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Confiar


Está proporcionando condições para que os dependentes químicos livrem-se do vício.
Disponibiliza capacitação profissional e um teto para dormir e descansar.
Pode parecer pouco, mas é uma oportunidade solidária para o ser humano que necessita recomeçar.
Sentir-se um ser humano acolhido pela sociedade que durante tanto tempo lhe tratou como um ser invisível e/ou parte do lixo. 
Vamos colaborar como for possível para libertarmos desta prisão quanto mais seres humanos pudermos.


Amizade

Friendship

Militantes já arrecadaram mais de R$ 200 mil em contribuição a Genoino

 
Companheir@s
 
Como diz a filha de Genoino, Miruna Genoino, "que fique bem claro que não estamos reconhecendo nenhum fundamento de justiça na multa. Mas não ficaremos parados quando se busca humilhar um homem da estatura moral e política de Genoino."
 
Para contribuir, clique aqui: http://ow.ly/szn1l
Compartilhe também com sua amigos, vamos todos contribuir e continuar lutando!
 
Um abraço,
 

Que é dar?

Embora pareça simples a resposta a esta pergunta, ela em verdade é cheia de ambigüidades e complexidades. o equívoco mais vastamente espalhado é o que entende que dar é “abandonar” alguma coisa, ser privado de algo, sacrificar. a pessoa cujo caráter não se desenvolveu além da etapa da orientação receptiva, explorativa, ou amealhadora, experimenta o ato de dar dessa maneira. o caráter mercantil deseja dar, mas só em troca de receber; 

Dar sem receber, para ele, é ser defraudado. (Man for Himself, E. Fromm, Londres, Routledge, 1949.) aqueles cuja principal orientação é não-produtiva sentem que dar é um empobrecimento. a maioria dos indivíduos desse tipo, portanto, recusa dar. alguns fazem do ato de dar uma virtude, no sentido de um sacrifício. sentem que, por ser doloroso dar, deve-se dar; a virtude de dar, para eles, reside no próprio ato de aceitação do sacrifício. para eles, a norma de que é melhor dar do que receber significa que é melhor sofrer privação do que experimentar alegria.

Para o caráter produtivo, dar tem um sentido inteiramente diverso. dar é a mais alta expressão da potência. no próprio ato de dar, ponho à prova minha força, minha riqueza, meu poder. essa experiência de elevada vitalidade e potência enche-me de alegria. provo-me como superabundante, pródigo, cheio de vida e, portanto, como alegre. dar é mais alegre que receber, não por ser uma privação, mas porque, no ato de dar, encontra-se a expressão de minha vitalidade.
texto de Erich Fromm no livro A arte de amar

Ajudar é muito difícil. Aceitar ajuda pode ser mais difícil ainda.

Ajudar é muito difícil.
É difícil se reconhecer em posição superior e, mesmo assim, se abaixar para socorrer outra pessoa sem demonstrar soberba ou arrogância, sem cobrar e sem humilhar.
Aceitar ajuda é muito difícil.
É difícil se reconhecer em situação precária e vulnerável, se admitir precisando de ajuda. É difícil aceitar essa ajuda de maneira não-humilhante e digna, mantendo intacto nosso respeito-próprio. É difícil às vezes engolir pequenas insensibilidades por parte das pessoas que nos ajudam – rudezas que ofendem mas não anulam o efeito positivo da ajuda.
Quando dividia minha sala de aula em pares, sempre fazia questão de juntar uma pessoa que tenha mais facilidade na matéria com uma outra que esteja passando por dificuldades.
Se você tem facilidade em uma matéria e está indo bem, é importante que aprenda que nem todas as pessoas têm essa mesma facilidade que você, que algumas colegas precisam de mais ajuda e que você pode ser a pessoa a oferecer essa ajuda, de igual para igual, com generosidade.
Se você tem dificuldade em uma matéria e está indo mal, é importante que aprenda a reconhecer a sua dificuldade, que saiba pedir e aceitar ajuda. E, mais importante ainda, que durante o laboratório de química, que você domina mas que outras pessoas não conseguem nem começar, que se lembre da colega que tinha facilidade em línguas e te ajudou com a conjugação dos verbos.
* * *
Eu ensinava espanhol, português e cultura brasileira em uma universidade norte-americana. Mas, se minha turma saísse do curso sabendo ajudar e aceitar ajuda, já teria sido bem mais importante do que saber diferenciar ser e estar.
Alex Castro

alex castro é. por enquanto. em breve, nem isso. // todos os meus textos são rigorosamente ficcionais. // se gostou, mande um email, me siga no facebook, compre meus livros, faça uma doação ou venha às minhas palestras. e eu te agradeço.

Outros artigos escritos por 

Café pendente


"Entramos em um pequeno café, pedimos e nos sentamos em una mesa. Logo entram duas pessoas:


- Cinco cafés. Dois são para nós e três "pendentes". Pagam os cinco cafés, bebem seus dois e se vão. Pergunto:

- O que são esses “cafés pendentes”? E me respondem:
- Espera e vai ver.

Logo vêm outras pessoas. Duas garotas pedem dois cafés - pagam normalmente. Depois de um tempo, vêm três advogados e pedem sete cafés:

- Três são para nós, e quatro “pendentes”.

Pagam por sete, tomam seus três e vão embora. Depois um rapaz pede dois cafés, bebe só um, mas paga pelos dois. Estamos sentados, conversamos e olhamos, através da porta aberta, a praça iluminada pelo sol em frente à cafeteria. De repente, aparece na porta, um homem com roupas baratas e pergunta em voz baixa:

- Vocês têm algum "café pendente"?

Solidariedade e Coragem


Quando eu trabalhava como voluntária no hospital, conheci uma garotinha chamada Liza que sofria de uma doença grave e rara. Aparentemente, sua única chance de recuperação era uma transfusão de sangue de seu irmão de cinco anos, que sobrevivera milagrosamente à mesma doença e desenvolvera os anticorpos necessários para combater o mal. O médico explicou a situação ao irmãozinho dela e perguntou ao menino se ele doaria seu sangue à irmã. Vi-o hesitar por apenas um momento antes de respirar fundo profundamente e dizer: 

— Sim, eu o farei, se for para salvar Liza. 

