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Além de dorminhoco, bipolar?

As pessoas vão as ruas dizer que esse sistema politico é falido. Foram às ruas e berraram que nenhum partido as representa. algumas querem até montar um partido novo, já que os que estão ai não os representa. Lhes é dada a opção de escolher pontos centrais nessa possível mudança. Elas não querem escolher elas querem assinar embaixo de uma reforma feita por aqueles partidos que elas disseram que não lhe representa. 

O gigante, além de dorminhoco é bipolar não?

Sem mobilização e luta popular, não haverá plebiscito

Sem mobilização e luta popular, não haverá plebiscito sobre a reforma política. A oposição, capitaneada pelo trio FHC-Aécio-Serra está contra; o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), diz que a bancada votará contra, ou a sua maioria; o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), propõe uma comissão para fazer a reforma na Câmara e depois um referendo; no Supremo Tribunal Federal e no Tribunal Superior Eleitoral, um ministro vira ativista político contra o plebiscito.


Os mesmos que exigem ações do governo federal para atender todas as demandas populares, não dos seus governos nos Estados e municípios; os mesmos que aprovam a toque de caixa, com medo das manifestações, leis de caráter populista e demagógico como a do passe livre para todos, para os que têm renda, ou a lei que transforma a corrupção em crime hediondo, quando o próprio STF já declarou inconstitucional parte da lei que o instituiu para outros crimes.



Os mesmos que na mídia clamam pelo atendimento de todas as reivindicações populares e já agora são contra o plebiscito. O povo que está nas ruas pode reivindicar tudo, menos decidir sobre o poder político, sobre aquilo que ele tem soberania natural, sobre sua Constituição e sobre como eleger o Poder Legislativo, o poder dos poderes.



Querem usar o povo que está nas ruas para seus objetivos políticos, eleitorais, como massa de manobra para fazer oposição ao governo Dilma, para tirar do poder o PT, para pôr fim às políticas e aos programas sociais, de distribuição de renda, de defesa do Brasil. Democracia só quando é para atender os interesses que representam, da elite. Quando o povo quer participar e decidir, não vale.



É preciso lembrar ao povo como governaram o Brasil os que hoje cinicamente atacam o governo Dilma, o PT e o ex-presidente Lula. Lembrar os anos FHC, o desemprego, com o país quebrado duas vezes, a privataria, o escândalo da reeleição – com a qual agora querem acabar –, o câmbio fixo que arruinou nossa indústria, os juros altos (de 27,5% reais ao ano) que dobraram a nossa dívida interna, que agora nos custa 5% do PIB, que falta na educação e na saúde, nos investimentos em inovação e tecnologia, em saneamento e mobilidade urbana.



É preciso lembrar que éramos um país endividado, quebrado, devendo para o FMI, de pires na mão e sem autoestima e prestígio internacional. Sem presença e liderança no mundo.

Zé Dirceu

PMDB defende redução de ministérios

- Presidenta, o que a senhora acha do PMDB da Câmara ser contra a sua proposta de plebiscito e aderir a propostas da oposição?

- Qual proposta da oposição o PMDB aderiu?

- Diminuir o número de ministérios.

- Bom, muito bom. Que os ministros do PMDB renunciem "ontem" para que eu nomeie outros hoje!

Dilma invocada

Aécio, Agripino, Freire e tucademos em geral acham que o povo é burro e não tem inteligência para responder algumas perguntas? Pois que tenham vergonha na cara e apresentem uma PEC - Proposta de Emenda Constitucional -, determinando quem sabe votar, exemplo:

  • Tem de ter o 2º grau completo
  • Curso superior
  • Tem de ser PHD
  • ...
Ora, ora tenha paciência. 

Esses tucademos passam o tempo todo chamando o povo de idiota para depois ir pedir voto. 

Bando de FHCs - Farsantes, Hipócritas, Cínicos - feladaputas

Plebiscito: Aécio e FHC já foram a favor

Roberto Freire também.
Hoje, porque a presidente Dilma(PT) sugeriu a realização de um para incentivar a realização da reforma política - a Mãe de todas as reformas -, eles são contra.
A oposição do governo Dilma está batendo cabeça. Quando a presidente sugeriu plebiscito para decidir sobre Constituinte exclusiva o tucano  Fernando Henrique Cardoso  ganhou espaço generoso nas páginas de jornais  para criticar a  Dilma: “A proposta é  “própria de regimes autoritários”, afirmou o ex presidente.

Mas, Fernando Henrique Cardoso não pensava assim quando ele,  em  duas ocasiões durante seu mandado defendeu, em duas campanhas eleitorais, a realização de assembleias constituintes exclusivas. Em 1994, o tucano propôs o instrumento para promover uma revisão constitucional. "Seis meses são suficientes para esses trabalhos. Basta ter vontade política", disse, em junho daquele ano. Quatro anos depois, quando concorria à reeleição, o então presidente  FHC defendeu a proposta de constituinte restrita com o objetivo de acelerar a aprovação das reformas tributária, política e do Judiciário.

Outro tucano que esqueceu o que disse e escreveu  é o candidato á presidência Aécio Neves. No site da Câmara Federal é possível encontrar o PDC 580/1997, de autoria do então deputado federal Aécio Neves (PSDB/MG)  de  1997. O Projeto de Decreto Legislativo tinha como objetivo convocar plebiscito sobre assembleia nacional constituinte revisora a ser instalada em fevereiro de 1999. Na  época da gestão FHC, Aécio Neves  era uma das principais lideranças tucanas no legislativo e estava perfeitamente  sintonizado com o governo tucano   e  seus objetivos.

