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A "Estranha" da Direita é muito esquisita

Ri em velório
Chora em entrevista



Frase do dia

"Dona Marina não precisa contar inverdades a meu respeito para chorar. Pode chorar por outros motivos [...] Ela é que precisa explicar o motivo de ter nascido e crescido no PT, ter ganhado cargos do PT, e agora fala mal do PT." Lula


Zé Dirceu: A semana que se encerra hoje balizou disputa presidencial e valeu por um ano

Ela passa para a história das disputas e das campanhas eleitorais presidenciais como a semana em que uma das candidatas, a ex-senadora Marina Silva, que concorre abrigada temporariamente no PSB se autodesconstruiu.

Ela é a autora dessa façanha, ainda que pretenda se fazer de vítima e atribuir aos adversários suas inconsistências, contradições, falta de firmeza, oportunismo e sua rendição as conveniências eleitorais sem qualquer parâmetro programático ou político.

Enfraqueceu a sua candidatura à Presidência da República sozinha com seu pragmatismo sem nada programático. Aliás, o contrário do que ela anunciou quando se aliou ao ex-governador Eduardo Campos dia 4 de outubro do ano passado. Enfraqueceu, deixou mambembe sua candidatura com o vazio de seu discurso, a insegurança nas propostas, as mudanças de posição e a fraqueza para expor ideias que incorporou via assessores tucanos e ou liberais extremados.

Paulo Moreira Leite: alguns números não mentem

É bom não desprezar a importância das estratégicas de marketing numa campanha eleitoral dirigida a uma massa de mais de 100 milhões de eleitores. Convém colocar os pés na realidade, porém.

Há duas semanas que os índices de intenção de voto de Dilma Rousseff estão em alta. Sobem em todos os institutos, em todos os itens, em todas comparações. Conforme os dados mais recentes, Dilma lidera a campanha no primeiro turno e alcançou um empate técnico com Marina Silva em pesquisas para o segundo turno. Se você olhar a curva, pode até enxergar mais crescimento de Dilma pela frente. Se olhar para trás, irá lembrar que há exatamente um mês Dilma era candidata — matematicamente — a vencer a eleição no primeiro turno. O que mudou mesmo?

O que mudou foi a morte de Eduardo Campos, até então um concorrente secundário. Marina chegou com 21 pontos, o mesmo número que possuía em 2010, deslocou Aécio Neves e tornou-se a primeira desafiante real. Os números de ontem mostram que os benefícios emocionais das primeiras semanas começam a esgotar-se. O eleitor olha para a concorrente com atenção e quer saber o que ela representa como candidata. Marina foi adotada pela herdeira de um dos grandes bancos privados do país e assumiu uma proposta que o cidadão comum pode não entender — independência do Banco Central — mas compreende o que significa: deixa o controle da política econômica nas mãos do mercado, sem respeitar autoridades eleitas pelo povo. Sua assessoria econômica produz cenas frequentes de opera-bufa. Em sucessivas demonstrações de fraqueza, a candidata corrige o programa de governo depois de quatro tuítes, o que é deprimente. Depois anuncia que irá formar um comitê para recrutar “homens de bem” para formar sua equipe, o que é ridículo. Seu programa de governo não trazia uma linha sobre o pré-sal, o que surpreendeu até os adversários, pois demonstra uma dificuldade imensa para pensar seriamente o futuro do país.

Para infelicidade de quem anunciou a morte do PT em tantas oportunidades, a campanha de 2014 mostra o oposto e se move em torno do universo político nascido em torno de Luiz Inácio Lula da Silva. A soma das intenções de voto de petistas e ex-petistas — Dilma, Marina, Luciana Genro e Eduardo Jorge — se aproxima de 75% do total do eleitorado, o que é até comum em ditaduras, mas configura um recorde sob regimes democráticos. Estamos falando de um movimento político das maiorias, que nasceu ligado a luta em defesa dos direitos dos trabalhadores, a denúncia da má distribuição de renda, ao alargamento da democracia, questões que permanecem atuais até hoje porque refletem uma realidade de classe. A força de Dilma reside no fato de que, neste terreno, onde caminha a maioria dos brasileiros, seu governo tem o que mostrar — o que explica a dificuldade dos adversários para enfrentar um debate racional.
Não se trata de achar que o governo é bom ou ótimo, ruim ou péssimo. Mas de perguntar se o país não irá ficar pior se Dilma não for reeleita. Essa é a pergunta da campanha. A reação de aliados reticentes e distanciados, que nas últimas semanas se reagruparam em apoio ao governo, demonstra aonde está a força de gravidade e explica a retomada de Dilma nas pesquisas.




Incapaz de questionar o governo onde importa para as pessoas que vivem do próprio trabalho, a oposição dá um valor exagerado, com traços de comportamento obsessivo-compulsivo, a operações especulativas da Bolsa de Valores, que por si só não sinalizam grande coisa na economia.

A dificuldade de Aécio Neves reside aí. Ele está excluído da campanha porque foi excluído da vida real da maioria dos brasileiros. O PSDB pode reivindicar os méritos de ter derrubado a inflação em 1994, mas não participou das transformações de fundo que vieram depois, e que criaram um país onde a periferia social não se encontra no poder, mas faz-se ouvir como nunca antes em 500 anos de história. E isso é realmente novo, por mais que muita gente já esteja habituado.

Depois de tentar, inutilmente, denunciar as mudanças promovidas por Lula como manobras eleitoreiras, o PSDB acabou falando sozinho — num prenúncio da posição de Aécio no último debate.

Aécio não tem o lastro popular de Marina — comprometido agora com o apoio até de parentes do assassino de Chico Mendes — e também não tem discurso. Fez campanha como garoto mimado, lembrando sempre quem foi seu avô mas sem ter o que dizer para netos menos afortunados. Continua com muitos amigos na mídia, capazes de escrever que caiu em terceiro lugar em Minas Gerais por um “descuido” na própria estratégia de campanha. Mas sua última esperança é um lance de sorte, um evento extrapolítico.