A medida que a transfusão transcorria ele, deitado num leito vizinho ao de sua irmã, sorria, como todos nós, ao ver a cor retornar às maçãs do seu rosto. Depois, o rosto dele ficou pálido e seu sorriso se apagou. Ele olhou pro médico e perguntou numa voz trêmula: 

— Vou começar a morrer já? Sendo muito jovem, o menino compreendera mal o médico; pensou que teria que dar a ela todo o seu sangue.


Adulto Esperança

A Campanha de Doação para o Adulto Esperança acontece durante todo o ano. Não espere chamadas na tv para fazer sua Colaboração. Você pode contribuir com o projeto através da internet, por telefone e também pelo banco. Saiba como:

Pela internet
Clik nos anúncios deste Blog, do São as Ideias, Vida Fashion e Dilma Presidente e também nos anúncio dos Tumblrs Temcadauma e Eantesqueeumeesqueça

Por telefone
Coloque créditos neste celular (85) 8529-7595

Pelo Banco
deposite na conta 28024-0 Agência 649 - Bradesco

Mais informações
pelo e-mail joel.leonidas@gmail.com

Faça sua Doação agora. O adulto agradece.

Solidariedade: Faça a sua parte

Essa garotinha da foto se chama Amanda. Em fevereiro de 2010, aos dez anos de idade, ela foi baleada dentro de um supermercado no bairro Jorge Teixeira, zona Leste de Manaus.

Amanda, ainda hoje, encontra-se hospitalizada na UTI do hospital “Joãozinho” devido às sequelas do tiro que recebeu no rosto e lhe atingiu a coluna. Sem movimentos do pescoço para baixo, Amanda está imobilizada numa cadeira de rodas e respira com ajuda de aparelho.

Quem toma conta da menina é D. Marina, avó dela. Para cuidar de Amanda, deixou de trabalhar (fazia faxina em casas de família). Come, bebe e dorme no “Joãozinho”.

Até o final de fevereiro, Amanda vai fazer uma operação que possibilitará que ela respire sem os aparelhos. Só existe um médico no Brasil que opera casos como o da Amanda. Ela teria que ir a São Paulo, mas o médico, sensibilizado, veio até Manaus analisar o caso da menina e virá operá-la aqui. Ela também vai entrar em um estudo de células tronco, pois hoje ela não tem como voltar a andar, mas como ela é jovem, quem sabe um dia?

Atualmente a Amanda conversa, entende tudo, só não se mexe e continua nos aparelhos. Apesar de todas as dificuldades, ela faz desenhos e pinturas com a boca e faz isso melhor que muitos de nós, que temos todos os movimentos do corpo.

Amanda necessita de fraldas geriátricas (tamanho G), produtos de higiene, roupas (tamanho 38) e meias até os joelhos. Dona Marina precisa de dinheiro, mesmo, para fazer frente às despesas decorrente dessa situação. Agora, por exemplo, está sem gás de cozinha em casa e com a conta de energia elétrica atrasada.

Pontos de arrecadação: 

Loja CFW - Av. Dom Pedro, Shopping Havan Center, próximo ao La Salle
Redação do Diário do Amazonas - Av. Djalma Batista, 2010, Chapada (de segunda a sexta, das 14h às 19h, com Chrys)

Prazo para arrecadação: Até quinta-feira, dia 02 de fevereiro de 2012.

Entrega das doações: Sexta-feira, 03 de fevereiro (horário a confirmar)

Contato da avó da Amanda: D. Marina: 8229-2752
Agradeço aos leitores que compartilharem minhas postagens, seja no Google + 1, no Twitter, Facebook ou qualquer outra rede social. Obrigado!!!