Agora,  quando a presidente Dilma  lançou a proposta de    plebiscito popular  para fazer a reforma política no país, o candidato à presidência Aécio Neves (PSDB),  com os  presidentes dos  partidos, Agripino Maia( DEM) e Roberto Freire( PPS), divulgaram nota na qual se declaram contra a proposta .Aécio Neves  afirmou que a proposta apresentada por Dilma, de se convocar um plebiscito para criar uma Constituinte exclusiva para tratar da reforma política, é uma medida "perigosa" e "desnecessária".

Roberto Freire, presidente do PPS,  talvez não lembrou quando assinou a nota. Mas em 2009 o  PPS pediu  apoio da OAB para proposta de plebiscito sobre reforma política. O projeto  foi entregue pelo deputado federal Raul Jungmann (PPS-PE) ao presidente da época da OAB, Cezar Britto. O plebiscito deveria perguntar aos eleitores se o Congresso Nacional deve realizar uma reforma política ou não. Como se nota, parece que os três  presidentes dos partidos de oposição ao governo Dilma tem  problema de memória. Ou,  esqueceram o que eles mesmos fizeram a bem pouco tempo atrás.

O povo pediu nas ruas e a presidenta Dilma atendeu: quer consulta popular, o plebiscito     para reformar a política, já que no Congresso está travado há anos.

Dilma se aliou ao povo, em seus desejos de mudanças para desintoxicar a política de seus vícios.

A proposta de plebiscito para reforma política tem gerado divergências.

É importante que todos tomem conhecimento sobre o que Dilma pretende e  por que a oposição ao governo Dilma é contra. 

Veja a diferença entre plebiscito e referendo Aqui

Porque o PSDB é contra o plebiscito

Qual a diferença entre Plebiscito e Referendo

Pinçado do livro Contos fora de moda de Aluizio Azevedo (1894) e finalizado com colaborações do Facebook (2013)
A família está toda reunida na sala de jantar.
O senhor Rodrigues palita os dentes, repimpado numa cadeira de balanço. Acabou de comer como um abade.
Dona Bernardina, sua esposa, está muito entretida a limpar a gaiola de um canário belga.
Os pequenos são dois, um menino e uma menina. Ela distrai-se a olhar para o canário. Ele, encostado à mesa, os pés cruzados, lê com muita atenção uma das nossas folhas diárias. 
Silêncio.
De repente, o menino levanta a cabeça e pergunta:
- Papai, qual é a diferença entre plebiscito e referendo?
O senhor Rodrigues fecha os olhos imediatamente para fingir que dorme.
O pequeno insiste:
- Papai?
Pausa:
- Papai?
Dona Bernardina intervém:
- Ó seu Rodrigues, Manduca está lhe chamando. Não durma depois do jantar, que lhe faz mal.
O senhor Rodrigues não tem remédio senão abrir os olhos.
- Que é? Que desejam vocês?
- Eu queria que papai me dissesse qual a diferença entre plebiscito e referendo.
- Ora essa, rapaz! Então tu vais fazer doze anos e não sabes ainda qual a diferença entre referendo e plebiscito?
- Se soubesse, não perguntava.
O senhor Rodrigues volta-se para dona Bernardina, que continua muito ocupada com a gaiola:
- Ó senhora, o pequeno não sabe qual a diferença entre referendo e plebiscito!
- Não admira que ele não saiba, porque eu também não sei.
- Que me diz?! Pois a senhora não sabe?
- Nem eu, nem você; aqui em casa ninguém sabe qual a diferença entre referendo e plebiscito.
- Ninguém, alto lá! Creio que tenho dado provas de não ser nenhum ignorante!
- A sua cara não me engana. Você é muito prosa. Vamos: se sabe, diga qual é a diferença! Então? A gente está esperando! Diga!...
- A senhora o que quer é enfezar-me!
- Mas, homem de Deus, para que você não há de confessar que não sabe? Não é nenhuma vergonha ignorar qualquer palavra. Já outro dia foi a mesma coisa quando Manduca lhe perguntou o que tinha sido a sonegação da Globo. Você falou, falou, falou, e o menino ficou sem saber!
- Sonegação da Globo - acudiu o senhor Rodrigues - foi o blogueiro sujo - Miguel do Rosário - que revelou.
- Sim, agora sabe porque foi ao Google; mas dou-lhe um doce, se me disser o qual é a diferença sem usar o notebook!
- Que gostinho tem a senhora em tornar-me ridículo na presença destas crianças!
- Oh! Ridículo é você mesmo quem se faz. Seria tão simples dizer: - Não sei, Manduca, não sei qual a diferença; vai buscar o notebook, meu filho.
O senhor Rodrigues ergue-se de um ímpeto e brada:
- Mas se eu sei!
- Pois se sabe, diga!
- Não digo para me não humilhar diante de meus filhos! Não dou o braço a torcer! Quero conservar a força moral que devo ter nesta casa! Vá para o diabo!
E o senhor Rodrigues, exasperadíssimo, nervoso, deixa a sala de jantar e vai para o seu quarto, batendo violentamente a porta.
No quarto havia o que ele mais precisava naquela ocasião: algumas gotas de água de flor de laranja e um tablet...
A menina toma a palavra:
- Coitado de papai! Zangou-se logo depois do jantar! Dizem que é tão perigoso!
- Não fosse tolo - observa dona Bernardina - e confessasse francamente que não sabia!
- Pois sim - acode Manduca, muito pesaroso por ter sido o causador involuntário de toda aquela discussão - pois sim, mamãe; chame papai e façam as pazes.
- Sim! Sim! Façam as pazes! - diz a menina em tom meigo e suplicante. - Que tolice! Duas pessoas que se estimam tanto zangaram-se por causa do plebiscito!
Dona Bernardina dá um beijo na filha, e vai bater à porta do quarto:
- Seu Rodrigues, venha sentar-se; não vale a pena zangar-se por tão pouco.
O negociante esperava a deixa. A porta abre-se imediatamente. Ele entra, atravessa a casa, e vai sentar-se na cadeira de balanço.
- É boa! - brada o senhor Rodrigues depois de largo silêncio - É muito boa! Eu! Eu ignorar a diferença entre plebiscito e referendo! Eu!... A mulher e os filhos aproximam-se dele.
O homem continua num tom profundamente dogmático:
- Plebiscito, referendo...
E olha para todos os lados a ver se há ali mais alguém que possa aproveitar a lição.
- Plebiscito é quando você escolhe o que vai comer na hora do almoço.
- Referendo é quando você não escolhe o que vai comer e lhe servem gororoba que eles fizeram.
- Ah! - suspiram todos, aliviados.
- Entenderam a diferença? 