Neste ambiente inteiramente desfavorável, os adversários do governo imaginam que será possível confundir o eleitorado, na reta final, com a produção de um escândalo político midiático em torno da delação premiada de Paulo Roberto da Costa. Não se trata de um debate ético, nem de uma discussão produtiva — quando seria mais conveniente discutir reforma política e financiamento de campanhas — mas de uma iniciativa seletiva, a mesma que produziu a AP 470 e escondeu o mensalão PSDB-MG e o propinoduto tucano do metrô paulista. Incapaz de vencer um partido nas urnas, seus adversários contam com ajuda externa para a carta da criminalização.

Ainda assim, os números traduzem uma situação clara: no debate político de 2014, a oposição está sendo vencida pela quarta vez consecutiva.


Dá-lhe Dilma

“Mudar de posição de cinco em cinco minutos não é certo e acredito que é importante que a gente saiba que um presidente sofre uma pressão muito grande. Cada vez que a gente abre um debate com a candidata Marina, ela se faz de vítima e diz que estamos atacando. Candidata, debate político tem de ser feito. Ninguém está acima de qualquer suspeita. Na democracia somos todos iguais.”




“Eu acredito que não é possível as pessoas terem posições que não honrem a trajetória política e tentem se esconder atrás de falas. Acho que não medem o sentido de seus próprios atos durante a vida. A militância e a história do PT foram fundamentais para a candidata chegar aonde chegou”.


Crítica de Marina é “leviana e inconsequente”, diz Dilma

Dilma Rousseff considerou “leviana e inconsequente” a posição adotada pela adversária Marina Silva (PSB) nas críticas que proferiu recentemente contra o Partido dos Trabalhadores (PT). Nesta quinta-feira (11), durante entrevista à imprensa, ela afirmou que a candidata precisa se lembrar que já integrou a militância do partido e que deve a isso todos os mandatos que exerceu.
“Dos 12 anos aos quais ela se refere, oito ela esteve no governo ou na bancada no Senado Federal”, lembrou.
“Eu acredito que não é possível as pessoas terem posições que não honrem a sua trajetória política e tentam se esconder atrás de falas que não medem o sentido dos seus próprios atos durante a vida”, completou.
Dilma ainda defendeu as posições da campanha pela reeleição que apontam as contradições de Marina Silva.



“Ela quer falar o que pensa e não quer escutar o que os outros pensam”, disse.
A presidenta afirmou que é possível aprender com a realidade e mudar posições quando for necessário. Mas criticou as sucessivas mudanças da candidata do PSB em relação às suas propostas.
“Mudar de posição de cinco em cinco minutos não é certo. Presidente sofre pressão grande, não pode ser leviano ou temer qualquer Twitter contra ele”, afirmou.
A afirmação de Dilma foi uma crítica ao recuo de Marina em relação à criminalização da homofobia, após ser questionada pelo pastor evangélico Silas Malafaia por meio da rede social.
Caged - Pouco antes, Dilma comentou os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) com levantamento relativo ao mês de agosto.
No período, foram 101,4 mil empregos formais gerados, e no somatório de 2014, o total chega a 750,5 mil novas vagas.
Os números indicaram crescimento em seis dos oito setores analisados, com destaque para o de serviços e a construção civil, principalmente nas regiões Nordeste e Sudeste.
A presidenta comemorou os resultados. “Fica clara a resistência do Brasil diante da crise internacional. Criar 101 mil empregos nessa altura me faz ficar otimista sobre nossa capacidade de retomada”, reiterou.
Reitores - Dilma comentou também a reunião que teve, no início da tarde, com reitores de universidades federais.
“Conversei que é fundamental educação como caminho de futuro, pra tirar pessoas da miséria e manter fora. E falei em criar faculdades de medicina, porque no Mais Médicos, nos comprometemos a fazer 1500 novas formações de graduação e 12 mil em especialidades”, disse Dilma.
“Precisamos criar e interiorizar faculdades, principalmente em lugar com hospital”, analisou.
Por Rodrigo Vasconcelos, da Agência PT de Notícias



Fhc, o coveiro do Psdb





Enterrou Serra duas vezes, Alckmin uma vez e Aécio outra.

Agora defende que Aécio renuncie e apoie Marina.

Vai enterra a blabla também.


Marina lança o PAJU

Avenida Paulista - Preocupada em melhorar o ambiente de negociatas no país, Marina Silva anunciou o PAJU - Programa de Aceleração dos Juros -.




"Quando apossada vou focar no amplo aceleramento do juros bancários. O nome do programático será: PAJU - Programa de Aceleração dos Juros -. Será o PAJU 45% Mais ou menos Praga, adiantou, enquanto obedecia mais uma ordem da Neca de Piribitiba

Em seguida, a candidata anunciou a criação de um novo banco.

"Meus filhos e minhas filhas, amigos e amigas Redáticas: num provável mandato, criaremos o Bafanabras. Um banco 100% mais independente que o nosso BC, que vai gerir todos os contratos e juros bancários, do Itaú, Bradesco e Cia. Para fiscalizar o aleijo, entregarei a presidência dessa anomalia ao mega especulador George Soros disse, arrumando o xale.

Um anteprojeto da REDE, considerado abestado pelo mercado, sugeriu que Marina deveria partir logo para o PAJU 100%.

"Os banqueiros, agiotas e rentistas brasileiros e estrangeiros precisam henriquecer ainda mais, é hora de ousar, basta de mixaria", alegou Roberto Setubal Tem, num aroubo.

"Até o salário mínimo deve pagar juro real maior do que agora", Carlos Trabuco - presidente do Bradesco -.

"A gente só negocia se o Santander conseguir ainda mais juros", arrematou Jezús Albaza - presidente do Santander Brasil.

Pressionada, Marina cedeu aos banqueiros, agiotas, rentistas e cia.

"Anuncio que entregaremos o pré-sal e a Petrobras as petroleiras estrangeiras. E que elas poderão aumentar os preços dos combustíveis o quanto que quiserem", disse, em nota.




Saul Leblon: Marina você desbotou




...Serve ao Brasil um Presidente da República que terá apenas o orçamento fiscal para governar, já que a moeda, o juro, o câmbio e o poder de compra das famílias serão ordenados pela banca através do BC independente?

Serve ao Brasil um Presidente da República que tem como meta programática desregular o mercado de crédito no país? E desobrigar a banca privada da destinação obrigatória de parte dos depósitos à vista e da poupança ao crédito agrícola e ao financiamento habitacional?