Cuba é exemplo

"Esta noite 200 milhões de crianças dormirão nas ruas do mundo, nenhuma é cubana. A cada ano, 80 mil crianças morrem vítimas de doenças evitáveis, nenhuma delas é cubana."
Fidel Castro
Enquanto a mídia conservadora mundial encobre e é conivente com os bárbaros crimes perpetrados pelo imperialismo, notadamente o norte-americano, Cuba age silenciosamente prestando solidariedade em dezenas de países pobres, em especial na América Latina. São duas posições diametralmente opostas.
Quem não se lembra do terremoto que praticamente destruiu o Haiti, causando 250 mortes, inclusive brasileiros, destacando-se Dona Zilda Arns, e 1,5 milhão de desabrigados? Enquanto os Estados Unidos mandavam dezenas de milhares de militares, Cuba mandava médicos e enfermeiros para atender os feridos, a maioria em estado grave. As tropas ianques ocuparam o aeroporto da capital Porto Príncipe, proibindo a aterrizagem de aviões de países que levavam ajuda humanitária mas que não contavam com a simpatia do governo Pentágono.
Uma brigada de 1.200 médicos está atuando em todo o território haitiano, atendendo as vítimas do terremoto e infectados com cólera, como parte da missão médica internacional de Fidel Castro. Enquanto os médicos cubanos cuidavam dos feridos e confortavam suas famílias, os militares ianques reprimiam violentamente a população mais pobre. O mundo deveria se envergonhar dessa situação.
Atualmente, mais de 8.200 estudantes pobres de mais de 30 países estudam medicina em Cuba. Além da gratuidade, esses alunos ainda recebem uma bolsa do governo cubano. Do Brasil são 684 estudantes pobres que estudam na Escola Latino-americana de Medicina (ELAM). Do Ceará são 33, e 70 já terminaram o seu curso e atuam principalmente no interior do Estado, muitos deles em assentamentos do MST.
Com o apoio do governo do Estado, através da Secretaria Estadual de Saúde, os cearenses que estudam na ELAM e que vem passar as férias de meio do ano aqui, realizam jornadas na periferia de Fortaleza e no interior do estado, mais precisamente nas localidades mais carentes. Este ano, a jornada será realizada no município de Sobral no período de 1º a seis de agosto, contando com o apoio do prefeito Clodoveu (Veveu) Arruda e da Associação de Amizade Brasil-Cuba do Ceará. Esse trabalho é coordenado por Thiago Ponciano, cearense que preside a Associação dos Estudantes Brasileiros em Cuba. 
Neste mês de julho, o sistema de saúde da Nicarágua será fortalecido com a chegada de 315 estudantes egressos da ELAM. Eles acabam de concluir o quinto ano do Curso de Medicina e tão logo cheguem a seu país se incorporarão ao sistema nacional de saúde como internos enquanto cursam o sexto e último ano com professores da brigada médica cubana Che Guevara, que presta serviços há vários anos nessa nação centro-americana.
Segundo informou o doutor Alfredo Rodriguez, chefe da brigada médica cubana, depois de graduar-se como médicos, eles continuarão mais dois anos como residentes em especialidade de Medicina Geral Integral. Ao todo são 425 os estudantes nicaragüenses que concluíram Medicina este ano na ELAM, porém só esses 315 continuarão seus estudos na Nicarágua, enquanto os outros 137 restantes o farão em Cuba. No total são 880 os jovens nicaragüenses a se formarem em Medicina e Cuba e outros 15 em carreiras tecnológicas.
É importante observar que nos Estados Unidos mais de 55 milhões de pessoas não têm acesso a nenhuma assistência básica de saúde. O então presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a aconselhar o presidente Barack Obama a criar um sistema nos moldes do SUS visando à universalização da saúde naquele país.
A colonizada direita brasileira e certos setores ditos de “esquerda” deveriam atentar para o fato de que, enquanto Cuba – apesar do criminoso boicote econômico, financeiro e comercial imposto pelo império do Norte – ajuda países pobres, na maioria latino-americanos, o governo estadunidense proíbe até que laboratórios vendam remédios para tratar crianças cubanas com câncer.
Num flagrante desrespeito aos mais elementares direitos humanos e à autodeterminação dos povos, contrariando orientações das Nações Unidas, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, informou na última sexta-feira 15, ao Congresso do seu país, que prorrogou por mais seis meses a suspensão de uma cláusula da Lei Helms-Burton que permite entrar com um processo contra empresas estrangeiras que negociem com Cuba. Essa ação unilateral do governo ianque representa a continuidade do cruel e criminoso bloqueio contra a Ilha, que já dura mais de meio século.
O que a velha mídia conservadora, venal e golpista brasileira, vergonhosamente esconde, é que em Cuba a saúde é universalizada e o analfabetismo é zero, e que, com ajuda de professores cubanos a Venezuela e a pobre Bolívia erradicaram o analfabetismo. A informação é da UNESCO.
O método de alfabetização cubana é o que há de mais avançado no mundo. Professores cubanos atuam em dezenas de países, incluindo o Brasil, sendo dezenas deles no Ceará. Enquanto Cuba ajuda na educação, o imperialismo, notadamente o norte-americano bombardeia há anos escolas e hospitais no Iraque, no Afeganistão e no Paquistão, e agora na Líbia
Por tudo isto e muito mais é que Cuba é exemplo para o mundo.
Messias Pontes

Solidariedade

Com a crescente ocorrência de grandes movimentos de solidariedade internacional, a exemplo do recentemente realizado em favor das vítimas de catástrofes acontecidas no Japão, vem ganhando força, nos meios científicos, a tese de que o comportamento humano é bem mais complexo, em sua essência, do que pretende demonstrar a teoria da evolução de Charles Darwin. Em vez de haver sido originada do egoísmo e do instinto de sobrevivência, que supostamente privilegiariam os mais aptos, a seleção das espécies teria sido produzida exatamente por causas opostas, através de instintos altruístas e cooperativistas do ser humano.

Publicações científicas de renome como a "Nature" e a "Science", a partir de estudos realizados por antropólogos em vários países da África, Ásia e América Latina, com o apoio de pelo menos 35 prestigiadas universidades internacionais, têm constatado que a genética e a evolução cultural contribuem, em decisivo, para gerar indivíduos dispostos a se sacrificarem pela manutenção de normas de convivência e de criar um sentimento de cooperativismo e união em torno de causas e objetivos comuns.

Embora os primeiros seres humanos tenham vivido em condições bastante adversas, com variações climáticas intensas e empecilhos de toda sorte à própria sobrevivência, teria sido a cooperação entre os indivíduos, e não apenas o espírito de competição característico da "lei do mais forte", o principal fator responsável por levar a humanidade a se reproduzir em bem maior escala, pelo entendimento de que a ajuda mútua, a troca de conhecimentos e a união em momentos precisos seriam o melhor para todos.

Os diferentes graus de cooperação e altruísmo, segundo o americano Samuel Bowles, diretor do Programa de Ciências Comportamentais do Instituto Santa Fé, nos Estados Unidos, demonstram como os grupos cooperativos foram capazes de reproduzir-se em maior escala ao longo dos tempos. No passado, predominava a crença de que o comportamento solidário ficava limitado aos integrantes de uma mesma tribo ou grupo, ou se restringiria a grupos linguísticos.

No entender de renomados biólogos e antropólogos, se fosse o egoísmo a principal fonte responsável pela evolução das espécies, somente uma pequena parcela de humanos teria sobrevivido, pela noção óbvia de que eles se confrontariam dentro de suas próprias tribos e terminariam acarretando a própria extinção. Outro exemplo citado em favor da predominância da conjugação de esforços para o bem comum, no caso a vigência de regimes democráticos e respeitosos em relação aos direitos humanos, estaria expresso nos movimentos de massa por último eclodidos contra ditaduras que se perpetuavam no Oriente Médio.