PML: economia não é feita por anjos nem a política encenada por querubins

Em minha humilde ignorância, confesso que não entendo quem diz que o plebiscito sobre reforma política pode custar caro demais. Meio bilhão, disse alguém.
Até ministros do STF tocaram neste assunto. 
Data Venia, eu acho estranho. 
Falar em meio bilhão ou até mais é falar de uma pechincha. 
Nós sabemos que o Brasil tem um dos sistemas eleitorais mais caros do mundo. Isso porque é um sistema privado, em que empresas particulares disputam o direito de alugar os poderes públicos para defender seus interesses em troca de apoio para seus votos. As estimativas de gastos totais – é disso que estamos falando -- com campanhas eleitorais superam, com facilidade, meio bilhão de reais. São gastos que ocorrem de quatro em quatro anos, aos quais deve-se acrescentar uma soma imponderável, o caixa 2. Sem ser malévolo demais, não custa recordar que cada centavo investido em campanha é recuperado, com juros, ao longo do governo. Quem paga, mais uma vez, é o contribuinte.  
O debate não é apenas este, porém.   
Um plebiscito pode dar um impulso decisivo para o país construir um sistema de financiamento público, em que os recursos do Estado são empregados para sustentar a democracia – e não negócios privados. 
Explico. Nos dias de hoje, o limite dos gastos eleitorais é dado pelo volume dos interesses em jogo. Falando de um país com um PIB na casa do trilhão e uma coleção de interesses que giram em torno do Estado na mesma proporção, você pode imaginar o que está em jogo a cada eleição. 
Bancos contribuem com muito. Empreiteiras e grandes corporações, também. Como a economia não é feita por anjos nem a política encenada por querubins, o saldo é uma dança milionária na campanha. Troca-se o dinheiro da campanha pelo favor do governo. Experimente telefonar para o gabinete de um simples deputado e pedir para ser atendido. Não passará do cidadão que atender o telefone e anotar o recado, certo? 
Mas dê um milhão de reais para a campanha deste deputado e conte no relógio os segundos que irá esperar para ouvir sua voz ao telefone. Não é humano. É político. 
Não venha me falar que isso acontece porque o brasileiro está precisando tomar lições de moral na escola e falta colocar corruptos na cadeia em regime de prisão perpétua. 
O sistema eleitoral norte-americano é privado, os poderes públicos são alugados por empresas de lobistas e muito daquilo que hoje se faz por baixo do pano, no Brasil, pode-se fazer às claras nos EUA. 
A essência não muda, porém. Empresas privadas conseguiram impedir uma reforma do sistema de saúde que pudesse atender à maioria da população a partir de uma intervenção maior do Estado, como acontece na Europa. Por causa disso, os norte-americanos pagam por uma saúde mais cara e muito menos eficiente em comparação com países de desenvolvimento semelhante. 
A força do dinheiro privado nos meios políticos explica até determinadas aventuras militares, estimulando investimentos desnecessários e nocivos ao país e mesmo para a humanidade. 
Só para lembrar: na Guerra do Iraque, que fez pelo menos 200.000 mortos, George W. Bush beneficiava, entre outros, interesses dos lobistas privados do petróleo, negocio dos amigos de sua família, e de empresas militares, atividade do vice Dick Cheney. 
Essa é a questão. A reforma política poderá consumar a necessária separação entre dinheiro e política, ao criar um sistema de contribuição pública exclusiva para campanhas eleitorais, ponto decisivo para uma política feita a partir de ideias, visões de mundo, valores e propostas – em vez de interesses encobertos e fortunas de bastidor. 
Pense na agenda do país para os próximos anos. Os interesses privados, mais do que nunca, estarão cruzados no debate público. Avançando sobre parcelas cada vez maiores da classe média e dos trabalhadores, os planos privados de saúde só podem sobreviver com subsídios cada vez maiores do Estado. O mesmo se pode dizer de escolas privadas. 
Não se trata, é obvio, de uma batalha fácil. Não faltam lobistas privados para chamar o financiamento público de gigantismo populista e adjetivos do gênero. Eles não querem, na verdade, perder a chance de votar muitas vezes. No dia em que vão à urna, como eu e você. No resto do mandato dos eleitos, quando pedem a recompensa por seus favores. 
Com este dinheiro, eles garantem um privilégio. Impedem a construção de um país onde cada eleitor vale um voto. 
Os 513 congressistas que irão debater a reforma política são filhos do esquema atual. Todos têm seus compromissos com o passado e muitos se beneficiam das receitas privadas de campanha para construir um patrimônio pessoal invejável. As célebres “sobras de campanha” estão na origem de muitas fortunas de tantos partidos, não é mesmo? 
O plebiscito é um caminho para se mudar isso. Permitirá um debate esclarecedor a esse respeito. Caso o financiamento público seja aprovado, colocará a opinião da população na mão dos deputados que vão esclarecer a reforma.
por Paulo Moreira Leite

Plebiscito x Referendo

Plebiscito: 
você vota... os políticos engolem.