Serve ao país um Presidente da República que se propõe a reforçar a hipertrofia de um poder financeiro, cuja participação na Bolsa brasileira já é o dobro da registrada pelo seu equivalente nos EUA, mas que não financia a produção e menos ainda a infraestrutura?

Serve ao país um Presidente da República que se avoca herdeira dos protestos de 2013 por melhores serviços e maior qualidade de vida, mas que se apoia em uma terceirização do poder de Estado desse calibre? Leia na íntegra>>>


Marina Silva: aquela que mudou de lado, por Leonardo Boff

Já vai acalorada a campanha presidencial com uma disputa aberta entre Dilma Rousseff, atual Presidenta e a pretendente Marina Silva. Trata-se, na verdade, do confronto de dois projetos: a manutenção por parte do PT de um projeto progressista, marcado por fortes políticas públicas que permitiram integrar uma Argentina inteira na sociedade organizada. A prática política, imposta pelas elites, era de os governos fazerem políticas ricas para os ricos e pobres para os pobres. Mas aconteceu uma viragem em nossa história. Alguém do povo chegou ao centro do poder e conferiu outra direção ao Estado. Não se pode negar que o Brasil numa perspectiva geral, especialmente na ótica dos pobres, melhorou muito. Negá-lo é mentir à realidade.

A este projeto progressista se opõe o que a candidata Marina chama de “nova política”. Quando observada de perto, porém, não passa de um projeto conservador e velho que beneficia os já beneficiados e que alinha o país à macroeconomia voraz que faz com que 1% dos americanos possua o equivalente ao que juntos 99% da população ganha. Esse projeto visa a conter o processo progressista, evidentemente, sem anulá-lo, porque haveria, sem dúvidas, uma rebelião popular.

As opções do PSB e de Marina Silva representam um retrocesso do que havíamos ganho em 12 anos. A centralidade não será o Estado republicano que coloca a “coisa (res) pública” em primeiro plano, o estado dinamizador de mudanças que beneficiam as grandes maiorias a ponto de ter em 12 anos diminuído a desigualdade social em 17%. Agora com Marina, o foco é o Estado menor para conceder maior espaço ao mercado, ao livre fluxo de capitais sem lei, reafirmando as teses neoliberais: o aumento do superavit primário, que se faz com corte dos gastos públicos, com arrocho salarial e desemprego para assim controlar a inflação e finalmente impondo a autonomia do Banco Central. Especialmente este último ponto é grave porque um presidente foi eleito também para gerenciar a economia (que é parte da política e não da estatística) e não entregá-la às pressões dos capitais, dos bancos e dos rentistas. Seria um atentado à soberania monetária do país.

Este projeto velho, foi aplicado no Brasil pelo governo do PSDB, não deu certo, quebrou a economia da União Européia e lançou o mundo numa crise da qual ninguém sabe como sair. O efeito imediato será, como referimos, o arrocho salarial e o desemprego com o repasse de grandes lucros para os donos do capital financeiro e dos bancos.




Marina quer governar com os melhores da sociedade e dos partidos, por cima das alianças inevitáveis no nosso presidencialismo de coalização. As alianças se farão, provavelmente, com o PSDB e com o PMDB e terá assim que engolir José Sarney, Renan Calheiros e Fernando Collor que ela tanto abomina. Sem alianças, Marina corre o risco de não ver passar no parlamento, os projetos que propõe, por falta de base de sustentação.

Quem a escuta e lê seu programa parece que fez um passeio pelo Jardim do Eden: tudo é harmonioso, todos são cooperativos e não há conflitos por choques de interesses. Esquece que vivemos num tipo de sociedade de mercado (e não apenas com mercado) que se caracteriza pela competição feroz e por parca cooperação. Estimo que Marina, religiosa como é, se inspira no sonho do paleo-cristianismo dos Atos dos Apóstolos onde se diz que “a multidão era um só coração e uma só alma;ninguém considerava sua a propriedade que possuía; tudo entre eles era comum”(At 4,32).

Estas opções mostram claramente que ela mudou de lado. Antes quando estava no PT do qual é uma das fundadoras falava-se na opção pelos pobres, por sua libertação e se denunciavam os faraós de hoje. Construía no canteiro dos explorados e injustiçados. Agora ela constroí no canteiro dos seus opressores: os endinheirados, os bancos, o capital financeiro e especulativo. Leva a eles o tijolo, o cimento e a água. Seus assessores na economia são todo neoliberais. Os seringueiros do Acre rechaçarem o fato de Marina colocar entre as elites a figura de Chico Mendes, pois sabem que foram agentes dessas elites que o assassinaram; por isso, protestaram veementemente e reafirmaram a tradição do PT apoiando a candidata Dilma.

Minha suspeita é de que Marina persegue o poder e visa a alcançar a presidência, por um projeto pessoal, custe o que custar. Diz-se por ai, que uma profetiza de sua igreja evangélica, a Assembléia de Deus, profetizou que ela, Marina, seria presidenta. E ela crê cegamente nisso como crê no que, diariamente lê na Bíblica, passagens abertas ao acaso, como se aí se revelasse a vontade de Deus para aquele dia. São as patologias de um tipo de compreensão fundamentalista da Bíblia que substitui a inteligência humana e a busca coletiva dos melhores caminhos para o país.

Sou duro na crítica? Sou. E o sou para alertar os eleitores/as sobre a responsabilidade de eleger uma presidente com tais ideias. Já erramos duas vezes, com Jânio e com Collor. Não nos é mais permitido errar agora em que a humanidade passa por uma grave crise global, social e ambiental e que reverbera em nosso país.

Não devemos desistir do que deu certo e avançou. Mas devemos cobrar que se inaugure um novo ciclo que aprofunde, enriqueça e inove para além do que já foi incorporado pela população. Creio que o projeto do PT com Dilma, não obstante os erros e as decaídas que aconteceram e que podem e devem ser resgatadas, é ainda o mais adequado para o povo brasileiro. Por isso apoio Dilma Rousseff.


Ciro Gomes: Marina é o moralismo difuso...o vazio absoluto!

