto Alegre.
Fale sobre bebês, mas não exagere
Segundo colaboradores próximos de Dilma, nos últimos meses surgiu uma brecha para os candidatos a bajulador. O assunto preferido da presidenta eleita é o neto único, Gabriel, nascido durante a campanha eleitoral. As engenhocas à disposição no mercado para facilitar a vida das mães, os avanços da medicina, as diferenças entre ser avó e mãe são temas que atraem a atenção da futura presidenta do Brasil e podem render conversas longas e agradáveis desde que o interlocutor não exagere, nem tente bancar o enxerido.
Novos acessórios
Durante a campanha, Dilma usou no pulso esquerdo um presente de Fátima, mulher do governador da Bahia, Jacques Wagner. A pulseira de ouro com olho grego é geralmente usada para combater mau olhado. Para a fase como presidenta eleita, assessores sugerem : Por que não comprar um amuleto da sorte contra novos maus olhados? Ou, como anotou um observador masculino, presenteá-la com um par de brincos de pérola, um de seus favoritos?
Eu só quero chocolate
Durante viagem a Seul, um bajulador atento anotaria: chocolate está entre as preferências na lista de Dilma. Na bagagem da presidenta que seguiu para o Brasil, entre os presentes e compras, uma caixa chamou a atenção pelo tamanho: eram chocolates finos na mala. Quem sabe investir na guloseima?

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Desmancha-se o blocão sonhado pelo PMDB

"Se alguém pensa que com ameaças vai conquistar seus interesses, vai perder. Não é um, nem serão dois partidos que vão definir a composição das mesas da Câmara e do Senado", avisa o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, ao analisar a tentativa de formação do bloco partidário comandada pelo PMDB.


O ministro tem toda razão. Como, aliás, está certa a bancada do PT na Câmara, ao não aceitar a tese esdrúxula de rodízio na presidência da Casa. A vingar uma proposta destas, os deputados federais petistas estão certos quando estabelecem que ela tem de prevalecer também para a presidência do Senado, onde os peemedebistas elegeram a maior bancada e tem o direito de presidir a Mesa.

Fora daí, e no sistema presidencialista vigente no país, nem merece maiores comentários a aberração representada pela constituição de um bloco para pressionar por cargos ou pleitear o congelamento da atual participação dos partidos no futuro governo.

A legítima participação dos aliados no novo governo



Até porque a presidenta eleita, Dilma Rousseff (PT) comandará os entendimentos com o seu e os demais partidos para assegurar a governabilidade à futura administração dentro do mais absoluto respeito aos acordos firmados quando da composição da aliança política que a elegeu.


Nem pode estar em questão nem ser posto em dúvida o fato de que a presidenta, respeitada a sua autoridade suprema na escolha dos componentes e na formação de seu governo comporá os quadros de sua administração de acordo a vontade soberana das urnas.

É evidente que ela reconhece como legitima e necessária a participação em seu governo dos partidos que a apoiaram na aliança política e na coligação partidária que sustentaram sua candidatura e campanha eleitoral.

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A encrenca de uma coalizão muito ampla