Referendo: 
os políticos votam... você engole.

Abra o olho.

Fique esperto.

Lula desmente a Folha de São Paulo

A GAFE - Globo, Abril, Folha, Estadão - mentem descaradamente, são desmentidos e fazem cara de paisagem. Amanhã virão com muitas outras mentiras mais.
São fantasiosas, sem qualquer base real, as opiniões que me foram atribuídas pela Folha de S.Paulo, em matéria (de Catia Seabra ( ???) e Márcio Falcão – PHA) publicada hoje na página 4 do jornal. Não fiz qualquer crítica nem em público, nem em privado à atuação da presidenta Dilma Rousseff nos recentes episódios. Ao contrário, minha convicção é de que a companheira Dilma vem liderando o governo e o país com grande competência e firmeza, ouvindo a voz das ruas, construindo soluções e abrindo caminhos para que o Brasil avance, nossa democracia se fortaleça e o processo de inclusão social se consolide. 

Em particular, a presidenta mostrou extraordinária sensibilidade ao propor a convocação de um plebiscito sobre a reforma política. A iniciativa tem o mérito de romper o impasse nessa questão decisiva, que há décadas vem entrando e saindo da agenda nacional, sem lograr mudanças significativas. Ouvindo o povo, nosso sistema político poderá se renovar e aperfeiçoar. É o que se espera dele.

Luiz Inácio Lula da Silva

José Dirceu: pacto pela reforma política

Coube à presidenta, Dilma Rousseff, dar concretude às inúmeras reivindicações, não raro contraditórias, que foram expostas nas manifestações das últimas semanas.
Ciente da importância da voz das ruas, Dilma propôs cinco pactos "em favor do Brasil", como ela chamou, que traduzem em ações objetivas os clamores por melhorias no transporte público, no sistema de Saúde, na Educação, na representatividade política e na responsabilidade fiscal.
Após reunião com governadores e prefeitos, Dilma apresentou, na segunda-feira, propostas como o avanço da reforma política, a alteração na lei para definir corrupção como crime hediondo, a contratação de médicos estrangeiros para trabalhar exclusivamente no SUS e a destinação de mais de R$ 50 bilhões em investimentos para mobilidade urbana. Com isso, a presidenta deu exemplos práticos de como os gritos pelo fim da corrupção e por mais saúde e transporte podem ser, sim, atendidos e transformados em realidade.
É claro que a oposição, partidária do "quanto pior, melhor", imediatamente começou a criar obstáculos -- mal disfarçados sob a aparência de restrições técnicas -- às propostas apresentadas. As maiores críticas couberam à sugestão de reforma política.
Ora, as manifestações deixaram evidente o descontentamento da população com nosso sistema político. O povo critica a forma de representação atual no Congresso, nas Assembleias Legislativas e nas Câmaras Municipais; desconfia do modelo de financiamento das campanhas eleitorais; acredita que seus representantes são, na verdade, representantes de poderosos setores econômicos.
Esse descrédito geral preocupa qualquer um que genuinamente se importe com a preservação da democracia em nosso país.
A reforma política, portanto, é mais que urgente. E, diga-se, há tempos o PT tem levantado essa bandeira e buscado colocar o debate na pauta nacional. Mas, até a ocorrência das manifestações, o debate estava interditado pela oposição e pelos grandes veículos de mídia, que se beneficiam de maneira indireta do atual sistema político-eleitoral.
Se a oposição novamente não colaborar para atendermos essa urgência, e preferir boicotar a proposta de Dilma apenas visando uma vantagem nas próximas eleições, vai acabar dando um tiro nos próprios pés -- pois só dá argumentos àqueles que, flertando com a volta do regime autoritário, veem a classe política como descolada da realidade do país e, por isso, desnecessária.
Assim, o desafio neste momento é mapear as legítimas reivindicações ouvidas nas ruas, afastar as ideias ofensivas à democracia e buscar o que é possível atender em benefício do Brasil e do fortalecimento democrático.
Cabe agora ao Congresso Nacional -- como fez com a aprovação dos 75% dos royalties do pré-sal para a Educação e 25% para a Saúde -- encaminhar, com o apoio e sob a pressão da sociedade civil, as tratativas para que esse grande pacto ganhe os devidos contornos legais.
O ideal é que esse importante passo da reforma política seja dado por meio de um plebiscito popular, o que depende de aprovação do Congresso Nacional. Mas a oposição, dando mais uma demonstração de como despreza a opinião dos brasileiros comuns, já se apressou em classificar essa possibilidade como "inviável".
A oposição não rejeita a reforma política apenas por causa da sugestão de que essa reforma poderia ser feita via plebiscito ou por meio de uma Constituinte específica. Há muito tempo o PT tenta fazer essa proposta avançar no Congresso, mas enfrenta a resistência dos mesmos que agora apresentam restrições "técnicas" ao pacto proposto pela presidenta Dilma.
Na Câmara dos Deputados, já há um relatório pronto, de autoria do deputado Henrique Fontana (PT-RS), com todos os pontos da reforma política. Mas o bloqueio da oposição impede que a Casa vote esse relatório.
Será que a oposição não ouviu os clamores por maior representação popular? A oposição vive em um mundo tão fantasioso que imagina que vai se beneficiar pelo clima de descontentamento revelado pelas manifestações? A oposição realmente acredita que o povo foi às ruas para receber, em troca, novas demonstrações de insensibilidade política e para ser usado no vale-tudo eleitoral?
A presidenta Dilma mostrou disposição ao diálogo e o esforço para atender as mudanças pedidas pela população tem todo apoio do PT. Um esforço que deve ser nacional e envolver todas as instituições, com destaque para o Congresso Nacional, fórum adequado para o debate sobre a reforma política.
O momento é de rara oportunidade para melhorar a forma como a democracia representativa se estrutura no Brasil. Não podemos deixar que interesses menores, eleitoralmente dirigidos, interditem novamente esse impulso das ruas. Reforma política já, plebiscito já!