No mundo de tendências cada vez mais belicosas, no qual nações se digladiam por motivos aparentemente banais, a tese da evolução através do processo de ajuda recíproca, mesmo se contrapondo a alguns dos princípios darwinianos, merece o devido respeito e o necessário aprofundamento de estudos, para que sua lição venha a servir de exemplo, com embasamento científico, para um futuro de mais integração e concórdia na Humanidade.
do DN

Você está reclamando do que mesmo?

Se você acha que você é infeliz, olhe para eles: 



*Se você acha que seu salário é baixo, que tal o dela?
*Se você acha que você não tem tem muitos amigos...
*Quando você pensa em desistir, pense neste homem...
*Se você acha que sofre na vida, você sofre o tanto quanto ele?

*Se você reclama sobre o seu sistema de transporte, que tal eles?
*Se a sua sociedade é injusta com você, que tal a dela?

*Aproveite a vida como ela é e como ela vem. As coisas são piores para os outros e muito melhores para nós.
*Existem muitas coisas na vida que irão surpreender os seus olhos mas poucas coisas irão surpreender o seu coração ... 
*Estudar te chateia? A eles não.


*Odeia verduras? Eles morrem de fome e as comeriam com prazer ...

*o carinho de seus pais cansa você? Eles não tem nenhum e adorariam receber esse carinho ... 

*Enjoado dos mesmos jogos? Eles não tem essa opção, pois eles não têm jogos pra brincar!
*Alguém te deu um adidas em vez de um Nike e você ficou chateado? Eles só tem uma marca pra calçar!

*Não está agradecido por uma cama para dormir? Eles gostariam de não acordar ou pelo menos de ter uma cama!


*você ainda está reclamando?
*Observe a sua volta e seja agradecido por tudo que você tem nessa vida passageira...
 * Nós somos afortunados, nós temos muito mais do que precisamos para ser feliz... 
Vamos tentar não alimentar esse ciclo sem fim de consumismo e imoralidade no qual essa 
sociedade 'moderna e avançada' esquece e ignora dois trilhões de irmãos e irmãs. 


* Vamos reclamar menos e ajudar mais!

Banco Pérola

Jovens empreendedores como Alessandra França, querem juntar em uma mesma iniciativa eficiência financeira, lucro e busca por melhorias sociais


FALTAVA DINHEIRO
Alessandra França fundou o Banco Pérola aos 23 anos para ajudar jovens empreendores das classes C, D, E a conseguirem capital para financiar seus projetos
Todo mundo já jogou ou sabe como funciona a dança das cadeiras: há sempre um lugar a menos do que o número de jogadores e quando a música para e as pessoas se sentam alguém sobra e é excluído da brincadeira. Agora imagine o mundo como uma grande dança das cadeiras, só que em vez de um, faltam quatro bilhões de lugares. Quatro bilhões de pessoas - cerca de dois terços da população mundial - sobraram, não conseguiram sentar e foram excluídas da sociedade contemporânea. Zygmunt Bauman escreve sobre essa condição no livro Vidas desperdiçadas, publicado em 2004. Bauman chama as pessoas que sobraram de “refugo humano”. De acordo com o sociólogo polonês, esse é um efeito colateral "inescapável" do progresso econômico. Por isso a ideia de que o planeta está cheio: o que falta não é espaço, mas "formas e meios de subsistência" para seus habitantes.

Essa massa de pessoas que sobraram é um dos principais problemas da nossa sociedade. A abordagem dos séculos passados era de mandar as pessoas que sobraram para lugares subdesenvolvidos e fingir que aqueles “lixões de refugo” não existiam. Com a globalização, entretanto, até mesmo os lugares mais atrasados começaram a sofrer pressões modernizantes: o mundo todo entrou na dança. Para o capitalismo do século 21, é necessário criar novos lugares para o maior número de pessoas possível. Por outro lado, não é novidade o discurso de que as classes sociais mais baixas têm um potencial econômico imenso. O desafio é tornar esse investimento atrativo e balancear rentabilidade e impacto social. Uma possível resposta para isso pode estar em algo conhecido como "negócio social".


Um negócio social tem lucro mas busca ao mesmo tempo exercer um impacto positivo na sociedade: uma espécie de híbrido entre uma empresa capitalista e uma ONG. Para Marcio Jappe, diretor executivo da Artemisia, empresa que treina pessoas para desenvolver e criar novos modelos de negócios, a pergunta por trás dessas iniciativas é: como transformar problemas sociais em oportunidades de negócios que promovam desenvolvimento humano? Jappe afirma que não é preciso escolher entre ganhar dinheiro ou fazer a diferença no mundo, você pode ter os dois ao mesmo tempo. A ideia é juntar o melhor do segundo e do terceiro setor: a eficiência econômica das empresas capitalistas com os impactos sociais planejados de ONGs e outras associações civis.


Um exemplo de negócio social brasileiro é o Banco Pérola. A microfinanciadora foi fundada em 2009 por Alessandra França, então com 23 anos, com ajuda da Artemisia. Trabalhando na coordenação de uma ONG, Alessandra percebeu que a falta de dinheiro e de crédito era um dos principais empecilhos para jovens empreendedores das classes mais baixas. Esse é exatamente o público-alvo do Pérola: pessoas de 18 a 35 anos das classes C, D e E. “Queremos ir à comunidade que a sociedade considera ferida, que quer botar para fora, e encontrar esses jovens talentos, as pérolas”, afirma. “Isso quebra o paradigma de que jovens não pagam e não têm comprometimento.” O Pérola emprestou mais de R$ 40 mil em 2010 e começa 2011 como correspondente de microcrédito da Caixa Econômica Federal.


Para criar o Banco Pérola, Alessandra foi inspirada pela iniciativa mais famosa - e pioneira - dos negócios sociais: o banco popular Grameen, de Bangladesh, criado em 1976 por Muhammad Yunus. Com a ideia simples de emprestar dinheiro para as camadas mais baixas e marginalizadas da população (quase a totalidade de seu país), Yunus, que ganhou o Nobel da Paz em 2006, inventou o microcrédito. Hoje, o Grameen já emprestou mais de US$ 8 bilhões para os pobres e serve de referência para uma nova geração que começa a desenvolver a ideia do negócio social e encarar sustentabilidade como uma vantagem competitiva. Os exemplos são abundantes e se espalham pelo mundo - sistemas de irrigação baratos no Quênia, um hospital de olhos na Índia, uma associação de produtores de alimentos ecológicos em São Paulo, entre outros.