Marina Silva simplesmente é vista por esse ambientalismo difuso, por esse amor que eu também tenho pelos calangos, pelos bagres. E as pessoas acham no Brasil, o eleitor jovem, classe média, zona sul do Rio de Janeiro, o cara da avenida Paulista acha que tudo bem.
Mas o Brasil precisa gerar energia.
Não temos outra saída.



Ela é um vazio absoluto.
Ela interpreta o moralismo difuso, que é a chave da crise.
Jânio era isso: moralismo difuso.
Collor era isso: moralismo difuso.



A "Maria Antonieta" de Marina Por Paulo Moreira Leite

Devemos a Luís Nassif uma boa análise das ideias econômicas de Eduardo Gianetti, principal assessor econômico de Marina Silva.

Cabe fazer uma análise da visão política por trás do pensamento econômico, também. As ideias de Giannetti são aristocráticas e antiquadas, traduzindo uma visão de mundo própria de Maria Antonieta, a Rainha da França que no século XVIII recomendou ao povo faminto que procurasse brioches - já que lhe faltava pão - e acabou perdendo a cabeça na guilhotina.

Garoto mimado do Estado mínimo brasileiro, pioneiro do neo-conservadorismo tropical, com muita audiência em jornais onde defende propostas que nunca tiveram voto em urna, o pensamento de Gianetti sofre de uma alienação social em grau absurdo. Não aceita a noção de que nos dias de hoje a economia de um país não pode funcionar sem respeitar os interesses da maioria, sem garantir a negociação entre classes sociais, base do regime político que permitiu ao capitalismo conviver com a democracia e o progresso dos humildes.
Economia, neste pensamento, é um exercício com ratos de laboratório. Não é uma obra de homens e mulheres com sua consciência e seus interesses, direitos adquiridos e projetos para o futuro, para suas famílias e seu país.

A última ideia de Gianetti para a economia, em caso de vitória de Marina Silva, é promover um tarifaço - a medida é tratada por um eufemismo, “choque tarifário” - para liberar preços represados pela política de Dilma Rousseff-Guido Mantega. São preços administrados, que estão no coração da economia.
Como nós sabemos, o governo busca conter a inflação sem tungar o bolso dos mais pobres, mantendo o desemprego baixo e a distribuição de renda, mesmo em condições especialmente difíceis.
Nem o governo discute a necessidade de, aos poucos, cuidadosamente, reajustar preços e tarifas. O que se quer é evitar medidas em que só a parte mais fraca seja prejudicada, sem nenhuma recompensa em troca.
Mas estamos falando de outra coisa. A receita de Maria de Antonieta. Quando as medidas econômicas se transformam em crise política. Há antecedentes.




O mais conhecido governante da América do Sul a mandar o povo trocar pão por brioches foi o presidente da Venezuela Carlos Andrés Perez.
Disputando a sucessão de um governo que possuía uma certa preocupação social, Perez fez um teatrinho previsível. Apresentou-se se como candidato progressista. Prometeu fazer um governo capaz de defender a maioria e até condenou ideias conservadoras, próprias do ideário de Margareth Tatcher que seduziu tantos economistas jovens daquele tempo, no Chile, no Brasil e em outros países.
Fazia o jogo do bonzinho, você entende. Após a contagem dos votos, em fevereiro de 1989 Perez tomou posse e traiu seus compromissos.

Apoiado pelo FMI, liberou o preço da gasolina - referência para tudo o que se consome e se produz no país - que subiu mais de 100%. A passagem de ônibus subiu 30%. Revoltada, a população enfrentou a polícia, invadiu edifícios públicos, revirou automóveis e incendiou ônibus, num episódio que se repetiu nas principais cidades do país mas levou o nome da capital, seu ponto de origem: Caracazo.

Perez manteve-se no posto graças a um massacre que a população chora até hoje, e que deixou 2 000 mortos, segundo a maioria das estimativas. Mas seu governo acabou ali, sobrevivendo como um fantasma que perdeu o caminho do próprio túmulo até se extinguir no pleito seguinte. Antes de Perez deixar o cargo, porém, o coronel Hugo Chávez, então um ilustre desconhecido, foi aclamado como herói ao tentar derrubar o governo num golpe de Estado. Chávez foi preso e condenado mas, ao sair da prisão, ganhou a presidência pelo voto direito e tornou-se o político mais popular da história venezuelana. Você entende por que.
Num lance de suprema humilhação, anos depois um agente da CIA divulgou que Andrés Perez estava na lista de agentes remunerados do serviço secreto americano. Ninguém ficou surpreso.

O monólogo impopular de Gianetti não começou no tarifaço de 2014. Incluiu outra bandeira cara a Marina Silva, o ambientalismo. Quando o jornalista Ricardo Arnt perguntou a Gianetti como imaginava que seria possível garantir a preservação ambiental, a resposta veio sem rodeios: sacrificar o consumo da população. Está lá, na páginas 72 do livro de Arnt, “O que Os Economistas pensam sobre a Sustentabilidade”.

No esforço para diminuir a poluição ambiental produzida pelos puns do gado na Amazonia, Gianetti sugere uma mudança na alimentação do brasileiro: “Comer bife é uma extravagância do ponto de vista ambiental. O preço da carne vai ter de ser muito caro, o leite terá de ficar mais caro. Tudo que tem impacto ambiental vai ter de embutir o custo real e não apenas o monetário. Essa é a mudança decisiva.”

Acho que nem Maria Antonieta diria uma coisa dessas, não é mesmo?



Dá-lhe Dilma

Quem fala o que quer...pode escutar o que não quer!




Marina Silva acusou a presidente Dilma Roussef de criar a "Bolsa banqueiro".

Dilma não deixou por menos e sapecou-lhe:

"Não adianta querer falar que eu fiz bolsa banqueiro. Eu não tenho banqueiro me apoiando. Eu não tenho banqueiro, você me entende, me sustentando".




no Tijolaço: Aécio vai para cima de Marina. E a mídia, irá com ele?As pesquisas dirão

Depois de Merval Pereira, é a Folha quem prevê uma queda nas intenções de voto de Marina Silva.
Diz que o próprio comando marinista prevê “perda de substância” da candidata nas próximas pesquisas de intenção de voto. A ordem no comitê pessebista, porém, é manter o ânimo e a defensiva para levá-la ao segundo turno, mesmo diante de uma desidratação da ex-senadora”.
Aécio, sem ligar para seu telhado de vidro com as histórias do “mensalão mineiro”, segue em seu discurso anti-Dilma cada vez mais violento, mas dispara suas baterias, agora, também contra Marina Silva.