Tucademopiganalhada é contra plebiscito


O PT e todos os que defendem a reforma política precisam desencadear uma mobilização popular máxima, ir para as ruas e conquistar as mudanças. A reação contrária nem é só da oposição. Tirando o PT e a base aliada, a grande mídia também - sempre ela - está contra o plebiscito e vai junto com a oposição pressionar para aprovar um referendo. A oposição - PSDB, DEM, PPS - divulgou nota oficial ontem anunciando essa preferência.

Temo que sem pressão popular não haja plebiscito. Assim, o PT e aliados têm de se conscientizar de que devem ser os primeiros a ir para as ruas defender a reforma política - o que ele já faz, institucionalmente, há anos - e o plebiscito. Ganhar as ruas junto com uma frente de partidos, entidades, movimentos e personalidades públicas. Com seus parlamentares, prefeitos, governadores, enfim, com todas as suas lideranças.



A chance de implantar a reforma política

Está aí a grande chance de o partido obter êxito na empreitada a que se atirou neste ano colhendo assinaturas para uma emenda de iniciativa popular para fazer a reforma que o partido defende e de que o Brasil precisa, com financiamento público de campanha e o voto em lista. Financiamento público para acabar com o privado, maior fonte de corrupção nas campanhas eleitorais.

Nas ruas conquistaremos a participação popular e as condições de aprovar a reforma política, depois que a Câmara dos Deputados se negou - destaque-se, com a maior discrição - a votar a proposta do relator, deputado Henrique Fontana (PT-RS), que propunha uma reforma negociada com as várias lideranças partidárias (leia aqui o relatório do deputado Fontana).

Como vocês podem acompanhar pela leitura do documento, o relator propôs o voto em lista flexível e uma combinação entre o financiamento público de campanha e doações privadas que têm de ir obrigatoriamente para um fundo eleitoral. São propostas que o PT encampa e programa incluir em seu projeto de iniciativa popular a ser encaminhado ao Congresso Nacional e para o qual busca colhe assinaturas desde o início deste ano.

A falsidade da oposição que finge apoiar as manifestações

Já sobre a oposição e sua recusa - dos tucanos e associados - ao plebiscito isto só revela a falsidade dos que defendiam, ou faziam de contas, fingiam que defendiam a legitimidade dos protestos e o direito de ir às ruas, mas querem negar aos que as ocuparam, ao povo brasileiro, o direito de decidir a reforma política, quando esta é uma das maiores demandas das manifestações. Até porque a corrupção está diretamente relacionada com o atual modelo político eleitoral.

Em tempo, a diferença entre referendo e plebiscito: 

by José Dirceu

Em defesa da Soberania Popular


O governo no afã de responder aos apelos de mudança assumiu uma posição sóbria. propôs a realização de um plebiscito para definir uma matéria que há mais de vinte anos encontra-se travada no congresso nacional.
O plebiscito consiste no melhor caminho para a sociedade, mesmo que as propostas progressistas como financiamento público de campanha e voto em legenda percam nas urnas é viável que se permita esse desenvolvimento democrático do debate público.
A sociedade brasileira possui o direito de definir os caminhos da nossa forma de escolha de representantes, acredito que uma das propostas a serem aprovadas era a busca de definição da forma de orçamento público, primando pelo fim das emendas parlamentares, fulcro das impropriedades e inconsistências de nosso parlamento.
Mas permanecemos nesse pensamento de que o plebiscito é uma bandeira do povo. Não do governo. Não dos partidos. Mais da população que possui o direito de opinar como quer que se organize as eleições.
Nossa experiência com plebiscitos é parca. A república brasileira sempre encastelou-se atrás dos balcões do parlamento, com o discurso burguês de que os representantes do povo estavam alí, e, o custo do plebiscito inviabilizava sua implementação.
Hoje com as massas nas ruas. Com encaminhamento político sim. Ao contrário do que tenta apresentar a imprensa partidária, ou melhor, a imprensa do mercado, um amplo processo de debate público fundamentará uma das organizações essenciais da democracia burguesa que vivemos, como elegeremos nosso parlamento, os representantes majoritários e como se estabelecerá a participação popular no processo de gestão. Um fator decisivo é garantir que qualquer proposta popular a ser apresentada pelo congresso necessite apenas do coeficiente eleitoral, se não for aprovado o voto em lista que se permita apresentar propostas com a mesma quantidade de votos do último deputado eleito. Veja hoje um deputado estadual é eleito com 1749 votos e têm o poder de aprovar um vale alimentação de R$ 2.000,00 reais para um grupo privilegiado de servidor público, como aconteceu hoje em Roraima. E qualquer cidadão deve recolher 10 % de assinaturas de um eleitorado, o que em Roraima significa cerca de 24.000 assinaturas para mudar ou propor uma Lei.
Vamos radicalizar o processo democrático no Brasil. 