O desenvolvimento desses negócios está em aberto e ainda não há muitos modelos consolidados. Nem mesmo o que fazer com os lucros é um consenso. No livro
Criando um negócio social, em que conta o surgimento do Grameen, Yunus defende que nesse tipo de iniciativa - que ele considera importante para o futuro do capitalismo - os lucros devem ser totalmente reinvestidos no negócio. Vikram Akula, por outro lado, fundador do SKS Microfinance, maior banco de microcrédito da Índia, afirma que "não há conflito entre ambição social e econômica". O SKS está até na bolsa de valores: a empresa realizou um oferta pública de ações em 2010, o que resultou em críticas pesadas de Yunus, que diz não acreditar ser possível manter o foco no impacto social tendo que apresentar lucro para acionistas.

Dentro dessa diversas abordagens, parece existir uma ideia original: algo diferente de empresas e atividades sem fins lucrativos clássicas, que se relaciona com uma atual cultura de criar coisas novas a partir da convergência de práticas conhecidas. Embora as últimas décadas tenham visto o aumento do número de ONGs e o fortalecimento da filantropia, e agora empresas cada vez mais usem termos como “sustentabilidade” e “responsabilidade social”, uma abordagem própria na direção em que caminham os negócios sociais é importante. Essa diferença pode ser essencial para o desenvolvimento da sociedade do século 21. O próximo passo é colocar cada vez mais lugares na dança das cadeiras do mundo. 

por Renan Dissenha Fagundes

Médicos cubanos no Haiti deixam o mundo envergonhado

No Haiti cubanos fazem o que o mundo prometeu e não cumpriu


Números divulgados na semana passada mostram que o pessoal médico cubano, trabalhando em 40 centros em todo o Haiti, já trataram mais de 30.000 doentes de cólera desde outubro. Eles são o maior contingente estrangeiro, tratando cerca de 40% de todos os doentes de cólera. Um outro grupo de médicos da brigada cubana Henry Reeve, uma equipe especializada em desastre e em emergência, chegou recentemente. Uma brigada de 1.200 médicos cubanos está operando em todo o Haiti, destroçado pelo terremoto e pela cólera. Enquanto isso, a ajuda prometida pelos EUA e outros países...


Os paraísos artificiais e os infernos reais

Bastam uns dias experimentando a sensação de terror frente à guerra ao vivo na TV para que a classe média e sua “opinião pública” mostrem suas presas afiadas ávidas por sangue. Diante da urgência de restabelecer a paz aparente, soa forte a demanda por atacar, cobrar-lhes aos pobres o preço de sua condição, lavar com sangue a ameaça à tranqüilidade da paisagem.

A urgência em responder aos ataques do que se presume ser o “crime organizado” é inimiga da inevitável constatação de que não há solução imediata para a questão da segurança pública no Rio e nas demais capitais brasileiras. “Apressado come cru”, diria minha sábia avó Isabel, uma brasileira mestiçada de africanos e índios, que aprendeu a ler praticamente sozinha, e que recebeu este nome em homenagem àquela que assinou-nos a Lei Áurea. Lei essa que ainda não clareou os porões do navio. 

A realidade da sensação de guerra, a instabilidade emocional da ameaça, o sangue nas feridas abertas em tantos inocentes e o terror da insegurança é o prato feito diário das comunidades pobres do Rio e da periferia de praticamente todas as cidades brasileiras. Os paraísos artificiais se constroem na distância e no descaso com o que acontece aos brasileiros que não moram nas ruas da classe média, foi sempre assim, esse é nosso fosso histórico. Essa é nossa miopia como povo que ainda não nasceu, porque ainda é incapaz de se irmanar. 

Perguntas óbvias escapam das análises alarmadas frente aos incêndios de veículos em vias públicas: O que faz da fabricação, venda e circulação de armas e munição uma atividade tolerada e do comércio dos entorpecentes o cavalo de batalha? De um lado a atividade mortífera e lucrativa das armas e munições é tolerada lícita e ilicitamente nas barbas do poder público. Do outro lado o consumo e venda de drogas é bucha de canhão para legitimar extorsões realizadas pelas polícias seja na forma do “arrego” junto ao tráfico, seja fazendo “rodar” os usuários de classe média que pagam pedágio pelo porte. 

Nos fronts da guerra ao vivo vê-se de um lado "criminosos, bandidos, traficantes" e do outro policias representantes do Estado e da violência legitimada pelo exercício do poder das instituições do Direito. Em ambos os lados da guerra os filhos do povo pobre derramando seu sangue... No meio da guerra, do fogo cruzado, está lá o povo pobre que usa os péssimos serviços públicos de transporte e não pode se esconder nos seus condomínios de luxo protegidos pela segurança privada. Os pobres aqui pagaram sempre o preço! Até quando?

Para a classe média e a hipocrisia de sua opinião pública veiculada na velha mídia o confronto é sempre o horizonte do alívio. A sanha de vingança, o desejo de silenciar o mal mostra a pior face do desprezo pelo povo: as vozes clamando ataque e o clamor pelo extermínio dos “bandidos” ganha eco à céu aberto, sob a complacência dos que querem de volta seus paraísos artificiais e sua paisagem de cartão postal. Esse é o maior horror! Há um erro cruel em tudo isso: não ataca com sua solução aparente a causa da violência nem considera a inexorável “teoria da mosca”. Teoria da mosca? Não sabe o que é? Toca Raul! “Eu sou a mosca que perturba o seu sono, eu sou a mosca no seu quarto a zumbizar...E não adianta vir me detetizar, pois nem o DDT pode assim me exterminar, porque você mata uma e vem outra em meu lugar...”