Não é que se tenha convencido de que pode voltar a existir na disputa eleitoral, mas a de que precisa, desesperadamente, disso.
E começou a fazer, como você vê aí na reprodução da página do PSDB que está na web esta manhã.
Para variar, porém, da maneira errada, porque é incrível a incapacidade de sua marquetagem de fazer qualquer discurso que não seja de doentia agressividade, agora que aposentaram a platitude do “vamos conversar?”
É tão obvio que Marina faz, justamente, de sua imagem de “vítima” o carro-chefe de sua projeção marqueteira que só mesmo a esquipe de Aécio não o vê.
Como a percepção do óbvio, porém, é a mais democrática das capacidades humanas, fique certo o caro leitor e a estimada leitora de que há outras ofensivas, muito mais discretas, em gestação no conservadorismo.
E que só não estão em curso porque não há consenso de que serão vitoriosas ou, pior, se não comprometerão o plano central de derrubada de um governo nacionalista.
Não há maneira de realizar o sonho de tirar Dilma do segundo turno e, ao que parece, nem mesmo evitar que seja ela a primeira colocada na eleição inicial.
E um plano de ressurreição de Neves só tem chance de progredir se for forte e pesadíssimo o processo de desconstrução de Marina, que terá, necessariamente, de passar pela “descanonização” de Eduardo Campos.
O que faz dela, apesar das posições que assume e do ódio doentio que tem de Dilma e Lula, uma complicada e menos efetiva aliada num turno final.
Como disse ontem o Painel da Folha, é verdade que estão “repensando”, mas a baliza deste “repensamento” serão as pesquisas que se encerram hoje.
Vão testar o “efeito-queda” em Marina?
Não sei, e não me aventuro a prever.
Afinal, discutir eleições que, nos meios de comunicação, se limitam a ibopes e denúncias e não no processo de formação das opções eleitorais coerentes com as aspirações políticas da população não é tarefa simples.
Mas de uma coisa estou certo: assim como sentem que “erraram a mão” a maior no processo de criação da “Onda Marina”, sabem que não podem errar na velocidade e profundidade de sua desconstrução.
por Fernando Brito


Programa da Blablá foi "feito nas coxas"

do 247- Emerge mais uma evidência que o programa de governo da presidenciável pelo PSB, Marina Silva, foi feito de improviso. Trechos usados no "eixo 3", sobre "Educação, cultura e ciência, Tecnologia e Inovação", foram copiados na íntegra de um artigo publicado (acesse aqui) pela edição número 89 da Revista da USP (março/maio 2011), sem citar a fonte nem o autor, como é comum em casos de plágio.

O texto original, "De olho no futuro: a 4ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação", foi escrito pelo professor Luiz Davidovich, secretário-geral da 4ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação para um Desenvolvimento Sustentável. A prática é duramente rechaçada pela comunidade acadêmica e demonstra falta de ética por parte da candidata e de sua equipe de campanha.

Um dos trechos cita a importância de se apoiar a energia nuclear no Brasil e foi retirado horas depois do lançamento do programa pelo PSB, no último dia 29. Em uma errata, o partido lamentou ter incluído o tema como um dos pontos que merecem atenção para o aperfeiçoamento da matriz energética do País e alegou "erro de revisão" para isso.

Há ainda outros trechos retirados da página 144 do programa de Marina que foram copiados do artigo publicado pela Revista da USP sem citação da fonte. Confira abaixo:




Trecho do plano de governo:

Fortalecer o Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária e as políticas de CT&I e agrícola com vistas a avançar na sustentabilidade da agricultura brasileira, desenvolvendo, aperfeiçoando e difundindo de forma ampla tecnologias eficientes de produção que conservem o solo, usem de forma eficiente a água, sejam compatíveis com a preservação do meio ambiente e da biodiversidade e permitam o aumento da produção sem expansão significativa da área ocupada.

Trecho do artigo da USP:

• Fortalecer o Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária e as políticas de CT&I e agrícola com vistas a avançar na sustentabilidade da agricultura brasileira, desenvolvendo, aperfeiçoando e difundindo de forma ampla tecnologias eficientes de produção que conservem o solo, usem de forma eficiente a água, sejam compatíveis com a preservação do meio ambiente e da biodiversidade, e que permitam o aumento da produção sem expansão significativa da área ocupada.

Trecho do plano de governo:

Consolidar a liderança mundial do país na área de biocombustíveis, adotando para isso – em estreita articulação com o setor produtivo nacional – um vigoroso programa de pesquisa, desenvolvimento, inovação e difusão de tecnologias.

Trecho do artigo:

• Consolidar a liderança mundial do país na área de biocombustíveis durante a próxima década, adotando para isso - em estreita articulação com o setor empresarial nacional - um vigoroso programa de pesquisa, desenvolvimento, inovação e difusão de tecnologias voltado para a produção e o uso de bioenergias.

Trecho plano de governo:

• Avançar na abordagem sistêmica da área de saúde, articulando a política de CT&I com a de saúde propriamente dita e com a política industrial. Destacam-se nessa agenda a necessidade de agilizar a implementação das parcerias com as empresas nacionais; utilizar o poder de compra do Estado para maximizar seus resultados a médio e longo prazos; aperfeiçoar e compatibilizar os regimes normativos da área (especialmente a vigilância sanitária, o acesso à biodiversidade e o intercâmbio de material biológico) e fortalecer a capacidade de realizar testes clínicos no Brasil.

Trecho artigo USP:

• Avançar na abordagem sistêmica da área de saúde, articulando a política de CT&I com a de saúde propriamente dita e com a política industrial. Em particular, utilizar o poder de compra do Estado para maximizar seus resultados no médio e longo prazo e não simplesmente para minimizar os custos imediatos; aperfeiçoar e compatibilizar os regimes normativos da área (especialmente a vigilância sanitária, o acesso à biodiversidade e o intercâmbio de material biológico) e fortalecer a capacidade de realização de testes clínicos no Brasil.