O plebiscito é nosso. 
O Plebiscito é do povo. 

O Plebiscito é o caminho de transformação social do país. 
Rumo a mudança Brasil.

Plebiscito: Dilma recua e decide voltar à guerrilha urbana

Dilma ofereceu o apoio logístico do Planalto aos manifestantes: "Já pedi ao Gilberto Carvalho que liberasse o wi-fi do palácio".
Animada com as manifestações nas ruas, Dilma Rousseff resolveu recuar, mas recuar de verdade. A presidenta decidiu resgatar seu passado de militante e juntar-se aos protestos, incendiando-os de vez. "Eu não estava me aguentando naquele cercadinho do Planalto, meus filhos", disse, em pronunciamento à nação. A seguir, convocou uma passeata nacional, "do Oiapoque ao Chuí, para arrebentar com as estruturas", e autorizou que os manifestantes usassem balas de borracha e gás pimenta contra a polícia.
Num momento de extrema franqueza, a mandatária reconheceu que não consegue se despir totalmente das vaidades pequeno-burguesas: "Eu vou aproveitar para me manifestar contra esse IPI exorbitante que incide sobre o laquê", afirmou.
Ela pediu que os manifestantes sejam criteriosos na escolha dos prédios que pretendem depredar. "Se é para vandalizar, podemos começar em São Paulo pelo Minhocão e, no Rio, pelo Elevado da Perimetral", disse, enquanto guardava um vidro de vinagre na bolsa.
A caminho do Mineirão, onde se juntaria aos protestos contra os gastos com a Copa, Dilma incluiu o PMDB entre os alvos da sua revolta. "Precisamos derrubar esse tal Renan", conclamou, enquanto incitava a população a queimar em praça pública os livros de José Sarney.

Animada com a receptividade das ruas, a presidenta disse que já vivemos o clima de um novo Brasil: "O primeiro a ir para o paredão pode ser o Eike Batista, que passou a vida mamando no BNDES e foi para a cucuia na hora em que eu mais precisava dele."

Depois do jogo, Dilma segue para o Rio de Janeiro, direto para o Leblon. Sua assessoria informou que ela despachará normalmente, acampada diante da casa do governador Sérgio Cabral.

Quanto custa a cara de pau?



Divertido demais ver a grande imprensa cagando de medo do plebiscito. 
Não dizem que são defensores da democracia? 

Então toma, voto direto do povo, democracia injetada direto nas veias entupidas do sistema político brasileiro. 

O Noblat, o mais risível, chegou a dizer que um plebiscito custaria muito caro! 

E cara de pau? Custa quanto?

Luis Fernando Veríssimo: Kd De Gaulle?


O “Journal du Dimanche” de Paris de domingo trazia uma entrevista com Daniel Cohn-Bendit, um dos lideres da sublevação popular que quase derrubou o governo francês em maio de 1968 e que continua atuando, como ativista e analista político, com o nome que conquistou naquela primavera.
Não é mais o irreverente Dani Vermelho de 45 anos atrás, mas ainda é o remanescente mais notório daquela geração que fez o então presidente De Gaulle pensar em largar tudo e se mandar. Só mais tarde ficou-se sabendo como o velho general chegara mesmo perto de renunciar.
De Gaulle não era a única causa da revolta que começou com os estudantes e empolgou Paris, mas era um símbolo de tudo que os revoltosos não queriam mais.
Se maio de 68 não sabia definir bem seus objetivos, pelo menos tinha um ícone vivo contra o qual concentrar seu fogo. Um conveniente símbolo com dois metros de altura, um nariz dominador e a empáfia correspondente.
A chamada de capa para a entrevista de Cohn-Bendit era “Um perfume de Maio de 68” e a matéria fazia uma comparação mais ou menos óbvia do que acontece no Brasil com o que acontece na Turquia e o que aconteceu nas recentes “primaveras” árabes e em 68 em Paris. Óbvia e inexata.

Daniel Cohn-Bendit, líder estudantil de 1968 em Paris

Nos países árabes a rua derrubou ditadores, na Turquia a revolta é, em parte, contra um governo autocrático e inclui, como complicadora, a luta antiga pela hegemonia religiosa. E, diferente do maio de Paris, a combustão instantânea no Brasil ainda não produziu seus Cohn-Bendits nem tem um De Gaulle conveniente como um símbolo que resuma o que se é contra.
Ser contra tudo que está errado despersonaliza o protesto. Qual é a cara de tudo que está errado? No Brasil tanta coisa está errada há tanto tempo que qualquer figura, atual ou histórica, serve como símbolo da nossa desarrumação intolerável, na falta de um De Gaulle. Renan Calheiros ou Pedro Álvares Cabral.
Na sua entrevista, forçando um pouco a cronologia, Cohn-Bendit diz que 68 foi o preâmbulo de 81, quando a esquerda chegou ao poder na França. Junho de 2013 será o preâmbulo de exatamente o quê, no Brasil?
Aqui a esquerda, ou algo que se define como tal, já está no poder. O que vem agora? O Marx tem uma frase: se uma nação inteira pudesse sentir vergonha, seria como um leão preparando seu bote. Uma nação envergonhada dos seus políticos e das suas mazelas está inteira nas ruas. Resta saber para que lado será o bote desse leão.
Tempos interessantes, tempos interessantes.