Boca demais para pouco pirão
Não é bom ter o PMDB como amigo. Pior ainda tê-lo como inimigo. A presidente eleita, Dilma Rousseff, já deve ter percebido o tamanho do barulho que o PMDB faz e a enorme capacidade do partido de desferir golpes rápidos e certeiros em seus aliados, quando o assunto é participação na máquina do governo. Sozinho, o PT, com sua bancada de 88 deputados na Câmara, será incapaz de se contrapor a isso. E não parece ser do perfil da eleita dar nó em pingo d'água, como conseguiu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, à base da estratégia uma no cravo, uma na ferradura.
Pragmático, o presidente Lula, já na formação de seu primeiro governo, acenou para a sociedade como se sua eleição tivesse sido o produto de uma aliança política mais ampla do que realmente foi. A escolha de ministros comprometidos com a política ortodoxa, no campo da economia, teve a compensação que poderia dar naquele momento, diante da grave crise econômica que o Brasil atravessava: a imediata execução do Programa Fome Zero, posteriormente Bolsa Família, que integrou todos os programas de transferência de renda existentes.
O lado mais curioso dessa ampla coalizão (do ponto de vista da diversidade ideológica dos partidos aliados) foi a solução dada por Lula à Agricultura. Lula tomou o agronegócio como prioridade de governo e manteve o Ministério da Agricultura nas mãos de pessoas ligadas aos grupos ruralistas, que deram ao seu governo mais trabalho do que apoio no Congresso. No outro lado da balança, manteve um Ministério do Desenvolvimento Agrário sempre nas mãos de ministros ligados a movimentos sociais pela reforma agrária. A síntese dessa contradição foi um grande apoio ao agronegócio, mas uma política ativa de crédito e transferência de tecnologia voltada para a pequena propriedade e para a agricultura familiar. O Ministério de Desenvolvimento Social trabalhou articuladamente com o MDA junto a essas famílias, que pelo menos no início do governo estavam inseridas nos bolsões de miséria sob a mira das políticas sociais do governo. Agora já devem ter subido um pouco na escala social. 
Lula manteve sob permanente conflito o Ministério da Defesa, no segundo mandato sob a batuta de Nelson Jobim, e a Secretaria Especial de Direitos Humanos, primeiro sob Nilmário Miranda, depois sob Paulo Vannucchi, ambos comprometidos com o "direito à memória e à verdade", ou seja, o esclarecimento das mortes, desaparecimentos e torturas ocorridas durante a ditadura militar (1964-1985). Mais do que seus antecessores, Jobim intermediou as pressões dos militares para deixar as coisas como estão.
No segundo governo, Lula levou às pastas da Economia essa lógica do confronto. Caiu Antonio Palocci, que manteve no Ministério da Fazenda os quadros do governo de FHC e a formulação de política ortodoxa, e colocou Guido Mantega, "desenvolvimentista" - mas com o contraponto de Henrique Meirelles no Banco Central. Acabou dando certo durante a crise a política de forte intervenção do Estado na economia, via Mantega, e de curva muito lenta de declínio dos juros, via Meirelles. Mas o câmbio certamente pagou por isso.
No primeiro mandato, o confronto nas posições de política econômica incluiu também a Casa Civil, sob o comando de José Dirceu. A guerra, aí, não era apenas entre posições sobre política econômica diferentes, mas uma disputa pelo poder no governo e no PT. Com a queda de Palocci e a ascensão de Dilma à Casa Civil, esse foco de conflito diluiu-se e mais tarde, no auge da crise, houve um grande movimento de consenso entre Fazenda, Casa Civil e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em torno de medidas anticíclicas que se mostraram mais eficientes do que a política ortodoxa adotada no governo anterior como resposta a sucessivas crises internacionais.
O bloco que está sendo articulado pelo PMDB com os pequenos partidos de direita na Câmara pretende puxar o governo para um ministério não apenas com muitos pemedebistas, mas mais conservador e menos progressista, em relação à dosagem feita por Lula. Para o PT, existe a opção de fazer também um bloco à esquerda, com os pequenos partidos de esquerda, mas ainda assim organizaria um bloco menor do que o conseguido pelo PMDB.
Resta saber como Dilma reage a esse tipo de pressão. Até o momento, pelas notícias saídas da equipe de transição, ela parece não ser partidária da lógica do conflito, que definiram, ao fim e ao cabo, os resultados do governo Lula. Dilma tem feito primeiro as formulações de políticas públicas. Os nomes, ao que tudo indica, virão depois de definido o rumo que ela quer para cada área. Na política econômica, já deixou claro que não trabalhará com a contradição entre política econômica heterodoxa e política financeira ortodoxa. É certo que o Brasil é outro - e Lula assumiu sob um quase default -, mas a presidente eleita declarou, com todas as letras, que perseguirá uma política de juros menores. O presidente do BC terá de se adequar a isso. Tem expressado também que aprofundará as políticas sociais de transferência de renda. Agora, é ver com adequa as políticas à escolha dos nomes.
A articulação de setores do DEM para incorporar o partido ao PMDB é assunto que, nesse momento, voltou para a gaveta. A avaliação feita pelo partido, na reunião da Executiva ocorrida na terça-feira, é a de que a articulação foi comprometida pela precipitação de alguns setores. Isso teria de ser articulado com muita habilidade, sob pena de provocar grandes resistências de diretórios regionais. E foi o que acabou acontecendo.
O interesse mais imediato na história é do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. E a quem a maioria atribui a culpa de ter levado o partido a apoiar José Serra, contra a convicção de quadros políticos importantes, de que o tucano paulista teria poucas chances de vitória. O filme do prefeito está um pouco queimado. E a discussão do que fazer com o partido foi adiada para depois da posse do novo Congresso.
Maria Inês Nassif é repórter especial de Política. Escreve às quintas-feiras
E-mail maria.inesnassif@valor.com.br 