Amiga pessoal de Marina e herdeira do banco Itaú, Neca Setúbal foi a responsável, no grupamento Rede Sustentabilidade, por fazer a interface com o PSB para a feitura do programa de governo da candidata. "Eduardo leu página por página e fez muitas observações", lembrou Neca sobre a participação dela e do ex-governador Eduardo Campos na confecção do programa de governo.

Nessa semana, o candidato do PSDB à Presidência, senador Aécio Neves, acusou Marina de plagiar parte do Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH), lançado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em 2002. "O capítulo do programa de Marina é uma cópia exata do PNDH de FHC. Ela poderia ter pelo menos dado crédito aos autores verdadeiros da proposta e a FHC", disse Aécio. "Não se teve sequer o cuidado de alterar palavras. Isso é apenas mais uma sinalização do improviso, e da enorme contradição que ronda essa candidatura", acrescentou o tucano.


Marina, o novo que já nasce caduco, por Renato Rabelo

A sociedade não está dividida entre “bons” e “maus”. Na dura realidade da luta entre as classes sociais, na luta renhida entre os grandes interesses, não existe devaneio para o conto de fadas. As pessoas, as personalidades têm ideologia objetivamente, defendem programas vinculados a este e àquele projeto de sociedade, segundo interesses econômicos, financeiros, de classes sociais.
Por obra de uma tragédia, Marina Silva se tornou candidata a presidente da República. Desde então, procura desempenhar o papel de uma persona que paira nas alturas, que se situaria além do bem e do mal, e das contradições sociais.
Sua candidatura se anuncia imbuída de uma missão: sanear o país do que ela denomina de “velha política” e no seu lugar instaurar uma “nova política”, o mesmo bordão recorrente na história política brasileira usado como aparência para velar o verdadeiro compromisso assumido. Diante disso, os eleitores, num primeiro instante, se colocam abertos à nova doutrina, que enfatiza apenas o lugar comum do espontâneo sentimento, assaz inflado, contra a “política”, os “partidos” e os “políticos”.
A realidade por trás da “nova política”
Indagada sobre com que apoios e recursos humanos governaria, Marina responde que a doutrina da “nova política” ordena que se busque na sociedade a sustentação política necessária. Instada a esclarecer melhor como ela constituiria uma maioria no Congresso Nacional e com quais personalidades comporia o seu ministério, também responde de forma vaga: com as pessoas “boas” do PT, PSDB e do PMDB. Ela se apresenta como uma divindade que teria a elevada sapiência de escolher os eleitos que fazem o bem. Para confundir ela separa Lula de Dilma. No entanto, Lula é Dilma. Marina é que mudou de lado.
Pelas declarações da própria candidata, percebe-se o engodo do discurso dessa nova política. Marina governaria, no final das contas, se apoiando nos partidos e nas lideranças da velha política, tão execrada por ela. A candidata finge não saber que pessoas “boas” do PT e do PSDB têm concepções, propostas conflitantes, e até antagônicas, que extrapolam o desejo de Marina.
A sociedade não está dividida entre “bons” e “maus”. Na dura realidade da luta entre as classes sociais, na luta renhida entre os grandes interesses, não existe devaneio para o conto de fadas. As pessoas, as personalidades têm ideologia objetivamente, defendem programas vinculados a este e àquele projeto de sociedade, segundo interesses econômicos, financeiros, de classes sociais. Assim, a base parlamentar e o elenco de ministros de um hipotético governo da Rede-PSB seriam um ajuntamento de interesses e personalidades conflitantes, cujo resultado – convenhamos – poderia efetivamente caminhar para o impasse. Diante desta verdade, os marinistas proclamam: “vamos apelar às ruas para dobrar o Congresso”. Pura conversa fiada – mobilizar o povo quem já pactuou com os grandes banqueiros? Governo comprometido com a oligarquia financeira foge do povo como o diabo da cruz.
E qual a trajetória político-partidária de Marina? Ela desceu à terra das alturas? Ou germinou, cresceu no solo da política concretamente existente que ela nega, mas dela usufrui. Ela se elegeu senadora, foi nomeada ministra, militou no PT e transitou para o PV. Incapaz de estruturar a legenda a que se propôs fundar – a Rede – migrou para o PSB, do qual se tornou hóspede movida pela ambição comum aos mortais de alçar ao poder. O termo “hóspede” não é meu, mas do secretário-geral do PSB, Carlos Siqueira, que, honrosamente, deixou a campanha de Marina ecoando o protesto de que ela “não representa o legado de Eduardo Campos”.
A candidata sempre ergueu a espada da ética contra seus adversários da velha política, mas agora – depois de ter voado naquele avião de campanha do PSB envolto em negócios obscuros, sob investigação – ela titubeia, se encolhe entre seus xales, e joga a possível culpa em terceiros fugindo de suas responsabilidades. Dois pesos, duas medidas.
De “sonhática” a “pragmática”
Por exigências e conveniências da campanha, a cada passagem a candidata Marina se adapta, num molejo de afirmação e de negação, revelando suas posições sem consistência e de modo contraditório. Assim, a “sonhática” transfigura-se em “pragmática”. Por exemplo: a candidata peregrinou em busca de apoio do agronegócio, proclama também que se eleita vai aplicar o Código Florestal. Nada de errado em procurar apoios, tampouco em reconhecer que vai respeitar as leis aprovadas pelo Congresso Nacional. Mas, até ontem, Marina sustentava que o Código Florestal representava “o maior retrocesso da história ambiental brasileira” e é conhecida sua negação ao agronegócio. Portanto, fica a pergunta: a ética de sua doutrina redentora não recomenda à candidata a decência de reconhecer que mudou de opinião, que errou ao demonizar o Código Florestal?
O pragmatismo da candidata também se manifestou quando cedendo às pressões obscurantistas retirou do seu programa de governo o trecho em que manifesta apoio à união entre pessoas do mesmo sexo, e ainda apagou a defesa de um projeto de lei que criminaliza a homofobia. Instada pelo pastor Silas Malafaia, recua do compromisso com estas importantes bandeiras para que venhamos a construir um Brasil sem preconceitos. Então, como seria Marina presidente da República, neste contexto, realmente sujeita a enormes pressões e disputas? O Brasil não merece passar por esta aventura!
Conceito oco de Nova Política em vez de reforma política democrática
A “nova política” que se procura aparentar como o antipartido revela-se, portanto, uma artimanha eleitoreira, e sua prática seria um retrocesso. Regime democrático sem partidos dá sempre em autoritarismo, esta é uma lei universal. Governar um país com a complexidade do nosso requer um Programa de governo explícito e factível e viabilizá-lo com o apoio de uma maioria política e social, no Congresso Nacional e na sociedade, com os partidos políticos e movimentos sociais. Desse modo se apresenta a candidatura da reeleição da presidenta Dilma Rousseff. A presidenta tem uma trajetória de honestidade, coerência e firmeza de convicções, enfrentando a grande crise financeira e econômica do sistema capitalista sem empurrar os ônus para as costas dos trabalhadores. A maior parte das críticas à presidenta é feita mais por suas elevadas qualidades. Com Dilma, são nítidos quais os compromissos e quem respaldará o governo. Não há esta fantasmagoria eclética e conflitante de pessoas “boas” proveniente de uma salada de siglas.
Quanto à crise de representação, desde as manifestações de junho de 2013, a presidenta Dilma luta por uma reforma política democrática, impulsionada pela mobilização popular, esta sim um verdadeiro caminho para fazer avançar a democracia. Uma reforma que venha a proibir, por exemplo, que empresas e bancos financiem as campanhas eleitorais, fonte principal da corrupção. A diferença é clara. Marina demagogicamente prega uma oca “nova política”, já a presidenta Dilma conclama o povo a lutar por reforma que fortaleça os partidos, aumente a participação do povo na vida política nacional e coíba a interferência do poder econômico nas campanhas. Resposta concreta ao justo anseio da sociedade, sobretudo da juventude, contra as mazelas e os escândalos do atual sistema político-partidário.
Por que o mercado “marinou?