Plebiscito: Lula comandará

É certo que na semana que vem – provavelmente já na segunda-feira, a Presidenta Dilma Rousseff  - mandará ao Congresso proposta convocando, ainda para o mês de agosto, o plebiscito que vai permitir que, diretamente, o povo decida sobre:
  1. financiamento público de campanhas eleitorais, com a vedação de contribuições de empresas e limite (baixo) de doação para pessoa física;
  2. voto por lista partidária possivelmente em dois turnos, o primeiro na legenda e o segundo em lista partidária
  3. redução do número de parlamentares (proposta ainda em exame);
  4. fim das coligações proporcionais;

Ainda não está fechado que serão apenas estes pontos – nestas horas, ninguém conta tudo – mas a tendência é que o número de perguntas não seja extensa.
A decisão de fazer a reforma por plebiscito foi tomada não pelo recuo em se fazer uma constituinte restrita, mas para evitar que o processo se protelasse além de 4 de outubro, um ano antes das eleições de 2014, quando a nova lei eleitoral deverá estar promulgada.
Para que isso não acontecesse, teria de ser revogado também o artigo 16 da Constituição, que define a anterioridade de leis eleitorais, detonando uma questão jurídica em torno da eficácia temporal  de  revogação de dispositivo constitucional,
O grande temor foi que se repetisse o ocorrido em março de 2006, quando a verticalização das eleições majoritárias – estabelecida por resolução do TSE – foi revogada por uma Emenda Constitucional aprovada pouco antes. O Supremo anulou a vigência da Emenda, com fundamento naquele artigo. Foram 9 votos a 2 pela derrubada e estavam lá muitos que ainda são atuais ministros do STF.
Vai ser extremamente difícil que o Congresso não retalhe em postas a proposta da Presidenta.
Essa luta tem de ser travada já,  enquanto os parlamentares estão sofrendo a pressão das ruas e se tornaram, subitamente “eficientes”, como provaram a votação dos royalties, da PEC 37 e, hoje, do agravamento das penas para o crime de corrupção.
Há um grande movimento para que Lula assuma o comando da campanha plebiscitária. Ele está totalmente disposto a isso,  cumprindo a promessa que fez, ao deixar o Governo, de que iria “lutar como um leão” para a aprovação da reforma política.

Brincando com fogo

Mauro SantayanaA situação criada com as numerosas manifestações, no Brasil, nas últimas semanas, não se resolverá com a reunião realizada ontem (segunda-feira) em Brasília, da Presidente Dilma Roussef, com governadores e prefeitos de todo o país – embora o encontro seja um importante passo para atender às reivindicações dos que foram às ruas.

Seria fácil enfrentar a questão, se as pessoas que vêm bloqueando avenidas e rodovias – levantando cartazes com todo o tipo de queixas – fossem apenas multidão bem intencionada de brasileiros, lutando por um país melhor.
A Polícia Civil de Minas Gerais já descobriu que bandidos mascarados, provavelmente pagos, recrutados em outros estados, têm percorrido o país no rastro dos jogos da Copa das Confederações, provocando as forças de segurança, a fim de estabelecer o caos. 


Mensagens oriundas de outros países, em inglês,  já foram identificadas na internet, como parte da estratégia que deu origem às manifestações.   
É preciso separar o joio do trigo. Além do Movimento Passe Livre, com sua postulação clara e legítima, há cidadãos que ocupam as ruas, com suas famílias, para manifestar  repúdio à PEC-37, que limita o poder do Ministério Público, ou para exigir melhoria na saúde e na educação.


E há outros que pedem a cabeça dos “políticos”, como se eles não tivessem sido legitimamente eleitos pelo voto dos brasileiros. Esses pregam a queda das instituições,  atacam a polícia e depredam prédios públicos, provavelmente com o intuito de gerar material para os correspondentes e agências internacionais, e ajudar a desconstruir a imagem do país no exterior.


O aumento brusco do dólar, a queda nos investimentos  internacionais, a diminuição do fluxo de turistas em eventos que estamos sediando, como a visita do Papa, a Copa e as Olimpíadas, não prejudicará só o Governo Federal, mas também as oposições, que governam alguns dos maiores estados e cidades do país, e  dependem da economia para bem concluir os seus mandatos.


Os radicais antidemocráticos  se infiltram, às centenas, no meio das manifestações e nas redes sociais, para pregar o ódio irrestrito à atividade política, aos partidos e aos homens públicos, e a queda das instituições republicanas. Eles não fazem distinção, posto que movidos pela estupidez, pelo ódio e pela ignorância,  entre situação e oposição, entre esse ou aquele líder ou partido.


Eles apostam no caos que desejam. Querem ver o circo pegar fogo para, depois, se refestelarem com as cinzas. Não têm a menor preocupação com o futuro da Nação ou com o destino das pessoas a que incitam à violência agora. Agem como os grupos de assalto nazistas, ou os fascistas italianos, que atacavam a polícia e os partidos democráticos nas manifestações, para depois impor a ordem dos massacres, da tortura, dos campos de extermínio, dos assassinatos políticos, como o de Matteotti.


Acreditar que o que está ocorrendo hoje pode beneficiar a um ou ao outro lado do espectro político é ingenuidade. No meio do caminho, como mostra a História,  pode surgir um aventureiro qualquer. Conhecemos  outros “salvadores da pátria”  que atacavam os “políticos”, e trouxeram a corrupção, o sangue, o luto, a miséria e o retrocesso ao mundo.


O encontro de ontem entre a Chefe de Estado, membros de seu governo e os governadores dos Estados é o primeiro passo em busca de um pacto de união nacional em defesa do regime democrático, republicano e federativo. A presidente propôs consultar a população e a convocação de nova assembléia constituinte a fim de discutir, a fundo, a reforma política, que poderá, conforme as circunstâncias, alterar as estruturas do Estado, sem prejudicar a sua natureza democrática. 