As estruturas de corrupção e violência que secularmente se reproduzem no tecido social brasileiro são mais que conjunturais. São cicatrizes. 

Pertencem à rede das relações e não serão eliminadas por via de soluções imediatas. São característica da sociabilidade e é como tal que devem ser tratadas pelo conjunto da sociedade. Não apenas pelo poder público, as polícias, os governos. O Brasil nunca esteve tão pronto para encarar de frente a dura realidade da ferida da miséria, do abandono dos pobres à sua própria sorte. 

O que é preciso que se afirme é que não há solução imediata e que o maior gesto de coragem vem justamente de assumir esta realidade! 

Precisamos formular uma AGENDA PARA O RIO, uma plataforma cidadã com poder de implementação de políticas públicas integradas que atue junto ao Palácio da Guanabara e demais instâncias de governo. O Rio exige a mais ampla colaboração dos distintos setores e iniciativas da sociedade civil e pode ser exemplo cidadão para a segurança pública brasileira como um todo. Podemos agendar um futuro a partir do drama do presente! O lugar que ocuparemos no mundo exige!

Como forma de ação imediata frente à crise atual é preciso que esta AGENDA afirme: controle urgente sobre a fabricação e a comercialização de armas e sobretudo a circulação da munição, lícita e ilícita; ocupação cívil das comunidades carentes com políticas públicas de cultura, educação e inclusão digital e cidadã; respeito incondicional com a vida e a dignidade das populações pobres e valorização da participação democrática das comunidades nas decisões locais; garantia de tratamento justo e reinserção social para as vítimas da incompetência histórica das elites em assegurar para o povo direitos básicos de cidadania; Nenhuma confiança nas explicações fáceis, nas soluções paliativas, nem no terror bombardeado ao vivo pela velha mídia. Ocupar as ruas com o amor é a maior arma contra a guerra! O Rio é nosso!

Nunca é demais lembrar que transferir para governos e instituições a responsabilidade para questões complexas e tão amplas é no mínimo “lavar as mãos”. Só a parceria entre a sociedade e o poder público pode ser capaz de empreender ações estratégicas e reais que repercutam a largo e curto prazo. Afinal a lógica de manter uma "paz" aparente, é em si um ato de violência contra comunidades inteiras cuja "ordem" representa dia a dia chorar e enterrar seus filhos que nunca se sabe se voltarão para casa ao fim do dia. 

A lógica do confronto só alimenta a indústria da morte e violência gera violência como gentileza deveria gerar gentileza. A "paz" que nos oferecem dia é dia é uma mentira, não resiste a um passeio noturno pela cidade maravilha e é paga à custa de carne humana, triturada, na violência e na miséria. Nem mais armas nem mais mortes! O alívio da classe média e da opinião pública não vale uma vida humana sequer! 

Se este país que agora encontra o caminho para se libertar das correntes da miséria e com elas vencer a violência diária vier a se tornar realmente um país de classe média será um lugar lindo de viver. Porque a miséria será vencida. Porque a violência diária pertencerá ao passado de exclusão. Porque a moral da classe média será contaminada pelo espírito festivo e alegre do povo pobre, que é nobre, generoso, fraterno e um dia vencerá o passado que lhe aprisiona nas favelas, nos morros e nos subúrbios sem lei. Havemos de amanhecer!

Ricardo Targino cineasta, seu último filme ENSOLARADO compôs as seleções oficiais de prestigiados eventos como o Festival de Locarno, Festival do Rio, Festival de Mar del Plata, Festival de Paulínia, dentre outros.


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Natal é tempo de solidariedade

Assim, os empresários e quem mais quiser colaborar com a campanha anual Amigos em Ação - que arrecada alimentos, distribuídos no Natal, as entidades que tratam de idosos e crianças carentes - têm até o dia 4 de dezembro, para fazer sua doação. Nesse dia, como todo ano acontece, haverá o almoço de encerramento da campanha, no Hotel Gran Marquise, quando se realizará o leilão das 74 obras de arte de 42 artistas plásticos e fotógrafos que doaram seus trabalhos em benefício da feliz iniciativa.

No ano passado, arrecadaram-se 24, 5 toneladas de alimentos não perecíveis. 

A expectativa dos organizadores é arrecadar 28 toneladas neste
 ano. 

As doações estão sendo recebidas na Alessandro Belchior Imóveis, na Avenida Senador Virgílio Távora, 150. 

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Leilão do Bem

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A Alessandro Belchior e parceiros lançam a 18ª edição do projeto Amigos em Ação, com o tema "Arte e amizade por um Natal mais digno para quem precisa". 


A campanha foi desenvolvida e doada pela Promosell. 


O ponto alto será um leilão de obras de arte doadas por artistas plásticos cearenses.
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O grande Scott

Ele teve a perfeita vida de solteiro em Hollywood, até visitar a Ásia e ver coisas que o fizeram não conseguir voltar à antiga realidade.
por Robert Kiener

Sinto o cheiro do depósito de lixo antes de vê-lo. Fui a Phnom Penh acompanhar Scott Neeson numa de suas visitas regulares a Steung Meanchey, a montanha de 30 metros de lixo em decomposição que cobre 11 hectares perto da capital do Camboja. Com botas de borracha e calças e camisas que depois jogaremos fora, Neeson e eu escalamos a montanha de detritos. O fedor é insuportável: uma mistura de enxofre, carne podre e excrementos.
Engulo a náusea quando respiro a fumaça acre e espessa de centenas de pequenos fogos que não param de arder. “Cuidado”, diz Neeson, e aponta uma agulha hipodérmica jogada fora. “Pise nisso aí e pode pegar Aids ou hepatite.” Além do lixo da cidade, os hospitais jogam ali seringas usadas, partes de corpos e até fetos abortados.

Andar em cima do lixo é como andar num colchão de água: um passo em falso e podemos cair numa poça de lama tóxica, como se fosse areia movediça. Do alto do enorme depósito, através da névoa enfumaçada, vejo dezenas de catadores de lixo. Há alguns adultos, mas muitos são crianças.