Em qualquer país os grandes interesses e confrontos derivam da economia. Há dois caminhos, bem nítidos e opostos: Reduzir crescentemente as desigualdades sociais, elevar a qualidade de vida do povo, ou agravar a desigualdade, concentrando ainda mais a renda e riqueza nas mãos de uma minoria cada vez mais abastada. Noutro plano, com investimentos do Estado e do setor privado, impulsionar o setor produtivo, a indústria, a agricultura que geram empregos e produzem bens, ou agigantar ainda mais o capital financeiro-especulativo que transfere os recursos para sua própria esfera, desviando da produção. E mais ainda: que suga os recursos que faltam à saúde pública, à educação, à segurança e a outros serviços públicos básicos.
O destino do Brasil, seu desenvolvimento, sua soberania, a democracia, os direitos do povo, dos trabalhadores, o direito a uma vida digna, se resolvem pelas grandes opções acima colocadas. E nesta questão decisiva Marina fez sua opção, ou rendição como se queira. Completou a travessia para o outro lado. Entre o povo e a grande finança, se tornou a candidata dos donos das grandes fortunas, do capital financeiro. Os jornais estampam manchetes: “Para derrotar Dilma, o mercado ‘marinou’” ou “Com Marina, bancos recuperam mercado”. Se torna óbvio, portanto, que é pura fantasia propagandear que o mercado abraçou a candidatura de Marina sem cobrar nada.
Marina optou pelos banqueiros
Marina pactuou com os grandes banqueiros, esta é que é a realidade nua e crua! Neste terreno concreto, dos grandes interesses em jogo, a candidata não paira nas alturas. Tem até a prova documental, como não? Vejam com que esmero este compromisso foi lavrado no Programa publicado da candidata: “Assegurar a independência do Banco Central o mais rapidamente possível, de forma institucional...”. Teve papel importante na intermediação desse patente acordo celebrado a senhora Maria Alice Setubal, banqueira e herdeira do Banco Itaú-Unibanco, apresentada por Marina como educadora social. Através de Marina o mercado encontrou alguém capaz de topar tudo. Com a vantagem de que Marina é filha do povo pobre, ex-seringueira, com uma história de vida realmente sofrida. Perfil, portanto, insuspeito, ideal. A oligarquia exigiu que seja fixada em lei a independência do Banco Central e Marina não só aceitou como alardeia a cada momento esta rendição, com ares de virtude.
Ao assumir o compromisso de tornar o Banco Central independente, Marina passou de mala e cuia para o lado de lá, para a banda dos magnatas da finança, da especulação financeira. Diante disso, temos a obrigação de alertar o povo: ela traiu suas origens, sua própria história. Por que afirmamos isto? Porque BC independente é uma expressão enganosa. Significa na verdade retirar a macroeconomia da esfera do governo para transferi-la à oligarquia financeira para que esta garanta seus ganhos fabulosos na bonança, salvá-la nos momentos de crise ou em decorrência de falcatruas. Deixar às cabras a guarda da couve. Se isto vir a se concretizar, ao povo restará as sobras, se houver. Em qualquer situação eles se resgatam primeiro, assim tem sido. Adeus à política de valorização real do salário mínimo e de elevação contínua da renda do trabalho, adeus à maior oferta de empregos e de crédito para o mercado interno.
Quando a Casa Grande festeja, o povo desconfia
Por tudo isto, a candidatura de Marina vai sendo festejada na Bolsa de Valores e é instrumentalizada para tentar realizar a obsessão do campo político conservador que é de impedir a qualquer custo a reeleição da presidenta Dilma. Eles não festejam de graça, sem ter garantias estabelecidas. É da nossa história o fato de que, quando a Casa Grande solta foguete, o povo, por experiência própria, sabe que vem coisa ruim para o lado dele.
O programa de Marina anunciado no último dia 29 de agosto é um transgênico que turbina e até extrapola o receituário que Fernando Henrique Cardoso implantou no Brasil na década de 1990. Vejamos. Propõe atarraxar o chamado tripé macroeconômico, com mais “rigor” fiscal e “puxando” a inflação para o centro da meta. Traduzindo: Marina pactua com o mercado aumentar o montante de dinheiro público destinado ao pagamento de juros, e esse “puxar” a inflação para o centro da meta é a senha para uma política de juros altos – seu remédio principal –, que resultará em menor crescimento e menos empregos. Aliás, em entrevista, outro coordenador do plano, Maurício Rands, esclarece com todas as luzes a essência da política macroeconômica de Marina: “Não vamos reduzir a taxa de juros por decreto. (...) É pelas leis do mercado que haverá redução de juros”. De outro modo, o apetite insaciável dos especuladores é que vai ditar a Selic se Marina se eleger. É o velho receituário neoliberal recorrente.
Novo ciclo histórico de crescimento
Nesses quase 12 anos o Brasil mudou realmente. Houve ascenso social de significativos contingentes sociais, pobres e deserdados. Cresceu o prestígio do Brasil no contexto internacional. Isso não é “pintar o país de rosa”, como propala a máquina oposicionista e suas cassandras. O seu fito é esconder as conquistas alcançadas pela nação e pelo povo, e concentrar acerbamente, por óbvio, nos aspectos negativos e nos obstáculos ainda existentes.
Ao atingir uma nova etapa com as mudanças realizadas por Lula e Dilma é evidente que as exigências passam a ser outras. Os que ascenderam na escala social se juntam formando maiores contingentes da população, que naturalmente anseiam por melhores serviços públicos e mais progresso social. As grandes soluções vêm por etapas, não pode ser de outro modo. A nova etapa, atual, resultante do que se atingiu até agora, abre um “novo ciclo histórico” de crescimento, como tem afirmado a presidenta Dilma. Agora estamos diante do desafio de aplicar, como reconhece a presidenta Dilma, um plano de governo cujo eixo é empreender um novo ciclo de transformações, uma nova etapa do desenvolvimento nacional, com mais produção de riqueza para redução ainda mais audaciosa das desigualdades sociais e regionais. Para isso, compreendendo a realização das reformas democráticas estruturais, reforma política democrática, reforma democrática dos meios de comunicação, reforma tributária progressiva, reforma urbana para humanização e modernização das cidades, e a realização da reforma agrária.
Como temos afirmado, dar prioridade ao crescimento do investimento e elevação da produtividade, avançar nas parcerias público-privadas para modernizar a infraestrutura do país, dar curso à exploração já estabelecida da grande riqueza do pré-sal, garantia para se alcançar os 10% para a educação e aplicar o Plano Nacional de Educação, conquista histórica aprovada pelo Congresso Nacional. No terreno da economia, os interessados em confundir, diante das dificuldades de crescimento, justificam tudo num pretenso erro de condução econômica do governo, abstraindo os efeitos ainda persistentes de crescimento limitado, condicionado pela grande crise econômica global. Em verdade, o governo Dilma optou pelo caminho de garantir no bojo da crise geral elevado nível de emprego e da renda do trabalho, realmente um feito inédito. Além do que, prepara as condições para um novo ciclo de crescimento, com a garantia de defesa da economia nacional baseada em elevado valor das reservas internacionais. E, numa demonstração de confiança na sua perspectiva econômica, o Brasil é o quinto país do mundo preferido pelo Investimento Direto Estrangeiro – mesmo neste ano em torno de 60 bilhões de dólares.
O momento é debater ideias, ir para as ruas, despertar e mobilizar o povo
O nosso dever, dos comunistas e demais forças progressistas e democráticas, é afirmar a nossa convicção de que o caminho iniciado em 2003 com Lula e continuado por Dilma é a alternativa consistente e viável nas condições atuais do Brasil e do mundo, para a construção de uma grande nação, soberana, democrática, solidária, de progresso social e integrada com seus vizinhos. Com a mesma convicção é preciso alertar e denunciar o que pretende Marina e a oposição. Neste momento, o PCdoB conclama os seus quadros, seus candidatos, sua militância, junto com nossos aliados e o povo, a defenderem o projeto de continuação das mudanças, reelegendo Dilma Rousseff.
É hora de despertar e mobilizar parcelas maiores do povo em torno das nossas bandeiras mudancistas, realizando sucessivos atos públicos por todo o país. É o momento das ruas, do debate de ideias, da comparação dos projetos, de desnudar as aparências e demonstrar os verdadeiros interesses e o sentido da disputa nacional nas eleições deste ano.
*Renato Rabelo é presidente nacional do Partido Comunista do Brasil - PCdoB