É, assim, um entendimento que extrapola a mera questão administrativa – de resposta às reivindicações dos cidadãos honestos que marcham pelas ruas – para atingir o cerne da questão, que é política.  Há outras formas de ação da cidadania a fim de manifestar suas idéias e obter as mudanças. A proposta popular de  emenda constitucional, como no caso da Ficha Limpa. Cem mil pessoas que participam de uma manifestação, podem levantar 500 mil assinaturas em uma semana, a fim de levar ao Congresso uma proposta legislativa.


Não é preciso brincar com fogo para melhorar o país. 

Plebiscito sem Constituinte será votado no helicóptero da Globo, com microfones encapuzados

A Constituinte exclusiva é constitucional.
Na opinião, inclusive, do Ministro Barroso.
Diz Barroso, no Globo, pág. 4, nesta quarta-feira:

“O Congresso, por meio de uma emenda constitucional, pode conduzir uma reforma diretamente; pode convocar um plebiscito; e pode deliberar pela convocação de um órgão específico (uma Constituinte Exclusiva ou Assembleia Nacional Revisora – PHA), mas nunca uma constituinte originária   … (órgão específico) desde que não mexa nas cláusulas pétreas: não pode, por exemplo, abolir a Federação nem a separação entre os poderes.”

Solar !

O Michel Temer é melhor jurista que o Barroso ?

O Gilmar Dantas (*) ?

Clique aqui para ler “Barroso vs Gilmar, já começou”.

Vamos supor que o PMDB tenha vetado a Constituinte exclusiva de forma irreversível – clique aqui para ler “Constituinte está Vivinha da Silva” – como assegura o PiG: Michel Temer, (vice) Presidente, foi lá e disse: “Não quero!”.

“Não me consultaram, então não quero !”

E foi feito, pelo alto, diria o Faoro, um acordo: o Plebiscito e mais nada.

Plebiscito com esse Congresso que está aí, azeitado pelo Caixa Dois.

Primeira pergunta: o Congresso vai aprovar a realização de um Plebiscito ?

Que perguntas serão feitas no Plebiscito ?

Quem redigirá as perguntas – o Genoino ou o Eduardo Cunha ?

O Plebiscito será imperativo – ou seja, o que o Plebiscito decidir se transformará automaticamente em Lei ?

Se for assim, então, será um Plebiscito Constituinte !

Votou, muda a Constituição ?

Ou, o Plebiscito INDICA a preferência popular e o Congresso, por 3/5 e em votação secreta vota o que o Plebiscito recomendar.

Aí, meu caro amigo navegante, a vaca vai pro brejo.

Por isso, Plebiscito sem Constituinte ou Assembleia Nacional Revisora pode ser, de novo, um daqueles acordos da elite, “pelo alto”.

Vamos imaginar que a Rede Globo continue a exercer seu hegemônico papel.

Papel hegemônico que não se reproduz em nenhuma outra Democracia do mundo !

Muito menos com a utilização do espectro eletromagnético, de propriedade do povo e explorado em regime de concessão.

E que o povo brasileiro vá para o Plebiscito com manifestações na rua, três horas de jornal nacional e os slogans:

“Voto em lista é coisa do PT”.

“Financiamento público só no comunismo !”

(O Ataulfo Merval (**), no Globo, desta quarta-feira, já construiu o  argumento “pelo alto”: proibir pessoa jurídica de irrigar o bolso de candidato é privilegiar “os partidos e não os candidatos, num momento em que as ruas (sic) pedem menos forças para os partidos”. Nada mais cristalino, não, amigo navegante ? Como a Big House não tem partido, ferro no PT, o único que, de fato, existe ! E grana no bolso dos candidatos amigos. Ataulfo Merval, agora, é “consultor do Ministro Fux – que se beneficiou de uma auto-censura da Folha (***) para assuntos de financiamentos …)

“Voto distrital é a salvação nacional !”

Aí, a consulta plebiscitária será “democrática”?

E o Congresso, por 3/5, em votação secreta vai votar contra a Globo – independente do resultado do plebiscito ?

Sem Constituinte Exclusiva não há salvação.

Ah, dirão os realistas: mas, e se a grana rolar e for eleita uma Constituição Exclusiva de Gilmares ?

E, se os comandantes da batalha pela efetivação das decisões do plebiscito forem o zé Cardozo, o Mercadante e o Michel Temer ?

O Eduardo Cunha vai deitar e rolar !

Cadê o PT ?

Vai para as ruas ?

Quem tem força para peitar a Globo, que botou no bolso o movimento da doença infantil do transportismo ?

Como se sabe, o PT ganha – até agora eleição -, mas quem tem a hegemonia é a Big House.

Enquanto não se desmontar o aparelho político da Rede Globo, a hegemonia continuará na Big House.

E o PT ?

É o Bernardo da Veja.

O zé Cardozo.

Mercadante que defendeu a Folha (***).

É esse o PT da Presidenta ?

Quando o PT volta à Vila Euclides ?

Nem uma palavrinha sobre a Globo, que anabolizou a anomia ? – se perguntou o professor Wanderley.

A Globo que dizia: já chegaram à ponte Rio- Niterói ?, mais adiante na Presidente Vargas fica o Maracanã …

As “suaves apresentadoras” da GloboNews, como disse o professor Wanderley.

Elas é que vão “votar”o plebiscito …

A Constituinte Exclusiva está vivinha.

Sem ela, o Gilmar, o Ataulfo e as suaves âncoras assumem o Governo.

No qual o zé Cardozo será prestimoso ministro da Justiça.
Paulo Henrique Amorim