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Dilma anunciará ministério até 15 de dezembro


A presidente Dilma Rousseff, afirmou ontem ao seu vice, Michel Temer, que até o dia 15 de dezembro todo o ministério será anunciado e que o anúncio começará pela equipe econômica. A informação é de uma fonte que relatou a conversa que Dilma e Temer tiveram durante o café da manhã.

Nesse encontro, Temer negou para a presidente que o megabloco anunciado ontem na Câmara seja para pressionar por espaços, por ministérios. Ministros influentes do Planalto apostam que o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, permanecerá à frente da estatal no governo de Dilma. Gabrielli foi recebido ontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para um balanço da sua gestão.

Um dos ministros ouvidos disse que antigas divergências de Gabrielli e Dilma estão superadas. "Ele [Gabrielli] lidera, com muita competência, o processo de expansão da Petrobras", afirmou. "É respeitado no País e no exterior", completou. "Para que mexer?"

A saída de Gabrielli da Petrobras, especialmente no momento da chegada de um novo governo, causaria preocupações ao mercado, avalia o governo. O Planalto entende, segundo o ministro, que a troca de comando na estatal traz um risco desnecessário para uma área "sensível". Gabrielli, observa a fonte, recebeu elogios do mercado ao defender de forma "dura" os interesses da Petrobras no novo modelo de exploração de óleo da camada pré-sal. A estatal tornou-se detentora de 30% dos pontos de exploração e a única operadora.

Na avaliação de outro ministro, é remota a possibilidade de Gabrielli deixar o comando da estatal para assumir um cargo no governo de Jaques Wagner, na Bahia, com intenções futuras de disputa eleitoral. Para ele, no cargo atual, Gabrielli, tem projeção de destaque.

Um dos nomes cogitados para assumir a Petrobras, a engenheira Maria das Graças Foster, pode ganhar um posto mais próximo de Dilma em Brasília
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O presidente do PT conversará com o PTB sobre participação no governo Dilma

José Eduardo Dutra, disse hoje que pretende conversar com lideranças do PTB, partido que formalmente participou da aliança em torno da candidatura do tucano José Serra, para saber das intenções da legenda de participar do governo Dilma Rousseff.
Dutra ressaltou que a conversa não se dará com o presidente nacional do partido, o deputado cassado Roberto Jefferson, delator do esquema que ficou conhecido como “mensalão”. Segundo o presidente, o diálogo se dará com líderes do partido na Câmara dos Deputados e no Senado.

“O PTB faz parte da base de apoio do governo Lula e, pelas informações que tenho, pretende adotar o mesmo comportamento em relação ao governo Dilma”, disse o presidente do PT após concluir as conversas com os dez partidos que fizeram parte da coligação de Dilma, e com o PP, partido que não participou da coligação, mas declarou apoio informal à candidatura petista na esfera nacional.