Blablarinagem do dia




" Vamos sair do terreno da opção para escolha. Na escolha você tem que construir aquilo que escolheu."
Marina Silva - #EncontroJuventudeRio

Esper Leon: Isso é efeito de psicotrópico?


Marina é mesmo o "Fhc de saias"

Fernando Henrique Cardoso sentou-se na cadeira de prefeito de São Paulo antes da hora.

Jânio Quadros venceu a eleição e desinfetou a dita suja.

Marina Silva, o "Fhc de saias" e seus aliados tucademos e cia, já estão nomeando ministros.

Essa gente não aprende.

Vão levar outra surra.

Olhe cá se Dilma não vencer no primeiro turno.

Trackings do *Ibop apontam para isso.

Tá por 1 voto.

Pode ser o teu, não é mesmo?...

Programa de Marina plagiou FHC, por Josias de Souza

A evangélica Marina Silva talvez devesse considerar a hipótese de incluir no seu staff alguém capaz de receber o caboclo tranca-ruas dos programas de governo. Há urucubaca demais na peça divulgada na última sexta-feira pela candidata. Três tópicos sofreram ajustes ou sumiram do texto em menos de 24 horas –“casamento” gay, apoio ao projeto de lei que criminaliza a homofobia e o uso da energia nuclear. Decorridos mais quatro dias, descobriu-se outra macumba.
No capítulo dos Direitos Humanos, o programa de Marina empilha dez tópicos. Quatro não são originais. Foram copiados, palavra por palavra, do Plano Nacional de Direitos Humanos baixado por Fernando Henrique Cardoso em 2002, último ano dos seus dois mandatos (compare nos documentos abaixo).
Marina sabia? Não sabia? Por que diabos sua equipe plagiou o documento alheio? Se gostavam tanto dos trechos, por que não citaram o autor? Aécio Neves tirou uma casquinha: “É só mais uma sinalização do improviso que ronda essa candidatura.” Como peça inaugural de uma candidata que se vende como nova, um projeto engordado pelo plágio se parece mais com pão dormido do que com nova política.