É espantoso que muitas delas estejam descalças. Todas têm a pele enegrecida pelo sol e pela sujeira. Todas levam um saco nas costas para recolher material reciclável. Uma caravana de caminhões de lixo transbordantes se aproxima ruidosamente, seguida de perto por uma fila de catadores, todos ansiosos para chegar primeiro quando os caminhões despejarem a carga. 
“Os motoristas são impiedosos”, diz Neeson. “Todo ano atropelam e matam catadores.”
Neeson saúda vários deles perguntando: “Tudo bem?” Se alguma criança se machucou ou foi surrada, ocorrência comum no lixão, ele ajuda a conseguir assistência médica. A uns 50 metros, vejo três catadores deitados no lixo, debaixo de um abrigo de plástico e papelão.
– Estão descansando? – pergunto a Neeson.
– Não. Eles moram ali.

As crianças correm para Neeson e gritam, eufóricas: “Quero estudar! Por favor, me leve para a escola!” Neeson é famoso aqui; faz várias visitas por semana e já pôs mais de 400 crianças do lixão a cargo da instituição que fundou, o Cambodian Children’s Fund (CCF, Fundo das Crianças Cambojanas). Mas ainda há crianças que precisam de ajuda. “É de cortar o coração”, diz ele ao se agachar e equilibrar no joelho um menino de 6 anos de olhos brilhantes. “Gostaria de poder ajudar todas as crianças daqui...”

A história de como Scott Neeson passou a resgatar crianças abandonadas que vivem como ratos no meio do lixo parece um roteiro de filme, numa ironia que ele percebe muito bem. Em 2003, Neeson, de 44 anos, era um alto executivo do cinema, apelidado de “Mr. Hollywood” pelos meios de comunicação. Tinha tudo o que fez a aparência externa de Hollywood: ganhava mais de um milhão de dólares por ano como vice-presidente de marketing da Sony Pictures, morava numa mansão em Beverly Hills, possuía um iate de 12 metros, um Porsche 911, uma motocicleta cara e um utilitário de luxo.

Trabalhava e se divertia em festas com Mel Gibson, Tom Cruise, Harrison Ford e outros. Não era casado, mas estava sempre de braços dados com namoradas estonteantes.

Sua ascensão na indústria cinematográfica de Hollywood foi meteórica. Depois de abandonar o secundário na Austrália com 16 anos, arranjou emprego durante o dia como assistente numa pequena empresa que gerenciava cinemas no subúrbio e drive-ins em Adelaide; à noite, trabalhava como lanterninha e auxiliar de projeção. Apesar da falta de estudo formal, estava decidido a vencer na vida, e era muito trabalhador. Os patrões perceberam. Foi trabalhar numa distribuidora de filmes em Sydney e começou a subir na carreira, entrando na distribuição e na produção de cinema. Finalmente, foi chamado para trabalhar em Hollywood.
Mas faltava alguma coisa. Como disse a um amigo de confiança, “precisa haver mais coisa na vida além de fazer filmes”. Os colegas acharam que Neeson estava com estafa, coisa bastante comum no mundo estressante e competitivo do cinema de Los Angeles.

Em 2003, ele pegou um avião e partiu para uma viagem de cinco semanas pela Ásia, de mochila e motocicleta. “Vai ser ótimo”, foi o que todos disseram. “Ele só precisa esfriar a cabeça.”

Embora Neeson só pretendesse passar alguns dias em Phnom Penh, a pobreza que viu lá, combinada ao encanto e à graça dos cambojanos sofredores que conheceu, o afetou. Cancelou boa parte da viagem pela Ásia e começou a explorar a cidade. Por toda parte, via pobreza e carência. Depois de conhecer um menino que pedia esmola na rua, ofereceu-se para ajudar a família paupérrima. Pagou o aluguel, comprou uma geladeira e também pagou a escola das crianças. Quinze dias depois, descobriu que os pais do menino tinham vendido tudo o que ele lhes dera e gastado o dinheiro em jogo e bebida.

Um amigo cambojano o chamou e disse: “Você está sendo ingênuo, Scott. Essas pessoas estão se aproveitando de você.” Ele aconselhou Neeson a ir ao famoso lixão de Steung Meanchey, em Phnom Penh, lar dos mais pobres do país. “Lá há crianças que realmente precisam de ajuda.”
A cena do lixão deixou Neeson em lágrimas. Centenas de catadores, entre os quais crianças abandonadas, reviravam as pilhas tóxicas atrás de material reciclável na esperança de ganhar o suficiente para comer.

Crianças de até 2 anos, abandonadas por mães cujos novos maridos se recusavam a sustentar filhos de casamentos anteriores, moravam nos montes de lixo.Ele percebeu uma criança miúda em farrapos, tão coberta de fuligem que não conseguiu ver se era menino ou menina. Pediu ao intérprete que chamasse a criança. O nome dela era Rithy, e tinha 12 anos. A menina lhe disse que nunca fora à escola. Outra menina, Nich, de 9 anos, se aproximou e ficou ouvindo. Ambas cheiravam mal. Ele perguntou às meninas se poderia conhecer a mãe delas e deu 10 dólares para cada uma. Combinou de encontrá-las no dia seguinte.

Na hora marcada, sentado num café à beira do rio no bairro turístico de Phnom Penh, duas crianças se aproximaram da mesa. Eram Rithy e Nich, tão limpas, tão transformadas que Neeson não as reconheceu.

Ele prometeu às mães 50 dólares por mês se mandassem as meninas para a escola em vez de obrigá-las a trabalhar no lixão. Elas concordaram. Ao ver as meninas alegres, tomando sorvete pela primeira vez na vida, perguntou-se: Basta isso para mudar a vida de duas crianças?

Quando o avião que ia para Bangcoc, de onde faria a conexão para Los Angeles, sobrevoou Phnom Penh, Neeson olhou a cidade lá embaixo e pensou: É simples. Tenho tanto e eles têm tão pouco...