Desde o início da semana, Dutra conversou com a direção do PMDB, PSB, PCdoB, PP, PDT, PR, PPC, PRB, PSC e PTN. Líderes do PTB na Câmara têm dito que o partido quer um ministério de Dilma, especificamente a pasta do Turismo, que deverá ter sua importância ampliada com a realização da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016 no Brasil.

O senador Gim Argello, um dos principais interlocutores do partido com o governo de transição, confirmou que a legenda quer a participação no governo Dilma e lembrou que o partido foi importante no governo do presidente Lula, na Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, ocupada primeiro por Walfrido Mares Guia e depois por José Múcio Monteiro Filho.
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O lobby anda solto em Brasília

Ao contrário dos jornalistas, eu tenho o dever de falar pouco, neste momento, sobre a montagem do novo Governo.
Não é correto, no regime presidencialista, indicar nomes, embora seja legítimo que os partidos aliados tenham o desejo de participar do Governo, desde que a escolha de quem irá representá-los não seja impositiva, mas apenas indicativa.
A confiança pessoal, ao lado do significado político, é indispensável.
Ao contrário, os nomeados não seriam ministros da Presidente, mas dos partidos.
Mas posso e devo falar sobre as especulações que enchem os jornais. Não aposto um tostão furado no que está sendo dito sobre Lula defender – e aos montes – a continuidade de certos nomes nos ministérios.
Lula vai – e com toda a razão – e espera ser consultado sobre decisões de Dilma na composição do primeiro escalão do Governo. Vai – e deve – opinar.
Mas só quem não conhece política pode achar que ele iria defender por terceiros – e muito menos de forma que vazasse para a imprensa – a manutenção deste ou daquele ministro, mesmo que a deseje.
Lula sabe que isso criaria uma “cota” sua no Ministério. Ministros que, politicamente, deveriam sua indicação a Lula e colocariam Dilma numa posição de pouca ou nenhuma autoridade sobre seus atos.
Em relação a alguns nomes, como o do Ministro Nélson Jobim, não é novidade este lobby. Ele, que já se ofereceu nos jornais para ser ministro de um eventual Governo Serra, conta com a assessoria de imprensa informal da jornalista Eliane catanhêde para que a Folha publique que Lula teria sugerido sua continuidade, com o argumento de que o “passado guerilheiro” de Dilma poderia criar abalos no setor militar.
Balela. Puro lobby “ficacionista”. Se Jobim ficar – o que seria péssimo – será por causa, apenas, das negociações complexas do programa de modernização das Forças Armadas, sobretudo a questão da compra dos caças.
Lula – eu volto a apostar – está, a esta altura, rindo destas pressões. Ele não precisa de intermediários para falar com Dilma e falará, para sugerir nomes, o mínimo essencial.
Estamos vivendo um tempo de guerra intestina pela ocupação de cargos no novo Governo. E, como diz o ditado gaúcho, em tempo de guerra, boato é como terra.
o Governo Dilma é um governo de continuidade. O mais natural é que as mudanças vão ocorrendo, portanto, aos poucos, a começar das áreas que estão preenchidas com substitutos e por aquelas onde, na avaliação dela própria – que tem, como ex-chefe da Casa Civil todas as condições de julgar a afinidade e a operacionalidade de cada setor – novas nomeações possam resolver problemas crônicos. E, ainda, na acomodação de um quadro de forças saído da eleição que não estava posto no final do Governo Lula.
Portanto, eu diria aos que fazem este lobby que, se não é inútil, mais provavelmente é contraproducente.
Lula só intervirá na escolha a pedido da própria Dilma, ou se houver alguma situação aguda.
Brizola Neto
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Dito e feito

Abaixo a previsão feita em 08/11/2008...


Depois de pesquisas, estudos e enquetes feitas pelo IBOP (instituto briguilino de opinião pública), eis aqui a previsão briguilina para o resultado da eleição presidencial em 2010.

Candidata apoiada por Lula 55%.
Candidato apoiado pelos tucademos 45%.

A margem de erro apenas será divulgada no dia da eleição.

Tenho dito.
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