Em seguida, decidiu aproveitar as diversas viagens internacionais para passar alguns dias por mês em Phnom Penh. Em sete meses, Neeson já tinha alugado um prédio na cidade, contratado uma pequena equipe e resgatado 12 crianças das ruas e do lixão de Steung Meanchey. Pensava em mudar-se de vez para lá, mas estava indeciso.

Então, numa das visitas à capital cambojana, o celular tocou. Era um astro do cinema e seu agente, ligando da Europa durante uma turnê promocional que Neeson organizara.
– Scott, temos um problema – disse o agente.
Neeson, que naquela manhã soubera que cinco crianças do novo abrigo estavam com febre tifoide, respondeu: 
– O que há?
– Um problema grave – disse o agente. – O avião particular que o estúdio contratou não tem a marca certa de água mineral nem o tipo de comida que pedimos. Não vamos embarcar enquanto não derem um jeito.
Nisso, o astro tirou o aparelho da mão do agente e disse:
– Scott, a minha vida NÃO deveria ser tão difícil. Dê um jeito!
Foi a gota d’água. Pouco depois, Neeson pediu demissão e disse adeus a Hollywood, ao Porsche, ao iate, à motocicleta e ao salário.

Em 2004, fundou o CCF, com mais de 100 mil dólares do próprio bolso. Para não gastar muito, passou a dormir no sofá do pequeno escritório que tinha no prédio que a nova instituição alugara em Phnom Penh. E passou também a percorrer a cidade numa scooter.
A princípio, planejou abrigar, alimentar e educar 45 crianças e contratar oito funcionários. No fim do primeiro ano, estava com quase 100 crianças. Um ano depois, com 200.
Hoje, o CCF dá moradia, alimentação, roupas, assistência médica, educação e treinamento vocacional a mais de 400 crianças e tem 47 funcionários.

Dentro de uma bem arrumada residência de quatro andares, dezenas de crianças digitam no computador, estudam inglês ou fazem a sesta nos dormitórios bem-cuidados.
Uma van estaciona em frente. “Scott chegou!”, gritam as crianças, correndo alegremente escada abaixo. Entra um homem alto, de olhos azuis, que joga longe os chinelos e pega no colo duas crianças eufóricas. Duas outras pulam nas suas costas, enquanto Neeson, de 1,80 metro, caminha pelo grupo cada vez maior de crianças animadíssimas, todas pedindo: “Quero colo, Scott!”

Sorrindo de orelha a orelha, Neeson pergunta: “Já viu tanta alegria num lugar só?”
Boa pergunta para um homem que teve profundas alegrias na vida. Não dá para saber se Scott Neeson sente saudades de Hollywood. Na verdade, ele afirma: “Prefiro não falar sobre essa época. É passado.”

Ele volta à antiga cidade várias vezes por ano para levantar a quantia anual de 1,85 milhão de dólares de que precisa para manter o CCF, mas, depois de uma semana em Los Angeles, confessa que não vê a hora de voltar a Phnom Penh e à “realidade”, como diz. Não gosta de se apresentar em público e prefere deixar a história dos “seus garotos” falar por si.
Há Kunthea, de 17 anos, que ficou órfão aos 3 e morou no lixão quase a vida toda. Hoje, depois de aprender inglês no CCF, trabalha como chef do elegante Metro Café de Phnom Penh. E pretende abrir o próprio restaurante.

Há Eang, de 9 anos, que estava imunda e coberta de feridas quando Scott a encontrou. Hoje tem boa saúde, mora numa unidade do CCF e frequenta a escola pública vizinha. Quer ser professora de inglês.

Nyta, de 13 anos, nunca tinha ido à escola quando Scott a encontrou no lixão. Um patrocinador local pagou a mensalidade de uma escola de língua inglesa prestigiada na cidade. Desdenhada pelos outros alunos como “catadora de lixo”, ela costumava voltar em lágrimas para o abrigo do CCF. Mas nunca desistiu. “Foi a melhor aluna do primeiro ano”, diz Neeson, orgulhoso.

Já chamaram Neeson de “milagreiro”. A Escola de Saúde Pública de Harvard o descreveu como “exemplo de coragem”. Joseph Mussomeli, ex-embaixador americano no Camboja, diz que “Scott salva e muda vidas”.

Depois de cinco anos trabalhando no Camboja, Neeson admite que mal começou. “Agora essa é a obra da minha vida; estou comprometido com essas crianças.” Se alguma coisa lhe acontecer, ele tem um plano de sucessão para garantir a sobrevivência da entidade. Sua esperança é que algumas dessas crianças se transformem na nova geração que vai mudar o país.

O projeto recente de Neeson é uma escola-satélite para crianças que vivem numa favela junto ao lixão. “É só um galpão”, explica ele, cujo propósito é usar o espaço para ensinar inglês às crianças na lista de espera do CCF. “Todas querem aprender.”

Ele esperava 25 crianças quando abriu a nova escola. Hoje, são mais de 100. Recentemente, Neeson perguntou a uma delas, Leng, de 6 anos, o que queria de presente de aniversário.
“Ela ficou espantada”, lembra Neeson. “Nunca tinham lhe perguntado isso.” Alguns dias depois, a menina anunciou: “Quero um bolo de aniversário.”

“Comprei o maior bolo que encontrei e mandei pôr o nome dela em cima”, diz ele. Centenas de catadores de lixo foram à festa e cantaram Parabéns pra você para a menina boquiaberta.
“Ela chorou, eu chorei, muitos choraram”, diz Neeson. Depois que todos tinham voltado para as modestas moradias, Neeson passou pelo barraco de Leng e escutou-a cantando baixinho: “Parabéns para mim. Parabéns para Leng. Parabéns para mim.”

Em julho de 2009, o lixão de Steung Meanchey foi extinto pelo governo de Phnom Penh. Muitos catadores mudaram-se para o novo depósito, mais afastado da cidade, e o CCF está mais ocupado do que nunca em lhes prover ajuda e sustento.

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